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TENOSSINOVITE DE QUERVAIN

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TENOSSINOVITE DE QUERVAIN
DEFINIÇÃO
 Condição dolorosa, habitualmente crônica, que afeta o abdutor longo e o extensor curto do polegar, que compõem o primeiro compartimento dos tendões dos extensores das mãos. Acomete predominantemente mulheres entre 30-50 anos.
https://hospitalveugenia.com/comunicacion/consejos-de-salud/tenosinovitis-enfermedad-de-quervain-tratamiento-dolor/
FISIOPATOLOGIA
Trata-se de uma tenossinovite dos tendões dos músculos abdutor longo e extensor curto do polegar em decorrência de microtraumas de repetição. Os achados são predominantemente degenerativos, com inflamação de baixo grau em resposta à lesão gerada.
https://drreyesjacome-spine.com/2019/09/12/tendinitis-de-quervain/
APRESENTAÇÃO CLÍNICA
· Quadro clínico
 A principal queixa é de dor na borda radial do punho, próximo ao processo estiloide do rádio. A dor é 
exacerbada com o desvio ulnar do polegar e com atividades que utilizem ativamente os tendões afetados, como manusear uma tesoura. Pode haver discreto edema no processo estiloide, que é variável.
· Fatores de risco
 Sexo feminino, meia-idade, artropatias inflamatórias (AR, artrite psoriásica), gestação, pós-parto, determinadas profissões (ex.: costureiras).
· Exame Físico
Ocorre dor à palpação do tendão, próximo ao processo estiloide do rádio. Um discreto edema local pode estar presente.
A manobra classicamente utilizada no diagnóstico da tenossinovite de De Quervain é a manobra de Finkelstein. O paciente apresenta exacerbação da dor no trajeto do tendão, quando abraça o polegar com os demais dedos da mão e realiza um desvio ulnar passivo do punho.
MANOBRA DE FINKELSTEIN
https://orthoinfo.aaos.org/en/diseases--conditions/de-quervains-tendinosis
ABORDAGEM DIAGNÓSTICA
O diagnóstico é clínico e prescinde de exames complementares. Exames de imagem devem ser solicitados em casos duvidosos ou em programação cirúrgica.
A radiografia de punho pode ser útil na investigação de diagnósticos diferenciais, como fraturas, por exemplo.
A ultrassonografia pode evidenciar a distensão líquida da bainha sinovial do primeiro compartimento (sinal do halo), com irregularidade ou espessamento tendíneo. Sinal peritendíneo ao power Doppler pode ser identificado em alguns casos.
A ressonância magnética também pode identificar a distensão líquida da bainha sinovial do primeiro compartimento (hipersinal em T2 e hipossinal em T1), irregularidades ou espessamento dos tendões, porém com maior sensibilidade. Pode haver captação peritendínea do gadolíneo, indicando processo inflamatório local.
Exames de rotina: Não são necessários.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
· Rizartrose; 
· Síndrome Interseccional; 
· Fraturas do processo estiloide;
· Fratura do escafoide com necrose avascular;
· Outras tenossinovites do punho;
· Artrite Reumatoide; 
· Artrite Psoriásica. 
TRATAMENTO
O tratamento da tenossinovite de De Quervain envolve medidas farmacológicas e não farmacológicas. Deve-se atentar para a correção de possíveis fatores desencadeantes.
· Não farmacológicas
Medidas de reabilitação, como orientação do paciente, proteção articular e conservação de energia;
Os pacientes devem ser orientados quanto ao alongamento das estruturas acometidas, que pode ser obtido através da adução e flexão passiva do polegar, com leve distração radiocarpal;
A contratura da musculatura tenar também pode ser fonte de dor e também deve ser alongada;
O uso de órteses noturnas para rizartrose pode auxiliar na recuperação; estas também podem ser usadas durante os períodos de atividades que geram mais dor;
O uso contínuo de órteses não é recomendado, visto que pode levar à atrofia da musculatura intrínseca da mão e à piora do quadro;
Deve-se encaminhar o paciente para um fisioterapeuta especialista em mão para realização de cinesioterapia para reforço muscular;
· Farmacológicas
Para controle da dor, podem ser utilizados analgésicos comuns e anti-inflamatórios não esteroidais;
A infiltração com corticoide e anestésico local, especialmente a guiada por ultrassonografia, pode ser uma opção em pacientes muito sintomáticos, de modo a permitir a reabilitação;
· Cirúrgicas
Devem ser indicadas em casos refratários ao tratamento clínico.
TRATAMENTO AMBULATORIAL
1. Analgesia
Opções:
· Dipirona  500-1.000 mg VO até de 6/6 horas; OU
· Paracetamol  750 mg VO até de 6/6 horas.
2. Anti-inflamatório Não Esteroidal
Opções:
· Diclofenaco  25-50 mg VO de 8/8 horas, por 5-7 dias; OU
· Cetoprofeno  25-50 mg de 8/8 horas ou de 6/6 horas, por 5-7 dias; OU
· Meloxicam  7,5-15 mg VO de 24/24 horas, por 5-7 dias; OU
· Naproxeno  500 mg VO de 12/12 horas, por 5-7 dias; OU
· Ibuprofeno  600 mg VO de 6/6 horas, por 5-7 dias; OU
· Indometacina  50 mg VO de 8/8 horas, por 5-7 dias; OU
· Celecoxibe  200 mg VO de 12/12 horas ou de 24/24 horas, por 5-7 dias.
3. Infiltração Periarticular
Opções:
· Dipropionato de betametasona + fosfato dissódico de betametasona  (5 mg/mL + 2 mg/mL) 1 mL; OU
· Acetato de metilprednisolona  (40 mg/mL) 1 mL. Associar com: Cloridrato de lidocaína  sem vasoconstritor 1 mL;
Cuidado para não aplicar no interior dos tendões (se experimentar resistência, recuar um pouco a agulha e tentar novamente).
FONTE: WHITEBOOK
Autoria
Autor(a) principal: Gustavo Guimarães Moreira Balbi (Clínica Médica e Reumatologia).
Equipe adjunta:
Gabriel Quintino Lopes (Clí­nica Médica e Cardiologia);
Lívia Pessôa de Sant'Anna (Clínica Médica e Hematologia);
Maikel Ramthun (Clínica Médica, Nefrologia e Medicina Intensiva).

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