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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCHS Licenciatura em Pedagogia UNIRIO/CEDERJ DISCIPLINA: HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO I Professora coordenadora: Priscilla Leal Mello Professora mediadora: Fernanda Correia AD 1 - Semestre 2020.2 Deverá ser entregue exclusivamente pela plataforma até as 23h59 do dia 13 de setembro. Elabore um texto argumentativo para demonstrar como os conceitos de Memória individual e coletiva (conteúdo do Aula 3) foram apropriados pelos Narradores de Javé, como derradeiro esforço para a construção de uma identidade histórica capaz de proteger a cidade da destruição. BOA LEITURA! BOM FILME! Nome: Valéria Luz de Almeida Matrícula: 18216080191 Polo; Saquarema O filme “Narradores de Javé”trata da importância dos relatos históricos através da memória coletiva e a construção da História de uma sociedade e seus entrelaçamento com a História da Humanidade. O resgate da memória histórica de um vilarejo que está prestes a ser destruído pela construção de uma Usina Hidrelétrica, está nas mãos de um homem que precisa construir a memória de um povoado através das narrativas de seu povo. Antônio Biá, funcionário do Posto dos Correios, é o único habitante que sabe usar a escrita em um lugarejo onde a população é predominantemente analfabeta e foi escolhido pelos moradores para fazer um registro científico da história do povoado. A memória coletiva busca a possibilidade da reconstrução da História através da escrita e salvar o povoado do esquecimento. Percebe-se durante os relatos, versões diferentes sobre um mesmo tema, o herói “Indalécio”. A divergência entre as histórias dificultam o registro das memórias feita por Antônio Biá e apresentam o que entendemos por memória individual, onde as narrativas se entrelaçam com a identidade de seus interlocutores. O primeiro homem narra uma história épica com “Indalécio” e podemos perceber que uma mulher ao narrar traz o universo feminino, com a heroína “Maria Dina”, os gêmeos, que afirmam serem herdeiros das terras de “Indalécio”e disputam a paternidade e as tensões vividas na família, apresentando fotos como registro da história, o morador negro traz “Indaleô”, um herói negro. Cada personagem tem seu relato que marca a sua etnia. A memória coletiva passada pela através das histórias contadas e recontadas pelos moradores de Javé, formaram a identidade do lugarejo, mas a sua preservação está ameaçada por não ter um registro histórico. Para os moradores, a “história científica”, além de transformar o lugarejo em Patrimônio Histórico e impedir seu desaparecimento, também não deixa que suas memórias fiquem imersas nas águas da usina e dessa forma perpetuem. Apesar da busca de um registro histórico, a cultura e tradição de “Javé” não conseguem impedir a chegada do progresso. Antônio Biá não faz o registro por encontrar dificuldades em relatar histórias tão diversas, onde de prova material e em comum nos relatos, é o sino da cidade. Ao ver a cidade ser inundada, o povo entende a importância de suas memórias para construção do presente e fortalecimento da sua identidade. Antônio Biá, passa a fazer o registro dos acontecimentos para gerações futuras. O lugarejo se constrói e reconstrói através das memórias dos moradores. O sino aparece no final do filme para novas histórias no presente e ressignificar o passado. “Narradores de Javé” é uma narrativa que representa muitos lugares que desapareceram com a chegada do progresso e do desenvolvimento tecnológico e que trouxeram mudanças na cultura, mas não na identidade do povo. Licenciatura em Pedagogia UNIRIO/CEDERJ
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