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Mulheres que usam contraceptivo oral possuem aumento das necessidades nutricionais. Uma Publicação Instituto Ana Paula Pujol Ltda ME. Copyright© 2019 - Fica proibido distribuir este arquivo por email, sites, ou quaisquer outras formas. Vários estudos de revisão mostraram que o ácido fólico, vitamina A, B1, B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina C, vitamina E, zinco, selênio e magnésio estão em concentrações mais baixas em mulheres que tomam anticoncepcional (COs) em comparação com as que não tomam. Também há estudos que demonstram uma redução dos níveis de coenzima Q10, vitamina E e β- caroteno. Vitamina A Os estrógenos elevam a produção de proteínas de ligação do retinol. Essas proteínas que transportam a vitamina A dos hepatócitos para todos os tecidos do organismo, e por isso, quando reduzidas podem causar deficiência da vitamina. Fontes Vitamina B1 Mulheres que tomam COs tem a atividade da enzima dependente de tiamina (eritrócito-transcetolase) reduzida, resultando em possível deficiência de tiamina. Fontes Os COs podem interferir na absorção de riboflavina ou interferir no metabolismo das espécies de coenzimas ativas. Essa deficiência pode refletir em dor de cabeça, situação muito comum em quem usa COs. De fato, a suplementação de riboflavina nestas mulheres diminui a intensidade, frequência e duração da dor de cabeça. Vitamina B2 Fontes COs e terapia de reposição de estrogênio impactam negativamente sobre o metabolismo da piridoxina e podem reduzir os níveis das formas ativas da vitamina. Baixos níveis de piridoxina contribuem para efeitos adversos como depressão, letargia e fadiga. Vitamina B6 Fontes Pessoas que tomam anticoncepcionais possuem baixos níveis de ácido fólico. Os prováveis mecanismos sugeridos incluem a possibilidade de que os COs possam causar poliglutamatos de folato e serem mal absorvidos e/ou aumentar a taxa de excreção urinária de folatos, e/ou acelerar o metabolismo do folato através de uma indução de enzimas microssomais que metabolizam ácido fólico. Uma recente meta-análise e revisão sistemática conclui que “Devido à redução de concentrações de folato no sangue associadas ao uso de contraceptivos orais, é fundamental para as mulheres em idade fértil consumam suplementação durante concomitante ao uso de contraceptivos orais ” (SHERE et. al., 2015). Ácido fólico As evidências também sugerem que os COs podem aumentar a taxa de progressão de displasia do colo uterino e favorecer o câncer, e o ácido fólico pode reverter ou reduzir a taxa de progressão desta displasia [4-5]. Fontes Enquanto a absorção e excreção urinária de vitamina B12 são normais em usurárias de COs, a capacidade total de ligação da vitamina no soro é significativamente reduzida. Os níveis de uma glicoproteína (transcobalamina I) que protege a vitamina B12 da degradação do ácido gástrico também foi reduzida em comparação à não usuárias de COs. Vitamina B12 Fontes O estrogênio pode aumentar o metabolismo da vitamina C e por isso, o uso de COs pode reduzir os níveis dessa vitamina em leucócitos e plaquetas com alterações nos padrões de captação de tecidos e alterações na distribuição. Mulheres que tomam COs, possuem níveis elevados de malondialdeído no plasma, um marcador de estresse oxidativo associado à uma redução na glutationa peroxidase e redutase. É possível que os estrogênios possam reduzir a absorção de vitamina C e/ou acelerar seu catabolismo, e que os estoques das vitaminas podem ser mobilizados nos tecidos para evitar a oxidação de estrogênios. Vitamina C Fontes A administração de COs favorece a redução plasmática de Vitamina E, e por isso aumenta o requerimento desta vitamina em mulheres que fazem uso de COs. Vitamina E Fontes Os estrogênios diminuem os níveis séricos de magnésio, resultando no aumento da captação no tecido ósseo e reduzindo nos outros tecidos. Terapia com estrogênio, seja através do uso de COs ou terapia de reposição hormonal (TRH), reduz os níveis de magnésio no soro e pode resultar em hipomagnesemia, particularmente naqueles com baixa ingestão de mineral ou como resultado de outras causas de deficiência. A depleção de magnésio posteriormente pode alterar a proporção de cálcio/magnésio, que por sua vez pode afetar coagulação sanguínea, que apoia a visão que a suplementação de magnésio pode ser combinada com os COs, pois é possível que hipomagnesemia possa estar associada a efeitos colaterais tromboembólicos associados à estrogênios. Magnésio Fontes O estrogênio pode induzir uma redução da albumina sérica, isso pode causar uma diminuição na concentração de zinco transportado no sangue. Embora esse efeito não seja conclusivo na literatura, a maioria dos estudos sustentam a opinião de que mesmo doses orais baixas de contraceptivos afetam negativamente o status desse mineral. Zinco Fontes Em um estudo randomizado de mulheres em uso de contraceptivos, injetáveis ou dispositivos intra- uterinos hormonais, os níveis séricos médios de selênio em todas as mulheres foram significativamente menores quando comparadas com as mulheres do grupo controle (6). Selênio Fontes Um estudo recente (7) analisou o impacto dos COs sobre status pró/antioxidante em mulheres jovens saudáveis. Marcadores sanguíneos típicos de estresse oxidativo, como a glutationa oxidada, malondialdeído (MDA), gamma glutamil transpeptidase (GGT) foi determinada em mulheres que fazem uso de COs. Este estudo indicou que mulheres que fazem uso de COs possuem desequilíbrio no sistema anti/pró antioxidante. Estresse oxidativo Sugestão de suplementação para mulheres que fazem uso de COs Metilfolato – 400 µg Vitamina B1 – 50 mg Vitamina B2 – 25 mg Piridoxal-5-fosfato – 40 mg Metilcobalamina – 200 µg Vitamina C – 200 mg Magnésio glicina – 250 mg Selênio quelado – 150 µg Zinco quelado – 15 mg Aviar X doses em cápsulas Posologia: tomar 1 dose ao dia. Associar com: Vitamina A – 5000 UI Vitamina E – 400 UI Aviar X doses em base oleosa. Posologia: tomar 1 dose ao dia. Suplementação 1 - PARK, Boyoung; KIM, Jeongseon. Oral Contraceptive Use, Micronutrient Deficiency, and Obesity among Premenopausal Females in Korea: The Necessity of Dietary Supplements and Food Intake Improvement. Plos One, [s.l.], v. 11, n. 6, p.0-1, 27 jun. 2016. 2 - PALMERY, M. et al. Oral contraceptives and changes in nutritional requirements. Eur Rev Med Pharmacol Sci. Jul;17(13):1804-13, 2013 SHERE, Mahvash et al. Association Between Use of Oral Contraceptives and Folate Status: A Systematic Review and Meta-Analysis. Journal Of Obstetrics And Gynaecology Canada, [s.l.], v. 37, n. 5, p.430-438, maio 2015. 4 - BUTTERWORTH, C e et al. Improvement in cervical dysplasia associated with folic acid therapy in users of oral contraceptives. The American Journal Of Clinical Nutrition, [s.l.], v. 35, n. 1, p.73-82, 1 jan. 1982. 5 - CHECK, William A.. Folate for oral contraceptive users may reduce cervical cancer risk. Jama: The Journal of the American Medical Association, [s.l.], v. 244, n. 7, p.633-634, 15 ago. 1980. 6 – AKINLOYE, O.; ADEBAYO, T.; OGUNTIBEJU, O.; OPARINDE, D.; OGUNYEMI, E. Effects of contraceptives on serum trace elements, calcium and phosphorus levels. West Indian Med J., 60:308-315, 2011. 7 - KOWALSKA, Katarzyna; MILNEROWICZ, Halina. Pro/antioxidant status in young healthy women using oral contraceptives. Environmental Toxicology And Pharmacology, [s.l.], v. 43, p.1-6, abr. 2016. 8 - WAKEMAN, Michael P. A Review of the Effects of Oral Contraceptives on Nutrient Status, with Especial Consideration to Folate in UK. Journal of Advances in Medicine and Medical Research, p. 1-17, 2019. Referências Obrigada! Nós, do Instituto Ana Paula Pujol, estamos felizes em ter você como aluno. Sempre prezamos pela qualidade dos conteúdos disponibilizados para enriquecer sua prática clínica, e esperamos que você tenha gostado desse material. Nosso compromisso é com você que ama a nutrição! Não esqueça de nos seguir nas redes sociais e ficar por dentro das novidades.@institutoapp @anapaulapujol/institutoapp www2.institutoanapaulapujol.com.br
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