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1 UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESAS 628X3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL RENAN GUASTAFERRO COSTA RA: C374JI0 SÃO PAULO 2020 2 RENAN GUASTAFERRO COSTA – C374JI0 628X3 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL Trabalho de Curso apresentado ao Instituto de Ciências Sociais e Comunicação da Universidade Paulista como um dos requisitos para a conclusão do curso de Administração de Empresa Orientadora: Silvia Helena SÃO PAULO 2020 3 LISTA DE ORGANOGRAMA Organograma 1: Funções de Staff 10 Organograma 2: Estrutura funcional 12 Organograma 3: Estrutura Divisional 13 Organograma 4: Estrutura matricial 14 Organograma 5: Estrutura de rede 15 Organograma 6: Estrutura de projetos 16 4 SUMÁRIO 1 - INTRODUÇÃO.....................................................................................................05 2 - CONCEITO DE ESTUTURA ORGANIZACIONAL.............................................06 3 - TIPOS DE ESTRUTURAS...................................................................................11 4 - CONCEITO DE CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO.........................18 5 - ESTRUTURA TRADICIONAL..............................................................................21 6 - ESTRUTURA MODERNA...................................................................................22 7 - CONCLUSÃO..................................................................................................................23 8 - REFERÊNCIAS................................................................................................................24 5 INTRODUÇÃO Entende-se por estrutura organizacional o modo como as empresas dividem tarefas, organizam e coordenam, alguns exemplos são: aspectos humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e econômicos. É a forma como uma organização está dividida e hierarquizada. Ela define como é feita a gestão das suas atividades e a comunicação entre seus setores, visando atingir seus objetivos estratégicos. As empresas precisam diariamente se adequar as incertezas e as mudanças constante, por isso é fundamental ter uma estrutura que aguente os momentos difíceis, não que a estrutura faça tudo, e sim estruturando o modo como a empresa trabalha é a melhor forma de se ajustar no mundo corporativo. Existem alguns tipos de estruturas, cada empresa escolhe aquela que mais se enquadra em sua visão e valores, mas respectivas estruturas são continuamente ajustadas às suas estratégias Estrutura organizacional divide-se em duas: formal (aquela que é representada graficamente) e informal (Surge da interação social das pessoas, se desenvolvem espontaneamente quando as pessoas se reúnem). Citando exemplo de uma estrutura organizacional formal, é aquela que é planejada pelos gestores de acordo com as necessidades da empresa. Já a estrutura informal é estabelecida por meio das relações interpessoais. Ela não é oficial e não define a interação entre os setores, refletindo apenas as ligações espontâneas que se formam entre os colaboradores. 6 CONCEITO DE ESTUTURA ORGANIZACIONAL Entendemos que uma estrutura organizacional nada mais é do que a forma pela qual as atividades são desenvolvidas por uma organização, como são divididas, organizadas e coordenadas, é um instrumento da área da gestão que busca organizar as empresas no que se refere a atividades e recursos necessários para o cumprimento dos objetivos estratégicos. Ou seja: é a definição de como a empresa deve se estruturar para colocar em prática seu planejamento, respeitando sua missão, visão e valores. Sobre a estrutura organizacional, é importante entender que uma empresa pode se estruturar de diferentes maneiras, ainda que a mais conhecida seja o modelo formal da hierarquia vertical. A estrutura organizacional determina relações formais de subordinação, entre as quais o número de níveis na hierarquia e a amplitude de controle de gerente e supervisores. A estrutura organizacional identifica o agrupamento de indivíduos em departamentos na organização como um todo; A estrutura organizacional inclui o projeto de sistemas para assegurar comunicação eficaz, coordenação e integração de esforços entre os departamentos. Para Blau (1974) a estrutura organizacional pode ser definida como a distribuição, em várias linhas de pessoas entre posições sociais que influenciam os relacionamentos entre os papeis dessas pessoas. Essa definição simples requer uma amplificação. Uma amplificação da definição é a divisão do trabalho; as pessoas recebem diferentes tarefas ou cargos nas organizações. Outra amplificação é que as organizações contêm níveis, ou uma hierarquia; as posições que as pessoas ocupam possuem regras e regulamentos que especificam, em grau variado, como devem comportar- se. Para autor a estrutura organizacional e definida por meio de pessoas, pessoas que seguem uma hierarquia, que segue as definições de trabalho e a divisão de tarefas. O autor dá a entender que se não existir a hierarquia nas organizações e a divisão de tarefas, a organização não obterá a sua coordenação. 7 De acordo com Djalma de Pinho (2014) estrutura organizacional é estabelecida com base no plano estratégico, as tarefas alocadas nas unidades organizacionais da empresa passam, a ser desenvolvidas visando ao alcance dos objetivos empresariais. Naturalmente, para que isso ocorra, é necessário, também, que exista perfeita interligação entre o plano estratégico e a estrutura organizacional, e que nem sempre ocorre nas empresas. Conforme, foi explicado existem várias formas estruturais, mas o que difere umas das outras, são o ambiente que elas estão inseridas, a maneira que as tecnologias são aplicadas, coordenadas, e a forma de integração, e as estruturas utilizadas por elas, cada uma detém o seu modo no qual se intitula a sua empresa/organização. Bernard (1938) enfatiza uma base diferente para organizações. Sua definição de organização é: Um sistema de atividades ou forças coordenadas conscientemente, envolvendo duas ou mais pessoas. Realizada por meio de coordenação consciente, deliberada e voltada a certos fins. As organizações requerem comunicações, uma disposição da parte dos membros para contribuir em um proposito comum entre ele. Ele enfatiza o papel do indivíduo. São os indivíduos que precisam comunicar-se, ser motivado e tomar decisões. Enquanto Weber enfatiza os sistemas, Bernard se preocupa com os membros do sistema. A relevância e as amplificações dessas abordagens contratantes serão analisadas. Na opinião de Robbins (2009) Uma estrutura organizacional define como as tarefas são formalmente distribuídas, agrupadas e coordenadas”. Dessa forma, a estrutura organizacional, é uma ferramenta básica para alcançar as situações almejadas pela empresa e deve ser delineada de acordo com os objetivos e estratégias estabelecidos pela empresa. Há dois tipos de estruturas organizacionais, quais sejam: formal e informal. A estrutura formal é aquela representada pelo organograma, onde todas as relações são formais. Não se pode descartá-la e deixar funcionários se relacionarem quando eles não devem ter relações diretas. Segundo Chiavenato, (2003) Estrutura formal, é como conjunto de órgãos, cargos e tarefas”, com o estabelecimento de padrões de execução e treinamento de operários. “Formal”: Deliberadamente planejada e formalmente representada, 8 em alguns aspectos sendo estruturada pela formalidade de seus gestores especificações essencialmente lógicas e extremamente racional. A estrutura formal é a que representaa estrutura organizacional da empresa – na realidade, parte dela – é que procura consolidar, ainda que de forma geral, a distribuição das responsabilidades e autoridades pelas unidades organizacionais da empresa. No entanto a organização informal apresenta as seguintes características: Relação de coesão ou de antagonismo – as pessoas em associação com outros, situadas em diferentes níveis de setores da empresa, criam relações pessoais de simpatia (de identificação). Informal: Surge da interação social das pessoas, o que significa que se desenvolvem espontaneamente quando as pessoas se reúnem nas relações como nas organizações. Diante dos dois fundamentos formais e informais os indivíduos interagem os quais cada um, independentemente de sua posição na organização formal, ou informal adquire certa posição social ou status em função do seu papel participação e integração na vida do grupo. Segundo Chiavenato (2014) a teoria da administração científica tinha como ênfase as tarefas. A administração focalizava apenas os chãos de fábrica, os métodos de trabalho. Essa teoria criou a divisão de trabalho e que estabelecia a forma adequada das responsabilidades dos operários na produção. Além disso, Taylor realizou o estudo dos tempos e movimentos, que focalizava na melhoria dos métodos de trabalho para aumentar a produção. Henri Fayol (1841-1925) criou a Teoria Geral da Administração, que dividia a organização em cinco funções como prever, planejar, organizar, coordenar e controlar a organização através de um conjunto de regras. Ele dividiu a organização em partes menores – áreas funcionais, estabelecendo regras e princípios a serem seguidos para o funcionamento de uma organização. Nesse sentido, a teoria Clássica de Fayol tem como ênfase as estruturas. Para Chiavenato (2014), Fayol também criou 14 princípios propõe 14 princípios da administração, tais como: a divisão do trabalho; autoridade e responsabilidade; disciplina; unidades de comando; unidade de direção; subordinação dos interesses individuais aos gerais; remuneração do pessoal; centralização; cadeia escalar; ordem; equidade; estabilidade do pessoal; inciativa; e espírito de 9 equipe. Outra teoria que tem ênfase nas estruturas é a da Burocracia de Max Weber, que surgiu na década de 1950. Essa teoria é baseada no formalismo e papelório. É nessa fase que são elaborados normas e regulamentos a serem seguidos a fim de padronizar as atividades dos setores administrativos. Devido ao excesso de burocracia, que gerou as disfunções burocráticas, como o excesso de formalismo. Além dessa teoria, tem a Estruturalista, que também possui ênfase nas estruturas. Mas possui uma abordagem mais ampla que a burocrática, dando ênfase ao trabalho formal e informal, as relações inter- organizacionais (entre as organizações) e intraorganizacionais (dentro das organizações). E também surgiu a Neoestruturalista que a Teoria das Relações Humanas (1920 e 1950) defendida inicialmente por Elton Mayo, e depois por outros teóricos, passou a estudar o comportamento das pessoas no ambiente de trabalho. A ênfase dessa teoria são as pessoas, na formação de equipes, entre outras. Nessa escola, serão abordados temas como os estilos de liderança organizacional, aspectos psicológicos, entre outros. A Teoria Comportamental ou Behavorista surgiu a partir de 1947 como ênfase nas pessoas, baseada no comportamento das pessoas. Pode se dizer que a estrutura organizacional é determinada por especialização do trabalho, ela permite que economias de escala simplifique a coordenação, no entanto, ocorre atraso na tomada de decisão e o tempo de resposta a mudanças. Está orientada a metas internas e não possui foco do cliente. A figura abaixo representa um organograma simples: onde as funções de staff, que respondem a um superior, mas não têm autoridade total sobre os níveis abaixo, são colocadas em níveis intermediários e ligadas à linha principal do superior correspondente. Assim, por exemplo, o RD (Representante da Direção) responde à direção, mas sua autoridade limita-se aos assuntos da qualidade, isto é, somente nesses assuntos ele tem o acesso de baixo para cima sobre os gerentes. 10 Fonte: Renan Guastaferro A estrutura informal é o relacionamento entre as partes que está fora do organograma, são as relações não previstas, surge naturalmente, pode ajudar a empresa facilitando o trabalho de todos os que estão dentro da organização, mas também pode atrapalhar ao realizar os procedimentos incorretos. Dessa forma, por exemplo, um funcionário recebe uma nota fiscal sem a assinatura do seu supervisor imediato se ele devolver essa nota a quem entregou certamente ele estará seguindo uma estrutura formal, está dentro das normas e procedimentos. Mas se o mesmo for imediatamente atrás do supervisor para que assine essa nota, estará tendo uma relação informal dentro da empresa. Para Chiavenato (1987) a estrutura informal se divide em funcional, territorial, produtos/serviços, clientes, processos, projetos, matricial e mista. Estrutura funcional é estruturada por funções da empresa, como o departamento de produção, departamento financeiro, departamento de marketing, etc. Estrutura de produtos/serviços é utilizada quando a empresa tem várias linhas de produtos. Ex: têxtil, farmacêutico, químico, etc. Estrutura por clientes é determinada pelo tipo de cliente. Feminino, masculino, infantil, etc. Estrutura por processos executam as etapas de um processo. Ex: em uma linha de produção em uma indústria automobilística, tem os setores, montagem, pintura, detalhamentos, acabamentos etc. 11 Estrutura de projetos é posicionamento de pessoas e recursos temporários. Quando acaba um projeto, a equipe muda para outro. Ex: uma construtora tem várias obras, quando acaba uma construção, o pessoal e os equipamentos vão para outra obra, logo eles trabalham em cima de um projeto específico. Estrutura matricial é quando as equipes trabalham orientadas a projetos, onde um projeto agrega vários elementos funcionais. Ex: em uma fábrica, a equipe de manutenção recebe ordens da gerência de manutenção e também da gerência de produção, e a estrutura mista é a mistura dos vários tipos de estruturas para se adaptar à realidade. TIPOS DE ESTRUTURAS - ORGANOGRAMA • Estrutura Funcional • Estrutura Divisional • Estrutura Matricial • Estrutura em Rede • Estrutura por Projetos Estrutura funcional A estrutura mais indicada para pequenas empresas, tem como “dono” o pai da Teoria Clássica da Administração, Henri Fayol. Na estrutura funcional os recursos estão organizados em departamentos. Por exemplo: administrativo, contábil, marketing, desenvolvimento, produção, entre outros. Os recursos alocados em cada departamento respondem a um único chefe. Além disso, cada área tem pessoas que compartilham de conhecimentos e habilidades similares. 12 Fonte: Renan Guastaferro Vantagens Departamentos formados por pessoas que falam a mesma língua. Com isso, a comunicação dentro de cada área (intradepartamental) é facilitada. A especialização é valorizada. Níveis hierárquicos são bem definidos. Desse modo, cada colaborador consegue visualizar qual é o próximo degrau a atingir. Incentiva as especializações, pois dentro de cada área há os especialistas. Orientando cada pessoa para atividades que utilizem sua capacidade com eficácia. Desvantagens Se a comunicação intradepartamental é rápida, o mesmo não ocorre entre as diferentes áreas (interdepartamental). Por esse motivo, a empresa demora a dar uma resposta rápida ao mercado. Essa é uma das razões pelas quais empresas dinâmicas podem ter problema com a estrutura organizacional funcional. Não existe a preocupação da empresa com um todo. Cada área se preocupa em cumprir seus objetivos e prioridades.13 Estrutura Divisional Mais indicada para empresas que trabalham com diferentes mercados e uma carteira de clientes variada. É formada por divisões separadas e autossuficientes. Cada divisão é responsável por um produto ou serviço de acordo com os objetivos organizacionais. A estrutura pode ser por: clientes, produtos ou serviços, localização geográfica, por projetos ou por processos. Fonte: Renan Guastaferro Vantagens Maior autonomia para cada unidade. Marketing é pensado de acordo com o mercado de atuação de cada unidade. Tomadas de decisão mais independentes, que permitem uma resposta mais rápida ao cliente. Desvantagens Aumento de custos, pois como cada unidade é uma operação, precisará de recursos próprios. Portas abertas para desculpas. Como as divisões são autossuficientes, há o risco de a culpa pelo baixo número de vendas de um produto ser atribuído à região, por exemplo. 14 Estrutura Matricial . A Estrutura Matricial envolve um pouco da estrutura funcional (chefe do departamento) e um pouco da divisional (chefe do projeto). Como cada departamento possui dupla subordinação, aqui o princípio de comando deixa de existir. Por esse motivo, a matriz destaca a interdependência entre as áreas e apresenta para a empresa a necessidade de lidar com ambientes mais complexos. Essa estrutura tem como proposta satisfazer ambas as necessidades: de coordenação e de especialização. Seu objetivo é o de obter o maior rendimento possível. Esta é a forma mais utilizada especialmente em grandes empresas, pois cada área tem o tipo de estrutura que melhor se adapta à execução de suas tarefas. Inclusive, quando falamos de Gestão Orçamentária, temos uma das principais Metodologias Orçamentárias que é 100% embasada pelo conceito de Estrutura Matricial. Estamos falando aqui do Orçamento Matricial. Fonte: Renan Guastaferro Vantagens Possibilita um ambiente mais participativo, pois depende da colaboração de muitas pessoas diferentes. Colaboradores têm mais participação ao tomar decisões nos níveis mais baixos da hierarquia. Enfatiza a interdependência entre os departamentos, proporcionando oportunidades de delegação, maior contribuição pessoal e participação na tomada de decisão nos níveis mais baixos da hierarquia. 15 Mais facilidade em controlar os resultados. Desvantagens A dupla subordinação (chefes funcionais e divisionais) pode criar conflito de interesses. Rixas entre chefes de departamentos. Dificuldade de adaptação por parte de alguns funcionários. Comunicação deficitária. Estrutura em Rede Como a Estrutura em Rede permite a contratação de funcionários em estilo home office, a ligação de cada serviço com a organização é eletrônica. Por esse motivo, as contratações podem vir de qualquer parte do mundo. Esta estrutura pode ser utilizada por pequenas empresas, tornando-as mais competitivas globalmente, pois permite que recursos e fornecedores sejam alocados de qualquer lugar. Adicionalmente, possibilita a venda de serviços e produtos em todo o mundo. Fonte: Renan Guastaferro Vantagens Competitividade global. Contratação de serviços somente quando necessário. Custos administrativos baixos. Dois ou três níveis hierárquicos. 16 Desvantagens Sem uma cultura corporativa corre-se o risco dos profissionais não terem o comprometimento desejado. Falhas eletrônicas podem interferir com o andamento do projeto. Organização não tem controle imediato de todas as operações da empresa. Estrutura por Projetos Este tipo é aplicável em construtoras, consultorias e empresas que trabalham por projetos. Dessa maneira, o tamanho da estrutura vai depender do número de projetos. Como o nome sugere, aqui o projeto tem importância equivalente às atividades de rotina. Fonte: Renan Guastaferro Vantagens Gerente de Projetos tem total autonomia. Melhor visão holística do projeto. Demandas do projeto são rapidamente atendidas. O diferente número de especialidades na equipe aumenta a possibilidade de resultados positivos. 17 Desvantagens Ociosidade dos recursos, considerando que em alguns momentos haverá um menor grau de exigência de algumas áreas. Insegurança na equipe ao término do projeto. O modelo de Estrutura por Projetos é adotado juntamente com a Estrutura Funcional por empresas que trabalham com o tipo Matricial. Quando isso ocorre, equipes de projetos (coordenados por gerentes de projetos) ficam sob a responsabilidade de gerentes funcionais. É o que chamamos de Estrutura Híbrida. 18 CONCEITO DE CENTRALIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO A necessidade de obter uma empresa centralizada ou não tem sido as grandes discussões nos dias de hoje nas organizações. Surgiu após a segunda guerra mundial antes pouco se discutia sobre as vantagens da centralização ou descentralização na administração, pois era limitado ao problema da delegação de autoridade. De acordo com Chiavenato (2011) o mesmo entende que são quatro os principais princípios fundamentais da organização formal, a divisão do trabalho, a hierarquia, a distribuição da autoridade e responsabilidade que entende que a estrutura organizacional decorre da forma como a empresa aplica os princípios, sendo o último o mais importante na caracterização da empresa como centralizada ou descentralizada, ele também define que a autoridade é o próprio poder de comandar, executar ou deixar de executar algo, de maneira considerada pelo detentor dessa autoridade, como adequada para a realização dos objetivos da empresa ou órgão. Já a responsabilidade é definida pelo autor, como o dever de desempenhar a tarefa ou atividades para qual a pessoa foi designada. Chiavenato (2011) define a autoridade como o poder de comandar os outros, defende ainda que geralmente o grau de autoridade é proporcional ao grau de responsabilidade assumida pela pessoa. Delegação, ainda, segundo o autor, é definida como o processo de transferir a autoridade e responsabilidade para posições inferiores na hierarquia. O que caracteriza a estrutura de uma organização é o grau de centralização, uma função da quantidade de autoridade para a tomada de decisão que foi transferida, ou seja, delegada aos níveis hierárquicos mais baixos da administração. O conceito de centralização e descentralização é relativo, ou seja, uma organização nunca é completamente centralizada ou descentralizada, quase nenhuma organização teria um grau de eficácia se todas as decisões fossem tomadas apenas por um pequeno grupo de administradores de topo, o mesmo aconteceria se as tomadas de decisões fossem delegadas aos níveis inferiores. A centralização ocorre nas situações em que se quer manter o nível de integração, e aumentar o de controle das atividades da empresa, para maior 19 uniformidade de decisões e ações, para se administrar as urgências, quando o empresário não quer um segundo homem para lhe fazer sombra, ou quando a estrutura da empresa não possibilita a descentralização. Segundo Chiavenato (2011) centralização é relações escalares, isto é, a cadeia de comando: a organização é desenhada dentro da premissa de que o indivíduo no topo possuía mais alta autoridade e que a autoridade dos demais indivíduos é escalada para baixo, de acordo com sua posição relativa no organograma. A cadeia escalar ou cadeia de comando está intimamente relacionado com a unidade de comando. Segundo Carlos (2002) Centralização diz-se que há uma centralização administrativa quando a maioria das decisões é tomada pelos titulares situados nos escalões hierárquicos superiores da empresa. Há, portanto, uma reserva sistemática e consistente de autoridade nos pontos centrais da organização. Os autores afirmam que a centralização, busca uniformidade,uma empresa ser centralizada significa que a autoridade das decisões está ligada ao topo da organização, para se obter o total controle de tudo e de todos. Uma das principais vantagens da centralização é a quantidade que é reduzida os níveis hierárquicos, a qualidade nos serviços e recursos, materiais, equipamentos e o departamento de financeiros, esse tem a maior possibilidade de integração no processo de planejamentos, controle e avaliação, uniformidade em relação aos processos técnicos e administrativos, uma maior agilidade nas decisões e em segurança nas informações. As desvantagens na centralização é que as decisões tomadas pela alta cúpula encontram-se distantes dos fatos rotineiros, os tomadores de decisões tem pouco contato com as pessoas, e suas linhas de comunicação demoraram a gerar um maior custo operacional, as decisões passam a ser envolvidas por pessoas que não entende muito do assunto assim gerando muitos erros, no processo de tomada de decisões. A descentralização das tomadas de decisões é processada em níveis hierárquicos inferiores, ou seja, o centro decisório fica o mais próximo possível dos órgãos de execução. Carlos (2002) Diz que há uma descentralização administrativa quando a maioria das decisões é tomada pelos níveis hierárquicos inferiores da execução. 20 A descentralização requer para seu funcionamento um sistema bem definido de delegação. De acordo com Chiavenato (2011) algumas das desvantagens da descentralização são: Falta de uniformidade nas decisões. A padronização e a uniformidade favorecem a redução de custos operacionais. A descentralização provoca perda de uniformidade nas decisões. Porém, reuniões de “coordenação” entre os escritórios centrais e o pessoal regional que desempenha a mesma função podem reduzir esse problema. Insuficiente aproveitamento dos especialistas. Em geral, os maiores especialistas de staff estão concentrados nos escritórios centrais. Com a descentralização, a tendência é pensar que já não se necessita da assessoria da matriz. O staff da matriz pode ser adequadamente utilizado desde que a direção defina as relações entre a matriz e o campo de atividades, a fim de encontrar o melhor equilíbrio entre as vantagens de aguardar a chegada do assessoramento superior e a ação no mesmo lugar. Falta de equipe apropriada no campo de atividades. Ao proceder-se à descentralização, deve-se prover o treinamento. O melhor meio consiste na designação paulatina de funções, comprovando com regularidade a atuação para certificar-se de que as funções existentes foram assimiladas antes de acrescentar outras novas. Pode-se ver que as descentralizações permitem para melhorar a utilização dos recursos humanos, significa a autonomia e independência para tomar decisões. Segundo Chiavenato (2011) a descentralização em si não é boa e nem má, indicável ou contra indicavel, ela depende das circunstâncias. Idalberto (2011) apresenta em seu trabalho uma classificação de sistemas de administração, proposta por Likert (1932) define quatro diferentes perfis organizacionais, autoritário coercivo, autoritário benevolente, consultivo e participativo. As características desses sistemas de administração têm relação á quatro variáveis principais, a saber; o processo decisório, o sistema de comunicação, relações interpessoais, e sistemas de recompensa e punições: Os quatros sistemas administrativos: 21 Fonte: Renan Guastaferro ESTRUTURA TRADICIONAL Baseada na organização dos antigos exércitos, é representada graficamente por uma pirâmide demonstrando explicitamente a unidade de comando. Ex: - Estrutura linear ou militar - Estrutura funcional - Estrutura Staff - Estrutura colegiada 22 ESTRUTURAS MODERNAS São aquelas mais recentes, normalmente utilizadas em empresas de planejamento, pesquisa, construção civil e organizações que possuem departamentos específicos de desenvolvimento de projetos. Exemplo: Estrutura Matricial. Ex: - Estrutura Matricial - Estrutura divisional 23 CONCLUSÃO Com base nos conhecimentos do tema proposto e, após análise, conclui- se que as empresas precisam de uma boa estrutura organizacional para que sobrevivam no mercado, pois aquelas que se destacam são as que mais se preocupam com uma estrutura bem definida e visionária. É importante para as organizações se atentarem que precisam de melhoria contínua e que não podem perder a visão sobre seus objetivos e crescimento. Para toda empresa é necessário enxergar seus pontos fracos e fortes, suas oportunidades e ameaças. O que se torna diferencial é a maneira como cada empresa lida com estas características dos ambientes interno e externo. Por fim, concluo que uma estrutura organizacional que se adapte adequadamente às mudanças, sobrevive aos tempos difíceis e colhem os frutos depois. A estrutura de uma organização está diretamente ligada à sua estratégia e envolve aspectos físicos, humanos, financeiros, jurídicos, administrativos e econômicos. E trata-se de um instrumento da área da gestão que busca organizar as empresas no que se refere a atividades e recursos necessários para o cumprimento dos objetivos estratégicos 24 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 4.ed. São Paulo: Manole, 2014. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução À Teoria Geral da Administração - 9 ed. São Paulo: Manole, 2014. Dicionário financeiro Disponível em: < https://www.dicionariofinanceiro.com/estrutura-organizacional/ />
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