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Apostila nº 7 - Seção transversal e Terraplenagem

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E.T.E. I – Estudos de Traçados de Estradas – Profº Rogério Sant´Anna 
...18... 
FATEC 
Faculdade de Tecnologia de São Paulo 
SEÇÃO TRANSVERSAL 
 
Perpendicularmente ao eixo, a estrada é constituída pelos seguintes elementos: 
 
Faixa de tráfego é o espaço destinado ao fluxo de uma corrente de veículos. 
 
A largura de cada faixa de tráfego tem grande influência na segurança e no conforto 
dos veículos. É composta pela largura do veículo de projeto (aqui no Brasil o 
utilizado é o tipo CO) acrescida de um espaço de segurança (c): 
 
 cLL CO  2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 LCO 
 
 
Quanto maior for o espaço c, maior será a segurança e o conforto que a estrada 
proporcionará, entretanto, o custo da construção também cresce significativamente 
com o aumento da largura dos elementos que compõem o projeto. 
 
Faixas de tráfego com largura de 3,60 m são consideradas seguras e confortáveis; 
esse valor é obtido com o uso do veiculo padrão tipo CO, cuja largura é de 2,60 m e 
espaços de segurança c = 0,50 m. 
 
Um grande número de estradas brasileiras usa faixas de tráfego com largura L = 
3,50 m, que corresponde a espaços de segurança de 0,45 m. 
 
Para estradas locais, de baixo volume de tráfego ou baixa velocidade de projeto, é 
aceitável o uso de espaços de segurança menores. 
 
A tabela 11 mostra valores propostos pelas Normas de Projetos de Estradas de 
Rodagem do DNER: 
 
 
 
 
 
E.T.E. I – Estudos de Traçados de Estradas – Profº Rogério Sant´Anna 
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FATEC 
Faculdade de Tecnologia de São Paulo 
 
Tabela 11 – Largura da faixa de tráfego 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pista de rolamento é o conjunto de faixas de tráfego adjacentes. A largura de uma 
pista é a soma das larguras de todas as faixas que a compõem. 
 
Acostamentos são espaços adjacentes à pista de rolamento, destinados a paradas 
de emergência. 
 
É desejável que existam acostamentos ao longo de toda a estrada. Em rodovias com 
grande volume de tráfego, os acostamentos são imprescindíveis para garantir que 
não haja parada de veículos sobre as faixas de tráfego. 
 
Com a implantação de acostamentos ao longo da rodovia temos vários benefícios, 
tais como: 
 
 Criam os espaços necessários para que as faixas de tráfego fiquem livres. 
 Servem como áreas de escape para que veículos possam fugir ou pelo menos 
diminuir os efeitos de possíveis acidentes. 
 Ajudam a drenagem da pista e, quando pavimentados, protegem as bordas da 
pista. 
 Melhoram as condições de visibilidade nas curvas horizontais. 
 Garantem a inexistência de obstáculos próximos da pista, o que reduziria a 
capacidade de tráfego da estrada. 
 Criam espaços que podem, eventualmente, ser utilizados como parada de 
ônibus. 
 
 
 
E.T.E. I – Estudos de Traçados de Estradas – Profº Rogério Sant´Anna 
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FATEC 
Faculdade de Tecnologia de São Paulo 
É desejável que os acostamentos tenham no mínimo 3,00 m de largura, entretanto, 
como a redução da largura reduz o custo de construção, são comuns acostamentos 
com 2,50 m. 
A tabela 12 abaixo mostra valores propostos pelas Normas para Projeto de Estradas 
de Rodagem do DNER. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Taludes de corte tem normalmente a relação de 1:1 (H:V). 
Taludes de aterro tem normalmente a relação de 1,5:1 (H:V). 
 
Em ambos os casos a altura máxima dos taludes deve ser 8,00 m, caso seja necessário 
ultrapassar essa altura deve ser feito banquetas de corte ou de aterro, como mostra a figura 5. 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Banqueta de corte e aterro 
 
Plataforma – denomina-se plataforma o espaço compreendido entre os pontos 
iniciais dos taludes, isto é à base do talude no caso de corte e no topo do talude no 
caso de aterro. 
 
A plataforma contém pistas, acostamentos, arredondamento ou valeta e canteiro 
central no caso de pistas duplas. 
 
Arredondamento ou valeta – a vida do pavimento esta intimamente ligada á 
existência de uma drenagem eficiente que escoe para fora da estrada a água 
superficial em razão das chuvas e impeça a eventual chegada de águas de águas 
subterrâneas a base do pavimento 
 
 
E.T.E. I – Estudos de Traçados de Estradas – Profº Rogério Sant´Anna 
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FATEC 
Faculdade de Tecnologia de São Paulo 
 
É necessário que aja espaços suficientes na plataforma para a implantação de 
dispositivos adequados de drenagem longitudinal. 
 
Nas estradas de pista simples, é recomendado que sejam deixados espaços de 1,5m 
à 2,0 m adjacentes aos acostamentos .nas de pistas dupla ,além dos espaços 
laterais, são colocados dispositivos de drenagem ao longo do canteiro central. 
 
Canteiro central – nas estradas de pista dupla, é o separador que divide as pistas 
de rolamento. Pode ser constituído por defensas metálicas ou de concreto, por 
calçadas com guias, ou por canteiros gramados, que evitam erosão e compõem o 
paisagismo. 
 
Os dispositivos que separam pistas com sentidos de trafego opostos tem grande 
importância na segurança dos veículos. No caso de canteiros, deverão ter largura 
suficiente e forma adequada para evitar que veículos que saiam acidentalmente de 
uma pista possam atingir a pista de trafego oposto. 
 
Guias – As guias são usadas para disciplinar a drenagem, delinear e proteger as 
bordas do pavimento, melhorando a estética da estrada e reduzindo os custos de 
manutenção. 
 
São recomendadas para rodovias em áreas urbanas, onde a execução de valetas 
laterais é inviável. Nas áreas rurais, não é aconselhável o uso de guias. Dependendo 
do tipo e da posição, podem afetar a segurança e prejudicar o uso das estradas, pois 
muitas vezes, dificultam o escoamento de água nas proximidades do vértice da 
curva. 
 
Faixa de domínio – É a faixa de terra destinada à construção, à operação e às 
futuras ampliações da estrada. Deve ser definida de forma a oferecer o espaço 
necessário à construção da estrada, incluindo cristas de cortes, saias de aterro, 
obras complementares e uma folga de, no mínimo, 5 m para cada lado. 
 
Geralmente, nas proximidades de áreas urbanas são adotadas faixas mais largas, 
pois o desenvolvimento urbano valoriza os terrenos lindeiros, encarecendo eventuais 
desapropriações futuras. 
 
 
 
 
 
 
 
 
E.T.E. I – Estudos de Traçados de Estradas – Profº Rogério Sant´Anna 
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FATEC 
Faculdade de Tecnologia de São Paulo 
TERRAPLENAGEM 
 
Para o cálculo de terraplenagem é recomendado que se monte uma tabela de 
volumes de terraplenagem. 
 
Nesta tabela deve conter informações de área, semi-distância, volume de corte, 
volume de aterro, volume de aterro empolado e volume acumulado. 
 
Normalmente as áreas são tiradas da nota de serviço de plataforma acabada onde 
se encontra, além da área de corte e aterro, informações de afastamentos e cotas 
em relação ao eixo estaqueado. 
 
A semi-distância é calculada pela seguinte fórmula: 
 
2
12 ESTESTd

 
 
Onde: d = Semi-distância, em m. 
 EST1 = Estaca anterior, em m. 
 EST2 = Estaca posterior, em m. 
 
O volume de corte e de aterro é obtido somando a área da estaca anterior com a 
área da estaca seguinte e multiplicando o resultado dessa soma (de corte ou aterro) 
pela semi-distância. 
 
  distânciasemiESTESTvolume  21 
 
Deve-se calcular um volume de aterro empolado, pois o volume necessário para se 
compactar um aterro é aproximadamente de 25% a 30% maior. Portanto para obter o 
volume de aterro empolado basta multiplicarmos o valor do volume de aterro 
compactado pelo fator de empolamento adotado para o projeto (na prática adota-se 
Fe = 1,25 ou 1,30). 
 
 30.125.1___ ouFeaterrovolumeempoladoaterrovolume  
 
Para se calcular o volume acumulado basta somar o volume de corte e subtrair o 
volume de aterro empolado, procedendo assim até o fim da planilha. Ao final, se o 
resultado for negativo quer dizer que faltará solo para executar o aterro (deu 
empréstimo de material). Se o resultado for positivo quer dizer que sobrará solo (que 
deveser destinado a um bota-fora). 
 
 
 
 
 
E.T.E. I – Estudos de Traçados de Estradas – Profº Rogério Sant´Anna 
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FATEC 
Faculdade de Tecnologia de São Paulo 
 
 
 
Referências: 
 
 Pontes Filho, Glauco. Estradas de rodagem: projeto geométrico/ Glauco 
Pontes Filho – São Carlos: G. Pontes Filho, 1998. 
 
 
 Pimenta, Carlos R. T e Oliveira, Márcio P. Projeto geométrico de Rodovias 
– São Carlos - RiMa Editora, 2001.

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