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Livro Eletrônico Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital Carlos Xavier 83093555051 - vanderson cunha 1 98 Gestão por competências. Sumário 1. Palavras Iniciais. .......................................................................................................... 2 2. Mapa da Mina. ............................................................................................................ 3 3. Visão geral sobre competências e sua gestão. ............................................................. 4 3.1. Da noção de competência à gestão por competências. ....................................................... 17 3.2. Mapeamento e descrição de competências. ........................................................................ 21 3.3. Principais instrumentos para suprir a lacuna de competências. .......................................... 26 4. Questões comentadas ............................................................................................... 32 5. Lista de questões ...................................................................................................... 73 6. Gabarito .................................................................................................................... 97 7. Bibliografia Principal ................................................................................................. 97 Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 2 98 1. PALAVRAS INICIAIS. Oi! Vamos para mais uma aula, hoje estudando a gestão de pessoas por competências. Trata-se de um tema moderno e em constante evolução, que vem sendo muito cobrado em provas. Para estudá-lo, é preciso conhecer várias definições e classificações, mas é preciso disposição para enfrentar questões interpretativas na hora da prova!!! Bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 3 98 2. MAPA DA MINA. O que mais cai em provas sobre gestão por competências? Fonte: elaborado pelo autor. Nesta aula, veja que a distribuição das questões está bem equilibrada. Um destaque: o tópico “compreensão geral”, sozinho, representa 31% das cobranças. Logo, dê atenção aos aspectos conceituais que relacionam a gestão por competências ao atingimento dos objetivos organizacionais e ao fortalecimento da instituição! Bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 4 98 3. VISÃO GERAL SOBRE COMPETÊNCIAS E SUA GESTÃO. Para entender a gestão por competências, em primeiro lugar, você precisa entender que este assunto ainda é alvo de uma ampla discussão acadêmica, possuindo definições diferentes (e as vezes divergentes), de acordo com cada autor consultado. Assim, para evitar surpresas, a aula trará vários conceitos, de vários autores, todos passíveis de serem cobrados na sua prova. Além disso, você deve manter a mente aberta para o uso de palavras, expressões e perspectivas mais interpretativas e subjetivas na hora da prova, buscando associar aos conceitos apresentados nessa aula ao que o examinador vier a cobrar. Tenha em mente ainda que os conhecimentos que serão abordados aqui são aplicáveis ao setor público, que pode gerir as pessoas por competências! Isto dito, vamos começar pelas primeiras discussões sobre competências: Em 1973 o debate sobre competências na organização foi iniciado por McClelland, que diferenciou competências de aptidões, habilidades e conhecimentos. Naquele contexto, as aptidões eram tidas como os talentos naturais que uma pessoa possui; as habilidades seriam uma demonstração do talento na prática; e os conhecimentos aquilo que a pessoa precisava saber para que pudesse exercer bem determinada tarefa no seu trabalho. Com base nessa perspectiva inicial é que se desenvolveu o conceito mais frequente de competências. O conceito de competências e gestão por competências passou a ser amplamente utilizado, sendo aprofundado desde a década de 1990, mas continua em plena evolução até hoje. Hoje, é comum que se defina que competências são o somatório dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos indivíduos que mobilizam recursos e levam a entrega de resultados, permitindo o elevado desempenho no trabalho. Outra definição aponta que as competências são a aplicação sinérgica de conhecimentos, habilidades e atitudes que geram desempenho profissional. São definições que se relacionam entre si, ambas voltadas para as competências individuais, e não organizacionais. Pode-se dizer que competências individuais = CHA: (C) Conhecimentos; (H) Habilidades; (A) Atitudes. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 5 98 E o que significa cada um desses pontos? Vamos ver: • Conhecimentos: constituem o saber de um profissional. Representam o que a pessoa precisa saber para realizar uma determinada tarefa. São informações integradas adquiridas por meio da educação, treinamento e desenvolvimento profissional e da experiência de cada um. Por exemplo, um mecânico de automóveis precisa saber como funcionam os sistemas mecânicos para que possa trabalhar no reparo de um carro! • Habilidades: representam o saber-fazer (know-how) do profissional (também chamado de “perspectiva” do administrador). Trata-se da capacidade que o profissional tem de utilizar o conhecimento que possui e as ferramentas e equipamentos que dispõe na realização de suas tarefas. Muitas vezes é possível comprová-las por meio de provas de proficiência, certificações, etc. As habilidades são adquiridas por meio de cursos técnicos, leitura, estudos e pela prática do trabalho. Por exemplo: ao mecânico de automóveis mencionado no ponto anterior também precisa saber operar as máquinas e ferramentas utilizadas na prática. A habilidade do mecânico será comprovada se ele souber consertar o automóvel quebrado! Trata-se do saber-fazer, ou know-how! • Atitudes: representam o querer-fazer do indivíduo (chamado por alguns autores de "saber ser"). As atitudes são as ações dos indivíduos em determinadas situações, em Competência Conhecimentos AtitudesHabilidades Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 6 98 relação ao trabalho, às pessoas, etc., incluindo aspectos como sua identidade e grau de determinação para realização de uma tarefa. No exemplo do mecânico de automóveis, trata-se da atitude de trabalhar utilizandoseus conhecimentos e habilidades. Um mecânico com ótimo conhecimento pode simplesmente não gostar de trabalhar, ficando apenas “enrolando” no trabalho. Esta seria uma atitude negativa e que não agregaria valor para o cliente. (MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23) As ações do trabalhador comportam conhecimentos, habilidades e atitudes aplicados na execução de tarefas. Comentário: Questão simples, que associa o trabalho do funcionário aos CHAs da gestão por competências. GABARITO: Certo. (EBSERH/Tecnólogo em Gestão Pública) Competências podem ser entendidas como o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes, em que a dimensão habilidade está relacionada a identidade e a determinação. Comentário: As competências realmente podem ser definidas em função dos conhecimentos, habilidades e atitudes. Neste caso, conhecimentos são as informações integradas que uma pessoa adquire, habilidades são as capacidades de realização e as atitudes dizem respeito à efetiva realização, incluindo elementos como a identidade e a determinação. GABARITO: Errado. (Câmara de Salvador – BA/Analista Legislativo Municipal – Desenvolvimento de Pessoas) Muitos gestores e colaboradores de organizações de vários tipos e tamanhos consideram a avaliação de desempenho praticada por suas organizações como uma ação contaminada por fatores subjetivos e por vieses que distorcem seu propósito. Modelos tradicionais vêm sendo substituídos por modalidades que estimulam a busca de informações atualizadas sobre as competências dos colaboradores, conceituadas como um conjunto de: a) responsabilidades; atribuições; autoridade; b) técnicas; vocações; crenças; c) conhecimentos; habilidades; atitudes; Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 7 98 d) motivações; características de personalidade; aspirações; e) metas; objetivos; resultado. Comentário: Em resumo: as competências são baseadas no CHA: competências, habilidades e atitudes. GABARITO: C. Além dos CHAs, as características individuais também geram um importante impacto sobre diferentes tipos de competências no seu trabalho. Geralmente essas características podem ser classificadas em quatro: 1. A execução da tarefa em si: trata-se das características que estão ligadas as aptidões necessárias para as tarefas que serão executadas no cargo. Inclui competências como: atenção concentrada (foco em detalhes), atenção dispersa (visão ampla das coisas), aptidão numérica, verbal, espacial, etc. 2. Interdependência com outras tarefas: trata-se de características ou aptidões relacionadas com a execução de outras tarefas, além das que serão executadas. Inclui competências como atenção dispersa e abrangente, facilidade de coordenação, resistência aos conflitos, etc. 3. Interdependência com outras pessoas: são os aspectos que se relacionam com a necessidade de realizar contatos com outras pessoas. Inclui competências como: capacidade de colaboração e cooperação, liderança, capacidade de comunicação, etc. 4. Interdependência com a própria organização: são as características que devem ser observadas para serem compatíveis com os (1) objetivos da própria organização onde se irá trabalhar ou (2) de sua unidade de negócio ou mesmo departamento. Trata-se, nesse caso, de uma comparação entre as competências exigidas pela organização e as competências disponíveis no indivíduo. - Mas Carlos, sempre ouvi falar que gestão de/por competências = CHA. Pelo que estou vendo, não é só isso... - Resposta: Exatamente! Se fosse, seria muito bom! Na verdade, como eu disse ao iniciar a aula, não existe uma única definição de gestão por competências que sirva para todos os casos. Infelizmente as bancas podem cobrar qualquer coisa, vinda de centenas de autores sobre o assunto! Elas até mudam de opinião sobre o tema.... por vezes até na mesma prova! - Carlos, e como eu faço então? Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 8 98 - Mantenha a mente aberta!!! Ao longo da aula veremos outras definições de competências, entre outros assuntos associados. Com tais definições, você será capaz de interpretar o que o examinador resolver colocar na sua prova. Veja, por exemplo, a definição de competências apresentada por Fleury (2002), em uma obra que muitas bancas costumam cobrar: Definimos, assim, competência: um saber agir responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agregue valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. Veja, na definição de Fleury (2002) apresentada acima, que ela vai muito além de definir competências como a simples soma de conhecimentos, habilidades e atitudes. Para ela, as competências precisam ser responsáveis e reconhecidas, ou seja, devem ser propositalmente utilizadas e devem ser percebidas pelas outras pessoas e pela organização. Além disso, elas devem agregar valor tanto para a organização quanto para os indivíduos possuidores das competências. Essa visão integra a competência do indivíduo e da organização, consideradas ao mesmo tempo. Por isso, se a banca disser que existem competências não reconhecidas e que não agregam valor diretamente, seja para o indivíduo, seja para a organização, você já sabe que a fundamentação mais provável seria a que estamos discutindo agora. (FUB/Tecnólogo - RH) As competências individuais podem ser mensuradas quando o empregado entrega efetivamente à organização algo que tenha sido por ela solicitado. Comentário: A assertiva está escrita em ordem inversa, na tentativa de complicar algo que é muito simples. Veja só: Quando o funcionário entrega à organização algo por ela solicitado têm-se uma situação onde as competências do funcionário podem ser medidas. Está certo, afinal de contas, a entrega de resultados é uma importante competência! GABARITO: Certo. (MPE-AL/Analista Técnico – Pedagogia) Quando o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi criado, em 1998, buscava-se uma avaliação inovadora, que em vez de testar conteúdos fosse capaz de avaliar competências e habilidades. Segundo o Documento Básico do Enem, tinha-se a seguinte definição de competências e habilidades: Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 9 98 Competências são as modalidades estruturais da inteligência, ou melhor, ações e operações que utilizamos para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas que desejamos conhecer. As habilidades decorrem das competências adquiridas e referem-se ao plano imediato do 'saber fazer'. Por meio das ações e operações, as habilidades aperfeiçoam-se e articulam-se, possibilitando nova reorganização das competências (BRASIL, 1999, p. 7). (BRASIL. Ministério da Educação. Exame Nacional do Ensino Médio – Enem. Documento básico. Brasília, DF: INEP, 1999). A partir desse entendimento, avaliar por competências significa avaliar: a) a partir de temas geradores, utilizando-se instrumentos objetivos e subjetivos; b) empiricamente o aluno, a partir de um guia de instruções que oriente a ação prática; c)objetivamente, com base em indicadores quantificáveis, a fim de que se possa realizar, ao final, o processo de feedback; d)a partir de situações-problema, buscando que o aluno mobilize distintos saberes para atingir um resultado esperado; e) a partir de múltiplos instrumentos, com foco na formação profissional do educando. Comentário: Essaquestão, totalmente interpretativa, deveria ser resolvida com base nos conhecimentos mais amplos sobre as competências. Nesse sentido, observa-se que uma avaliação do tipo ENEM, por competências, considera situações reais e a capacidade de mobilizar múltiplas competências para resolvê-las, conforme afirmado unicamente na alternativa D. GABARITO: D. Uma vez apresentados os conceitos das competências individuais (muito prováveis em sua prova), vamos começar uma expansão do conteúdo que vai muito além dessas definições... Ao apresentar as competências das organizações, RUAS et al (apud Medeiros, 2006) propuseram os seguintes conceitos gerais: • Competências organizacionais: são as competências coletivas, que aparecem sob a forma de processos de produção e/ou atendimento, nos quais estão incorporados conhecimentos tácitos e explícitos, sistemas e procedimentos de trabalho, entre outros elementos menos visíveis como princípios, valores e culturas dominantes na organização. Estas competências estariam presentes em todas as áreas da organização, em formas e intensidades diferente; • Competências organizacionais básicas: são as competências coletivas que se desdobram em todo o espaço organizacional e que contribuem decisivamente para a sobrevivência da organização, porém, não para a sua diferenciação; • Competências organizacionais seletivas: são competências coletivas que geram diferenciação. Este conceito segue o mesmo princípio de core competence. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 10 98 No fundo, observando o que foi dito pelos autores, percebe-se dão o nome de “competências organizacionais” para aquelas que são da coletividade da organização, dividindo-as em básicas (que são as que servem de base/suporte na organização) e seletivas (que são as que geram a diferenciação da organização no mercado – de forma similar às core competences, que veremos logo a seguir). Chiavenato (2007), por sua vez, fala em uma verdadeira “cascata de competências” necessárias para que as organizações possam criar valor para a organização. Para ele, essa cascata se organiza da seguinte forma: Fonte: Chiavenato (2007) Nessa “cascata”, as competências superiores se desdobram nas inferiores, mas as inferiores são a base para a construção das superiores. As competências mais abaixo são tidas como base da “cascata”. Vamos então entender em mais detalhes... Competências Essenciais (core competences) Competências funcionais (competências de cada área de atividade) Competências gerenciais (Competências de cada executivo) Competências individuais (Competências de cada pessoa) Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 11 98 O primeiro ponto a ser aprendido é o conceito de core competence, de Prahalad e Hamel, geralmente traduzido para o português como competências essenciais. Sobre elas, Boas e Andrade (2009), esclarecem que: (...) as competências organizacionais compõem um conjunto de recursos na forma de conhecimentos, habilidades, tecnologias, sistemas físicos, gerenciais e valores que a organização possui. Esse conjunto possibilita que a organização tenha a capacidade de combinar, misturar e integrar recursos, produtos e serviços, de maneira a se colocar de forma competitiva no mercado (...) Essas competências seriam parte da essência da organização, de sua alma, criando vantagens competitivas e agregando valor para o cliente. Elas são facilmente perceptíveis pelos consumidores dos produtos e serviços da organização através do valor provido pelos seus produtos e serviços, sendo difíceis de ser imitadas pela concorrência. Elas derivam da integração das competências que se situam “hierarquicamente” abaixo delas, na cascata de competências, resultando de suas sinergias e de uma perspectiva sistêmica das mesmas. Chiavenato (2007) destaca que as competências essenciais apresentam quatro características básicas: 1. Propiciam uma forte vantagem competitiva para o negócio da empresa. 2. São indispensáveis para o sucesso da empresa. Constituem os fatores críticos do sucesso empresarial. Um fator crítico é aquele sem o qual o sucesso não acontece. 3. São singulares, específicas e próprias da empresa. Definem aquilo que a empresa sabe fazer melhor do que as outras. Em outras palavras, caracterizam a empresa. 4. São de difícil imitação pelas demais empresas. Sua complexidade decorre do fato de que são criadas, desenvolvidas, integradas e articuladas de uma maneira que dificilmente as outras empresas podem copiar e imitar. O seu arranjo também é singular e próprio de cada empresa. Além dessas características básicas, Fleury (2002) lembra que as competências essenciais possuem três características marcantes sobre a competitividade organizacional: 1ª) geram valor percebido pelo cliente; 2ª) permitem diferenciação entre concorrentes; 3ª) oferecem capacidade de expansão para a empresa. Em outras palavras, as competências essenciais permitem a oferta de valor para o cliente. São elas que possibilitam que a organização se diferencie dos concorrentes justamente por meio do valor provido. Além disso, elas permitem que a organização possa aproveitar novas oportunidades de expansão, já que se constituem uma força competitiva relevante. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 12 98 Com isso em mente, vamos entender o que são as competências funcionais. Elas são as competências específicas de cada área da organização, servindo como base para o surgimento das competências essenciais. As competências funcionais possibilitam que as partes da organização (departamentos, diretorias, etc.) possam desempenhar suas funções especializadas, pois congregam o que é necessário para possibilitar a especialização. As competências gerenciais, por sua vez, relacionam-se ao trabalho gerencial dos executivos. Trata-se das competências que os gerentes precisam possuir para atuar como gestores de pessoas. Uma classificação apresentada por Chiavenato (2007) (da Training House) propõe que as competências gerenciais podem ser agrupadas da seguinte forma: • Competências relacionadas com as pessoas o Comunicações: ouvir e dar ideias; dar informações claras; obter informações imparciais. o Supervisão: treinamento, orientação e delegação; avaliação de pessoal e desempenho; disciplina e aconselhamento. • Competências relacionadas com o trabalho: o Administração: administração do tempo e priorização; estabelecimento de meta e padrões; planejamento e programação de trabalhos. o Raciocínio: identificação e solução de problemas; tomada de decisões e pesar riscos; pensar clara e analiticamente. As competências individuais, por fim, são aquelas que as pessoas devem ter para que possam atuar com sucesso na organização. Você pode associá-las aos conhecimentos, habilidades e atitudes que vimos no início da aula e aos resultados obtidos por meio de sua aplicação na prática profissional. Sobre as competências individuais, Boas e Andrade (2009), esclarecem que elas podem ser divididas em categorias distintas dos CHA que já foram explicados. Eles afirmam que, para Resende (2000), existem as seguintes competências: • Competências técnicas: de domínio de alguns especialistas (p. ex.,: saber dirigir carretas); • Competências intelectuais: relacionadas com a aplicação de aptidões mentais (p. ex., ter presençade espírito e discernimento); • Competências relacionais: envolvem habilidades práticas de relações e interações (p. ex., saber relacionar-se em diversos níveis); Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 13 98 • Competências sociais e políticas: envolvem relações e participações na sociedade (p. ex., saber exercer influência em grupos sociais); • Competências didático-pedagógicas: voltadas para a educação e o ensino em vários níveis (p. ex., saber educar e treinar obtendo resultados positivos); • Competências metodológicas: habilidade na aplicação de técnicas e meios de organizar atividades e trabalhos (p. ex., saber definir roteiros e fluxos de serviços); • Competências de liderança: reúnem habilidades pessoais e conhecimentos de técnicas de influenciar e conduzir pessoas na vida pessoal e profissional (p. ex., saber organizar e conduzir grupos comunitários). É preciso ter em mente ainda que, segundo Dalton e Thompson (1993, apud Dutra, 2008), o desenvolvimento dos profissionais, sob a gestão por competências, passa por diferentes etapas, ligadas ao nível de complexidade de atuação do indivíduo: 1) Aprendiz: quando se desenvolvem atividades estruturadas, podendo inovar apenas dentro de limites preestabelecidos; 2) profissional independente: quando se atua de forma independente, entregando resultados independentemente de uma supervisão específica para isso; 3) mentor e integrador: quando o profissional lidera grupos e é responsável por desenvolver outras pessoas, orientando técnica e administrativamente e assumindo a supervisão formal de grupos e projetos; 4) diretor ou estrategista: quando o profissional passa a ser responsável pela direção estratégica da organização, podendo representá-la em todos os níveis internos e perante pessoas e instituições externas. (MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23) No que se refere ao servidor que ingressa em uma carreira, pode ser apurado o nível inicial de suas competências e ser definido o plano de desenvolvimento necessário à sua progressão funcional e promoção. Comentário: A assertiva cria um caso prático de estabelecimento de um plano para desenvolvimento de competências. Ela afirma que as competências de um servidor podem ser medidas quando ele entra na organização (o que está certo), e com base nisso pode ser estabelecido um plano de desenvolvimento de suas competências, associado ao desenvolvimento da carreira, por meio de progressão e promoção (o que também está certo!). GABARITO: Certo. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 14 98 (MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23) Para o desenvolvimento de competências profissionais, devem ser consideradas apenas as ações de capacitação stricto sensu. Comentário: Claro que não, pessoal! A gestão por competências busca ir além desse modelo de formação tradicional! O importante é considerar a verdadeira capacitação do funcionário, independentemente de se obter na prática do trabalho ou numa pós-graduação formal. GABARITO: Errado. (STJ/AJAA) As competências organizacionais essenciais são atributos da organização passíveis de serem imitados pela concorrência. Comentário: As competências essenciais são parte da essência da organização, de sua alma, criando vantagens competitivas e agregando valor para o cliente. Elas são facilmente perceptíveis pelos consumidores dos produtos e serviços da organização através do valor provido pelos seus produtos e serviços, sendo difíceis de ser imitadas pela concorrência. Assim, como não são competências “imitáveis’, a questão está errada. OBS.: talvez você esteja dizendo: “quer dizer que é completamente impossível imitar competências essenciais”? R.: não, não é, mas se a afirmação vier na prova da forma que está nessa questão você deve aceitar, já que a dificuldade para imitar essa competência é grande. GABARITO: Errado. (CODEBA/Analista Portuário – Gestão Portuária) Um administrador deve ser capaz de reconhecer uma competência essencial de sua organização, a fim de utilizá-la adequadamente na elaboração do planejamento estratégico. A identificação de uma competência essencial é um processo complexo que demanda atenção, pois pode definir todo o planejamento. Assinale a opção que apresenta características de uma competência essencial. a) É um diferencial entre a empresa e os competidores e é sustentável no longo prazo. b) Permite o domínio de mercado no curto prazo, mas não é sustentável no longo prazo. c) Não é o centro do propósito organizacional, mas apoia o desenvolvimento da organização. d) É apoiada pelas vantagens competitivas para se tornar sustentável no médio prazo. e) É um diferencial entre a empresa e os competidores e é sustentável no curto prazo. Comentário: Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 15 98 As competências essenciais são aquelas que representam a essência da organização, sendo diretamente percebidas pelos clientes externos e, por isso, sendo diferencial competitivo a ser sustentado pela organização no longo prazo. Considerando tudo isso, percebe-se que a única resposta correta está na Alternativa A. GABARITO: A. Tendo encerrado a visão sobre competências individuais, gerenciais, funcionais e organizacionais, outra perspectiva considera que as competências podem ser de quatro tipos, conforme apresentado por Boas e Andrade (2009): • Diferenciais: consideradas estratégicas, pois estabelecem a vantagem competitiva da empresa. São identificadas no estabelecimento da missão empresarial e descritas de forma genérica. São constituídas por um conjunto de capacitações que auxiliam a empresa a alcançar seus resultados e fazer o diferencial no mercado. • Essenciais: são aquelas identificadas e definidas como as mais importantes para o sucesso do negócio e devem ser percebidas pelos clientes. • Básicas: as necessárias para manter a organização funcionando. São percebidas no ambiente interno; estimulam e alicerçam o clima de produtividade. • Terceirizáveis: as que não estão ligadas à atividade-fim da organização e que podem ser repassadas a fontes externas com maior competência e valor agregado. Fleury (2004, apud Mills, 2002), por sua vez, fala em diferentes tipos de competências, conforme apresentado no quadro a seguir: Competências essenciais Competências e atividades mais elevadas, no nível corporativo, que são chave para a sobrevivência da empresa e centrais para sua estratégia. Competências distintivas Competências e atividades que os clientes reconhecem como diferenciadoras de seus concorrentes e que provêm vantagens competitivas. Competências Competências e atividades-chave, esperadas de cada unidade de Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 16 98 organizacionais ou das unidades de negócio. negócios da empresa. Competências de suporte. Atividade que é valiosa para apoiar um leque de competências. Capacidades dinâmicas. Capacidade de uma empresa de adaptar suas competências pelo tempo. É diretamente relacionada aos recursos importantes para a mudança. Fonte: Fleury (2004, apud Mills, 2002) É possível falar também em tipos de competências necessárias em função de sua relevância para a organização ao longodo tempo. Sob este critério, elas podem ser classificadas em emergentes, declinantes, estáveis e transitórias: • Competências emergentes seriam aquelas que estão emergindo e se tornando mais importantes para a organização, havendo uma tendência de ampliação dessa importância. • Competências declinantes estariam em uma tendência oposta às emergentes: elas se tornam cada vez menos relevantes. • Competências estáveis são aquelas cuja importância para a organização é relativamente estável; • Competências transitórias são aquelas que só são importantes em algum momento específico, como na resolução de uma crise, por exemplo. Carvalho, Nascimento e Serafim (2012), por sua vez, falam em competências conceituais, técnicas e interpessoais. Para eles: • Conceituais - envolvem conhecimentos, domínio de julgamentos e caracterizações que dão sustentação aos aspectos de habilidades técnicas, humanas, gerenciais e a atitudes, bem como a responsabilidades e experiências no que se refere à maneira de realizar algo. • Técnicas - compreendem o domínio de sistemas, métodos, técnicas e de processos específicos para determinada área de trabalho. • Interpessoais - consideram os aspectos que incluem relacionamento, comunicação e interação entre as pessoas, atentando para as atitudes e valores pessoais de forma eficaz. Nesse sentido, os profissionais da cúpula organizacional necessitam de mais competências conceituais do que os outros, para compreender a realidade da organização como um todo. Profissionais da gerência em geral e que trabalham intensivamente em equipe necessitam ter bem desenvolvidas suas competências interpessoais, enquanto os profissionais da área operacional utilizam mais intensamente as suas habilidades técnicas. Além dessas visões de competência, reproduzo a seguir uma série de definições mostrada por Boas e Andrade (2009) sobre o assunto. Tenha sempre em mente que essa lista é apenas um Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 17 98 exemplo, para que você possa aprender, mantendo sua mente aberta para este assunto! Vamos vê-la: Autor Conceitos Vasconcelos e Pagnonceli (2001) Qualidade e/ou habilidade marcante que, efetivamente, cria benefícios, conquistando e fidelizando o cliente. Ruas (2001) Conjunto de habilidades, tecnologias, culturas e valores, percebido pelos clientes e pelo acionista, e que faz a diferença em relação à sociedade. Materializa-se num conjunto peculiar de know-how, o qual é atemporal, duradouro, porém dinâmico e que constitui fonte para vantagem competitiva (mais do que ser vantagem competitiva), servindo de base para a capacidade de expansão da empresa. Goddard (1997) Conjunto de características que marcam o sistema de crenças (valores), o estilo de comportamento e o desenho estrutural da empresa. Ullrich (2000) Aprendizado coletivo na organização, especialmente no que diz respeito a como coordenar as diversas habilidades de produção e integrar as múltiplas correntes da tecnologia. Lei et al. (2001) Conjunto central de insights de definição e de solução de problemas que possibilitará à empresa criar alternativas de crescimento estratégico potencialmente idiossincráticas e para lidar, ao menos parcialmente, com seu ambiente. Tampoe (1994) Subsistema técnico ou de gerenciamento que integra diversas tecnologias, processos, recursos e conhecimentos para gerar produtos e serviços sustentáveis, vantagem competitiva única e valor agregado para uma organização. Fonte: Adaptado de Boas e Andrade (2009) 3.1. DA NOÇÃO DE COMPETÊNCIA À GESTÃO POR COMPETÊNCIAS. Como já vimos, a discussão acadêmica sobre o nosso tópico de estudo começou sendo centrada sobre a definição de competências e seus tipos. Depois, passou a tratar da gestão de competências, uma forma de gerenciar as competências existentes nos funcionários da Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 18 98 organização, por meio de instrumentos de gestão de pessoas. Com o tempo, o conceito evoluiu e muitos autores passaram a falar de gestão por competências, como uma forma de gerenciar as organizações, seus processos e estratégias com base nas competências necessárias (na organização e suas pessoas). Assim, percebe-se que realizar a gestão por competências de forma estratégica está ligado a conseguir agregar, desenvolver e aplicar da melhor maneira as competências na organização, permitindo que ela possa agregar valor para o cliente! Para isso, o uso dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos indivíduos na organização é fundamental! Essa perspectiva passa a considerar que não basta a existência dos C.H.A., mas é preciso também um novo ponto para as competências: a entrega de resultados estratégicos pelos indivíduos e organizacões! Sob esta perspectiva, deve-se pensar que as competências representam, no dia a dia, a capacidade de atingir os resultados desejados, com a menor utilização de recursos possíveis, seja de tempo, finanças, materiais, pessoal, etc. Assim, um profissional com competência (ou competente) seria aquele que consegue atingir o resultado conforme esperado usando a menor quantidade de recursos possível. Este seria um profissional eficiente e eficaz ao mesmo tempo, que contribui para os resultados organizacionais. Uma vez que trabalha com foco nos resultados e no longo prazo, é notável ainda que a gestão por competências trabalha alinhando as competências da organização e de seus membros às necessidades derivadas da própria estratégia organizacional. A ideia que se sobressai é a utilização das contribuições dos funcionários, grupos, áreas, departamentos e da organização como um todo para gerar o desempenho do todo organizacional. Independentemente da abordagem adotada, a gestão por competências buscará alinhar as competências dos funcionários e da organização à estratégia organizacional. Esta deverá buscar adquirir ou desenvolver as competências necessárias no longo prazo tanto para os seus colaboradores em suas carreiras quanto para a organização no seu futuro. Sobre este assunto, Carvalho, Nascimento e Serafim (2012) definem gestão por competências da seguinte forma: Consiste no instrumento que identifica as competências indispensáveis, incluindo conhecimentos e habilidades determinantes da eficiência e eficácia profissional, além de apontar as falhas ou deficiências de qualificação para atividades ou serviços especiais, proporcionando meios para aprimorar sua competência. Como consequência, optamos por um quadro formado de profissionais mais habilidosos e bem-sucedidos, possuidores de senso de responsabilidade e autogestão mais acentuado e com probabilidade de obter desempenho superior. De uma forma mais ampla, podemos pensar em gestão por competências como a prática organizacional que busca identificar, desenvolver e adquirir as competências necessárias para que o desempenho global da organização possa ser melhorado. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 19 98 Como as competências estão, em grande parte, assentadas nas pessoas, é a partir das competências individuais que o desempenho individual é melhorado, gerando consequências nas competências e no desempenho organizacional. (EBSERH/Tecnólogo em Gestão Pública) A gestão por competências visa aproximar ao máximo as competências existentes na organização daquelas necessárias para a consecução dos objetivos organizacionais. Comentário: De fato, agestão por competências busca suprir a lacuna de competências (que ela mesma identifica), de modo que a organização possa atingir os seus objetivos. GABARITO: Certo. A ideia geral é que as competências individuais possam ser desenvolvidas de modo que as pessoas possam assumir responsabilidades cada vez maiores e atribuições com nível crescente de complexidade, aumentando as competências, o desempenho individual e organizacional. O foco está na trajetória futura do funcionário e da organização, e não nas necessidades atuais do espaço ocupacional. Espaço ocupacional é uma visão ampliada do conceito tradicional de cargo, buscando incluir as competências necessárias para realização de tarefas e entrega de resultados associados a um conjunto de cargos de complexidade semelhante, com foco no sucesso da organização e do profissional. Na gestão por competências fala-se em “espaço ocupacional” e não em “cargo tradicional”. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 20 98 Para Boas e Andrade (2009), a gestão por competências deverá passar por diferentes etapas: 1. Formulação da estratégia: é nessa etapa que a organização elabora o seu planejamento estratégico. Como a gestão por competências utiliza a estratégia da organização como base para adquirir e desenvolver competências, o planejamento estratégico pode ser considerado como um passo da própria gestão por competências. É possível ser considerado elemento antecedente da gestão por competências; 2. Definição dos indicadores de desempenho: é nesta etapa que os indicadores que possibilitarão à organização o acompanhamento da operacionalização de sua estratégia serão definidos. Pode ser considerado antecedente da gestão por competências propriamente dita; 3. Definição das metas: os indicadores apontam como deverá ser monitorado o desempenho da organização. As metas indicam qual o padrão de desempenho esperado, considerando as métricas definidas nos indicadores. Pode, em conjunto com o primeiro e segundo pontos, ser considerado antecedente da gestão por competências propriamente dita; 4. Mapeamento das competências: nessa etapa a organização deve identificar as competências que já possui, as competências necessárias para a execução de sua estratégia e, por fim, o gap (diferença ou lacuna) entre as competências atuais e as necessárias. Além disso, é importante que as competências identificadas nos funcionários sirvam de retroação (feedback) para que os mesmos possam identificar sua relação com as demandas organizacionais, tomando atitudes para seu autodesenvolvimento. Pode ser considerada a primeira etapa da gestão por competências, após os elementos estratégicos dos itens 1,2 e 3; 5. Planejamento de ações de gestão de pessoas (e sua implementação): se as competências atuais forem menores do que as necessárias, deverão ser tomadas decisões e ações para acabar ou minimizar este gap. É nesta etapa que isso acontece. Como se pode ver, o mapeamento de competências é a base para que essa etapa possa ser bem realizada; 6. Feedback (retroação): é nessa etapa que se verifica se as ações decididas na etapa anterior foram ou não efetivas para minimizar o gap de competências, conforme desejado. Você deve ter em mente ainda que, logo após a retroação de informações para o processo de gestão de competências, considera-se que o ciclo deve ser reiniciado, buscando-se uma constante adaptação das competências organizacionais às necessidades estratégicas. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 21 98 Outras visões podem pensar de forma diferente. É possível, por exemplo, que as etapas 1, 2, e 3 (mencionadas acima) sejam consideradas parte do planejamento estratégico, e a gestão por competências se inicie apenas com o mapeamento das competências. Importante considerar ainda o que Pagès et al (1993) chamaram de objetivação e individualização. Objetivação é a tradução, em termos quantitativos, do desempenho e das competências do indivíduo, buscando estimar o quanto sua contribuição ajuda no atingimento dos objetivos da organização. A individualização, por sua vez, é a estratégia de evitar a mobilização de trabalhadores por meio de reivindicações coletivas, por meio do reforço aos aspectos individuais. Na visão de Brandão e Guimarães (2001), o uso da gestão por competências constituiria verdadeiro mecanismo de controle social e da manutenção das estruturas de poder sendo, mais do que instrumento de gestão estratégica, um exercício do pragmatismo de gestão. Como trata-se de um tema em plana construção, há a possibilidade de a banca encontrar algum modelo específico de qualquer outro autor e cobrá-lo na prova, além de visões diferentes sobre o papel das competências e sua gestão... - Carlos, e se isso acontecer na minha prova, o que eu faço? - Resposta: Se isso acontecer, tente identificar elementos que te ajudem a decifrar a questão para poder marcar, com base no que estamos estudando. - Vamos em frente com o conteúdo... 3.2. MAPEAMENTO E DESCRIÇÃO DE COMPETÊNCIAS. Um ponto que deve ser destacado para o estudo da gestão por competências para concurso é a necessidade do correto mapeamento de competências necessárias e existentes. Para isso, é fundamental a realização da descrição das competências organizacionais e individuais necessárias. A descrição acontece com base no planejamento estratégico da organização, considerando opinião de especialistas, de chefes nos diferentes graus da hierarquia e do próprio funcionário. É importante que as competências descritas sejam objetivas e observáveis para que possam ser consideradas competências. Declarações de “competências” genéricas, fora dos critérios de objetividade e possibilidade de observação, tais como "conhecer os clientes e suas ideias sobre os produtos", fazem com que as pessoas tendam a dar a interpretação que melhor lhes convém, por Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 22 98 isso devem ser evitadas. Já afirmações específicas e que demonstram ação, como "apresentar os benefícios dos produtos aos clientes, tendo em mente as objeções mais comuns ao fechamento de vendas" são consideradas competências. Para que se possa construir boas descrições de competências, é importante que: • Sejam utilizados verbos de ação, que representem comportamentos observáveis como analisar, selecionar, comunicar, avaliar, fazer, organizar, formular, etc.; • As descrições sejam validadas pelas partes interessadas e por pessoas chave da organização, para evitar erros e inconsistências; • Validar a compreensão das competências com os funcionários, para garantir que todos entendam quais as competências descritas. Por outro lado, é importante evitar realizar descrições de competências que: • Sejam longas, cheias de termos técnicos ou de difícil compreensão pelas pessoas; • Sejam ambíguas, permitindo mais de uma interpretação; • Possuam obviedades e irrelevâncias; • Apresentem a mesma informação mais de uma vez; • Apresentem abstrações (lembre-se: é preciso ser o mais objetivo possível!) • Utilizem verbos que não expressam ações, tais como saber, apreciar, acreditar, pensar, etc. Tendo como base esses vários critérios para a correta descrição das competências, os responsáveis pelo mapeamento podem utilizar-se das seguintes técnicas para levantar dados sobre as competências necessárias: • Análise da estratégia da organizaçãopara que sejam identificados com clareza e objetividade o que se deseja para o futuro; • Realização de entrevistas com os trabalhadores da organização para identificar as situações e desafios enfrentados no dia a dia. Normalmente se utiliza para incorporar a visão dos funcionários àquilo que já foi observado no planejamento estratégico. • Observação do trabalho dos funcionários para identificar as competências que as pessoas e grupos de trabalho demonstram no dia a dia e sua importância para atingir os resultados pretendidos. Quando comparado com a entrevista, tem como grande vantagem a possibilidade de verificação prática das competências necessárias, que poderiam ser escondidas pelos funcionários. • Utilização de questionários para identificar as competências necessárias, estabelecendo a descrição correta das competências. Os respondentes podem avaliar, por exemplo, o grau de importância de cada competência descrita para o seu trabalho. Em termos de técnica, é possível se utilizar de diferentes escalas de medição, tais como o diferencial semântico (significados opostos colocados em cada lado de um formulário para que o funcionário aponte, para uma competência, se é "MUITO IMPORTANTE" ou "NADA IMPORTANTE", por exemplo); Escala de Likert para que o respondente aponte o grau de importância de 1 a 5, como "1 - nada importante, 2- pouco importante, 3 - medianamente importante, 4 - muito Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 23 98 importante, 5 - totalmente importante"; Escala comparativa para se comparar importância de uma competência com outra; Escala de ordenação para que o respondente crie uma ordem de importância para as competências descritas; etc.. A literatura especializada sugere a inclusão de dados sobre o respondente ao final do questionário, para que se possa realizar tratamentos estatísticos em relação aos seus dados (gênero, idade, renda, instrução, cargo, perfil profissional, tempo de organização, etc.). • Uso de simulações para realizar suposições sobre o futuro do trabalho e do ambiente, para que se possa identificar as competências no mapeamento. Já a identificação das competências existentes geralmente é realizada por meio da avaliação de desempenho dos funcionários (por competências). A avaliação de desempenho envolve essencialmente a verificação da evolução do funcionário na carreira por meio do seu nível em uma determinada competência, ou pela obtenção de uma nova competência. Além disso, as metas estabelecidas também são importantes. Há uma preocupação com uma avaliação integral de conhecimentos, habilidades, atitudes, capacidade de mobilizar recursos e resultados obtidos, assim como a capacidade de desenvolver novas competências. Geralmente esse tipo de avaliação está associado à avaliação 360 graus, mas esse não é único modelo disponível, sendo inclusive um modelo não recomendado para avaliar as competências técnicas. É importante lembrar ainda que o mapeamento só está completo quando se identifica também a lacuna (gap) de competências, sendo a diferença entre as competências necessárias e as competências existentes na organização. Como consequência de uma avaliação de desempenho por competências e da identificação das competências necessárias (ou seja, também do gap de competências) é possível se obter informações para decisões sobre investimentos em treinamento e desenvolvimento de pessoas, criação de um banco de talentos para desenvolvimento na carreira, estabelecimento das pessoas que mais merecem promoções na carreira, demissões, rotações de cargos, competências necessárias em processos seletivos, etc.. (STJ/AJAA) O mapeamento de competências se propõe a identificar as lacunas de aprendizagem e os recursos para a concretização da estratégia organizacional. Comentário: O mapeamento se propõe a identificar as lacunas de competências na organização. Dentre elas, poderíamos até interpretar que a “aprendizagem” faria sentido, mas não os recursos. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 24 98 Assim, como o mapeamento de competências não busca identificar lacuna de recursos (mas de competências), a questão está errada. GABARITO: Errado. (STJ/AJ - Psicologia) Na descrição de competências, é importante utilizar descrições abrangentes e detalhadas, de modo a permitir a identificação do que é esperado do indivíduo na organização. Comentário: É importante que as competências descritas sejam objetivas, observáveis e específicas. Declarações de competências abrangentes, genéricas, fora dos critérios de objetividade e possibilidade de observação, tais como "conhecer os clientes e suas ideias sobre os produtos" fazem com que as pessoas tendam a dar a interpretação que melhor lhes convém, por isso devem ser evitadas. Já afirmações específicas e que demonstram ação, como "apresentar os benefícios dos produtos aos clientes, tendo em mente as objeções mais comuns ao fechamento de vendas" são consideradas competências. Como descrições abrangentes e amplas devem ser evitadas, a questão está errada. GABARITO: Errado. (ALESE/Analista – Administração) Um dos modelos de gestão, também aplicáveis à área pública, é o de gestão por competências. De acordo com tal modelo, é necessário realizar um diagnóstico ou mapeamento para a) identificar as competências técnicas e comportamentais para cada uma das atividades. b) estabelecer a missão e visão de futuro da organização e identificar as competências necessárias ao atingimento de ambas. c) avaliar individualmente cada um dos funcionários e identificar as competências que precisam ser aprimoradas. d) verificar a posição da organização em relação a outras consideradas como referências em boas práticas no setor público. e) selecionar e premiar os melhores funcionários, bem como promover a correta alocação de cada um em função de suas competências individuais. Comentário: No mapeamento, se identificam as competências necessárias para a organização e também as competências já existentes. Como a única possibilidade de resposta são as competências necessárias para a organização (A), trata-se do gabarito. GABARITO: A. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 25 98 (TRT6/AJAA) Suponha que determinada entidade integrante da Administração indireta do Estado, com personalidade jurídica de direito privado, pretenda aplicar preceitos de gestão por competências para obter melhorias na qualidade dos serviços desempenhados. Para tanto, iniciou processo de mapeamento de competências, com base nos referidos preceitos, o que significa que está a) buscando, no mercado, os profissionais mais adequados e capacitados para o desempenho de suas atividades. b) identificando as competências técnicas e comportamentais necessárias para cada uma das posições da referida entidade. c) avaliando o desempenho dos seus empregados, para identificar os mais preparados e aptos para posições gerenciais e de comando. d) implementando processo de promoção ou progressão por mérito, com base na pontuação atribuída em função das competências detidas pelos empregados. e) construindo uma matriz de forças e fraquezas da organização, em função das competências disponíveis, e dos desafios e oportunidades que demandam aquelas ainda não disponíveis. Comentário: No mapeamento, se identificam as competências necessárias para a organização e também as competências já existentes.Como a única possibilidade de resposta são as competências necessárias para a organização (B), trata-se do gabarito. GABARITO: B. (SABESP/Analista de Gestão – Administração) Considere que determinada sociedade de economia mista pretenda adotar, como metodologia para melhorar a qualidade dos serviços prestados, a gestão estratégica de pessoas por competências. A aplicação desse método de gestão pressupõe, em sua fase inicial, a) a adequação da atribuição de cada emprego ou função da empresa às competências efetivamente nele disponíveis. b) o mapeamento das competências necessárias para os cargos (posições) da organização, incluindo as técnicas e comportamentais. c) a prospecção, no mercado em que atua a empresa, dos paradigmas de competência para cada atividade executada. d) a identificação da lacuna (gap) entre as competências em sentido abstrato (conceituais) e aquelas em sentido concreto (materiais). e) o mapeamento dos principais objetivos estratégicos da organização e a identificação das competências necessárias à sua consecução. Comentário: Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 26 98 O início da gestão por competências se dá no estabelecimento da estratégia organizacional ou no mapeamento. Neste caso, a única possibilidade de resposta era o mapeamento! GABARITO: B. 3.3. PRINCIPAIS INSTRUMENTOS PARA SUPRIR A LACUNA DE COMPETÊNCIAS. Considerando tudo o que estudamos até agora, você precisa saber que a gestão por competências realizará ações necessárias para a superação da lacuna de competências, incluindo: • Avaliação de desempenho por competências: a prova pode considerar que a avaliação de desempenho é, por si só, um instrumento para suprir a lacuna de competências, já que ela identifica as competências atuais. • Recrutamento e seleção por competências: busca das competências existentes no candidato e da sua capacidade de desenvolver novas competências que sejam úteis para a organização no longo prazo, considerando a trajetória que o funcionário poderá percorrer na organização e o espaço ocupacional a ser preenchido, e não apenas as necessidades do cargo atual. Nas entrevistas por competências, busca-se identificar comportamentos passados e evidências voltadas ao desempenho passado (competências efetivamente demonstradas pelo candidato) para realizar um prognóstico do desempenho futuro. • Capacitação por competências: realização de ações de capacitação voltadas para a superação das lacunas de competências. O foco é compreender que o funcionário terá uma trilha de aprendizagem que o conduzirá para os cargos futuros na carreira, e que a organização deve estar focada em desenvolvê-lo para essas futuras atribuições. Ainda assim, o treinamento voltado para o cargo atual continua sendo realizado, sempre voltado para suprir a lacuna de competências necessárias para a realização do trabalho do indivíduo na unidade em que se encontra. Apesar disso é importante destacar que o treinamento deixa de ser o foco, que passa a ser dado sobre as ações de desenvolvimento de médio e longo prazo. • Certificação por competências: em vez de buscar certificar os funcionários de maneira tradicional, por simples cursos que buscam transmitir conhecimentos, as organizações buscam que seus funcionários sejam certificados em competências que se provem úteis, que realmente possibilitem a entrega de resultados relevantes para a organização. • Definição de cargos por competências: busca-se o agrupamento dos cargos tradicionais de mesmo nível de complexidade, com conhecimentos e áreas de atuação segmentados, em cargos mais amplos, com maior espaço de atuação dos funcionários. Os novos cargos possuem maior "espaço ocupacional", ou seja, tarefas mais interessantes, complexas, desafiadoras e motivadoras para os funcionários. O modelo de gestão por competências privilegia a noção de espaço ocupacional sobre a noção tradicional de cargos. • Remuneração por competências: a remuneração deixa de ser paga com uma parcela fixa mais uma parcela variável pelo esforço desempenhado. A remuneração passa a ser vinculada aos conhecimentos, habilidades e atitudes mobilizadas por um indivíduo de Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 27 98 forma integrada para entregar resultados no seu trabalho. Ele será melhor remunerado quanto mais adequadas forem suas competências àquelas exigidas. Além disso, a parcela variável também considera as competências adquiridas dentro do escopo do plano de desenvolvimento de competências da organização. É comum a oferta de faixas amplas de salários (broadbands) associadas às competências utilizadas e mobilizadas, especialmente quando os cargos forem amplos e a estrutura organizacional estiver em transformação. Nesse modelo, os custos de remuneração ficam distribuídos mais adequadamente, com eficiência, transparência e menor subjetividade. Os funcionários passam a ter clareza quanto às competências necessárias, investindo na sua capacitação para alinhamento de suas competências àquelas requeridas pela organização. Trata-se de um modelo mais adotado com base na definição de cargos mais amplos, com ampliação do “espaço ocupacional”, referindo-se ao agrupamento de cargos de complexidade semelhante. Na remuneração serão considerados ainda elementos como: novos conhecimentos adquiridos pelo funcionário de acordo com o plano de capacitação da organização, habilidades úteis para o sucesso, proatividade, valor agregado para a organização, resultados entregues, etc. Considera-se ainda as entregas feitas pelos funcionários (resultados) e a sua capacidade de agregar valor para a organização como um todo. (MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23) O plano de desenvolvimento de competências visa ampliar a capacidade individual para assumir atribuições e responsabilidades em níveis decrescentes de complexidade; apontar todas as deficiências individuais para o desenvolvimento profissional; estruturar um plano de capacitação voltado à redução de competências; e estimular o aprendizado mecânico do autodesenvolvimento. Comentário: Questão sem sentido, pessoal! A criação de um plano para desenvolvimento de competências estará ligada a competências cada vez mais complexas para aumentá-las e estimular um aprendizado mais orgânico, e não apenas tratando o funcionário como uma máquina. GABARITO: Errado. (MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23) As necessidades de qualificação, formação e capacitação devem ser selecionadas a partir do conhecimento das atividades efetivamente realizadas por cada tipo de servidor da instituição. Comentário: Questão de interpretação sobre gestão por competências e capacitação. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 28 98 De fato, para que a capacitação das pessoas seja realizada é importante que se considere o que os indivíduos realmente realizam no seu dia a dia, e não apenas suposições abstratas. GABARITO: Certo. (MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23) A formação e a capacitação fundamentadas em competências constituem um processo de ensino e aprendizagem que facilita a mobilização de conhecimentos e a geração de habilidades, sendo esses conhecimentos e essas habilidades aplicados em situações reais de trabalho. Comentário: Questão puramente interpretativa. Diz, basicamente, que realizar capacitação com base em competências facilita a aplicação dos conhecimentos e habilidades para gerarresultados no trabalho. Faz todo sentido, pois essas são preocupações reais da gestão por competências. GABARITO: Certo. (STJ/AJ - Psicologia) Instrumentos de avaliação das competências podem ser centrados em conhecimentos, habilidades e atitudes, assim como em metas e objetivos, e orientam-se ao desenvolvimento do indivíduo nas organizações. Comentário: Questão interpretativa. Em outras palavras, afirma que a avaliação das competências inclui as competências em si e também os objetivos da organização – o que está correto, por permitir o alinhamento das competências com os objetivos organizacionais. Além disso, é com base nessa avaliação que o indivíduo pode ser orientado para desenvolver- se na organização. GABARITO: Certo. (STJ/AJ - Psicologia) Na avaliação de desempenho por competências, deve-se utilizar um número reduzido de fontes, evitando-se, assim, erros de viés, acurácia e fidedignidade. Comentário: Errado. Não há nenhuma vinculação ao número de fontes na avaliação de desempenho por competências. O importante é conseguir, efetivamente, medir o desempenho do funcionário, de preferência, utilizando fontes dos mais diversos tipos, por meio de avaliações 360 graus. GABARITO: Errado. (PGE-MT/Analista) A metodologia de entrevista por competências propõe identificar comportamentos observáveis e evidências voltadas ao Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 29 98 a) futuro, para realizar um diagnóstico do desempenho. b) passado, para realizar um diagnóstico do desempenho. c) passado, para realizar um prognóstico do desempenho futuro. d) futuro, para realizar um prognóstico do desempenho. e) passado e ao futuro, para realizar um diagnóstico do desempenho. Comentário: O foco da entrevista por competências é identificar as competências já demonstradas pelo candidato no seu passado para que se possa projetar o seu desempenho futuro. GABARITO: C. (CNMP/Analista do CNMP – Gestão Pública) Sobre remuneração por competências, é INCORRETO afirmar: a) O conceito de Espaço Ocupacional refere-se ao agrupamento de cargos, de complexidade semelhante dentro da estrutura organizacional, sob uma única denominação. b) Possibilita redução da subjetividade, proporciona clareza e transparência na condução do processo dentro das organizações. c) A promoção dos funcionários na organização ocorre por tempo de serviço. d) Estão presentes conhecimentos aplicados nas situações com níveis de complexidade, habilidades do profissional e seus comportamentos, gerando resultados mensuráveis. e) Se a estrutura organizacional estiver em transformação e adotar cargos amplos, o sistema estará estruturado em faixas amplas de salários (broadbands). Comentário: Todas as alternativas estão corretas, com exceção da letra C, uma vez que na gestão por competências a promoção não acontece por tempo de serviço, mas sim pelas competências! GABARITO:C. (IBGE/Analista – RH – Desenvolvimento de Pessoas) Uma empresa está se preparando para adotar o modelo de competências nas suas práticas de recursos humanos. A diretora da área está considerando implantar a seleção e movimentação interna por competências, como forma de gerar o provimento interno de cargos com perfis de competências aderentes e incentivar uma cultura de isonomia e de valorização do desempenho. Um procedimento recomendado para esse tipo de processo seletivo é, entre outros: a) estimular candidaturas ao processo interno; b) recrutar candidatos a partir das competências especificadas; c) divulgar a vaga e o perfil desejado via intranet; Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 30 98 d) aplicar entrevistas observando os conhecimentos ou as competências do perfil identificado; e) estimular o desenvolvimento prévio de competências para ocupação de funções na empresa. Comentário: Questão escorregadia. Note que ela está tratando da seleção por competências. As alternativas A, B e C tratam de recrutamento, enquanto a alternativa E trata de desenvolvimento de pessoas. A única que trata de seleção (e, corretamente, num contexto por competências), é a letra D. GABARITO: D. (CFO-DF/Analista de RH) O modelo de gestão por competências tem como meta principal compartimentar os subsistemas e as atividades da organização, considerando que cada um deles possa atuar de modo estanque e autossuficiente. Comentário: Ao contrário, a gestão por competências é moderna e integradora para que o todo organizacional possa obter o sucesso com base nas competências existentes e desenvolvidas. GABARITO: Errado. (CFO-DF/Analista de RH) A gestão por competências apoia-se em dois instrumentos fundamentais: o perfil do cargo, contendo as competências e habilidades requeridas para seu desempenho; e a avaliação de potencial das pessoas que integrem a organização. Comentário: O foco da gestão por competências realmente não é o “perfil do cargo”, mas as competências necessárias. Como a questão misturou as duas coisas, poderia gerar uma confusão indevida na cabeça do candidato. Apesar disso, a avaliação das competências existentes não se refere ao “potencial”, mas ao que realmente existe em termos de conhecimentos, habilidades e atitudes. GABARITO: errado. (CFO-DF/Analista de RH) No modelo de gestão por competências, o desenvolvimento de competências individuais e organizacionais é reconhecido como um ativo essencial e determinante dos bons resultados das organizações. Comentário: O desenvolvimento de competências realmente deve englobar as individuais e as organizacionais, conforme mencionado pela questão. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 31 98 GABARITO: Certo. (CFO-DF/Analista de RH) No sistema de gestão por competências integrado, a competência constitui a base, pois agrega valor econômico para a organização e valor social para o indivíduo. Comentário: Em outras palavras a questão traz uma definição de livro para as competências que, de fato, são as bases para a gestão por competências. GABARITO: Certo. Bem... Vamos para as questões resolvidas de nossa aula! Boa continuação com os estudos! Prof. Carlos Xavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 32 98 4. QUESTÕES COMENTADAS QUESTÕES SOBRE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS 1. (FCC/AFAP/Analista/2019) Uma das metodologias consagradas para gestão de recursos humanos nas organizações é a gestão por competências, a qual apresenta, como etapa necessária, o mapeamento de competências, A) que constitui pressuposto para a delimitação das funções inerentes a cada cargo da organização e o seu enquadramento no organograma correspondente. B) que permite identificar o gap (ou lacuna) entre as competências existentes na organização e aquelas necessárias para o exercício dos postos de trabalho correspondentes. C) a partir da prospecção de profissionais de alta performance no mercado de trabalho, geralmente com o apoio de consultorias especializadas. D) identificando as principais habilidades comportamentais de cada integrante da organização de forma a promover a melhor alocação de recursos humanos. E) aplicável exclusivamenteàs funções gerenciais e de comando, com vistas a identificar os líderes mais eficazes para a organização. Comentário: O mapeamento de competências realiza o levantamento das competências necessárias e das existentes, permitindo a identificação da lacuna de competências. A sua essência está na alternativa B, e as demais não falam nada com nada. GABARITO: B. 2. (FCC/Prefeitura do Recife/Assistente/2019) Suponha que determinada sociedade de economia mista controlada pelo Município pretenda implementar modelo de gestão por competência, utilizando-se da metodologia e das ferramentas consagradas para tal implementação. Nesse sentido, uma das etapas necessárias para tanto, será a A) fase de mapeamento das competências, a partir da qual poderá ser identificada eventual lacuna entre as competências disponíveis na organização e aquelas requeridas para o desempenho dos cargos e funções que a integram. B) elaboração da denominada matriz SWOT, dividida em quadrantes nos quais se inserem os aspectos internos (forças e fraquezas) e externos (desafios e ameaças) envolvidos na atuação da organização. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 33 98 C) apresentação do histograma, que corresponde a um gráfico de barras com os resultados obtidos a partir da aferição dos indicadores de desempenho aplicados a cada setor da organização. D) construção do Diagrama de Ishikawa, consistente em uma representação gráfica de círculos concêntricos, sendo o de maior raio o relativo às competências comportamentais e o menor, relativo às competências operacionais. E) utilização de benchmarkings, consistentes em referenciais de organizações de excelência, para a aferição das competências necessárias à organização. Comentário: A única das alternativas que tem sentido é a letra A, que de fato deve ser considerada uma etapa essencial na gestão por competências. SWOT é ferramenta de planejamento estratégicos. Histograma, Ishikawa e Benchmarking, por sua vez, são ferramentas para a gestão da qualidade de processos. Nenhuma relação com a gestão por competências. GABARITO: A. 3. (FCC/Prefeitura do Recife/Analista/2019) Um dos aspectos centrais da aplicação da metodologia de gestão de pessoas por competências consiste em A) identificar a lacuna existente entre as competências disponíveis na organização e aquelas demandadas para o desempenho dos cargos nela existentes. B) mapear as competências existentes em outras organizações de excelência que atuem no mesmo mercado, aplicando-as internamente. C) definir as competências de primeiro e segundo graus que cada colaborador deve desenvolver, atuando apenas sobre as primeiras. D) estabelecer um ranqueamento dos profissionais mais competentes da organização, com promoções e desligamentos automáticos a partir da posição ocupada. E) suprir os gaps (defasagens) de conhecimento dos colaboradores a partir da valorização e reconhecimento de outras competências comportamentais. Comentário: A gestão por competências de fato busca a identificação da lacuna entre as competências que existem e as necessárias, conforme alternativa A. No mais: b) errada. A busca não é das competências existentes em outras organizações. c) errada. Ahn? A banca adotou uma nomenclatura que algum autor pode até ter utilizado, mas restringe atuação sobre apenas algum tipo específico de competência, o que é sempre um erro. d) errada. Isso simplesmente não acontece. d) errada. Não é o reconhecimento de outras competências que faz com que as competências realmente existentes se desenvolvam. Não diz nada com nada, essa alternativa. GABARITO: A. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 34 98 4. (FCC/TRT15/AJAJ/2018) A aplicação da metodologia de gestão por competências no âmbito de uma organização contempla, em sua fase inicial, uma etapa de mapeamento, na qual devem ser identificados(as) a) os principais processos de trabalho envolvidos na atuação da organização e as medidas para otimizá-los. b) os melhores profissionais existentes em seus quadros, os quais deverão ser alçados a posições de gestão. c) as competências individuais de todos os colaboradores, de forma a melhor alocá-los nos diferentes postos de trabalho. d) os profissionais de destaque no mercado, para formação de um benckmarking para os seus colaboradores. e) as habilidades não só técnicas, mas também comportamentais, para cada posição funcional da organização. Comentário: Questão ruim. No mapeamento, se identificam as competências necessárias para a organização (conforme letra E), mas também as competências já existentes (inclusive as que estão na letra C). O problema da letra C está no propósito apontado: a identificação não é feita para alocar as pessoas, mas sim para identificar-se, posteriormente, as lacunas de competências e desenvolvê- las! GABARITO: E. 5. (FCC/ALESE/Analista – Administração/2018) Um dos modelos de gestão, também aplicáveis à área pública, é o de gestão por competências. De acordo com tal modelo, é necessário realizar um diagnóstico ou mapeamento para a) identificar as competências técnicas e comportamentais para cada uma das atividades. b) estabelecer a missão e visão de futuro da organização e identificar as competências necessárias ao atingimento de ambas. c) avaliar individualmente cada um dos funcionários e identificar as competências que precisam ser aprimoradas. d) verificar a posição da organização em relação a outras consideradas como referências em boas práticas no setor público. e) selecionar e premiar os melhores funcionários, bem como promover a correta alocação de cada um em função de suas competências individuais. Comentário: No mapeamento, se identificam as competências necessárias para a organização e também as competências já existentes. Como a única possibilidade de resposta são as competências necessárias para a organização (A), trata-se do gabarito. GABARITO: A. Carlos Xavier Aula 07 Gestão de Pessoas e Qualidade no atendimento p/ TJ-MA (Técnico Judiciário-Administrativo) Pós-Edital www.estrategiaconcursos.com.br 1322828 83093555051 - vanderson cunha 35 98 6. (FCC/TRT6/AJAA/2018) Suponha que determinada entidade integrante da Administração indireta do Estado, com personalidade jurídica de direito privado, pretenda aplicar preceitos de gestão por competências para obter melhorias na qualidade dos serviços desempenhados. Para tanto, iniciou processo de mapeamento de competências, com base nos referidos preceitos, o que significa que está a) buscando, no mercado, os profissionais mais adequados e capacitados para o desempenho de suas atividades. b) identificando as competências técnicas e comportamentais necessárias para cada uma das posições da referida entidade. c) avaliando o desempenho dos seus empregados, para identificar os mais preparados e aptos para posições gerenciais e de comando. d) implementando processo de promoção ou progressão por mérito, com base na pontuação atribuída em função das competências detidas pelos empregados. e) construindo uma matriz de forças e fraquezas da organização, em função das competências disponíveis, e dos desafios e oportunidades que demandam aquelas ainda não disponíveis. Comentário: No mapeamento, se identificam as competências necessárias para a organização e também as competências já existentes. Como a única possibilidade de resposta são as competências necessárias para a organização (B), trata-se do gabarito. GABARITO: B. 7. (FCC/SABESP/Analista de Gestão – Administração/2018) Considere que determinada
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