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Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 06 
 
Contabilidade 
Balanço Patrimonial 
Professor Marcelo Seco 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 2 
 
 
Alunas e Alunos, olá! 
Seguimos adiante, na luta pelo contábil saber! 
Meus caros, entre os assuntos hoje está o CPC 26, que trata da apresentação 
das DCs. Veremos balanço patrimonial hoje e nas aulas seguintes 
continuaremos estudando as demonstrações contábeis. 
Caros, curtam minha página do Facebook para acessar novidades sobre 
concursos, resoluções de questões e outras dicas. É um trabalho que estou 
iniciando, conto com a ajuda de vocês. Eis o link: 
http://www.facebook.com/professormarceloseco 
 
Nosso objetivo: garantir a maioria dos pontos em contabilidade na prova 
objetiva. Temos que trabalhar durante as aulas com uma meta de 90% de 
acertos nas questões para que, na prova, obtenhamos entre 75% e 80%. 
No dia da prova, seu maior inimigo poderá ser você. Para evitar que isso 
aconteça, chegue lá sabendo que não há obstáculos intransponíveis. Sinta-se 
bem, olhe para a sala e saiba que está mais bem preparado do que todos ali. 
 
 
 
“Não existe o impossível para aquele que persevera!” 
 
Alexandre, O Grande 
 
 
Aula 06 – Balanço Patrimonial 
 
http://www.facebook.com/professormarceloseco
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 3 
Estamos na aula 06 e, ao final do curso, eu pretendo que vocês estejam 
prontos e seguros para DESTRUIR a sabatina de contabilidade da Cespe. 
 
 
Aula Conteúdo 
00 
CPC 00 - Estrutura conceitual. Usuários das demonstrações 
contábeis. Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos 
Contábeis (CPC), estarão presentes em todas as aulas. 
01 
Princípios Contábeis Fundamentais. Fatos contábeis e respectivas 
variações patrimoniais. Diferença entre regime de competência e 
regime de caixa. Lei nº 6.404/1976, Lei 11.638/2007, Lei 
11.941/2009, Lei 12.249/2010. 
02 
Função e estrutura das contas. Contas patrimoniais e de resultado. 
Classificação das contas. Balancete de verificação. Componentes 
patrimoniais. Equação do Patrimônio. Origem e aplicação de 
recursos. Apuração de resultados. Escrituração. Partidas dobradas. 
Livros Diário e Razão. Erros de escrituração e suas correções. 
03 
Critérios de avaliação do Ativo e do Passivo. CPC 12 – Ajuste a 
valor presente. CPC 46 – Valor Justo. 
04 
Critérios de avaliação do Ativo e do Passivo. Avaliação de 
investimentos. CPC 01 - Redução do valor recuperável de ativos. 
05 
Critérios de Avaliação do Ativo e do Passivo. Investimentos 
societários – MEP e Custo. Good Will, ágio. 
06 
Balanço patrimonial. Conteúdo dos grupos e subgrupos. Reservas, 
provisões, passivos e ativos contingentes, ajustes de avaliação 
patrimonial, ações em tesouraria. 
07 
Demonstração do resultado do exercício: estrutura, características 
e elaboração. Demonstração de lucros ou prejuízos acumulados. 
Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido. 
08 
Demonstração de Fluxos de Caixa: métodos direto e indireto. 
Notas explicativas. 
09 
Combinação de negócios, fusão, incorporação e cisão. 
Consolidação das demonstrações. Reconhecimento de concessões. 
10 Controle de estoques e do custo das vendas. CMV, CSP, CPV. 
11 
Operações de Duplicatas. Operações financeiras ativas e passivas, 
receitas e despesas financeiras, empréstimos e financiamentos, 
apropriação de principal, juros transcorridos e a transcorrer. 
12 
CPC 06 Arrendamento Mercantil CPC 07 Subvenção Governamental 
CPC 08 Custos de Transação e Prêmios. 
13 
CPC 04 Intangível CPC 27 Imobilizado CPC 16 Estoques 
Depreciação, amortização, exaustão. 
14 
CPC 24 Eventos Subsequentes CPC 30 Receitas CPC 02 Efeitos da 
Variação Cambial CPC 28 Investimentos. 
15 
Análise econômico-financeira. Indicadores de liquidez. Indicadores 
de endividamento. Análise vertical e horizontal. Correção integral 
das demonstrações contábeis. 
16 
Indicadores de rentabilidade. Indicadores de lucratividade. 
Indicadores de estrutura de capitais. 
17 
Sistemas de custos e informações gerenciais. Custos para tomada 
de decisões. Custeio real por absorção. Custeio direto (ou custeio 
variável). 
18 Custeio baseado em atividades. RKW. Custo-padrão. 
19 Estudo da relação custo versus volume versus lucro. 
20 Rumo ao dia da Prova: Resumo com os principais itens do edital. 
 
Nossas Aulas 
 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 4 
 
 
Apresentação 1 
1 - CPC 26 - Apresentação das Demonstrações 6 
2 - Balanço Patrimonial 16 
2.1 - Equação do Patrimônio 18 
2.2 – Ativo 20 
2.3 – Passivo 25 
2.4 - Patrimônio Líquido 29 
 
 
 
Exercícios Resolvidos 38 
Lista das Questões Apresentadas 88 
Gabarito 110 
 
 
Não se assustem com a quantidade de páginas de algumas aulas. Para resolver 
algumas questões de forma didática, às vezes utilizo muito espaço, e isso 
aumenta o tamanho da aula. Também procuro deixar a questão inteira na 
mesma página. Contudo, a teoria é sempre 
curta, e a leitura da aula é bastante rápida. 
 
 
Índice 
 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 5 
1 - CPC 26 - Apresentação das Demonstrações 
Vamos lá! O CPC 26 traz uma parte comum, apresentando regras a serem 
observadas na elaboração de todas as Demonstrações Contábeis (DCs), e 
depois fala sobre cada uma delas. Resolvi separar os itens, e essa parte 
específica de será apresentada juntamente com o tópico que falar de cada DC. 
Objetivo do CPC 26 
Definir a forma básica para a apresentação das DCs, para assegurar a 
comparabilidade tanto com as DCs de períodos anteriores da mesma entidade 
quanto com as DCs de outras entidades. 
Onde aplicar o CPC 26? 
Em todas as DCs elaboradas e apresentadas de acordo com os 
Pronunciamentos, Orientações e Interpretações do CPC. Apenas não se aplica 
às DCs intermediárias que devem ser elaboradas segundo pronunciamento 
próprio. 
1.1 - Conceitos 
Todo pronunciamento traz em sua parte inicial uma lista de definições dos 
termos que são utilizados em seu texto, vamos a elas: 
DCs de propósito geral 
Aquelas cujo propósito é atender usuários externos que não se encontram em 
condições de requerer relatórios para atender às suas necessidades 
específicas. Também são chamadas de relatório contábil financeiro de 
propósito geral. 
Requisito de aplicação impraticável 
Aquele que não pode ser cumprido, mesmo depois a de ter feito todos os 
esforços razoáveis nesse sentido. 
Práticas contábeis brasileiras 
Legislação societária brasileira, Pronunciamentos, Interpretações e Orientações 
emitidos pelo CPC homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas 
pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam ao CPC 00 e, 
por conseguinte, as normas contábeis internacionais. 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Professor Marcelo Seco 6 
Omissão material ou divulgação distorcida material 
Aquelas que, individual ou coletivamente, podem influenciar as decisões dos 
usuários das DCs. 
Já vimos anteriormente que a materialidade é um conceito que depende das 
condições de cada entidade, não é mesmo? 
Pois bem, o CPC completa o conceito de materialidade, dizendo que sedeve 
também considerar, no momento de avaliar a materialidade, a forma como se 
espera que os usuários, com seus respectivos atributos, sejam influenciados na 
tomada de decisão econômica. Resumindo: quem são os potenciais usuários, e 
que nível de detalhe da informação interessa a eles. 
Notas explicativas - NEs 
Uma NE é uma informação adicional em relação à apresentada nas DCs. 
Atenção aqui: as NEs só podem tratar de assuntos presentes nas DCs, ou de 
itens de interesse que não se enquadraram nos critérios para reconhecimento 
nas DCs. 
Outros resultados abrangentes 
Itens de receita e despesa (incluindo ajustes de reclassificação) que não são 
reconhecidos na DRE, ou seja, não “passam” pelo resultado. São eles: 
 variações na reserva de reavaliação, se ainda permitidas legalmente; 
 ganhos e perdas atuariais em planos de pensão com benefício definido; 
 ganhos e perdas de conversão de DCs de operações no exterior; 
 ganhos e perdas na avaliação de ativos financeiros disponíveis para 
venda 
 parcela efetiva de ganhos ou perdas advindos de instrumentos de hedge 
em operação de hedge de fluxo de caixa 
 
Proprietário 
Detentor de instrumentos patrimoniais representativos do capital próprio (são 
os donos de parte do PL). 
Resultado 
Total das receitas deduzido das despesas, exceto os itens reconhecidos como 
outros resultados abrangentes no PL. Este é o resultado no conceito usual. 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
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Ajuste de reclassificação 
Valor reclassificado para o resultado que fora inicialmente reconhecido como 
outros resultados abrangentes. Por exemplo, um juste de avaliação patrimonial 
(AAP) deve ser reconhecido diretamente no PL, fazendo parte dos resultados 
abrangentes. Quando da realização do instrumento financeiro ao qual esse AAP 
se refere, o valor será finalmente reconhecido no resultado, como receita ou 
despesa, ou seja, será reclassificado. 
Resultado abrangente 
Mutação que ocorre no PL que resulta de transações e outros eventos que não 
sejam derivados de transações com os sócios na sua qualidade de 
proprietários. Essas transações com os sócios são, basicamente, aporte de 
capital e distribuição de lucros. 
O resultado abrangente contempla todos os componentes da demonstração do 
resultado (DRE) e da demonstração dos outros resultados abrangentes (DRA). 
1.2 - Demonstrações contábeis 
Finalidade das DCs 
As DCs são uma representação estruturada da posição patrimonial e financeira 
e do desempenho da entidade cujos objetivos são: 
 proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do 
desempenho e dos fluxos de caixa da entidade 
 oferecer informação que seja útil a um grande número de usuários em 
suas avaliações e tomada de decisões econômicas. 
 apresentar os resultados da atuação da administração, em face de seus 
deveres e responsabilidades 
Para satisfazer a esses objetivos as DCs proporcionam informação acerca de: 
 ativos; 
 passivos; 
 patrimônio líquido; 
 receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; 
 alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e 
distribuições a eles; e 
 fluxos de caixa. 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
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Usuários das DCs 
As DCs são elaboradas para usuários externos em geral, com finalidades 
distintas e necessidades diversas. 
O objetivo das DCs é fornecer informações que sejam úteis na tomada de 
decisões econômicas e avaliações diversas por parte dos usuários em geral, 
sem atender a nenhuma necessidade específica. 
As bancas adoram afirmar que as DCs se destinam aos usuários internos ou 
que as autoridades tributárias podem determinar que as demonstrações sejam 
feitas da maneira x ou y. Isso está errado. 
 
 
Com relação a esse ponto, quero que vocês levem para 
a prova duas informações preciosas sobre as DCs: 
São feitas para usuários externos; 
Não são feitas para atender necessidade específica de 
nenhum grupo; 
 
Muito bem! O objetivo das Dcs é fornecer informações sobre a entidade. Essas 
informações devem ser úteis para investidores existentes e em potencial, 
a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada 
decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade. 
Aqui temos que fazer uma pausa para deixar claro esse aspecto dos usuários. 
As DCs são destinadas a usuários externos em geral, como já vimos: 
investidores, governo, acionistas, empregados e outros. Porém, o CPC deixa 
claro que três grupos de usuários devem ser olhados com mais cuidado pela 
entidade, os quais são chamados de usuários primários, são eles: 
 Investidores (atuais e potenciais); 
 Credores por empréstimo (Financiadores); 
 Outros credores 
 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
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Usuários primários, são eles: 
Investidores (atuais e potenciais); 
Credores por empréstimo (Financiadores); 
Outros credores 
 
DCs requeridas na visão do CPC 
O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: 
 BP - balanço patrimonial; 
 DRE - demonstração do resultado; 
 DRA - demonstração do resultado abrangente; 
 DMPL - demonstração das mutações do patrimônio líquido; 
 DFC - demonstração dos fluxos de caixa; 
 NE - notas explicativas (políticas contábeis e outras informações); 
 DVA - demonstração do valor adicionado 
 balanço patrimonial do período mais antigo quando: 
 for aplicada política contábil retrospectivamente 
 for apresentada retrospectiva de itens das DCSs 
 forem reclassificados itens das DCs; 
 
Na publicação normal do balanço já são mostrados dados comparativos do 
período anterior. Este último item, que fala em BP adicional quer dizer o 
seguinte: se a empresa aplicou uma política diferente retroagindo até 2010, 
terá que publicar BPs com a nova política mostrando os efeitos desde esse 
período. 
Até há pouco tempo, a DRA poderia ser incluída na DMPL. Agora, DRA não 
pode mais ser incluída na DMPL, tendo que ser apresentada separadamente. 
Note que o CPC apresenta as NEs como sendo um tipo de demonstração. Na 
prática as NEs não são uma demonstração, pois não são auditadas, elas 
apenas fazem parte do conjunto que deve ser apresentado, para melhorar a 
qualidade da informação. 
 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
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A DRA não pode mais ser incluída na DMPL, tendo que 
ser apresentada separadamente. 
 
DCs exigidas pela 6404: 
Vamos fazer um paralelo entre o que é exigido pelo CPC e pela 6404, pois a 
banca pode citar especificamente a referência, e devemos estar preparados 
para isso. 
Art. 176 - Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base 
na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações 
financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da 
companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
 BP - balanço patrimonial BP; 
 DLPA - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; 
 DRE - demonstração do resultado do exercício; e 
 DFC - demonstração dos fluxos de caixa; 
 DVA - demonstração do valor adicionado, se companhia aberta. 
 
A obrigatoriedade da DFC é dispensada para companhias fechadas cujo PL for 
menor do que R$ 2 milhões. 
A CVM obriga as companhias de capital aberto a publicarem a DMPL. 
A DLPA deverá indicar o valor dos dividendos por ação, e poderá ser incluída 
na DMPL, caso a companhia a publique. 
 
A DLPA poderá ser incluída na DMPL, caso a companhia 
a publique. 
 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria eExercícios – Aula 06 
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Além das DCs, a administração pode apresentar relatórios próprios que julgue 
convenientes. Eles estão fora do âmbito do CPC e podem versar sobre: 
 fatores e influências que determinam o desempenho; 
 fontes de financiamento; 
 recursos da entidade não reconhecidos nas DCs, por não atenderem aos 
requisitos; 
 informações de cunho ambiental e social. 
 
1.3 - Considerações gerais 
A entidade deve declarar nas NEs que suas DCs estão de acordo com o CPC. 
Políticas contábeis inadequadas não podem ser retificadas por meio de notas 
explicativas. Não adianta aplicar um método inadequado e tentar explicar nas 
NEs. Nesse caso, a contabilização deve ser refeita, com as políticas adequadas. 
Se, numa situação extrema, a administração vier a concluir que o uso do CPC 
conduziria a uma apresentação tão enganosa que entraria em conflito com o 
objetivo das DCs, a entidade não aplicará o requisito em questão e, a não ser 
que seja vedado do ponto de vista legal e regulatório, divulgará o seguinte: 
 que a administração concluiu que as DCs apresentam de forma 
apropriada a posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos 
de caixa da entidade; 
 que aplicou o CPC, exceto um requisito específico, com o propósito de 
obter representação apropriada; 
 qual o requisito foi deixado de lado; 
 para cada período, o impacto financeiro da não aplicação do requisito, 
em comparação com o que ocorreria se houvesse sido aplicado. 
 
Se a não aplicação do requisito for legalmente vedada, a entidade deve 
mostrar também, nas NEs, o que ocorreria com essa não aplicação ocorresse. 
Turma, a finalidade dessas disposições é garantir que a informação que 
garante a representação fidedigna esteja sempre presente, 
independentemente de requisito legal. 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
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O negócio é o seguinte, e é importante que entendamos: 
Se em um caso raro, aplicar o CPC resultar em informação distorcida, a 
entidade não aplica (e assim temos a informação fidedigna na DC) e divulga 
nas NEs o valor que teria caso aplicasse. 
Se estiver proibida de não aplicar, ela aplica. E divulga nas NEs o valor que 
teria caso não aplicasse (nesse caso essa é a informação fidedigna). 
Continuidade 
As DCs devem ser elaboradas no pressuposto da continuidade, a menos que a 
administração tenha intenção de liquidar a entidade ou cessar seus negócios, 
ou ainda não possua uma alternativa realista senão a descontinuidade de suas 
atividades. 
Quando as DCs não forem elaboradas no pressuposto da continuidade, esse 
fato deve ser divulgado, juntamente com as bases sobre as quais as DCs 
foram elaboradas e a razão pela qual não se pressupõe a continuidade da 
entidade. 
Regime de competência 
As DCs, exceto a DFC, devem utilizar o regime de competência. 
 
Materialidade e agregação 
Devem ser apresentados separadamente nas DCs cada classe de itens 
semelhantes, a menos que sejam imateriais. 
Se um item não for individualmente material, deve ser agregado a outros 
itens, seja nas DCs, seja nas NEs. 
 
Compensação de valores 
A entidade não deve compensar ativos e passivos, ou receitas e despesas, a 
menos que a compensação seja exigida ou permitida pelo CPC. 
Alguns casos em que se podem apresentar valores compensados, ou em que a 
apresentação líquida não é considerada compensação: 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
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 ativos líquidos de provisões 
 receitas apresentadas pelo seu valor justo 
 transações cuja essência seja representada pela receita já líquida das 
despesas: 
 ganhos e perdas na alienação de ativos não circulantes 
 despesas provisionadas e que foram reembolsadas (por exemplo, 
acordo de garantia do fornecedor). 
 ganhos e perdas de diferenças cambiais 
 ganhos e perdas provenientes de instrumentos financeiros classificados 
como para negociação. 
 
Nos dois últimos casos, se houver episódio material deve ser relatado 
isoladamente. 
Frequência de apresentação das DCs 
Pelo menos anualmente. Se houver alteração de data de fechamento, deve ser 
indicado o motivo. 
Informação comparativa 
Deve-se divulgar informação comparativa referente ao período anterior. 
Se houver aplicação de política contábil retrospectivamente ou divulgação 
retrospectiva de itens de suas DCs, ou ainda, reclassificação de itens de suas 
DCs, deve-se apresentar, no mínimo, 3 BPs e 2 de cada uma das demais DCs, 
bem como as respectivas notas explicativas. Os BPs devem retroagir até a 
data mais antiga em que houve alteração. 
Quando houver reclassificação de itens, os valores e motivos devem ser 
indicados. 
Consistência de apresentação 
A apresentação e a classificação de itens nas DCs devem ser mantidas de um 
período para outro, salvo se: 
 for evidente que outra forma seja mais apropriada 
 algum CPC requerer alteração na apresentação 
 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
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Apresentação e Identificação das DCs 
Este item pode parecer óbvio, mas DCs devem conter: 
 o nome da entidade 
 se as DCs se referem a uma entidade individual ou a um grupo de 
entidades; 
 período de reporte ou o período coberto pelo conjunto de DCs ou notas 
explicativas; 
 a moeda de apresentação 
 o nível de arredondamento usado na apresentação dos valores nas DCs. 
 
As DCs podem ser apresentadas em milhares ou milhões de unidades da 
moeda, desde que o nível de arredondamento na apresentação seja divulgado 
e não seja omitida informação material. 
Divulgações Adicionais 
Informações que devem obrigatoriamente ser apresentadas no BP ou em NEs 
Desmembramento de contas, classificadas de forma adequada às operações da 
entidade. Isso normalmente é feito no BP. 
Informações que devem obrigatoriamente ser apresentadas no BP, na DMPL ou 
nas NEs: 
 descrição da natureza e da finalidade de cada reserva dentro do PL 
 valores e motivos de reclassificações de itens de passivo financeiro e de 
PL 
 para cada classe de ações do capital: 
 a quantidade de ações autorizadas; 
 a quantidade de ações subscritas e integralizadas, e subscritas mas 
não integralizadas; 
 o valor nominal por ação, ou informar que as ações não têm valor 
nominal; 
 a conciliação entre as quantidades de ações em circulação no início 
e no fim do período; 
 os direitos, preferências e restrições associados a essa classe de 
ações, incluindo restrições na distribuição de dividendos e no 
reembolso de capital; 
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 ações ou quotas da entidade mantidas pela própria entidade (ações 
ou quotas em tesouraria) ou por controladas ou coligadas; e 
 ações reservadas para emissão em função de opções e contratos 
para a venda de ações, incluindo os prazos e respectivos 
montantes; e 
 
2 - Balanço Patrimonial 
Muito bem! Antes de iniciarmos o estudo do BP, vou apresentar uma relação 
de itens mínimos que o CPC exige que sejam discriminados, e algumas 
observações adicionais. Farei isso porque nessa relação constam algumas 
nomenclaturas peculiares, que o examinador pode pedir numa questão literal. 
Informação mínima a ser apresentada no BP segundo o CPC: 
 caixa e equivalentes de caixa 
 clientes e outros recebíveis 
 estoques 
 ativos financeiros 
 ativos classificados disponíveis para venda – instrumento Financeiro 
 ativos à disposição para venda – imobilizado de operação descontinuada 
 ativosbiológicos 
 investimentos avaliados pelo método da equivalência patrimonial 
 propriedades para investimento 
 imobilizado 
 intangível 
 contas a pagar comerciais e outras 
 provisões 
 obrigações financeiras 
 obrigações e ativos relativos à tributação corrente 
 impostos diferidos ativos e passivos 
 obrigações associadas a ativos à disposição para venda 
 participação de não controladores (destacada dentro do PL) 
 capital integralizado 
 reservas 
 outras contas atribuíveis aos proprietários da entidade 
 
 
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O CPC não prescreve a ordem ou o formato que deva ser utilizado na 
apresentação das contas do BP, mas a ordem legal deve ser observada. 
Além dos itens mínimos, outras divisões podem ser feitas observando: 
 contas devem ser incluídas sempre que o tamanho, natureza ou função 
de um item ou agregação de itens similares apresentados 
separadamente seja relevante na compreensão da posição financeira; 
 a nomenclatura a ordem de apresentação ou agregação de itens 
semelhantes podem ser modificadas de acordo com a natureza da 
entidade e de suas transações. 
 
Para algumas entidades, como instituições financeiras, a apresentação por 
ordem crescente ou decrescente de liquidez proporciona informação que é 
confiável e mais relevante do que a apresentação em circulante e não 
circulante, pelo fato de que tais entidades não fornecem bens ou serviços 
dentro de um ciclo operacional claramente identificável. 
Vejamos o que nos diz a lei 6404 sobre o BP: 
Art. 178 - No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a 
análise da situação financeira da companhia. 
No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez 
dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
 
 Ativo circulante; 
 Ativo não circulante, composto por: 
 ativo realizável a longo prazo 
 investimentos 
 imobilizado 
 intangível. 
 
No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
 
 Passivo circulante; 
 Passivo não circulante; 
 Patrimônio líquido,dividido em: 
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 capital social 
 reservas de capital 
 ajustes de avaliação patrimonial 
 reservas de lucros 
 ações em tesouraria 
 prejuízos acumulados. 
 
Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de 
compensar serão classificados separadamente. 
As contas semelhantes poderão ser agrupadas e os pequenos saldos poderão 
ser agregados, desde que indicada a sua natureza e desde que não 
ultrapassem 10% do valor do respectivo grupo. 
É vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou 
"contas-correntes". 
Esse é o formato atual do BP: 
Balanço Patrimonial 
Ativo (A) Passivo (P) 
Circulante Circulante 
 Não Circulante 
Não Circulante Patrimônio Líquido (PL) 
 Realizável Longo Prazo Capital Social 
 Imobilizado Reservas de Capital 
 Investimentos Reservas de Lucros 
 Intangível Ajustes Avaliação Patrimonial 
 Ações em Tesouraria 
 Prejuízos Acumulados 
 
2.1 - Equação do Patrimônio 
Vamos falar um pouco sobre esse assunto, pois vi várias questões a esse 
respeito, e, como se trata de itens do BP, não queremos ter surpresas. 
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Com base no BP, montamos a seguinte equação patrimonial: 
A = P + PL 
A partir dessa igualdade podemos isolar os termos referentes aos elementos e 
achar o valor de qualquer um deles. 
 
 
A = Ativo ou Capital Total 
P = Passivo ou Capital de Terceiros 
PL = Patrimônio Líquido, Situação Líquida, Capital 
Próprio ou Passivo Não Exigível 
 
 
Situações Patrimoniais 
 A > P  Situação Líquida Positiva ou Superavitária  PL > 0 
 A < P  Situação Líquida Negativa ou Deficitária  PL < 0 
Também chamada de Passivo a Descoberto 
 A = P  Situação Líquida Nula  PL = 0 
 
Em qualquer das três situações o PL será representado graficamente como na 
figura acima: do lado direito, abaixo do Passivo. Outrora havia representações 
que colocavam o PL negativo do lado esquerdo, abaixo do Ativo. Não se faz 
mais isso. 
 
 
No ativo as contas são dispostas em ordem decrescente 
de grau de liquidez. 
 
No passivo as contas são dispostas em ordem 
decrescente de grau de exigibilidade. 
 
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2.2 - Ativo 
Ativo Circulante na 6404 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do 
exercício seguinte; 
Por exemplo: 
Balanço em 31/12/2012. Classificam-se como Circulantes os ativos realizáveis 
até 31/12/2013. 
No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou 
empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, diretores, acionistas ou 
participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na 
exploração do objeto da companhia; 
Ativo Circulante no CPC 26 
O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos 
seguintes critérios: 
 espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou 
consumido no decurso normal do ciclo operacional da entidade; 
 está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; 
 espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou 
 é caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para 
liquidação de passivo se encontre vedada durante pelo menos doze 
meses após a data do balanço. 
Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulante. 
 
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Na companhia em que o ciclo operacional tiver duração 
maior que o exercício social, a classificação no 
circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse 
ciclo. 
 
2.2.1 - Ativo Circulante 
Conteúdo do grupo 
 Caixa 
 Bancos conta movimento 
 Disponibilidades 
 Créditos de curto prazo 
 Estoques 
 Títulos mantidos para negociação 
 Benfeitorias Reembolsáveis em Imóveis de Terceiros 
 (-) EPCLD ou PDD – retificadora 
 (-) Provisão para ajuste de estoque a valor de mercado - retificadora 
 (-) Ajuste a valor presente – retificadora 
 
Os impostos diferidos ativos ou passivos não devem ser classificados como 
circulantes. 
Observação sobre cheques: 
Se o cliente mandou um cheque para fazer o pagamento, ele deve ser 
registrado na conta caixa, até ser enviado ao banco. 
Se o cliente depositou o cheque na conta da empresa, o registro é direto na 
conta bancos. 
 
2.2.2 - Ativo Não Circulante – Realizável a longo prazo 
Conteúdo do grupo 
 Créditos de longo prazo 
 Empréstimos a diretores 
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 Empréstimos a sócios 
 Empréstimos a coligadas 
 Empréstimos a controladas 
 Outros débitos de coligadas e controladas 
 Benfeitorias Reembolsáveis em Imóveis de Terceiros 
 IR diferido 
 (-) EPCLD ou PDD – retificadora 
 (-) Ajuste a valor presente – retificadora 
 
Independentementedo prazo, devem ser classificados como realizável a longo 
prazo: 
Vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou 
controladas, diretores, acionistas ou participantes no lucro, que não 
constituírem negócios usuais da companhia. 
 
 
Ativos referentes a crédito concedido a coligadas, 
controladas, diretores, acionistas ou participantes, que 
não forem negócios usuais, ficam sempre no longo 
prazo. 
Para passivos na mesma condição não há essa 
exigência, segue-se a regra normal do prazo. 
 
2.2.3 - Ativo Não Circulante – Investimentos 
São participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer 
natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à 
manutenção da atividade da empresa. 
Conteúdo do grupo 
 Participações em coligadas 
 Participações em controladas 
 Ações de coligadas 
 Ações de controladas 
 Imóveis alugados 
 Obras de arte 
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 Antiguidades 
 Ágio na aquisição de ações 
 Aplicações em incentivos fiscais 
 Imóveis sem utilização 
 Ações de outras companhias 
 (-) Provisão para ajuste a valor de mercado – retificadora 
 (-) Ajuste a valor presente - retificadora 
 
 
 
Softwares 
 
Se só puderem ser utilizados em equipamento 
específico, por exemplo, sistema operacional, ficam 
registrados junto com o equipamento, no imobilizado. 
 
Se forem autônomos, por exemplo, sistema de controle 
de projetos, ficam registrados no intangível. 
 
2.2.4 - Ativo Não Circulante – Imobilizado 
 
São direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção 
das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, 
inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os 
benefícios, riscos e controle desses bens; 
Conteúdo do grupo 
 Máquinas e equipamentos 
 Automóveis 
 Imóveis para uso da empresa 
 Edificações para uso da empresa 
 Terrenos para uso da empresa 
 Gastos de capital 
 Computadores 
 Programas de computador que só funcionam em determinado 
equipamento 
 Móveis e utensílios 
 Instalações 
 Imobilizações em andamento 
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 Florestamento e reflorestamento 
 Leasing financeiro obtido 
 (-) Depreciação acumulada – retificadora 
 (-) Exaustão acumulada – retificadora 
 (-) Perdas por teste de recuperabilidade - retificadora 
 
 
Benfeitorias em imóveis de terceiros 
 
Se forem reembolsáveis ficam no circulante ou no 
realizável a longo prazo. 
 
Se forem não reembolsáveis ficam no imobilizado e se 
sujeitam à amortização pelo tempo do contrato. 
 
2.2.5 - Ativo Não Circulante – Intangível 
São direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção 
da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio 
adquirido. Fundo de comércio equivale a ponto comercial ou carteira de 
clientes, por exemplo. 
Para ser reconhecimento como intangível o ativo deve: 
 ser identificável, ou seja: 
 ser separável da entidade 
 resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais. 
 ser controlado pela entidade 
 ser gerador de benefícios econômicos futuros 
 
Conteúdo do grupo 
 Marcas e patentes 
 Fundo de comércio adquirido 
 Direitos de concessão e permissão dados pelo poder público 
 Direitos de franquia 
 Programas de computador autônomos 
 Direitos autorais 
 (-) Amortização acumulada - retificadora 
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 (-) Perdas por redução ao valor recuperável 
 (-) Perdas por teste de recuperabilidade - retificadora 
 
Fim do Ativo Diferido. 
 
Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido 
que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá 
permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização, 
sujeito à análise sobre a recuperação... (impairment). 
 
2.3 – Passivo 
Passivo é um termo que genericamente pode definir todo o lado direito do BP, 
ou seja, a parte exigível (PC + PNC) e a não exigível (PL). 
Nesta aula, quando falamos em passivo, estamos falando na parte exigível. 
Passivo na 6404 
6404 - Art. 180 - As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para 
aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo 
circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não 
circulante, se tiverem vencimento em prazo maior. 
2.3.1 - Passivo Circulante no CPC 26 
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos 
seguintes critérios: 
 espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da 
entidade; 
 está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; 
 deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; 
 a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo 
durante pelo menos doze meses após a data do balanço. Mesmo que o 
credor tenha opção de converter seu crédito em instrumentos 
patrimoniais, isso não deve afetar a classificação do passivo. 
 
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. 
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Conteúdo do grupo 
 Fornecedores 
 Obrigações tributárias a pagar ou a recolher 
 Obrigações financeiras 
 Adiantamento de clientes 
 Provisões 
 Receitas antecipadas 
 Dividendos a pagar 
 Crédito de coligadas 
 Créditos de acionistas 
 Empréstimos e Financiamentos 
 Prêmio de debêntures 
 Juros ativos a vencer 
 Notas promissórias descontadas 
 Credores por duplicatas 
 Credores hipotecários 
 Participações no lucro a pagar 
 Debêntures CP 
 Encargos financeiros antecipados 
 (-) Juros a transcorrer - retificadora 
 (-) Encargos financeiros a transcorrer – retificadora 
 (-) Custos de transação a apropriar - retificadora 
 
Um passivo deve permanecer como circulante, mesmo que um acordo de 
refinanciamento, ou de reescalonamento de pagamento a longo prazo seja 
completado após a data do balanço e antes de as DCs serem autorizadas para 
sua publicação. Nesse caso, poderá ser reclassificado no próximo BP. 
Se a entidade tiver a expectativa e o poder discricionário, para refinanciar ou 
substituir (roll over) uma obrigação por pelo menos doze meses após a data do 
balanço, deve classificar a obrigação como não circulante, mesmo que 
originalmente fosse devida dentro de período mais curto. Contudo, quando o 
refinanciamento não depender somente da entidade, a obrigação é classificada 
como circulante. 
Quando a entidade quebrar um acordo de um empréstimo de longo prazo 
antes da data do BP, tornando o passivo vencido e pagável à ordem do credor, 
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o passivo deverá ser classificado como circulante. Mesmo que o credor tenha 
concordado, após a data do balanço e antes da data da autorização para 
emissão das DCs, em não exigir pagamento antecipado, o passivo passa para 
circulante. Se essa concordância aconteceu antes da data do BP, pode-se 
manter o passivo como não circulante. 
Aqui vale a pena definir “covenant”: é um termo citado no CPC para definir as 
obrigações contratuais em operações de tomada de recurso pela entidade. 
Eventos que se ocorrerem entre a data do balanço e a data em que as DCs 
forem autorizadas para serem emitidas,não originam ajustes nas DCs (ou 
seja, o passivo fica como circulante mesmo): 
 refinanciamento para uma base de longo prazo; 
 retificação de quebra de covenant de empréstimo de longo prazo; e 
 concessão por parte do credor de dilação de prazo para retificar a quebra 
de covenant de empréstimo de longo prazo. 
 
2.3.2 - Passivo Não Circulante 
Conteúdo do grupo 
 Receitas diferidas 
 Debêntures LP 
 Provisões 
 Obrigações de Longo prazo 
 (-) Juros a transcorrer - retificadora 
 (-) Encargos financeiros a transcorrer – retificadora 
 (-) Custos de transação a apropriar - retificadora 
 (-) Custo de receitas diferidas a apropriar - retificadora 
 
 
Resultado de exercícios futuros (REF) foi extinto e o 
saldo existente em 31/12/2008 deverá ser 
reclassificado para o passivo não circulante em conta 
receita diferida. 
 
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2.3.3 – Provisões 
Na visão do CPC, provisão é um passivo de prazo ou valor incertos. Por isso, é 
inapropriada a utilização do termo “provisão” para definir itens como 
depreciação, redução ao valor recuperável de ativos e créditos de liquidação 
duvidosa. 
Tais itens são, na essência, ajustes dos valores contábeis de ativos e não são 
tratados como provisões pelo CPC. 
O que diferencia as provisões de outros passivos como contas a pagar e 
apropriações por competência é a incerteza que existe, no caso da provisão, 
sobre o prazo ou o valor do desembolso futuro necessário para a sua 
liquidação. 
Provisões 
São reconhecidas como passivo, pois se pode fazer uma estimativa confiável 
de seu valor e é provável que uma saída de recursos que incorporam 
benefícios econômicos seja necessária para liquidar a obrigação. 
Reconhecimento da Provisão 
Uma provisão deve ser reconhecida quando: 
 a entidade tem uma obrigação presente como resultado de evento 
passado; e 
 seja provável que será necessária uma saída de recursos que incorporam 
benefícios econômicos para liquidar a obrigação; e 
 possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação. 
As três condições devem ser atendidas. 
Passivo contingente 
Caso falte uma das condições para o reconhecimento de uma provisão, temos 
um passivo contingente. A entidade não deve reconhecer um passivo 
contingente. 
O passivo contingente é divulgado em NE, a menos que seja remota a 
possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos. 
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Passivos contingentes 
Não são reconhecidos como passivo porque: 
 ainda não são obrigações pois são apenas possíveis (e não 
prováveis) 
ou 
 são obrigações presentes mas não satisfazem os critérios de 
reconhecimento porque 
 não é provável que seja necessária uma saída de recursos 
para liquidar a obrigação 
ou 
 não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável 
do valor da obrigação 
 
A diferença entre possível e provável é dada por maior ou menor probabilidade 
de ocorrer. Normalmente as bancas falam em possível e provável, mas, em 
termos numéricos, 51% de chances de ocorrer é provável, 49% é possível. 
 
2.4 - Patrimônio Líquido 
Conteúdo do Grupo 
 Capital social 
 (-) Capital integralizar - retificadora 
 Reservas de capital 
 Reservas de lucros 
 (-) Ações em tesouraria - retificadora 
 (-) Prejuízos acumulados - retificadora 
 Ajustes de avaliação patrimonial credores 
 (-) Ajustes de avaliação patrimonial devedores – retificadora 
 Lucros acumulados – só pode existir transitoriamente 
 Participação dos não controladores - só existe na consolidação 
 
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2.4.1 - Capital Social 
É a parte do PL que representa o valor das ações subscritas da sociedade. 
Divide-se em integralizado (ou realizado) e não integralizado (não realizado). 
Quando a entidade resolve constituir ou aumentar seu capital, ela o faz com a 
colocação de ações no mercado. As ações subscritas são aquelas que alguém 
já se comprometeu a adquirir, e formam o capital subscrito. 
Para que o capital seja considerado integralizado, é necessário que aqueles 
que subscreveram ações transfiram para a sociedade o valor correspondente à 
sua parcela no capital. Enquanto isso não é feito, temos uma parte do capital 
que fica designada como “a integralizar” ou “a realizar”. 
2.4.2 - Ajustes de avaliação patrimonial 
Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não 
computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de 
competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor 
atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação 
a valor justo, nos casos previstos na 6404 ou em normas da CVM. 
2.4.3 - Ações em tesouraria 
As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da 
conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na 
sua aquisição. 
2.4.4 - Lucros ou prejuízos acumulados 
A conta de lucros acumulados só existe durante o exercício. No fechamento do 
balanço o lucro porventura apurado deve ser totalmente destinado a reservas 
ou distribuído, encerrando-se a conta. Se houver prejuízo acumulado, este 
deve aparecer no PL. 
Absorção do Prejuízo 
Os prejuízos apurados devem ser absorvidos obrigatoriamente e na seguinte 
ordem de contrapartida: 
 Lucros acumulados 
 Reservas de lucros 
 Reserva legal 
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Utilizados os saldos das contas obrigatórias e ainda remanescendo prejuízo, 
este poderá ser absorvido em contrapartida de: 
 Reservas de capital. 
2.4.5 - Participação dos não controladores 
Na consolidação do BP de investidoras, a participação dos acionistas não 
controladores deverá aparecer destacada em conta no PL. Veremos isso na 
aula de consolidação. 
2.4.6 - Reservas 
Reservas são itens do PL. Vamos dar uma passada por cada uma delas. 
Reservas de capital 
Reservas de capital representam acréscimos ao patrimônio líquido que não 
transitam pela conta de resultado da companhia. 
6404 Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, 
por dedução, a parcela ainda não realizada. 
 
Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: 
 
 a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor 
nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor 
nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do 
capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de 
debêntures ou partes beneficiárias; 
 
 o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de 
subscrição; 
 
Então temos três reservas de capital: 
 Ágio obtido na emissão de ações; 
 Produto da alienação de partes beneficiárias; 
 Produto da alienação de bônus de subscrição. 
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Só temos três reservas de capital 
 
 Ágio obtido na emissão de ações; 
 Produto da alienação de partes beneficiárias; 
 Produto da alienação de bônus de subscrição. 
 
 
Partes beneficiárias 
São títulos negociáveis emitidos pela companhia, sem relação com o capital 
social e sem valor nominal. 
Conferem aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, 
consistente na participação nos lucros anuais. 
A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive para formaçãode 
reserva para resgate, se houver, não ultrapassará 10% dos lucros. 
Bônus de subscrição 
A companhia poderá emitir, dentro do limite de aumento de capital autorizado 
no estatuto, títulos negociáveis denominados "Bônus de Subscrição“. 
Estes conferirão aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, 
direito de subscrever ações do capital social, que será exercido mediante 
apresentação do título à companhia e pagamento do preço de emissão das 
ações. 
 
 
Prêmio obtido na emissão de debêntures e doações e 
subvenções governamentais não são mais considerados 
Reservas de Capital. 
 
 
 
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Subvenções 
As doações e subvenções condicionais são classificadas como “a apropriar” no 
passivo não circulante. Se forem incondicionais são reconhecidas diretamente 
como receita. 
Prêmio na Emissão de Debêntures 
Prêmio na emissão de debêntures ou de outros títulos e valores mobiliários é o 
valor recebido que supera o de resgate desses títulos na data do próprio 
recebimento ou o valor formalmente atribuído aos valores mobiliários. São 
reconhecidos como passivos não circulantes “a apropriar”. 
Reservas de Lucros 
São as seguintes: 
 Reserva legal 
 Reserva estatutárias 
 Reserva para contingências 
 Reserva de incentivos fiscais 
 Reserva de retenção de lucros 
 Reserva de lucros a realizar 
 Reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos 
 
Reserva Legal 
Sua finalidade é a proteção do capital social e é obrigatória por lei. 
É constituída com 5% do lucro líquido do exercício (LLE). 
Forma de cálculo geral: 
5% x (LLE – Prejuízos acumulados) 
Temos aqui 3 regras que são de conhecimento obrigatório para vocês, meus 
caros! 
 Limite máximo obrigatório: 
 
 20% do Capital Social é o máximo! 
 A reserva legal só pode ser constituída até esse valor. 
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 Constituição opcional da reserva legal: 
 Se reserva legal + reservas de capital maior ou igual a 30% do 
Capital Social, a empresa pode deixar de fazer a constituição da 
reserva. 
 
 A reserva legal só pode ser utilizada para duas finalidades: 
 compensar prejuízos ou 
 aumentar o capital social 
 
Reservas estatutárias 
São reservas criadas pelo estatuto da empresa para finalidades diversas. 
6404 - Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma: 
 indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; 
 fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que 
serão destinados à sua constituição; e 
 estabeleça o limite máximo da reserva. 
A reserva estatutária não poderá ser aprovada em prejuízo da distribuição dos 
dividendos obrigatórios. Ou seja, só se cria a reserva se os dividendos 
estiverem pagos. 
Reservas de contingências 
Sua finalidade é preservar a distribuição de dividendos. 
6404 Art. 195 - A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da 
administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a 
finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente 
de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. 
A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda 
prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a 
constituição da reserva. 
A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que 
justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda. 
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Reservas de incentivos fiscais 
Art. 195 A - A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de 
administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro 
líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para 
investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo 
obrigatório. 
Para essa reserva podem ir os lucros advindos de doações e subvenções 
recebidas e já apropriadas. 
 
Reservas de retenção de lucros 
6404 Art. 196 - A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da 
administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em 
orçamento de capital por ela previamente aprovado. 
Trata-se de reserva que é constituída para financiar os planos de investimento 
da sociedade. Essa também não pode ser constituída em prejuízo do 
pagamento de dividendos. 
 
Reservas de lucros a realizar 
6404 Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório 
ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembléia-geral 
poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à 
constituição de reserva de lucros a realizar. 
Podem ser descontados do cálculo, pois não se consideram realizados os lucros 
provenientes de: 
 resultado líquido positivo da equivalência patrimonial 
 o lucro cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do 
exercício social seguinte 
A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do 
dividendo obrigatório. 
 
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Exemplo: 
receitas à vista 200 
receitas de curto prazo 100 
receitas de longo prazo 50 
receitas de MEP 450 
LLE 800 
Lucro não realizado 500 (MEP + LP) 
Lucro realizado 300 
Dividendos 40% do LLE 320 
 
Teria que pagar 320, mas como só realizou 300, paga os 300 e constitui 
reserva de lucros a realizar no valor de 20. 
Reserva especial para dividendos obrigatórios não distribuídos 
Seu intuito é preservar a condição financeira da entidade. 
6404 Art. 202 ... O dividendo não será obrigatório no exercício social em que 
os órgãos da administração informarem à assembléia-geral ordinária ser ele 
incompatível com a situação financeira da companhia. 
Os lucros que deixarem de ser distribuídos por esse motivo serão registrados 
como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios 
subsequentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o permitir a 
situação financeira da companhia. 
Limite para reservas de lucro 
O somatório das reservas de lucros, não poderá ultrapassar o capital 
social. Atingindo esse limite, a assembléia deliberará sobre aplicação do 
excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de 
dividendos. 
Não entram nesse cálculo: (logo, não possuem limite) 
 reservas de contingências 
 reservas de incentivos fiscais 
 reservas de lucros a realizar 
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Reserva de reavaliação 
Não pode mais ser feita. 
Os saldos existentes nas reservas de reavaliação deverão ser mantidos até a 
sua efetiva realização ou estornados até o final do exercício social em que esta 
lei entrar em vigor. 
 
Bem, por hoje basta de teoria! Vamos exercitar os conhecimentos. 
Vamos adiante!!! 
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Exercícios Resolvidos 
1 – Cespe 2013 Bacen - Do total do capital subscrito na constituição de uma 
sociedade, pelo menos 5% devem ser integralizados em dinheiro; e o restante, 
em bens que possam ser avaliados em dinheiro. 
 
Errado. 
 
Vamos ver o que diz a lei 6404 sobre a constituição inicial do capital social: 
 
Art. 80. A constituição da companhia depende do cumprimentodos seguintes 
requisitos preliminares: 
I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se 
divide o capital social fixado no estatuto; 
II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do 
preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; 
III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário 
autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado 
em dinheiro. 
Parágrafo único. O disposto no número II não se aplica às companhias para as 
quais a lei exige realização inicial de parte maior do capital social. 
 
O mínimo a ser integralizado em dinheiro é de 10%, podendo esse percentual 
ser maior caso lei específica assim exija. 
 
Gaba: E 
 
2 – Cespe 2013 Bacen - No balanço patrimonial de uma empresa constituída 
no exercício de 2012, as aplicações de recursos em gastos pré-operacionais 
são classificadas no ativo não circulante. 
 
Caros, esta trouxe um conceito que não mais existe na Contabilidade: o 
reconhecimento de despesas pré-operacionais como ativo diferido. Essa conta 
ainda existe, mas com novo tratamento. 
 
Professor, o que seria certo hoje, com as novas regras? 
 
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Despesas pré-operacionais podem se tornar simplesmente despesas (e é 
esse o caso se nada for falado) ou podem se transformar em parte do custo do 
ativo, e passarem a fazer parte de seu valor (isso tem que estar expresso). 
 
Essa integração ao valor ativo acontece no caso de despesas relacionadas ao 
processo de preparação de máquinas e equipamentos para deixá-los em 
condições de operar. Nesse caso os gastos são integrados ao custo do 
imobilizado. Veremos em aulas futuras que no valor de um imobilizado estão 
presentes todos os gastos vinculados à sua aquisição ou construção e todos os 
necessários para colocá-los em condições de funcionamento (transporte, 
seguro, tributos não recuperáveis, montagem, testes, e outros). 
 
No caso de despesas pré-operacionais relacionadas à administração e às 
vendas e também às atividades que se realizam para deixar as instalações em 
condições normais de operação temos, simplesmente, despesas normais do 
exercício. 
 
Vocês já devem ter reparado que quando se fala em contas de clientes, 
fornecedores, contas a pagar, contas a receber, empréstimos, estamos 
classificando tudo no circulante (curto prazo). Façam sempre assim. Quando 
for não circulante (longo prazo), a banca vai dar alguma sinalização, exceto, é 
claro, se estivermos tratando daquelas contas que obrigatoriamente devem 
ficar no não circulante. 
 
Gaba: E 
 
3 – Cespe 2013 Bacen - A provisão para devedores duvidosos é uma conta 
retificadora do ativo circulante constituída com base no princípio da prudência. 
 
A assertiva dessa questão foi dada como errada pela banca, e o gabarito não 
foi alterado. Julgo que eles tenham se apegado ao termo “ativo circulante”, 
haja vista que a PDD pode ser retificadora do AC ou do ANC, a depender da 
conta que está retificando. 
 
Vamos ver o que é a PDD ou EPCLD? 
 
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Expectativa de perda com clientes de liquidação duvidosa EPCLD 
Essa é uma conta de provisão para perdas por inadimplência na carteira de 
títulos a receber, mais conhecida como PDD – Provisão para devedores 
duvidosos. Esse nome não é mais adequado, pois o CPC entende que não se 
trata de uma provisão na acepção essencial do termo. 
A EPCLD é uma retificadora da conta duplicatas a receber (que existe tanto no 
AC quanto no ANC – RLP), e deve ser constituída como uma reserva para 
possíveis perdas, em atendimento aos princípios da prudência 
(principalmente) e da competência (complementarmente). 
A EPCLD jamais deve ser constituída com valores além ou aquém do 
necessário, sob pena de afetar-se a neutralidade e, por conseguinte, a 
utilidade da informação. 
Lembrem-se de que a neutralidade deve sempre ser observada, exceto nos 
casos em que a mudança de metodologia para a produção de informação 
neutra implique relação incabível de custo benefício. Contudo, em questões de 
prova, essa exceção deverá estar bem expressa no enunciado, caso contrário 
devemos considerar que qualquer falha na neutralidade implica a perda da 
utilidade da informação. 
Usualmente é aceito pela maioria dos examinadores que a contrapartida da 
EPCLD (e das demais provisões) seja sempre uma despesa. 
 
Gaba: E 
 
4 – Cespe 2013 Bacen - A empresa Alfa realizou investimento no momento 
da constituição da empresa Beta no valor total de $ 5.000,00 em ações 
ordinárias, sem mais-valia nem goodwill. O capital total de Beta ・de $ 
15.000,00, representado somente por ações ordinárias. Durante o exercício, 
Beta incorporou ao seu patrimônio líquido o valor de $ 3.000,00, referente aos 
lucros gerados e não distribuídos. No exercício seguinte, Alfa realizou 
isoladamente um aumento de capital em Beta no valor de $ 5.000,00. Após 
essa integralização, o patrimônio líquido de Beta passou a ser representado 
pelo capital de $ 20.000,00 (somente ações ordinárias) e o lucro do exercício 
anterior totalmente incorporado à reserva de lucros. Nessa situação, o ativo de 
Alfa deve apresentar o valor reconhecido de $ 11.500,00 como investimento 
realizado em Beta. 
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Vamos analisar os fatos: 
 
Situação inicial 
Capital de Beta: 15 000 
Participação de Alfa: 5000 ou 1/3 
 
Final do exercício: 
Capital de Beta: 15 000 
Reserva de lucros: 3 000 (lucros gerados e não distribuídos) 
Participação de Alfa: 5 000 ou 1/3 
Alfa aumenta participação integralizando, sozinha, 5000. 
 
Nova situação: 
Capital de Beta: 20 000 
Reserva de lucros: 3 000 
Participação de Alfa: 10 000 ou 50% 
 
PL total = 23 000 
Investimento de Alfa, reconhecido pelo MEP: 11 500 (50% do PL de Beta) 
 
Gaba: C 
 
5 – Cespe 2013 MPU - Segundo a legislação societária, os direitos cujo 
objeto sejam mercadorias devem ser avaliados pelo custo de aquisição, 
deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for 
inferior. Essa regra é um exemplo da aplicação, na contabilidade, do princípio 
da prudência. 
 
Correto. 
 
Essa forma de avaliação, que estudamos nas aulas anteriores, nada mais é do 
que a aplicação de um dos aspectos do princípio da prudência, que determina, 
para os ativos, a utilização do menor valor entre dois conhecidos. 
 
Gaba: C 
 
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6 – Cespe 2013 Bacen - O custo corrente de um ativo representa o valor, em 
caixa ou equivalentes de caixa, que deveria ser pago para que esse ativo ou 
um ativo equivalente fosse adquirido na data ou no período das demonstrações 
contábeis. O gasto necessário para a reposição dos estoques de uma empresa 
na data do balanço é um exemplo de custo corrente. 
 
Correto. Vamos recordar? 
 
Bases de Mensuração 
 
 
Ativo Passivo 
Valor é 
descontado? 
Custo 
Histórico 
Valor na data da 
aquisição 
Valor recebido ou valor 
para liquidar no curso 
normal das operações 
Não 
Custo 
Corrente 
Valor para adquirir na 
data do balanço 
Valor para liquidar na 
data do balanço 
Não 
Valor 
Realizável 
Valor obtido pela venda 
de forma ordenada 
Valor para liquidar no 
curso normal das 
operações 
Não 
Valor 
Presente 
Valor presente do fluxo 
de entradas esperado no 
curso normal 
Valor presente do fluxo 
de saídas para liquidar no 
curso normal 
Sim 
ValorJusto 
É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo 
liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma 
transação sem favorecimentos. 
 
Gaba: C 
 
7 – Cespe 2013 Bacen - Os empréstimos concedidos a sociedades coligadas 
e controladas, realizáveis no curso do exercício social subsequente e que não 
sejam caracterizados como negócios usuais na exploração do objeto social da 
companhia, devem ser classificados no ativo circulante. 
 
Errado. Esse tipo de empréstimo fica no ANC – RLP. 
 
Ativo na 6404 
No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do 
exercício seguinte; 
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No ativo não circulante - realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o 
término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, 
adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas, 
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não 
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; 
 
Gaba: E 
 
8 – Cespe 2013 Bacen - As reservas para contingências destinam-se a 
compensar, no futuro, a diminuição do lucro da companhia advinda de perdas 
julgadas prováveis, cujo valor possa ser estimado. Essas reservas devem ser 
revertidas no exercício em que ocorrer a perda ou quando as razões que 
justificaram a constituição da reserva deixarem de existir. 
 
Certo! 
 
Reservas de contingências 
 
Sua finalidade é preservar a distribuição de dividendos. 
6404 Art. 195 - A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da 
administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a 
finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente 
de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. 
 
A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda 
prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a 
constituição da reserva. 
 
A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que 
justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda. 
 
Gaba: C 
 
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9 – Cespe 2013 Bacen - A reserva de lucros a realizar pode ser constituída 
no exercício em que o valor do dividendo obrigatório ultrapassar a parcela 
realizada do lucro líquido do exercício. Nessa condição, o valor da reserva de 
lucros a realizar, se constituída pela empresa, será igual à diferença entre o 
montante do dividendo obrigatório e a parcela realizada do lucro líquido do 
exercício. 
 
Certo! 
 
Reservas de lucros a realizar 
6404 Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório 
ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral 
poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à 
constituição de reserva de lucros a realizar. 
 
Podem ser descontados do cálculo, pois não se consideram realizados os 
lucros provenientes de: 
 resultado líquido positivo da equivalência patrimonial 
 o lucro cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do 
exercício social seguinte 
 
A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do 
dividendo obrigatório. 
 
Gaba: C 
 
10 – Cespe 2013 Bacen - Os fundos de comércio adquiridos, quando 
destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, 
devem ser reconhecidos no ativo imobilizado. 
 
Errado. Já sabemos que fundo de comércio fica reconhecido no intangível. 
Ativo Não Circulante – Intangível 
São direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção 
da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio 
adquirido. 
Estudaremos o intangível em detalhes em aulas futuras. 
Gaba: E 
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11 – Cespe 2013 Bacen - Uma empresa que recorra a uma instituição 
financeira para realizar uma operação de descontos de duplicatas deverá 
reconhecer, no ato da contratação da operação, uma despesa financeira, cujo 
valor será igual à diferença entre o valor das duplicatas descontadas e o valor 
liberado como empréstimo pela instituição financeira. 
 
Errado. A despesa será apropriada ao longo do tempo, em atendimento ao 
princípio da competência. 
 
Vamos ver um exemplo: 
 
A empresa tem várias duplicatas a receber em carteira, e resolve descontar 
algumas delas, com vencimento em 30 dias, no valor de 200, junto ao banco, 
com juros de 5% ao mês. Temos 3 formas de representar esse evento. 
Lançamento atual, segundo os ditames do CPC. 
D Caixa 190 
D Juros a transcorrer (retific Dupls descontadas) 10 
C Duplicatas descontadas (Passivo) 200 
Fique atento. Devido à prevalência da essência sobre a forma, as duplicatas 
descontadas passaram a ser consideradas uma obrigação da empresa, pois ela 
pega junto ao banco um dinheiro que não é seu. 
Até há pouco tempo as contas de duplicatas descontadas e juros a transcorrer 
ficavam no ativo. Duplicatas descontadas era retificadora de duplicatas a 
receber, e os juros eram despesa antecipada. 
Anotem o entendimento da banca, que considerou errada a seguinte forma de 
registrar a operação, que ainda é pedida por algumas outras bancas. Nessa 
forma, os juros vão direto para o resultado, vamos ver. 
D Caixa 190 
D Despesa de Juros 10 
C Duplicatas descontadas 200 
 
Gaba: E 
 
 
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12 – Cespe 2013 Bacen - A amortização de dívida com desconto é evento 
que provoca os seguintes impactos no patrimônio da entidade que efetuou o 
pagamento: crédito em conta de disponibilidades, débito em conta de passivo 
e débito em conta de resultado pelo reconhecimento de despesa financeira. 
 
Errado. 
Vamos ver o que acontece em um pagamento com obtenção de desconto. 
 
Valor da dívida: 100 
Valor do desconto: 10 
Valor pago: 90 
 
Lançamento correto: 
D Conta a pagar 100 
C Caixa 90 
C Receita financeiro 10 
 
Lançamento errado que a banca apresentou: 
D Conta a pagar 
D Despesa financeira 
C Caixa 
 
Esse lançamento ocorreria se estivéssemos pagando uma conta com acréscimo 
de juros, e não com concessão de desconto. 
 
Gaba: E 
 
13 – Cespe 2013 Bacen - O balanço patrimonial deverá ser assinado pelos 
integrantes do conselho de administração em conjunto com o contador 
legalmente habilitado. 
 
Errado. 
 
Vamos ver o que diz a 6404: 
 
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Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros 
permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei 
e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar 
métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações 
patrimoniais segundo o regime de competência 
... 
§ 4º As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e 
por contabilistas legalmente habilitados. 
... 
O conselho de administração não se confunde com a administração (diretoria). 
 
Gaba: E 
 
14 – Cespe 2010 TRE BA - A provisão para créditos de liquidação duvidosa 
fundamenta-se no princípio contábil da prudência, que considera, entre as 
opções aceitáveis, o menor ativo. 
 
Correto. 
 
Inseriesta questão apenas para complementar o assunto da EPCLD visto na 
questão acima. Vejam que aqui a banca falou apenas em ativo (sem citar se é 
circulante ou não). Mais uma vez a conta é associada ao princípio da 
prudência. 
 
Gaba: C 
 
15 - Cespe 2011 CBM DF - Julgue os itens seguintes, relativos ao custo para 
tomada de decisões e às demonstrações contábeis. 
A reserva de capital, composta pelas contas de ágio na emissão de ações, 
alienação de partes beneficiárias e alienação de bônus de subscrição, é 
representada por valores recebidos pela empresa que transitaram no resultado 
do exercício. 
 
Reservas de capital 
Reservas de capital representam acréscimos ao patrimônio líquido que não 
transitam pela conta de resultado da companhia. 
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Só temos três reservas de capital 
 
 Ágio obtido na emissão de ações; 
 Produto da alienação de partes beneficiárias; 
 Produto da alienação de bônus de subscrição. 
 
 
Gaba: E 
 
16 - Cespe 2011 PC ES - Para fim de registro e mensuração contábil dos 
elementos patrimoniais de uma entidade, é indiferente se esta pretende 
continuar com suas atividades por prazo indefinido ou encerrá-las em data 
preestabelecida no futuro próximo. 
 
Errado. As DCs são elaboradas com base no pressuposto da continuidade das 
operações da entidade. Caso haja expectativa de fim de atividades ou de 
operação por tempo determinado, regras específicas devem ser aplicadas. 
 
Gaba: E 
 
17 - Cespe 2011 TJ ES - Diversos são os tipos de usuários interessados nas 
informações contidas nas demonstrações contábeis das entidades. Um desses 
grupos é constituído pelos clientes, cujo interesse é tanto maior quanto maior 
forem a sua dependência e a concentração nos fornecimentos de algumas 
poucas entidades. 
 
Usuários das DCs 
As DCs são elaboradas para usuários externos em geral, com finalidades 
distintas e necessidades diversas. 
O objetivo das DCs é fornecer informações que sejam úteis na tomada de 
decisões econômicas e avaliações diversas por parte dos usuários em geral, 
sem atender a nenhuma necessidade específica. 
A hipótese levantada no enunciado é bastante real. 
 
Gaba: C 
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18 - Cespe 2011 TJ ES - Com base na legislação das sociedades por ações, 
julgue os itens a seguir. 
Quando a legislação tributária permitir que a sociedade adote critérios diversos 
dos prescritos pelos princípios contábeis, que lhe sejam mais favoráveis na 
apuração dos tributos devidos, essa pessoa jurídica deverá proceder a ajustes 
na sua escrituração mercantil, mencionando as circunstâncias em nota 
explicativa. 
 
Venho dizendo isso desde a aula 00. As bancas adoram afirmar que as DCs se 
destinam aos usuários internos ou que as autoridades tributárias podem 
determinar que as demonstrações sejam feitas da maneira x ou y. Isso está 
errado. Se a autoridade tributária estabelece uma forma diferente de apurar 
alguma coisa (como no caso do lucro real, lembram?), isso deve ser feito sem 
afetar as DCs. 
 
Gaba: E 
 
19 - Cespe 2011 TJ ES - Na formalização do aumento de capital de uma 
companhia, o adiantamento de capital correspondente será baixado, mediante 
lançamento a débito, creditando-se o capital social. 
 
Vamos ver do que o examinador está falando. Vai haver um aumento de 
capital, e um sócio adianta valores para a sociedade, com o intuito de 
participar dessa operação, cuja formalização vai acontecer a posteriori. 
Vejamos os lançamentos: 
No adiantamento: 
D Disponibilidades 
C Adiantamento para integralização de capital (Passivo) 
Na formalização do aumento de capital: 
D Adiantamento para integralização de capital (Passivo) 
C Capital Social 
Certo, portanto, o enunciado. 
 
E se o pagamento acontecesse na formalização? 
D Disponibilidades 
C Capital Social 
Gaba: C 
TONY
Realce
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20 - Cespe 2011 TJ ES - Com base na legislação das sociedades por ações, 
julgue os itens a seguir. As notas explicativas que complementam as 
demonstrações financeiras compreendem não só as informações obrigatórias 
não contidas nas próprias demonstrações, como também informações 
adicionais quando o conteúdo das demonstrações for insuficiente. 
 
Confuso, mas está correto. Vejam, as NEs só podem ter duas coisas: 
Informações sobre itens que estão nas DCs, complementando a informação 
sobre eles. 
 
Informações sobre itens que não atenderam aos critérios para reconhecimento, 
mas que foram considerados importantes. Nesse caso pode-se entender que o 
conteúdo das DCs é insuficiente para a análise completa, sendo necessárias as 
NEs. 
 
Gaba: C 
 
21 - Cespe 2011 Correios - Julgue os seguintes itens, relativos ao 
reconhecimento de passivos e suas provisões. Deve-se registrar em conta de 
passivo uma obrigação presente que provavelmente requeira um sacrifício de 
ativos. 
 
Perfeito. Relembrem a definição de passivo da aula inicial. Devemos registrar 
quando se tratar de uma obrigação presente que provavelmente requererá a 
saída de benefícios econômicos (sacrifício de ativos) para a sua liquidação. 
 
Gaba: C 
 
22 - Cespe 2011 Correios - Quando uma obrigação presente ou possível 
provavelmente não exija sacrifício de ativos, o reconhecimento de qualquer 
provisão é inexigível. Entretanto, exige-se a divulgação como passivo 
contingente. 
 
Passivo contingente 
 
Caso falte uma das condições para o reconhecimento de uma provisão, 
temos um passivo contingente. A entidade não deve reconhecer um passivo 
contingente. 
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O passivo contingente é divulgado em NE, a menos que seja remota a 
possibilidade de uma saída de recursos que incorporam benefícios econômicos. 
 
Passivos contingentes 
Não são reconhecidos como passivo porque: 
 ainda não são obrigações pois são apenas possíveis (e não 
prováveis) 
ou 
 são obrigações presentes mas não satisfazem os critérios de 
reconhecimento porque 
 não é provável que seja necessária uma saída de recursos 
para liquidar a obrigação 
ou 
 não pode ser feita uma estimativa suficientemente confiável 
do valor da obrigação 
Gaba: C 
 
23 - Cespe 2011 Correios - A divulgação de um passivo contingente é feita 
no grupo de passivos não circulantes. 
 
Acabamos de ver que o passivo contingente é divulgado em NEs. 
 
Gaba: E 
 
24 - Cespe 2011 Correios - Acerca da estrutura conceitual para elaboração e 
apresentação de demonstrações contábeis, conhecida como CPC 00 e 
recepcionada pelo Conselho Federal de Contabilidade, julgue os itens a seguir. 
O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui o balanço patrimonial, 
a demonstração do resultado do exercício, a demonstração de mutações do 
patrimônio líquido, a demonstração de fluxo de caixa, a demonstração de valor 
adicionado e as demonstrações e relatórios de análise gerencial. 
 
DCs requeridas na visão do CPC 
O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: 
Contabilidade para Analista do TRE PE 
Teoria e Exercícios – Aula 06 
Professor Marcelo Seco 
 
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 BP - balanço patrimonial; 
 DRE - demonstração do resultado; 
 DRA - demonstração do resultado abrangente; 
 DMPL - demonstração das mutações do patrimônio líquido; 
 DFC - demonstração dos fluxos de caixa; 
 NE - notas explicativas (políticas contábeis e outras informações); 
 DVA

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