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Aula 1 e 2 - Sistema de Produção Bovino de Corte

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18\03 Aula 2 – Produção de Bovinos de Corte 
Características do animal: Categorias, raças, instalações (áreas, como otimiza-las), manejo... todas essas características determinam como irá se chegar ao produto final. 
Categorias: Se eu tenho todas as etapas da produção nas propriedades ou cria (tem as matrizes com vacas que irão parir, os reprodutores e o produto do acasalamento que é o terneiro - reprodução), recria (crescimento – animais jovens – terneiro recém-desmamados até 1 ano e os animais durante o período de transição em que esse limite se dará, ou pela terminação ou pela fase de cria -> até atingir a puberdade) e terminação (onde ocorre a engorda dos animais, tanto machos e fêmeas que não serão usados para reprodução, é uma fase rápida com duração média de 3-6 meses). A recria tem uma duração variável (7 meses até 2 anos- é preciso saber o que se fazer com esses animais). A fase de terminação não é crescimento e sim o depósito de gordura do animal. Num sistema intensivo, em torno de 1 ano ele estará pronto para ser abatido. A engorda não é exclusiva de animais jovens, mas é sempre num período curto (1 mês até 6 meses). Se a cria, recria e terminação está ocorrendo numa propriedade, o ciclo é completo. As vezes o produtor se especializa em uma categoria ou duas. É assim que se consegue definir as características do sistema de produção. Primeira coisa é o objetivo do produtor-> ex: propriedade de ciclo completo a base de pasto; propriedade de produção de terneiros. 
Tradicionalmente:
EXTENSIVO x INTENSIVO
 Produção Intensiva onde o ciclo ocorre mais rápido, em menos tempo, o animal está confinado; o confinamento é uma forma de controlar melhor os fatores de produção, mas não é sinônimo de produção intensiva; pode se ter um sistema intensivo à pasto; a grande diferença do sistema intensivo à pasto e a produção extensiva é a forma como se usa o recurso de pastagem -> no sistema intensivo, se tem a produção em menos tempo, vai usar o pasto de forma distinta, os índices produtivos serão maiores -> ao intensificar um sistema de produção, se gerencia de forma mais eficiente os fatores de produção tendo um maior controle do que está ocorrendo na propriedade- nível tecnológico se refere ao controle dos fatores de produção, saber os índices produtivos do rebanho para identificar onde estão os problemas, onde se pode melhorar!. 
Produção Extensiva- tem baixo índice produtivo, com baixos índices tecnológicos, não controla sua produção.
Confinamento à pasto e o Semiconfinamento é a mesma coisa de sistema intensivo a pasto onde se divide os animais em piquetes menores (áreas menores por rebanho- se controla o número de animais) e se usa a suplementação associado a dieta do animal. 
É preciso de parâmetros para avaliar os sistemas de produção. A intensificação da produção é uma melhora no sistema de produção. Como se faz isso em pecuária de corte? Forma de mensurar a produtividade: 
kg de peso vivo por hectare ano, é uma das maneiras de avaliar a rentabilidade de um sistema produtivo (ganho individual e ganho por área é diferente). 
Produção por área baixo no sistema extensivo nível 1- sistema tradicional na pecuária de corte no campo nativo;
No nível 2, começou a melhorar o manejo do rebanho, fazendo o ajuste de lotação, ou seja, ajustando a quantidade de animais por área em razão da quantidade de forragem- controle de quanto alimento tem para o animal comer; se faltar comida num momento de mais exigência, como vaca que está com um terneiro ao pé- controla a exigência dos animais e a disposição de alimentos (em que época as forrageiras vão produzir e quanto). Oferta de forragem não é a mesma coisa que disponibilidade de forragem- disponibilidade significa o pasto que está ali naquela área, não se fala de animal; a oferta é quilos de matéria seca para cada 100kg de peso vivo.
No nível 3, começa-se a trabalhar com adubação de base, equilibrar o meio de produção do solo, onde se começa a gastar- Cálcio, fósforo e potássio em que é usado o calcário para se tentar corrigir a acidez do solo para tentar melhorar a produção de forragem. 
No nível 4, coloca o nitrogênio que tem uma resposta mais positiva do solo, como se fosse uma suplementação. Isso tudo é o melhoramento dos fatores de produção. 
No nível 5 tem a introdução de espécies de inverno com um elevado aumento de produtividade. Representação do sistema extensivo para o sistema intensivo. É preciso começar pela base: ela está sadia, qual é o alimento que estou oferecendo. 
Gráfico: as curvas representam o ganho de peso e até um certo momento o ganho está aumentando e depois diminui. Tem uma linha vertical que é a faixa recomendada para se trabalhar (o máximo de produção): de que forma se analisa o manejo de pastagem. Primeira linha é o ganho de peso por área G\ha e o GMD – kg é a produção individual de cada um desses animais. Em baixo se tem a oferta de forragem com valor percentual- kg matéria seca a 100kg peso vivo. Carga animal é a quantidade de kg de peso vivo por hectare. A produção cai pois conforme vai aumentando a oferta 12kg de matéria seca para cada 100kg peso vivo, começa a diminuir pois é preciso olhar para o pasto e para o animal: quanto maior a oferta de forragem, vai ser o menor número de animais por área, se faz sobrar mais alimentos, tem que ter um menor números de animais- relação inversa. A produção por área diminuiu porque estou deixando poucos animais por área, ele começa a cair antes do ganho individual. Uma maior oferta de alimento cursa num maior ganho de peso. Num ajuste de lotação é preciso saber quanto se está ofertando para esse animal. Um bovino come em média de matéria seca 3% do seu peso vivo, que vai chegar de 10-12kg (isso varia se é macho fêmea, idade, se é lactante, vazia). No máximo do desempenho individual do animal, a oferta da forragem seria de 2-3x a mais. Ajuste de taxa de lotação depende do objetivo da produção. A oferta de forragem deve ser equilibrada, em sistema de pastejo rotacionado as ofertas são menores, mas num pastejo contínuo em que os animais permanecem nessas áreas mais tempo, a oferta deve ser maior.
Aula 25\03 Aula 3 – Bovino de Corte – Contexto de Produção
O Brasil, dentro do cenário mundial, é um dos mais importantes produtores de bovino de corte. Mas é mais focado na exportação. 
- O Brasil possui 221,81 milhões de cabeças de gado: escala de produção, volume, consequentemente se tem bons índices produtivos. 
- Estão distribuídos em quase 165 milhões de hectares: importância das pastagens. 
Sistema Extensivo ou Sistema Intensivo a pasto: área de pastagens é muito maior do que a produção agrícola no país. 
- Abate-se 39,2 milhões de cabeça por ano. Depende do tipo de categoria: faixa etária do animais abatidos são os animais jovens. Dos 39 milhões abatidos, gera 9,71 milhões de toneladas na produção de carne. Toda a carne produzida, 7,7 milhões (79%) permanece no mercado interno (ciclo mais rápido na produção de aves- carne mais consumida no Brasil). 2,032 milhões (20,9%) vai para exportação, sobretudo países asiáticos. 
Taxa de ocupação (lotação): 1,34 cab\ha (cabeças por hectare- pouco mais de 1 animal por hectare) e Lotação: 0,94 UA\ha (unidade animal 450kg de peso vivo- padronização) -> a mesma informação sendo colocada de uma maneira diferente. Quantas unidades animais são colocadas por hectare depende da pastagem, espécie forrageira que se terá. Os índices estão baseados no sistema extensivo.
Abate: Taxa de desfrute- é um índice que avalia a produtividade. Está dizendo quanto estou comercializando em relação ao estoque, o total da propriedade, uma relação proporcional, percentual. No Brasil, o desfrute real está em 19,4%- os animais que permanecem na propriedade é um número muito maior em relação ao que se vende. Numa propriedade que se trabalha com terminação, a taxa de desfrute será maior- engordou, se vende (desfrute de 80-90%), o objetivo é atingiro peso e ir para o abate. Na fase de cria, o desfrute será menor, não se vende as matrizes, e sim os terneiros, muitas permanecem na propriedade (desfrute em torno de 30-40%). Taxa média de desfrute de 20% não está tão baixa, considerando todas as categoriais de produção, mas poderia ser melhor. Uso do confinamento: 4 milhões de cabeças, em torno de 10% do abate total- indicativo de que a intensificação é usada pouco no país (é exclusivo para fase de terminação). Peso médio de carcaça: 250kg e o rendimento médio de carcaça é de 52%, que é o que vira carne. Logo, em torno de 500kg é o peso de abate. Rendimento razoável mas poderia ser melhor. Exporta-se animais vivos: devido ao status sanitário (Febre Aftosa), é um comércio específico (países mulçumanos que terminam a engorda nos próprios países- questões culturais e religiosas). Raça- gado continental (mais robusto) é um comércio de animais vivos, fonte de renda interessante SC. Carne industrializada (11%), subprodutos (11%), in natura (77%).
O rebanho vem aumentando ao longo dos anos, áreas de pastagens oscilam, assim como o confinamento que varia muito com a agricultura dos grãos- se tiver caro, o gado vai para o pasto. A taxa de lotação está similar, avaliação na parte de pastagens tem informações que não estão claras. A exportação de animais vivos teve um crescimento nos últimos anos. 
Como está distribuído esse rebanho no país: maior parte do rebanho está no Centro-Oeste do país, observa-se que ao longo de 40 anos, teve um aumento significativo do rebanho, sobretudo a partir dos anos 2000- isso reflete o avanço das fronteiras dentro do pais e a concentração do rebanho dentro do país, tem bastante produção no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Acre- efetivo bovino nos estados. 
Quanto aos países produtores de carnes: o maior produtor de carne é os EUA e tem um rebanho muito menor, o Brasil é o 2º (só porque tem um rebanho grande). O Brasil é o maior exportador. Os EUA investem em melhoramento genético, nutrição, manejo, sanidade, eles trabalham na produção de forma intensiva- é por isso que mesmo tendo um rebanho menor, eles produzem mais.
O Brasil comercializa ela como uma Commodity: a carne é comercializada em grande quantidade, essa perspectiva de comercio é para produtores que tem volume a comercializar, não tem uma diferenciação por tipo de produto. Para os pequenos produtores, tem que investir em produtos diferenciados: investir em rastreabilidade. Campos das Tropas: pastos nativos (preservação do pasto natural dos bovinos) cria-se uma identidade com a região. É preciso conquistar o consumidor, com a identidade cultural regional- influencia do tropeirismo- relação histórica com a pecuária de corte que nasceu no campo nativo. Diferenciação do produto final: raças britânicas, precoces, criadas a pasto nativo, é mais maciez, sabor e saúde.

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