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ANA CAROLINA BAETAS – 11 MED UNIFAMAZ Introdução SUA agudo = Episódio de sangramento intenso, na ausência de gravidez, em quantidade suficiente para determinar necessidade de intervenção rápida para evitar perda sanguínea adicional. Pode ocorrer na vigência de um quadro crônico. SUA crônico = Sangramento originado do corpo uterino na ausência de gravidez, anormal em frequência, regularidade, duração e/ou volume e que persiste por >6 meses. Não necessita de intervenção médica imediata. Sangramento intermenstrual = É o sangramento que ocorre entre dois ciclos menstruais regulares. Pode ocorrer de forma aleatória ou ser recorrente e previsível. Parâmentro menstrual Limites normais Frequência 24-38 dias Regularidade 2-20 dias Duração 4,5-8 dias Volume 5-80 ml Classificação PALM-COEIN PALM = Causas estruturais COEIN = Causas não estruturais 1. Pólipo: Proliferações endometriais envolvendo estroma e glândulas. 2. Adenomiose: Implantação heterotópica de células endometriais no interior do miométrio. Para o diagnóstico, são suficientes achados ultrassonográficos de tecido endometrial no interior do miométrio e/ou hiperplasia miometrial. 3. Leiomioma: Tumor benigno fibromuscular do miométrio. O mioma submucoso, principalmente o que distorce a cavidade uterina, apresenta mais frequentemente SUA intenso. 4. Malignidade: Como hiperplasia endometrial atípica e carcinoma de endométrio. 5. Coagulopatia: + Doença Von Willebrand. Aqui também estão inclusas pacientes em regime de anticoagulação. 6. Disfunções ovulatórias: Amenorreia total; sangramento leve e infrequente- ANA CAROLINA BAETAS – 11 MED UNIFAMAZ sangramento extremamente elevado; ciclos anovulatórios; SOP; hipotireoidismo; hiperprolactinemia; estresse; obesidade; anorexia e atividade física extrema; antidepressivos tricíclicos 7. Endometrial: Sangramento anormal que ocorre em periodicidade regular 8. Iatrogênica: Hormônios exógenos sistêmicos ou DIU; medicações que impactam diariamente no endométrio/na coagulação/na ovulação; ACO 9. Não classificada: Situações que ainda não estão totalmente relacionadas ao SUA ou condições ainda não identificadas. Etiologia x idade • Nascimento: Privação de estrogênio materno • Infância: Corpo estranho; trauma; infecção; tumor ovariano; sarcoma botrioide • Pós-menarca: Anovulação; coagulopatia; infecções; complicações da gravidez • Menacme: Complicações da gravidez; anovulação; contracepção hormonal; infecções; endocrinopatias; pólipos e miomas • Perimenopausa: Anovulação; pólipos e miomas; hiperplasia e câncer endometrial • Pós-menopausa: Atrofia vaginal/endometrial; TH; Ca de endométrio Exames complementares • Hemograma completo; beta-HCG; TSH; T4; prolactina; TP; TTPa • Pesquisa para Chlamydia Trachomatis • Exames de imagem + biópsia endometrial (quando anormalidades no exame físico ou se não houver resposta ao tratamento em pacientes com exame físico normal) à USG transvaginal (1ª fase do ciclo menstrual; normal = encerra a investigação de causas estruturais); histerossonografia; histeroscopia; USG transabdominal • Indicações de biópsia: >45 anos; ou em qualquer idade se – SUA + fatores de risco para malignidade (obesidade, nuliparidade, DM, exposição à estimulação estrogênica sem oposição da progesterona; anovulação crônica; uso de tamozifeno ou TH); SUA + irregularidade endometrial (endométrio ANA CAROLINA BAETAS – 11 MED UNIFAMAZ heterogêneo); SUA persistente; falha no tto Tratamento Objetivo = Manejar a fase aguda; estabilizar a paciente e cessar o sangramento; corrigir as alterações do padrão menstrual e a anemia; evitar recidiva Manejo no episódio agudo: Manejo imediato e com rápida intervenção • Hemodinamicamente instável: Suporte + excluir gravidez o Tamponamento uterino: Pode ser controlado com a introdução de uma sonda Foley com infusão de 30ml de líquido; tampão de gaze o Curetagem: Tto cirúrgico de urgência para pacientes instáveis com sangramento agudo grave e que necessitam de intervenção imediata; + segura para as que desejam gestar o Estrogênios equinos conjugados em altas doses: O controle do sangramento é alcançado em até 10h da 1ª dose; pode associar com anti-hemético à EEC 1,25mg VO 6/6h por 21-25 dias e depois acetato de medroxiprogesterona 10mg VO 1x/dia por 10 dias + ACO com 30-35microgramas de etinilestradiol VO 8/8h por 7 dias + Pausa de 7 dias para sangramento + reinicia o Embolização uterina: Escolha para malformações arteriovenosas uterinas o Histerectomia: Se falha • Hemodinamicamente estável: TTo hormonal VO à EEC (1ª linha) 1,25mb VO de 6/6h por 21-25 dias e depois acetato de medroxiprogesterona 10mg VO 1x/dia por 10 dias ACO com 30-35 microgramas de etinilestradiol VO 8/8h por 7 dias + pausa de 7 dias + reiniciar ANA CAROLINA BAETAS – 11 MED UNIFAMAZ ACO com 30-35 microgramas de etinilestradiol VO 5cp no 1º dia + 4cp no 2º dia + 3cp no 3º dia + 2cp no 4º dia + 1cp a partir do 5º dia seguido por mais 7 dias + pausa de 7 dias + reiniciar • Para ciclos anovulatórios à Acetato de medroxiprogesterona 20mg VO de 12/12h por 7 dias ou acetato de megestrol 20-60mg VO de 12/12h por 7 dias o AINE: Para pacientes com ciclo ovulatório de grande volume; contraindicados para pacientes com plaquetopenia ou anticoagulação à Ácido mefenâmico 500mg 3x/dia 8/8h; naproxeno 500mg 2x/dia; ibuprofeno 600mg 1x/dia o Antifibrinolíticos: (inibem os ativadores de plasminogênio, reduzindo a fibrinólise, promovendo a coagulação sanguínea e diminuindo o sangramento menstrual) à Ácido tranexâmico a partir do 1º dia de sangramento, por 5 dias, VO ou IV – 250mg 4-6cp 8/8h o Ablação endometrial: Para mulheres com contraindicação a TH ou na ausência de sucesso com outras terapêuticas. • Tto de manutenção: o Hormonal – ACO, DIU, progesterona (depósito, uso oral contínuo ou cíclico); danazol; gestrinona; GnRH; o Não hormonal – em conjunto ao tto hormonal ou isoladamente em pacientes com contraindicação ao uso de estrogênio e/ou progesterona; antifibrinolíticos e AINES o Cirúrgico – Falha no tto medicamentoso, SUA; desejo de tto duradouro ou definitivo – polipectomia; miomectomia; histerectomia
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