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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DAIANE OLIVEIRA DA MATA RESENHA CRÍTICA: DESENHO AMBIENTAL – UMA INTRODUÇÃO À ARQUITETURA DA PAISAGEM COM O PARADIGMA ECOLÓGICO Balneário Camboriú 2021 No período do modernismo, os arquitetos sentiam uma dificuldade de integrar a paisagem e sua importância, e esse conceito começa a ser desenvolvido por uma série de profissionais do contexto pós-guerra representante da arquitetura paisagística do mundo todo, através de nomes importantes como Luis Barragán, Sylvia Crowe, Jane Jacobs, Roberto Burle Marx e muitos outros. Também começa o aumento na escala de intervenções paisagísticas em parques e jardins botânicos sendo eles ligados a funções de lazer e jogos, o que significa manutenção mínima, no sentido de proteger os recursos naturais, no pós-Segunda Guerra Mundial, devido à grande destruição ambiental e diminuição dos recursos naturais da terra surge a consciência ecológica, portanto, o embelezamento do meio ambiente baseado unicamente na estética e na função perdeu sua importância e o novo conceito resolve os problemas do ambiente natural e da qualidade ambiental do ambiente urbano, e projeta um edifício que aproveita ao máximo as características naturais do ambiente em termos de localização e composição de forma. Na cultura ocidental, a inserção de jardins japoneses é um dos maiores avanços no embelezamento de ideais e não era compartilhada até então. O jardim japonês é composto por matérias-primas, pedras, areia, madeira, etc. proporcionando tranquilidade, meditação e reflexão espiritual, pois cada elemento utilizado tem uma finalidade. Desde a década de 1980, a relação entre arquitetura e paisagismo tem- se mantido estável, mas o tratamento do entorno ainda segue como secundária dos edifícios, tornando o paisagismo uma solução para melhorar a qualidade dos entornos e da arquitetura anônima. A arte ambiental que apareceu nas obras dos paisagistas no século XVIII permitiu que as pessoas vivenciassem o espaço cotidiano de uma nova forma e impactou a paisagem cultural. Decide que a paisagem não pode ser inventada, mas seu significado deve remeter à cultura do lugar, proporcionando assim a possibilidade de vivenciar o espaço. O desconstrucionismo foi um movimento que teve como premissa a quebra dos valores que eram utilizados. O mesmo se aplica ao desenho ambiental, os arquitetos paisagistas que aderem a essa linha filosófica utilizara formas e combinações que antes eram esteticamente negativas em seus projetos. A ideia de higiene pública exerceu um papel importante no planejamento das cidades desde V a. C. e ressurgiu com grande vigor no século XIX, por descobertas na biologia e no crescimento da indústria. Surgiram os sistemas de abastecimento de águas nas cidades que se tornaram imprescindível para todas as classes. No Brasil, o engenheiro urbanista Saturnino de Brito foi o principal intérprete do movimento higienista através do saneamento e a qualificação paisagística das cidades. Há décadas, a ecologia demonstra como o organismo e os ambientes interagem entre si, se influenciando, o sistema é considerado uma identidade organizada por elementos e suas relações. Consequentemente a isso, há uma modificação do paradigma iluminista para o paradigma holístico. Atualmente, principalmente nos Estados Unidos e Japão, há uma busca pela “Arquitetura Total”, onde há a integração entre planejamento territorial, urbanismo, paisagismo e o desenho dos edifícios. No Brasil, em 1980, foi implantada a Política Nacional do Meio Ambiente com o objetivo de preservar e recuperar a qualidade ambiental. Também foram criados o APA’s (Áreas de Proteção Ambiental), destinadas à preservação e proteção do meio ambiente para gerenciar a criação de espaços ideais e sustentáveis. O projeto ambiental desenvolvido é uma ferramenta básica de planejamento e construção da arquitetura de qualidade, utilizando o conceito de sistema paisagístico indicando que pode ser integrado e multidisciplinar em todas as fases do projeto. Como o projeto PqEN, que o processo natural do parque dialoga, para dar suporte ao local onde está instalado, voltado essencialmente à educação ambiental. Por fim, ao longo do processo de pesquisa o Desenho Ambiental demonstrou ser uma ferramenta que integra as faces pulverizadas da arquitetura, ligação do paradigma iluminista para o holístico. Este livro propôs uma linguagem simples e de fácil entendimento, expressa a necessidade de combinar a intervenção humana na arquitetura e no meio ambiente. Sem esquecer de se preocupar apenas com a proteção da paisagem, mas também com todo o processo ecossistêmico, que envolve a reciclagem de recursos, e proteção ambiental. Ele se concentra na compreensão do desenho ambiental como uma introdução a Arquitetura de Paisagem com aparência e paradigma ecológicos. Referência: FRANCO, Maria de Assunção Ribeiro. Desenho ambiental: uma introdução à Arquitetura da Paisagem com o paradigma ecológico.
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