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E-book-semiologia-v.1.2

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Dr. Charles Rios Souza
E-BOOK
SEMIOLOGIA
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Esta obra é protegida pela lei número 9.610 
dos Direitos Autoriais de 19 de Fevereiro de 
1998, sancionada e publicada no Diário Oficial 
da União em 20 de Fevereiro de 1998.
Em vigor a lei número 10.693, de 1 de Julho 
de 2003, que altera os artigos 184 e 186 do 
Código Penal em acrescenta Parágrafos ao 
artigo 525 do Código de Processo Penal.
SEMIOLOGIA
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AUTOR
Dr. Charles Rios Souza
• Vice-coordenador do serviço de marca-passo do HC-UFMG
• Título de especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela 
ABEC/DECA
• Residência em Eletrofisiologia não invasiva e Estimulação Cardíaca 
Artificial pelo Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia - SP
• Residência em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese de 
Cardiologia - SP
• Residência em Medicina Interna pelo HJK/FHEMIG - MG
• Graduação em Medicina pela UFJF - MG
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ÍNDICE
1. Introdução .........................................................................................05
2. Pulsos Arteriais .................................................................................05
3. Pulsos Venosos ...............................................................................07
4. Bulhas Cardíacas ...............................................................................10
5. Sopros Cardíacos ...............................................................................11
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1. INTRODUÇÃO
 O tema semiologia é de grande importância nas 
provas do TEC. Ao ano são cobradas entre 5 e 12 questões. 
Neste capítulo, faremos uma abordagem geral. No entanto, 
gostaria que tivessem especial atenção para os seguintes 
temas, pois eles são garantidos nas provas anualmente:
- Ondas do pulso venoso
- Manobras e fases da respiração que modificam os 
sopros
- Desdobramento de segunda bulha
1.1 PULSOS ARTERIAIS
PULSO RADIAL
Pulso em martelo d’água, Corrigan ou célere - elevação abrupta 
e queda rápida.
Ex: IAo, fístulas arteriovenosas.
Pulso parvus et tardus - elevação lenta e pulso fraco, melhor 
avaliado na carótida.
Ex: EAo.
Pulso filiforme - pequena amplitude.
Ex: colapso circulatório
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Pulso alternante - variação da amplitude do pulso batimento a 
batimento, observa-se uma onda ampla e, em seguida, uma mais 
fraca.
Ex: IC avançada.
Pulso bisferens - percebem-se duas ondas no ápice da onda de 
pulso.
Ex: IAo crônica e NUNCA na IAo aguda.
Pulso dicrótico - percebe-se um segundo pulso na diástole.
Ex: choque hipovolêmico e balão intra-aórtico.
Pulso paradoxal - exagero de um achado normal, queda 
acentuada da amplitude do pulso durante a inspiração. O 
diagnóstico definitivo é dado quando há queda maior que 
10mmHg na pressão arterial sistólica com a inspiração. 
Ex: obesidade extrema, choque hipovolêmico, pericardite 
constritiva, embolia pulmonar maciça, tamponamento cardíaco, 
DPOC/Asma, gravideWz (OCHOPETADGRAÇA).
OCHOPETADGRAÇA
(MÉTODO MNEMÔNICO - PULSO PARADOXAL)
O: obesidade extrema
CHO: choque hipovolêmico
P: pericardite constritiva
E: embolia pulmonar maciça
TA: tamponamento cardíaco
D: DPOC, asma
GRAÇA: gravidez
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1.2 PULSOS VENOSOS
 A pressão venosa diminui com a inspiração, porém, 
em algumas patologias, essa pressão venosa se comporta de 
maneira contrária ao normal, ou seja, a pressão venosa aumenta 
com a inspiração. Nesses casos, estamos diante do SINAL DE 
KUSSMAUL. O SINAL DE KUSSMAUL reflete a incapacidade do 
coração direito em receber volume. E é encontrado na pericardite 
constritiva, mas também na miocardiopatia restritiva, embolia 
pulmonar, infarto de ventrículo direito e insuficiência cardíaca 
avançada. (PEMTEIA).
 
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PEMTEIA (MÉTODO MNEMÔNICO 
SINAL DE KUSSMAUL)
PE: pericardite constritiva
M: miocardiopatia restritiva
TE: tromboembolismo pulmonar (TEP)
I: infarto de ventrículo direito
IC A: avançada
Ondas do pulso venoso 
ONDAS DO PULSO VENOSO
Onda “a”: reflete a contração atrial. Todas as alterações que 
reduzem a complacência do VD aumentam a onda “a”. Um 
achado muito característico é a onda “a” em canhão, encontrada 
nas dissociações atrioventriculares, como o BAVT, pois o átrio 
direito contrai com a valva tricúspide fechada, gerando uma onda 
muito grande, por isso, o nome “onda a em canhão”. Outro achado 
característico é a ausência de onda “a” na fibrilação atrial (FA), 
pois esta é gerada pela contração atrial, o que não encontramos 
na FA. Sua localização no ECG é imediatamente antes do QRS. 
Descenso “x”: é provocada pelo relaxamento atrial. A sucção 
atrial provocada pela sístole ventricular traciona a valva 
tricúspide e o assoalho atrial para baixo. 
Onda “c”: reflete a contração ventricular, que interrompe o 
descenso “x”, ao empurrar a valva tricúspide em direção ao átrio 
direito. Ao ECG é encontrada entre o QRS e a onda T.
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Onda “v”: reflete o enchimento passivo atrial, encontra-se 
aumentada em todas as patologias que levam ao enchimento 
mais rápido do átrio, tanto pela veia cava quanto pela valva 
tricúspide incompetente. Exemplos: insuficiência tricúspide (IT) e 
comunicação interatrial (CIA). Ao ECG se localiza imediatamente 
após a onda T.
Descenso “y”: é a saída passiva de sangue do átrio para o 
ventrículo direito. Encontra-se atenuado em patologias que 
dificultam essa saída, como tamponamento cardíaco, estenose 
tricúspide. Encontra-se acentuado quando o enchimento 
diastólico ventricular é rápido e precoce como na pericardite 
constritiva, onde observamos o SINAL DA RAIZ QUADRADA, que 
apresenta um início íngreme e término abrupto.
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1.3 BULHAS CARDÍACAS
SEGUNDA BULHA – B2
DESDOBRAMENTO DE SEGUNDA BULHA
FIXO CIA.
VARIÁVEL
• Atraso de P2.
• Precocidade de A2.
• BRD, estenose pulmonar.
• Insuficiência mitral importante.
PARADOXAL
BRE, marca-passo, estenose aórtica, 
isquemia miocárdica e cardiomiopatia 
hipertrófica.
 
CICLO CARDÍACO
B1 ___ sístole ___ B2 ___ diástole ___ B1
Estalido de abertura mitral
Em condições normais nenhum ruído é auscultado durante a 
abertura da valva mitral. No entanto, em condições patológicas, 
na estenose mitral, um “estalido” é gerado por uma rápida 
inversão da posição da cúspide anterior da valva mitral. O 
gradiente entre as câmaras esquerdas, átrio e ventrículo, é 
inversamente proporcional à distância entre B2 e o estalido de 
abertura mitral. Portanto, quanto menor a distância entre B2 e o 
estalido de abertura mitral, maior o gradiente entre o AE e o VE 
e mais grave é a estenose mitral.
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Click do prolapso da valva mitral
 
As manobras que aumentam o retorno venoso, como 
agachamento ou posição de cócoras, distanciam o click do 
PVM de B1. Assim como as manobras que diminuem o retorno 
venoso, como ortostatismo, aproximam o click do PVM de B1.
SOPROS CARDÍACOS 
CMPH EAo PVM IM CIV EM IAo
Valsalva ã ä ã ä ä ä ä
Handgrip ä ã ã ã
Ortostatismo ã ä ã ä ä ä ä
Agachamento ä ã ä ã ã ã ã
Nitrito de 
amila ã ä ä ã ä
* Alterações dos sopros de acordo com as manobras executadas.
CMPH: cardiomiopatia hipertrófica; EAo: estenose aórtica; PVM: prolapso da valva 
mitral; 
IM: insuficiência mitral; EM: estenose mitral; IAo: insuficiência aórtica
A manobra de Valsalva e o ortostatismo diminuem 
todos os sopros do lado esquerdo do coração, com 
exceção do sopro da CMPH e o sopro do PVM.
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SOPROS ESPECIAIS
Sopro de Carey-Coombs: sopro mesodiastólicoda valvulite mitral 
reumática aguda.
Sopro de Graham Steel: sopro diastólico devido à regurgitação 
pulmonar, em razão da dilatação do anel, secundário a hipertensão 
pulmonar crônica. 
Rumor venoso: ruído sistodiastólico na porção superior do tórax, 
devido ao turbilhonamento de sangue no ponto em que a jugular 
interna se encontra com o tronco braquiocefálico. 
Atrito pericárdico: ruído provocado pelo roçar dos folhetos do 
pericárdio, quando esses deixam de ser lisos e umedecidos. É ouvido 
tanto na sístole quanto na diástole, ou seja, não apresentam relação 
com a fase do ciclo cardíaco. E ainda não apresenta irradiação.
Ruído do mixoma atrial ou “plop tumoral”: som de baixa frequência 
devido ao prolapso diastólico do tumor através da valva mitral, 
podendo gerar um sopro diastólico. 
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Sobre o Coordenador do Grupo: 
Diógenes Alcântara é mentor e investidor de HealthTechs 
e fundador do Grupo Preparatório Saúde EAD, pioneiro 
na preparação para provas de título. Atua no ensino 
médico desde 2002 quando, durante a faculdade de 
medicina, patenteou uma das primeiras plataformas 
de EAD do mundo, o LMS Flaaasp® AulaBRasil. Os 
primeiros cursos próprios do Grupo, ainda em 2006, 
foram o CardioCurso, OftalmoCurso, Pré Residência 
MEDaula e o MEDinvest.
Contato direto: Instagram.com/Diogenes_Saude
www.cardioaula.com.br

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