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Ectoscopia e exame mental

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PDT
Exame físico e Exame mental 
( ectoscopia) 
Exame f í s i c o qual i ta t i v o 
(ectoscopia) 
- É a avaliação global do paciente (representa 
a avaliação subjetiva do examinador em 
relação ao paciente, dependendo, de sua 
capacidade de percepção e de sua prática)
- Objetivo = obtenção de dados gerais 
(independente da queixa do paciente)
- É a primeira etapa do exame físico e 
portanto deve ser iniciada ao primeiro 
contato com o paciente 
- São observados o tipo morfológico, o estado 
geral, o grau de consciência, as fáceis, a 
atitude, a marcha, a presença de palidez/
icterícia/cianose, o estado de hidratação e a 
presença de edema 
- A avaliação deve ser craniocaudal
1. Estado geral 
- É avaliado, de maneira geral, o aparente 
estado de saúde do paciente (estado 
nutricional do paciente, sua aparência, sua 
fácies e é feita uma comparação da idade 
aparente com a idade real do paciente) 
- Classifica-se em: 
. Bom estado geral (BEG)
. Regular estado geral (REG) 
. Mau estado geral (MEG)
2. Nível de consciência 
- É avaliada a consciência vertical do paciente 
(a nitidez das vivências psíquicas, ou seja, o 
próprio grau de vigília do paciente) 
- A avaliação pode ser feita através da escala 
de coma de Glasgow 
- Classifica-se em:
. Lúcido e orientado no tempo e espaço 
(paciente sabe informar onde está e qual o dia 
da semana)
. Alerta (paciente acordado e com respostas 
adequadas)
. Confusão mental (paciente acordado porém 
com respostas confusas “incorretas")
. Sonolência (paciente acorda ao ser chamado 
e tem respostas adequadas)
. Obnubilação (paciente com sonolência 
profunda, responde quando chamado em voz 
alta ou com estímulo moderado)
. Torpor (paciente com sonolência profunda, 
responde geralmente a estímulos dolorosos)
. Coma (paciente não abre os olhos e não 
emite sons nem com estímulos dolorosos)
* Confusão mental diz respeito a qualquer 
grau de rebaixamento do nível de consciência 
com exceção do coma
PDT
3. Postura 
- É avaliada a postura do paciente 
- Classifica-se em:
. Postura ativa (o paciente assume 
espontaneamente)
. Postura passiva (o paciente é incapaz de 
mudar de posição sem auxilio de outra pessoa) 
. Postura antálgica (o paciente adota uma 
posição específica para alívio da dor) 
4. Dependência 
- Avalia como o paciente foi á consulta (se foi 
sozinho ou acompanhado, se é deficiente e 
faz uso cadeira de rodas, muletas ou 
bengalas)
5. Sinais de sofrimento 
- É avaliado o estado mental do paciente (se 
ele sente alguma dor ou tem alguma doença 
psíquica como por exemplo angústia 
respiratória ou cardíaca, dor, depressão, 
ansiedade)
6. Estado de hidratação 
- É avaliado o estado de hidratação do 
paciente (o qual depende do equilíbrio entre 
a oferta adequada de água e eletrólitos, de 
acordo com a necessidade, e a sua perda, 
como ocorre nos casos de diarreia, vômitos, 
febre, taquipneia e sudorese excessiva)
- A avaliação é feita a partir da observação 
da umidade das mucosas (principalmente 
lingual e oral) e do turgor, elasticidade e 
umidade da pele :
. Avaliação do turgor da pele = se puxa a 
pele da mão e ela demora para retornar é 
sinal de desidratação. O retorno da pela á 
posição original deve ser imediato 
. Avaliação das mucosas = se a língua está 
muito seca é sinal de desidratação
* Paciente hidratado apresenta as mucosas 
úmidas e a pele rósea, elástica e levemente 
úmida
7. Biotipo 
- É avaliado o tipo morfológico do paciente
- Essa classificação se baseia na relação dos 
três segmentos formados na divisão da 
distância entre a fúrcula esternal e a 
sínfise púbica (ou seja, entre a fúrcula e o 
apêndice xifoide -> entre o apêndice xifoide 
e o umbigo -> e entre o umbigo e a sínfise 
púbica)
- Classifica-se em:
. Brevelíneo = ângulo de charpy menor que 90 
graus, membros curtos em relação ao tronco, 
pescoço curto e grosso e há tendencia para 
baixa estatura 
PDT
. Normolíneo/mediolíneo = ângulo de charpy 
igual 90 graus, membros longos em relação ao 
tronco, pescoço delgado e longo e há tendencia 
para estatura elevada 
. Longilíneo = ângulo de charpy maior que 90 
graus, é intermediário entre o brevelíneo e o 
normolíneo, há um equilíbrio entre os membros 
e o tronco 
8. Fácies 
- É avaliada a expressão fisionômica do 
paciente
- Compreende o conjunto de sinais exibidos na 
face do paciente, resultante dos traços 
anatômicos e da expressão fisionômica (o 
que permite a avaliação imediata do seu 
estado emocional, intelectual e de saúde)
- Classifica-se em:
. Fácies normal/atípica = fáceis normais e 
comuns (não patologicas) 
. Fácies anormais/típicas = fáceis patológicas
* Fácies acromegálica (observam-se o aumento 
do nariz, dos lábios, das orelhas, das arcadas 
supraorbitárias, da região malar, do mento e 
do volume da face em relação ao crânio) 
* Fácies hipertireóidea/basedowiana (presença 
de exoftalmia gerando uma fisionomia de 
espanto e presença de bócio) 
PDT
* Fácies mixedematosa (tipo de fácies 
encontrada em pacientes com hipotireoidismo, 
observa-se apatia, edema gerando face 
arredondada, edema palpebral, acentuação 
dos sulcos faciais, nariz e lábios grossos, 
supercílios escassos, pele e cabelos secos e 
sem brilho)
* Fácies cushingoide/de lua cheia (presença de 
face arredondada, rubor facial, acne, 
bochechas vermelhas e hirsutismo. Esse tipo 
de fácies é observado em pacientes 
portadores da síndrome de Cushing, por 
aumento dos níveis sérios de cortisol)
* Fácies leonina (fáceis observada em 
pacientes com hanseníase. Observa-se a 
presença nódulos de diversos tamanhos no 
rosto deformando principalmente as 
bochechas e o mento, queda dos supercílios, 
barba escassa ou ausente, lábios 
proeminentes e grossos, pele espessa e nariz 
alargado)
* Fácies hipocrática (presente em pacientes 
com doença grave em estados agônicos. 
Observam-se afilamento dos traços faciais, 
nariz e lábios finos, palidez cutânea, suor 
constante, cianose discreta perilabial, olhos 
fundos, imóveis, opacos e inexpressivos, 
parecendo que o paciente não tem mais 
contato com o meio externo)
PDT
* Fácies renal (presença de edema ao redor 
dos olhos associada á palidez cutânea. Fáceis 
comum em pacientes com comprometimento 
renal) 
* Fácies parkinsoniana (presente em quadros 
de parkinsonismo. É caracterizada por mímica 
pobre, olhar fixo, supercílios elevados, pele 
oleosa, fronte enrugada, cabeça inclinada um 
pouco para a frente, pouca mobilidade 
palpebral) 
* Fáceis adenoideana/respirador bucal (comum 
na hipertrofia das adenóides. Caracterizada 
por nariz pequeno e boca entreaberta) 
* Fáceis miastênica (observa-se ptose 
palpebral que obriga o indivíduo portador a 
franzir a testa e levantar a cabeça) 
* Fácies de demência (presente em pacientes 
com síndrome demencial, por exemplo doença 
de Alzheimer. É caracterizada por mímica 
pobre, lábios entreabertos e olhar vago para 
o infinito)
9.1 Atitude 
- É a avaliação das atitudes do paciente 
- Definida como o modo pelo qual o paciente 
se apresenta ao exame, no leito ou fora 
dele, por comodidade, hábito ou com o 
objetivo de conseguir alívio para algum 
padecimento
- Classifica-se em: 
. Ativa indiferente/preferencial = paciente 
não apresenta desconforto em qualquer 
posição
. Ativa forçada = posições adotadas pelos 
pacientes para que se sintam melhores
* Ortopneica (adotada para aliviar a falta de 
ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma 
e ascites volumosas. O paciente fica 
recostado ou sentado à beira da cama, com 
os pés no chão e com os braços apoiados no 
espaldar de uma cadeira, no intuito de 
melhorar a dispneia)
PDT
* Genupeitoral (adotada na pancreatite e nos 
casos de derrame pericárdico para facilitar o 
enchimento do coração. O paciente fica 
ajoelhado com o tronco fletido sobre as 
coxas, ao passo que a face anterior do tórax 
e o rosto, sobre as mãos, põem-se em contato 
com o chão) 
* Atitude de cócoras (adotada por crianças 
com cardiopatias congênitas cianóticas, 
aliviando a hipóxia generalizadaao diminuir 
o retorno venoso para o coração)
* Atitude parkinsoniana (adotada por pacientes 
com a doença de Parkinson. Consiste na 
semiflexão da cabeça, do tronco e dos 
membros inferiores quando de pé e, ao 
caminhar, parece estar buscando o seu eixo 
de gravidade) 
9.2 Decúbito
- São atitudes involuntárias
- Classificam-se em: 
. Opistótono = adotado na meningite e no 
tétano. O corpo fica vergado para trás, em
forma de arco (contratura lombar) 
. Emprostótono = adotado na meningite, no
tétano e na raiva. O corpo forma uma 
concavidade voltada para diante, apresentando 
cabeça fletida e joelhos fletidos para cima 
encostando no peito (é o contrário do 
opistótono)
. Ortótono = corpo reto, rígido e estirado
PDT
. Pleuróstono = adotado na meningite, na raiva 
e no tétano. O corpo se curva para um dos 
lados
10. Exame da pele 
- É verificada a presença de :
. Umidade, temperatura e textura 
. Alterações da cor (icterícia, cianose, palidez 
e eritema) 
. Lesões cutâneas (analise do tipo de lesão, 
cor, padrão e formato, localização e 
distribuição) 
 
Resumindo 
- Exame físico geral normal é composto por: 
1- BEG 
2- Corado 
3- Hidratado 
4- Anicterico
5- Acianótico 
6- Eupneico 
PDT
Exame físico quantitativo 
1. Pressão arterial 
- Para aferir a PA (preparo do paciente): 
. É importante explicar o procedimento ao 
paciente, deixá-lo em repouso por pelo menos 
5 minutos em ambiente calmo e certificar-se 
de que ele não está com a bexiga cheia, não 
praticou exercícios físicos há pelo menos 60 
minutos, não ingeriu bebidas alcoólicas, 
alimentos ou café e nem fumou nos 30 minutos 
anteriores
. Durante a medida o paciente deve estar 
sentado (com o braço na altura do coração, na 
altura do quarto espaço intercostal) ou deitado 
(com o braço apoiado), se manter com os 
braços, coluna e pés apoiados, livre de roupas, 
pernas descruzadas, com a palma da mão 
voltada para cima e sem conversar 
. O manguito deve ser de tamanho adequado 
para o paciente e insuflado e desinsuflado de 
modo que este não sinta dor (a utilização de 
um manguito menor que o ideal pode aferir 
uma falsa hipertensão, ao passo que a de um 
manguito maior pode demonstrar uma pressão 
arterial mais baixa que o real)
. O local correto de se colocar o manguito é 
2cm acima da fossa cubital 
. O uso da palpação do pulso radial auxilia na 
insuflação do manguito, isso porque após o 
desaparecimento desse pulso deve-se insuflar 
o aparelho até atingir uma pressão de 20-30 
mmHg acima. 
- Procedimento:
1- Obter a circunferência aproximada do 
braço do paciente e selecionar o manguito de 
tamanho adequado (calcular a distância do 
acromio ao olécrano -> essa distância é o 
ponto médio -> nesse ponto médio deve medir 
a circunferência do braço)
2- Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2cm 
acima da fossa cubital 
3- Centralizar o meio da parte compressiva do 
manguito sobre a artéria braquial 
4- Estimar o nível da pressão sistólica pela 
palpação do pulso radial (palpar o pulso radial 
e inflar o manguito até o desaparecimento do 
pulso)
5- Desinflar o manguito, palpar a artéria 
braquial na fossa cubital e colocar a 
campânula/diafragma do estetoscópio sobre ela 
6- Inflar o manguito até ultrapassar 20/30 
mmHg o nível estimado da pressão sistólica 
obtido pela palpação do pulso radial 
7- Desinflar o manguito lentamente 
8- Determinar a pressão sistólica pela ausculta 
do primeiro som (fase 1 de korotkoff) e a 
pressão diastólica no desaparecimento do som 
(fase 5 de korotkoff) 
- Aparelhos: 
PDT
- Parâmetros (pacientes maiores de 18 
anos):
- Sons de korotkoff
Resultam da turbulência do sangue dentro de 
uma artéria parcialmente ocluída e são 
divididos em cinco fases:
. Fase 1 = representa a pressão sistólica (o 
batimento audível na artéria braquial)
. Fase 2 = corresponde a um período de 
silêncio (por existirem sons de frequência 
muito baixa)
. Fase 3 = reaparecimento dos sons
. Fase 4 = há alteração da intensidade dos 
sons, havendo um abafamento
. Fase 5 = representa a pressão diastólica (o 
desaparecimento dos sons)
* Hiato auscultatório = período de silêncio que 
ocorre entre as fases I e II (o qual pode 
gerar valores de PA sistólica inferiores ao 
real, principalmente se não realizado a 
palpação do pulso radial antes da aferição 
da PA. Ou valores de PA diastólica 
superiores ao real) 
- Fatores que interferem na PA:
. Elasticidade dos vasos, volemia, viscosidade 
sanguínea, resistência periférica e integridade 
valvar 
2. Pulso arterial 
. São os batimentos de uma artéria superficial 
que podem ser percebidos pela palpação
- Locais de palpação dos principais pulsos 
arteriais: 
- São eles:
. Pulsos periféricos = temporal, radial (o mais 
usado), poplíteo, pedioso e tibial posterior
PDT
. Pulsos centrais = carotídeo (o mais fidedigno), 
axilar, braquial e femoral
- Como aferir :
1. Utilize as polpas digitais do segundo ou 
terceiro dedo de sua mão dominante 
2. Palpe o pulso por pelo menos 1 minuto 
3. Conte o número de batimentos 
4. Análise a amplitude e a simetria 
- Parâmetros :
. Frequência normal = 60 a 100
. Taquicardia = acima de 100
. Bradicardia = abaixo de 60 
3. Frequência respiratória 
. É calculada pela contagem do número de 
movimentos respiratórios (incursões 
diafragmáticas) que o paciente realiza em 1 
minuto 
. É necessário que o paciente não perceba que 
se está avaliando a FR para que não altere 
conscientemente o ritmo respiratório
. Caso a expansibilidade pulmonar esteja 
diminuída, pode-se colocar a mão sobre o 
tórax do paciente para facilitar a percepção 
dos movimentos respiratórios
- Parâmetros :
. Frequência normal (eupneia) = 12 a 20 irpm 
. Bradipneia (diminuição da FR) = abaixo de 12 
irpm
. Taquipneia (aumento da FR) = acima de 20 
irpm
4. Temperatura
. Locais que podem ser usados para medir a 
temperatura = axila, cavidade oral, reto (feito 
nos casos de hipotermia), membrana timpânica, 
artéria pulmonar, esôfago, nasofaringe, bexiga 
e vagina
PDT
- Parâmetros :
. Hipotermia = abaixo de 35C
. Afebril = 36,1C a 37,4C
. Febril = 37,9C a 38,9C
. Pirexia = 39C a 40C
. Hiperpirexia = 40C
5. Altura 
. O paciente deve subir na balança descalço, 
subir na balança de costas para o visor com a 
postura ereta
. A altura do indivíduo vai da planta dos pés 
até o vértice da cabeça (distância planta-
vértice)
6. Peso 
. O peso do indivíduo corresponde à sua massa 
total
. O paciente deve subir na balança descalço e 
com roupas leves (se possível ou necessário, 
somente com as roupas íntimas) dee frente 
para o visor 
. Para a avaliação do peso, sempre deve ser 
perguntado ao paciente qual é o seu peso 
habitual e quando foi a última vez que avaliou 
seu peso, pois assim é possível avaliar se ele 
emagreceu ou engordou e em quanto tempo 
isso ocorreu
. O peso ideal nos adultos pode ser calculado 
pelo índice de massa corporal (IMC), a partir 
da divisão do peso (P), em quilogramas, pela 
altura (A), em metros, ao quadrado (ex: um 
homem com 1,75 m e 75 kg -> IMC = 75/1,75 
x 1,75 = 24,5 kg/m2)
7. Circunferência abdominal 
. A medida é feita para avaliação da obesidade, 
no que diz respeito á gordura visceral (gordura 
intrabdominal entre as vísceras) 
. Complementa os dados obtidos pelo IMC
. É medida com uma fita métrica posicionada 
no ponto médio entre a última costela palpável 
e a crista ilíaca 
. A medida deve ser feita após expiração, com 
o abdômen relaxado e não se deve apertar 
demais a fita métrica 
PDT
- Parâmetros :
. Homens = até 94cm
. Mulheres = até 80cm
8. Quadril 
. É medido com uma fita métrica no nível do 
trocânter femoral 
. A medida do quadril é utilizada no cálculo da 
relação cintura-quadril (RCQ), no qual se 
divide o valor da cintura abdominal pelo 
quadril. O valor dessa relação define dois 
padrões de obesidade
- Padrões de obesidade:
. RCQ maior que 0,8 = obesidade androide 
(mais comum em homens, a gordura se acumulamais no tórax e abdome, com deposição 
subcutânea e intra-abdominal)
. RCQ menor que 0,8 = obesidade ginecoide 
(mais comum em mulheres, a gordura se 
acumula mais nas coxas, nádegas e regiões 
próximas à pelve com deposição somente 
subcutânea)
9. Circunferência cervical 
- A medida é feita na altura da cartilagem 
cricoide 
- Parâmetros :
. Homens = até 37cm
. Mulheres = até 34cm 
Escala da dor 
- Avalia a intensidade da dor 
- Perguntar ao paciente qual a intensidade da 
dor dele e pedir para ele numerar a dor de 
0 a 10 (sendo 0 sem dor e 10 a pior dor 
possível) 
- Escala da dor (wong-baker faces) :
0- Sem dor
2- Um pouco de dor
4- Um pouco mais de dor
6- Dor mais intensa 
8- Dor muito intensa 
10- A pior dor possível 
PDT
Exame do estado mental 
. Enquanto conversa com o paciente e ouve o 
seu relato, avalie nível de consciência, aspecto 
geral e humor, incluindo depressão ou mania, 
além de capacidade de prestar atenção, 
recordar, compreender e o falar dele
. Ao longo da entrevista, será possível 
perceber o grau de insight e juízo crítico do 
paciente, assim como quaisquer pensamentos 
ou percepções recorrentes ou incomuns
. A avaliação do estado mental é composta por 
cinco componentes: aspecto geral e 
comportamento, linguagem e fala, humor, 
pensamentos e percepções, e função cognitiva 
(a qual inclui orientação, memória, atenção e 
funções cognitivas superiores, como 
informação, vocabulário, cálculos, raciocínio 
abstrato e capacidade construcional)
- Miniexame do estado mental (MEEM):
. É o teste mais utilizado para avaliar a função 
cognitiva por ser rápido (é feito em torno de 
10 minutos) de fácil aplicação, não requerendo 
material específico. 
. Deve ser utilizado como instrumento de 
rastreamento não substituindo uma avaliação 
mais detalhada, pois, apesar de avaliar vários 
domínios (orientação espacial, temporal, 
memória imediata e de evocação, cálculo, 
linguagem-nomeação, repetição, compreensão, 
escrita e cópia de desenho) não serve como 
teste diagnóstico, mas sim pra indicar funções 
que precisam ser investigadas
. Componentes: 
1. Aspecto geral e comportamento 
Nível de consciência 
. Verificar se o paciente está acordado e alerta 
. Verificar se o paciente compreende e 
responde ás perguntas com propriedade em 
razoável velocidade ou se perde e fica em 
silêncio ou adormece
* Se o paciente não responde as perguntas é 
necessário que o o estímulo seja aumentado 
de forma gradual (ex: chamar o paciente em 
voz alta ou sacudir o paciente com cuidado) 
* Se o paciente não responder aos estímulos é 
necessário avaliar de imediato a possibilidade 
dele apresentar torpor ou coma 
Postura e comportamento motor 
. Verificar se o paciente prefere ficar deitado/
sentado ou caminhar 
. Observar a postura corporal + capacidade de 
relaxamento do paciente (verificar se o 
paciente apresenta postura tensa, inquietação, 
agitação psicomotora, choro, anda de um lado 
para o outro, torce e retorce as mãos)
. Observar o ritmo, amplitude e tipo de 
movimento do paciente (analisar a marcha)
. Analisar se os movimentos são voluntários ou 
espontâneos
. Analisar se o paciente apresenta postura 
desanimada e com os ombros caídos, associada 
a movimentos mais lentos (pode remeter á 
depressão) ou se apresenta movimentos 
expansivos e agitados (pode remeter á um 
episódio maníaco) 
. Observar se o paciente possui algum membro 
imóvel 
* Episódios de depressão agitada o paciente 
apresenta choro, anda de um lado para o 
outro, torce e retorce as mãos 
* Episódios de depressão o paciente apresenta 
postura desanimada, ombros caídos, 
movimentos mais lentos 
* Episódio de mania o paciente apresenta 
movimentos expansivos e agitados 
PDT
Vestuário e cuidados com a aparência e a 
higiene pessoal 
. Observar como o paciente está vestido (se 
ele está com uma roupa limpa e apresentável) 
. Observar o cuidado com os cabelos, unhas, 
dentes, pele e barba do paciente (caso haja) 
. Analisar se preocupação com a aparência e a 
higiene pessoais do paciente compara-se com a 
de outras pessoas de idade, estilo de vida e 
grupo socioeconômico equivalentes
. Analisar e comparar um lado do corpo do 
paciente ao outro (a negligência com relação a 
um dos lados do corpo pode ser decorrência de 
uma lesão no córtex parietal oposto)
* Os cuidados com o vestuário e a higiene 
pessoal deterioram com a depressão, a 
esquizofrenia e a demência
* O cuidado excessivo com a aparência pode 
ser característico do transtorno obsessivo 
compulsivo
Expressão facial 
. Observar o rosto do paciente (em repouso e 
durante a conversa)
. Analisar se o paciente apresenta expressões 
de ansiedade, depressão, apatia, raiva, 
exaltamento ou imobilidade facial
. Observar se há alterações na expressão 
durante a consulta (as expressões são 
apropriadas á conversa ou a face fica imóvel 
durante a entrevista) 
Atitude, afeto e relação com pessoas e objetos 
. Analisar o afeto do paciente ou a expressão 
externa do estado emocional interior (observar 
se é apropriada para os tópicos que estão 
sendo discutidos ou se o afeto é lábil, 
embotado e inalterado) 
. Observar até que ponto o paciente se mostra 
sincero e receptivo (tanto às suas reações 
quanto às de outras pessoas e ao ambiente)
. Observar se paciente ouve coisas que você 
não ouve ou conversa com alguém que não 
está lá
. Observe se o paciente demostra raiva, 
hostilidade, desconfiança e comportamento 
evasivo (pode remeter á paranoia)
. Observar se o paciente demonstra exaltação 
e euforia (pode remeter á mania)
. Observar se o paciente demonstra afeto 
embotado e distanciamento (pode remeter á 
esquizofrenia)
. Observar se o paciente demonstra apatia e 
indiferença (pode remeter á demência, 
ansiedade e depressão)
2. Fala e linguagem 
- Durante toda a entrevista se deve observar 
as seguintes características da fala do 
paciente :
Quantidade 
. Observar se o paciente é loquaz ou calado 
. Observar se o paciente faz comentários 
espontâneos ou somente responde as 
perguntas diretas 
Velocidade da fala 
. Analisar se o paciente fala rapidamente ou 
lentamente (fala lenta pode remeter á 
depressão e fala rápida em tom alto pode 
remeter á mania) 
Volume da voz
. Observar se o paciente fala alto ou baixo 
Articulação das palavras 
. Observar se o paciente pronuncia as palavras 
de modo claro e compreensível ou se apresenta 
algum distúrbio (ex: disartria, afasia, disfonia)
* Disartria = distúrbio da articulação da fala
PDT
* Afasia = transtorno da linguagem 
(comprometimento adquirido que afeta a 
compreensão e produção de palavras/frases/
discurso) 
* Disfonia = resulta de comprometimento do 
volume, da qualidade ou da tonalidade da 
voz
Fluência (velocidade + fluxo + melodia) 
. Observar se o paciente apresenta 
anormalidade da fala (ex: hesitações, hiatos no 
fluxo e no ritmo das palavras, alterações de 
inflexão, circunlocuções e parafasias) 
* Alterações da inflexão = voz monocórdica 
* Cincunlocuções = frases ou sentenças 
substituem uma palavra que a pessoa não 
consegue recordar (ex dizer “aquilo com que 
a gente escreve” ou invés de chamar de 
caneta)
* Parafrasias = palavras deformadas (ex: eu 
escrevo com uma paneta), erradas (ex: eu 
escrevo com um chapéu) ou inventadas (ex: 
eu escrevo com um cristóbolo) 
3. Humor 
. Avaliar o humor do paciente durante a 
anamnese (explorando as percepções do 
própria paciente com relação ao seu estado de 
ânimo)
. Analisar como o humor do paciente variou em 
acontecimentos da vida dele (perguntar a ele 
"como você se sentiu em relação a tal coisa?")
. Peça ao paciente para descrever o humor 
dele, incluindo nível habitual de humor e como 
ele variou com os eventos da vida (ou 
perguntar a ele “qual seu estado de humor no 
geral”) 
* O humor varia de tristeza/melancolia á 
alegria/euforia/exaltamnto á raiva/irá, 
ansiedade/preocupação á retraimento/
indiferença 
* Em caso de suspeita de depressão é 
necessário avaliar a gravidade e perguntar 
sobre pensamentos suicidas 
4. Pensamentose percepções 
- Avaliar a lógica, a relevância, a organização 
e a coerência dos processos de pensamento 
do paciente ao longo da entrevista
- Observar se a conversa flui de maneira 
lógica e tem um objetivo 
- Avaliar o insight e o juízo crítico do 
paciente 
- Pesquisar padrões de fala sugestivos de 
transtornos dos processos de pensamento
Insight 
. Pacientes com transtornos psicóticos 
frequentemente carecem de insight em relação 
à sua doença, e essa negação da disfunção 
pode acompanhar alguns transtornos 
neurológicos.
. Para avaliar o insight deve-se perguntar “o 
que te trouxe ao hospital?” “Qual seu 
problema?” “O que você acredita ser o 
problema?” 
 Juízo crítico 
. É o discernimento do paciente. 
. Devem ser observadas as respostas do 
paciente á situações familiares, emprego, uso 
do dinheiro e conflitos interpessoais
. Está comprometido no delirium, na demência, 
na deficiência intelectual e em estados 
psicóticos
Variações e anormalidades nos processos de 
pensamento 
. Circunstancialidade (prolixidade) = fala 
caracterizada por desvios e demora para 
chegar ao ponto em questão. Os componentes 
PDT
da descrição apresentam uma conexão 
significativa. Fala característica de pessoas 
obsessivas 
. Dissociação (tangencial) = fala caracterizada 
por assuntos que não tem ligação. O paciente 
não tem consciência da falta de associação. 
Fala característica de pessoas esquizofrênicas 
e episódios maniacos (durante a conversa o 
paciente sem perceber faz uma mudança de 
tópicos com pouca ou nenhuma relação)
. Fuga de ideais = fala acelerada na qual o 
paciente muda abruptamente de um tópico 
para outro. As mudanças pautam-se por 
associações compreensíveis,
jogos de palavras ou estímulos que distraem o 
indivíduo, mas as ideias não evoluem para uma 
conversão sensata. Fala característica de 
episódios maníacos. Quando grave, pode 
resultar em incoerência.
. Neologismos = fala caracterizada por 
palavras inventadas ou distorcidas. Fala 
característica de esquizofrenia, transtornos 
psicóticos e na afasia 
. Incoerência = Fala incompreensível e ilógica, 
caracterizada por conexões sem qualquer 
significado, mudanças bruscas de temas e 
utilização desorganizada da gramática ou
das palavras. As alterações d significado 
ocorrem dentro de uma mesma oração. Fala 
característica de transtornos psicóticos graves 
(ex: esquizofrenia) 
. Bloqueio = Interrupção brusca da fala na 
metade de uma frase ou antes que se 
complete uma ideia. Fala caracterizada por 
“perder o fio da meada”. É característica de 
esquizofrenia mas pode ocorrer em pessoas 
normais.
. Confabulação = fala caracterizada pela 
invenção de fatos ou eventos como resposta á 
perguntas, para preencher as lacunas geradas 
pelo comprometimento da memória. Fala 
característica da síndrome de Korsakoff do 
alcoolismo.
. Perseveração = fala caracterizada pela 
repetição persistente de palavras ou ideias. É 
característica de pessoas com esquizofrenia 
. Ecolalia = fala caracterizada pela repetição 
das palavras e expressões de outras pessoas. É 
característica de pessoas com mania
. Ressonância = fala na qual a pessoa escolhe 
uma palavra com base no som, em vez de 
significado, como na fala rimada e nos 
trocadilhos (ex: janela, janelinha, porta, 
campainha. Plim, plim.). É característica de 
pessoas com mania e esquizofrenia 
Anormalidades com conteúdo do pensamento 
. Compulsões = comportamentos ou atos 
mentais repetitivos que uma pessoa se sente 
impelida á realizar, para provocar ou impedir 
algum problema no futuro (ex: prevenir ou 
reduzir a ansiedade, evento ou situação de 
pavor). Esses comportamentos são excessivos e 
pouco realistas. 
. Obsessões = pensamentos, imagens ou 
impulsos recorrentes e incontroláveis, que a 
pessoa considera inaceitáveis e estranhos á ela 
mesma (ex: um comportamento maníaco)
 
. Fobias = temores persistentes e irracionais, 
acompanhados de um desejo incontrolável de 
evitar o estímulo provocado
PDT
. Ansiedade = apreensões, temores, tensões 
ou inquietação de um risco futuro ou azar, que 
podem ser localizados (fobia) ou livres 
(sentimento de pavor ou de desastre iminente 
mal definido)
. Sentimento de irrealidade = sensação de 
que as coisas no ambiente estão estranhas, 
irreais ou distantes 
. Sentimento de despersonalização = 
sensação de que a própria individualidade ou 
identidade está diferente, mudada ou irreal. É 
um sentimento de perda de identidade ou de 
distanciamento do próprio corpo e mente.
. Ideias delirantes = crenças pessoais falsas e 
fixas, que não são compartilhadas por outros 
indivíduos. Exemplos: delírio persecutório 
(crença de que o indivíduo esta sendo 
perseguido), delírio de grandeza, delírio de 
ciúme/infidelidade (crença de que outra pessoa 
está apaixonada pelo indivíduo), ideias 
delirantes de referência inespecífica (crença 
de que eventos externos, como o radio ou a tv 
estão dando instruções ao indivíduo), ideias 
delirantes de ser controlado por uma força 
externa, ideias delirantes somáticas (crença de 
ser portador de um doença, transtorno ou 
defeito físico). 
Anormalidades da percepção 
. Ilusões = interpretações errôneas de 
estímulos externos reais (ex: confundir o som 
das folhas com som de vozes) 
. Alucinações = percepções que parecem reais, 
mas, ao contrário das ilusões, não resultam de 
estímulos externos reais. A pessoa pode ou 
não reconhecer as experiências como
falsas. As alucinações podem ser auditivas, 
visuais, olfatórias, gustativas, táteis ou 
somáticas.
5. Funções cognitivas 
- Avaliar a orientação do paciente, se ele está 
orientado no tempo e no espaço (perguntar 
que dia é hoje, o nome do paciente, onde ele 
está)
- Avaliar a atenção do paciente (explicar ao 
paciente que gostaria de testar a 
capacidade de concentração dele e pedir 
para que ele repita uma determinada série 
de números, faça contas, soletre de trás 
para frente uma palavra) 
- Avaliar a capacidade de memória remota do 
paciente (perguntar a ele sobre datas de 
nascimento, aniversários, numero da 
identidade, nome de escolas que frequentou, 
empregos que ja passou) 
- Avaliar a memória recente do paciente 
(perguntar á ele eventos do dia, por exemplo 
a hora da consulta e medicações atuais) 
- Avaliar a capacidade de aprendizado do 
paciente (pedir para que ele repita 
determinadas palavras no intuito de verificar 
se a informação foi ouvida e registrada) 
* Desorientação ocorre quando há 
comprometimento da memória ou da atenção 
(como na demência, retardo mental, 
ansiedade ou baixa escolaridade) 
* A memória remota está comprometida na 
fase avançada da demência
* A memória recente é comprometida na 
demência e no delirium
6. Funções cognitivas superiores 
- Avaliar a capacidade do paciente fornecer 
informações e observar seu vocabulário 
- Avaliar a capacidade de calculo do paciente 
PDT
- Observar o raciocínio abstrato do paciente 
(perguntar o significado de determinados 
provérbios, por exemplo “devagar se vai ao 
longe” e pedir para que o paciente diga a 
semelhança entre duas palavras, por 
exemplo “laranja e maçã”) 
- Avaliar a capacidade construcional do 
paciente (pedir para que ele copie o desenho 
determinadas figuras, por exemplo 1 relógio) 
Exame físico normal 
- Os dados colhidos e colocados na anamnese 
são :
. Ectoscopia = Bom estado geral, corado, 
hidratado, afebril, acianótico, anictérico, 
eupneico, lúcido e orientado
Referências 
- Propedêutica Médica: da Criança ao Idoso; 
Irineu; 2ª ed.; 2015; Capítulo 3.
- Propedêutica Médica; Bates; 11ª ed.; 2015; 
Capítulo 4. 
- Propedêutica Médica; Bates; 11ª ed.; 2015; 
Capítulo 5.

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