Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANTIDEPRESSIVOS Indicações: · Transtorno depressivo maior (unipolar); · Transtorno de pânico; · TAG; · TOC; · Fobia social; · Bulimia; · TEPT; · Fibromialgia; · Dor neuropática; · Ejaculação precoce; · Disfunções sexuais associadas a outros antidepressivos; · Tratamento do tabagismo. Classificação - IMAO · Não reversível – se acopla à molécula da enzima – Fenelzina e Tranilcipromina; · Reversível – Moclobemida. - ISRS · Fluoxetina, Citalopram, Escitalopram, Paroxetina, Sertralina. · Receptor 5-HT1A – inibe a recaptação de serotonina nos núcleos da rafe, efeito anti-depressivo; · Age no receptor de Serotonina SHT1-A, 5-HT2 e 5-HT3 – ação da serotonina em outras vias; · Ação nos receptores 5-HT2 · Em hipocampo e área límbica – ação imediata de aumento de ansiedade; · Age também na base do cérebro, por interrupções rápidas nas ondas lentas nas regiões responsáveis pelo sono, causando despertares noturnos e sonolência diurna por sono não reparador durante a noite; · Nos núcleos da base pode causar acatisia (agitação e alteração motora). Na medula pode causar disfunção sexual (retardo no orgasmo e na ejaculação). · Ação nos receptores 5-HT3 · Agem entre a rafe e o hipotálamo ativando as vias do vômito; · Pode causar também cólicas e diarreias por estímulos dos receptores 5-HT3 do intestino. - ISRN · Reboxetina – retirada do mercado brasileiro por não ser comprado. - ISR de Dopamina e Noradrenalina · Bupropriona - Tricíclicos · Amitriptilina e Imipramina; · Inibe a recaptação de Serotonina; · Inibe a recaptação de Noradrenalina; · Antagonismo alfa-1: tontura, hipotensão e sonolência; · Ações anti-histamínicas (anti-H1): ganho de peso e sonolência; · Ações anti-colinérgicas muscarínicas (M1): constipação, visão turva, boca seca e sonolência. - ISRSN · Duloxetina, Venlafaxina e Desvenlanfaxina. - ANASE · Antagonistas serotoninérgicos específicos; · Principal é a Mitarzapina. - Antagonistas de receptores de serotonina e melatoninérgicos · Agomelatina. - Antagonistas serotoninérgicos específicos · Trazodona e Nefazodona. OBS! A inibição de monoaminas é a principal ação dos antidepressivos. OBS! Lítio aumenta a liberação de serotonina – suicidolítico. - Hipótese da monoamina – depressão = deficiência de NA ou Serotonina; - Adaptação neuronal · Primeiro surgem os efeitos colaterais, que se manifestam de forma destacada nas primeiras duas semanas; · Após o aumento da liberação há o down-regulation. O tempo para dessensibilização correlaciona-se com o início da tolerância aos efeitos colaterais. Escolha do antidepressivo - Eficácia e tolerabilidade prévia – história eficaz de uso aumenta as chances de bons resultados novamente. Poucas pessoas irão “perder” a eficácia; - Correlacionar os efeitos colaterais do fármaco e o perfil do paciente; - Considerar interações medicamentosas – Sertralina, Citalopram e Escitalopram apresentam pouca interação. Desvenlafaxina por ser metabólito ativo apresenta menos interação; - Idade · Não usar tricíclico em idosos – efeito sedativo e hipotensor cursando com vertigem e tontura. Efeito anti-colinérgico, especialmente se em altas doses ou na vigência de infecções (baixa reserva cerebral); - Considerar comorbidades · DM e obesidade – preferir medicações que causem menor ganho de peso (Evitar Mirtazapina e Fluoxetina). - Acessibilidade e custo. As fases do tratamento da depressão - Resposta – pelo menos 50% de melhora dos sintomas; - Remissão – 100% ou praticamente 100% de ausência de sintomas – 1 ano ou mais de remissão pensa-se em retirada da medicação; - Recaída – durante o processo de melhora, dentro de um período de 9 ou 12 meses, o indivíduo tem um novo episódio; - Recorrência – episódios após um ano ou mais do início dos sintomas. - Cronicidade – cada novo episódio depressivo é um passo para a cronicidade, com aumento de chance exponencial a partir do segundo episódio. Erros comuns no tratamento - Não investigar a presença de sintomas maníacos ou hipomaníacos ao longo da vida – 25% dos pacientes em atenção primária que tomam antidepressivos são bipolares; - Não educar previamente o paciente de que o tratamento é longo – falar porque é importante a continuidade do tratamento; - Usar o antidepressivo por tempo inadequado; - Considerar depressão refratária (3 antidepressivos diferentes) após falta de resposta à uma sub-dose (ex:amitriptilina 50mg/dia); OBS! 20 mg de Fluoxetina já é uma dose terapêutica. BENZODIAZEPÍNICOS - Variedade de usos: · Insônia; · Mania aguda; · Medicação pré-anestésica; · Sd. de abstinência alcoólica; · Delirium tremens. - Metabolismo hepático; · O Lorazepam vai conjugado, ele não passa pelo processo oxidativo nos citocromos – polpa o fígado. - Ação no complexo GABA; · As medicações só irão funcionar se tiver o GABA ligado ao canal iônico; · Benzodiazepínico potencializa a abertura do canal, promovendo uma hiperpolarização do neurônio e uma inibição da excitação; · Receptor gaba apresenta distribuição ampla no SNC – lentificação de raciocínio, dificuldade de memorização, alteração de reflexos e equilíbrio e sonolência. - Potencial de dependência. Categorias - De acordo com a meia-vida · Ação ultra-rápida - Tiamilal (anestésico); · Ação curta (< 6 horas) - Midazolam, Triazolam; - Usados para realização de endoscopia. · Ação intermediária (6-24 horas) - Estazolam; - Temazepam. · Longa ação (>24 horas) - Diazepam, Clonazepam, Clordiazepóxido. Problemas com o uso de BZD - Efeitos adversos: · Sonolência diurna; · Prejuízo da coordenação motora; · Prejuízo da atenção e memória anterógrada; · Indiferença afetiva; · Reação paradoxal – indivíduo fica agitado até violento. - Tolerância/Dependência/Sd. de abstinência; - Quedas – especialmente em idosos; - Efeito cumulativo em idosos – cognitivo – pois se distribui no meio aquoso e penetra no tecido adiposo, com certa quantidade sendo reservada no tecido adiposo e se somando no futuro à biodisponibilidade da dose tomada em determinada ocasião, pois eles tem maior quantidade de gordura em relação à massa magra; - Depressão respiratória. Uso racional - A síndrome é responsiva? - Terapias não-farmacológicas quando indicadas; - Medicações alternativas; - Avaliar a duração do uso; - Ponderar o risco e benefício; - Ajustar a dose (efeitos terapêuticos e colaterais); - Monitorar abuso; - Fazer redução gradual (por semanas, por ex); - Reconsiderar o diagnóstico e a escolha terapêutica se não obtiver sucesso com o uso (se usa há muito tempo, se a dose é muito alta).
Compartilhar