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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS AULA 5 Fernanda Boudou GESTÃO DE MATERIAIS: É a parte da administração que se responsabiliza pela aquisição, estocagem, conservação, distribuição e controle de todo material para o funcionamento da UAN. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS Importância da Administração de Materiais Necessidade do cliente Análise Reposição dos materiais Logística (distrib.) (entrega) Armazenamento Recebimento É a atividade que coordena, a estocagem, transporte, armazenamento, inventário e toda a movimentação dos materiais dentro da fábrica até a entrega dos produtos acabados ao cliente. É a junção de quatro atividades básicas de aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos LOGÍSTICA Serve para designar todas as atividades que visam ao abastecimento ou fornecimento de materiais à produção. Envolve a programação de materiais, compras, recepção, armazenamento no almoxarifado, movimentação de materiais e transporte interno. SUPRIMENTOS ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS RESPONSABILIDADES DO SETOR DE SUPRIMENTOS Seleção de fornecedores Qualificação dos fornecedores Negociação de preços Determinação de prazos ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS OBJETIVOS DO SETOR DE SUPRIMENTOS Fluxo contínuo da produção Aquisição correta Qualidade Quantidade Preço x Pagamento vantajosos Prazo de Entrega INSTRUMENTOS DE CONTROLE Cadastro do fornecedor / identificação Política de compra Cadastro de produtos Cotação de preços Pedido de compras CADASTRO E IDENTIFICAÇÃO DO FORNECEDOR Idoneidade técnica, financeira Condições e localização do estabelecimento. Capacidade real de fornecimento Pessoa de contato Fazer visita técnica com aplicação de check list ( RDC 275/216) - Acondicionamento das mercadorias, veículo para entrega Qualidade dos produtos Prazos e pontualidade de entrega Preços e condições de pagamento IDENTIFICAÇÃO DO FORNECEDOR TRANSPORTE DA MATÉRIA PRIMA - RDC 216/2004, recomenda: - Cabine do condutor isolada dos alimentos - Certificado de vistoria - Identificação (constando transporte de alimentos, nome, endereço, contato da empresa, outros) - Não é permitido produtos químicos junto com alimentos e transportar juntos alimentos, pessoas e animais Fornecedores Política de Compra Compras em sistema livre- a empresa não é obrigada a fazer licitação. Sistema rápido e pouco burocrático – é fundamental manter banco de dados dos fornecedores, ter poder de negociação, relação de confiança e capacitação da equipe. Compras em Sistema de Licitação – Lei Federal 8666/1993 e 10520/2002) – Obrigatório na Organização Publica Modalidades de Licitação – concorrência, tomada de preços, convite, pregão e outros Modalidades de Licitação Concorrência –participação de qualquer fornecedor com comprovação de requisitos de acordo com o edital com antecedência de 30 dias e divulgação Tomada de preços- atender aos requisitos de cadastramento e antecedência de 15 dias Convite – participação de 3 fornecedores com divulgação de 3 dias Pregão– compras e serviços comuns, o licitante pode modificar valores na hora e prazo de 8 dias EDITAL – instrumento de divulgação do processo licitatório CADASTRO DE PRODUTOS - TIPOS DE MATERIAIS Material permanente – a vida útil é mais ou menos prevista – instalações, piso, parede, outros. Materiais de estoque – devem existir em estoque, com critérios de reabastecimento automático de acordo com a demanda - material de limpeza, descartável e alimentos. Materiais de não-estoque – são materiais de demanda imprevisível e não são definidos parâmetros para reabastecimento automático – equipamentos e utensílios. ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAIS IMPORTÂNCIA: Especificação detalhada e completa do produto Nome do produto Unidade metrológica (kg, mg, lt, ml) Embalagem - tipo UNIDADES DE COMPRA Objetiva comprar o produto que garanta o melhor custo x benefício justificando a utilização, como : Vegetais: Extra AA, extra A, extra, especial, comercial, primeira. Gêneros alimentícios – registro MS ou VS, data de fabricação e validade, ingredientes Descartáveis Material de limpeza Uniformes Equipamentos, utensílios e materiais de escritório COTAÇÃO - SUGESTÕES PARA COMPRA Informe-se sobre as ofertas do mercado Compare mercadorias in natura com as pré-processadas Compare preços considerando qualidade e rendimento Examine todos os possíveis fornecedores Conserve fornecedores idôneos Envie os pedidos com antecedência Requisite tabelas de preços com frequência. Verifique a sazonalidade FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DO PEDIDO DE COMPRAS Prazo de entrega – erros na logística Estoque – Inventário Gênero alimentício, limpeza, descartáveis, uniforme, EPI’S, material administrativo, equipamentos e utensílios Cardápio planejado X Contrato (incidências) Per capita bruto, Fator de Correção (FC), Índice de Cocção Número de refeições Qualidade e quantidade (frequência de utilização) Safra e Condições climáticas Recebimento e condições de armazenamento (espaço) Localização – capital, interior (município) Preço FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS Erros na administração dessa logística Traduzem em reposição irregular da matéria-prima, quantidades maiores de estoques, falta de espaço de armazenamento e mudanças de cardápio por falta de matéria-prima. Gera custos adicionais - Comunicações urgentes, transporte especial, compras em quantidades reduzidas, preços mais elevados e desvantajosos, paralisação ou atraso , necessidade de envolvimento da administração para contornar situações. INVENTÁRIO Consiste no controle periódico de todos os materiais ou mercadorias existentes no almoxarifado e nas demais dependências de uma empresa, para assegurar que as quantidades físicas ou existentes no almoxarifado estejam de acordo com as listagens e os relatórios contábeis dos estoques Realizado de forma quantitativa: Inventário Periódico (dados disponíveis nas fichas de estoque) Inventário Permanente (pesagem e contagem de todos os produtos estocados) ESTOQUE São mantidos para venda futura, encontra-se em processo de produção - Custo médio – calculado a cada nova entrada Fórmula: CM = VSA + VE EM CM: custo médio VSA: valor do saldo anterior (R$) VE: Valor da entrada (R$) EM: Estoque Novo (quantidade entrada + quantidade saldo) Estoque Médio em um Período = Estoque inicial + Estoque final / 2 Em = (E inicial+ E final) / 2 Inventário IDENTIFICA os níveis de estoque Estoque Mínimo Estoque Médio Estoque Maximo Níveis de Estoque Estoque Mínimo - Menor quantidade de material no estoque para prevenir eventualidades. Utilizado quando o consumo é maior do que o previsto, atraso no tempo de processamento interno, atraso na aquisição e atraso no prazo de entrega Estoque mínimo = consumo médio x prazo para reposição de emergência Para praticar: Em uma UAN que deseja calcular o estoque mínimo do arroz integral, sabe-se que o consumo médio diário e 20Kg e o numero de dias para a reposição são 2, a determinação do estoque mínimo ocorre da seguinte forma:Estoque mínimo = 20 x 2 = 40 Kg Níveis de Estoque Estoque Máximo - É a maior quantidade de material para garantir o consumo até o próximo recebimento - É o nível acima do qual a organização não pretende operar, sob pena de estar desperdiçando recursos investido em materiais. Estoque máximo = consumo médio no período + estoque mínimo Para praticar: Na situação anterior para a UAN calcular o estoque máximo mensal do arroz o calculo deve ocorrer da seguinte forma: Estoque máximo = (20 x 30) + 40 = 640 Kg Níveis de Estoque Estoque Médio - Considera-se geralmente como sendo 50% da quantidade a pedir, mais o estoque mínimo. Estoque médio = 50% do estoque máximo + estoque mínimo Para praticar: Ainda na situação da UAN anterior, o calculo do estoque médio para o arroz, ocorre da seguinte forma Estoque médio = 50% de 640 + 40 = 360 Kg QUANTIDADE DE RESSUPRIMENTO O mesmo que consumo de aquisição, é a quantidade consumida desde quando é feito o pedido ao fornecedor até a entrega do produto. Para praticar : Para a UAN mencionada nos exemplos anteriores, sabendo que o prazo de entrega do fornecedor do arroz e de 5 dias, o consumo de aquisição e o ponto de pedido será o seguinte: Consumo de aquisição = 20 x 5dias = 100 Kg QUANTIDADE DE RESSUPRIMENTO O nível de ressuprimento, também chamado de ponto de pedido, é a quantidade de material que ao ser atingida, determina a necessidade de emissão de um novo pedido mais o estoque mínimo Para praticar : Para a UAN mencionada nos exemplos anteriores, sabendo que o prazo de entrega do fornecedor do arroz e de 5 dias, e o ponto de pedido será o seguinte: Ponto de pedido = 100 + 40(estoque mínimo) = 140 Kg Níveis de Estoque Do ponto de vista financeiro: Quando reduzidos diminui o capital investido. Quando aumentados aumenta o capital investido e os custos de armazenamento (custo de área útil, controle de temperatura, iluminação e manutenção da área onde os produtos são estocados). POR QUE MANTER O ESTOQUE? Atender as emergências Redução de custos Proteção contra erros de previsão ou registros imprecisos - Erros de planejamento Provisão para flutuações de vendas ou produção – visitantes, reuniões , treinamentos, outros FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS GÊNEROS ALIMENTÍCIOS Previsão quantitativa de Gêneros (PQG) ou Previsão de compras Previsão de compras = (per capita líquido x fator de correção x número de refeições x frequência de utilização) + estoque mínimo – quantidade existente no estoque Margem segurança = 3 a 5% ou mais (empresas determinam 10%) OU Estoque mínimo = Consumo médio X n°de dias de prazo de entrega de emergência (considera em torno de 3 dias de mercadoria na unidade) Para exercitar vamos calcular a previsão de compras para a carne bovina tipo acém, sabendo que a UAN produz diariamente 800 refeições. No período da previsão de compras, a frequência de utilização será de 4 vezes. Sabe- se que o per capita liquido e 150g, o fator de correção 1,2, o estoque mínimo 15Kg e a quantidade existente no estoque e 10Kg. Diante destas informações, calcule a previsão de compras: Previsão de compras = (per capita líquido x fator de correção x número de refeições x frequência de utilização) + estoque mínimo – quantidade existente no estoque Previsão de compras = (0,15 x 1,2 x 800 x 4) + 15 – 10 Previsão de compras = 581Kg FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS Material de Limpeza : Embalagem, Rendimento e Consumo médio existente Previsão= (consumo dia x n° de dias) + Estoque mínimo – Estoque real Material Descartável : Tipos Previsão= (per capita X n° de dias X n° de Frequência) + Estoque mínimo – Estoque real FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS Uniformes e EPI Uso obrigatório Mínimo de 2 jogos EPI x Função Previsão - admissão, manutenção, promoções Material administrativo – tipos, etiquetas, embalagens e consumo médio existente(Gráficas em grandes quantidades) Equipamento e utensílios – Novas aquisições, peças de manutenção Relação de produtos FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS - CARDÁPIO O cardápio é definido com uma lista de preparações culinárias que compõem uma refeição ou várias refeições. Deve atingir os objetivos nutricionais (leis de Escuredo), sensoriais e socioeconômicos(safra, hábitos regionais). A elaboração do cardápio é uma atividade complexa e requer levantamentos de informações do público ao qual o cardápio se destina, operacionalização, recursos tecnológicos, mão de obra disponível, verba destinada para esse fim, disponibilidades de alimentos, composta por receitas previamente escolhidas e harmonizadas FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS - CARDÁPIO Cardápio padrão básico (tipo C) – Composição mais simples e custo mais baixo, mas que atendam às necessidades nutricionais e calóricas dos comensais. Mantêm combinações e harmonia nas operações culinárias Pouca variedade de saladas Normalmente não há opção de prato principal, quando tem a opção é sempre um tipo mais barato Geralmente servidos pratos base, um prato proteico, guarnição, salada, sobremesa e bebida Muito comum em industrias cadastradas no PAT (Programa de Alimentação do Trabalhador), em restaurantes populares e hospitais públicos. FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS - CARDÁPIO • Cardápio de padrão intermediário (tipo B) - Apresentam uma composição mais elaborada e variada. Utiliza ingredientes mais selecionados e de maior custo (palmito, alface roxa, suco natural e outros) • Cardápio de padrão superior ou luxo (tipo A) - Apresenta preparações culinárias mais elaboradas quanto ao preparo, composição e requinte (modo de preparo, apresentação e distribuição dos alimentos), utilizam preparações nobres, ingredientes sofisticados com um custo mais alto, requer profissionais qualificados e permite aquisição de alimentos pré-processados ou prontos congelados Ex.: UAN´s comerciais / UAN institucional (diretoria). FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS - CARDÁPIO Na elaboração dos cardápios, além do padrão, inúmeros fatores determinam as diretrizes do planejamento de cardápios: Consumidores (Institucionais, hospitalar, transportadas e comercial) e suas preferências regionais Clima – alimentos para o frio (sopas, bebidas quentes) e para o calor (saladas, bebidas refrescantes) Disponibilidade da área e equipamentos e RH Disponibilidade do gênero para o tipo de refeições (Desjejum, almoço, jantar, ceia, lanches) COMERCIAS: (com fins lucrativos) Cardápios Gerais; Cardápios Vegetarianos; Cardápios Regionais; Cozinha Internacional; Churrascarias; Restaurantes de Hotéis; Restaurantes de Clubes de Lazer; Outros. Tipos de Estabelecimentos INSTITUCIONAIS: (sem fins lucrativos) Industriais (diversos); Universitários; Escolares; Hospitalares; Creches; Empresariais; Militares; Outros. Tipos de Estabelecimentos FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS - CARDÁPIO O cardápio deve obedecer a seguinte ordem de preparações para apresentação escrita ENTRADA / SALADAS PRATO PRINCIPAL OPÇÃO PRATO PRINCIPAL GUARNIÇÃO (vegetal ou massa) PRATOS BASE: arroz/feijão SOBREMESA / OPÇÃO SOBREMESA COMPLEMENTOS (molhos e outros) BEBIDAS FATORES A CONSIDERAR NA ELABORAÇÃO DE PEDIDOS DE COMPRAS - CARDÁPIO Cálculo das quantidades Os alimentos a serem adquiridos devem basear-se nas cotas diárias de “per capita”; Levar em consideração o FC, PL, PB, Desperdício; Forma de aquisição; Forma de preparo do alimento; Frequência da compra / Periodicidade; Número de comensais; 10% de margem de segurança Cardápio semanal, mensal, rotativo(cíclico) Peso Líquido ( PL) É a quantidade que figura no cardápio, é a quantidade de alimentos depois de limpo para ser preparado e utilizado. PL = PB FC Fator de Correção ( FC ) É uma constante para cada tipo de alimento Cada serviço tem o seu próprio fator de correção; Determina as quantidades certas para as compras; Avalia o preço total da compra de alimentos = perdas inevitáveis(cascas,sementes...) FC = PB PL Peso Bruto ( PB) É a quantidade de alimento especificado na preparação multiplicado pelo fator de correção : é o alimento como se compra. PB = PL x FC Desperdício Obrigatório(cascas,pelancas, sementes); Facultativo (cascas de moranga, sementes de tomate,de maçã, pêra...); Desnecessário(tirar cascas grossas,pelancas com pedaços de carne...) D = PB - PL Porcentagem % Usa-se para calcular o desperdício em 100 g % = D x 100 PB Ex.: PL = Agrião 700g FC = 1,54 PB = PL x FC = 700g x 1,54 = 1,078g D = PB – PL = 1,078g – 700g = 378g % = D x 100 = 378 g x 100 = 35% PB 1,078 PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR PAT O PAT foi instituído pela Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976 e regulamentado pelo Decreto nº 5, de 14 de janeiro de 1991. Visa melhorar as condições nutricionais aos trabalhadores do Brasil, com repercussões positivas para a qualidade de vida, a redução de acidentes de trabalho e o aumento da produtividade, seguindo os parâmetros nutricionais para a alimentação do trabalhador com base nos valores diários de referência para macro e micronutrientes. NUTRIENTES VALORES DIÁRIOS Valor Energético Total 2000 calorias CARBOIDRATO 55 -75% PROTEÍNA 10-15% GORDURA TOTAL 15-30% GORDURA SATURADA < 10% FIBRA SÓDIO > 25 g ≤ 2400mg A mesma Portaria estabelece 4 recomendações: I. As refeições principais (almoço, jantar e ceia) deverão conter de 600-800 calorias, admitindo-se um acréscimo de vinte por cento (400 calorias) em relação ao VET 2000cal dia e deverão corresponder a faixa de 30- 40% do VET diário; II. As refeições menores (desjejum e lanche) deverão conter de 300-400 calorias, admitindo-se um acréscimo de 20% (400cal) em relação ao VET 2000 cal dia e deverão corresponder a faixa de 15 - 20 % do VET diário; III. As refeições principais e menores deverão seguir a seguinte distribuição de macronutrientes, fibra e sódio: Refeição CHO PTN GOR TOTAL GOR SAT Fibra Sódio Desjejum/ lanche 60 15 25 <10 4-5 360-480 Almoço/ jantar/ceia 60 15 25 <10 7-10 720-960 IV. O percentual proteico - calórico (NdPCal) das refeições deverá ser de no mínimo 6% e no máximo 10% Os cardápios deverão oferecer, pelo menos, uma porção de frutas e uma porção de legumes ou verduras, nas refeições principais (almoço, jantar e ceia) e pelo menos uma porção de frutas nas refeições menores (desjejum e lanche). O Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE Também conhecido como Merenda Escolar, traz orientações para elaboração dos cardápios da alimentação escolar mostrando que a escolha do cardápio deva extrapolar a definição do que os escolares irão comer e no planejamento deve observar as peculiaridades quanto a hábitos e restrições alimentares dos alunos, a oferta e produção de gêneros alimentícios da região e a estrutura da cozinha. RECEBIMENTO 01 – Diária 02 – 02 vezes/semana 03 – 03 vezes/semana 04 – Semanal 05 – Quinzenal 06 – Mensal Carnes Vegetais Laticínios Congelados Cereais Descartáveis Material de limpeza Bebidas Política de Recebimento Recepção Conferência Pré-limpeza RECEBIMENTO DE MERCADORIAS Documentos utilizados : Pedido de compras das mercadorias a serem recebidas par ser comparado com a NF Nota fiscal - Lei Documento de cobrança - boletos Registro de recebimento - anexar às notas fiscais Nota de devolução Carta de correção - erros nota fiscal RECEBIMENTO DE MERCADORIAS Área de recepção de mercadorias: Manipular caixas limpas e sujas Possibilitar a transferência de mercadorias da embalagem para monoblocos da UAN Higienizar monoblocos Pia para higienizar mãos Pia para pré-higienização de mercadorias Balança Mesa para manuseio de documentos. CONFERÊNCIA DOS PRODUTOS - Controle qualitativo (especificações técnicas): - Integridade e adequação das embalagens (papel, plástico) - Avaliação sensorial dos produtos ( cor, odor, textura, sinais de recongelamento), - Temperatura do produto - se refrigerado, de 0°C a 10°C, se congelado de -18°C a -12°C - Identificação no rótulo ( nome, composição, número de registro, data validade e fabricação) - Controle quantitativo (descritas no pedido) – peso REPROVAÇÃO DO PRODUTO - DEVOLUÇÃO ARMAZENAMENTO Alimentos perecíveis Carnes Vegetais Laticínios Congelados A. preparados Degelo Armazenamento Alimentos não Perecíveis e Mat. diversos Despensa Geral Depósito Produtos de Limpeza Depósito Materiais de Limpeza – DML Depósito Utensílios e Enxovais Despensa Diária Depósito de Reprovados Depósito de Bebidas Depósito de Caixas e Vasilhames Depósito de Gás Depósito para Cilindros FLUXOGRAMA - ARMAZENAMENTO DE ALIMENTOS Recebimento Armazenamento a temperatura amb. Controle de data de validade Produção Armazenamento a baixas temperaturas Controlde de temperaturas Controle de data de validade Produção ARMAZENAMENTO Deve garantir: Proteção contra contaminantes Mínima perda da qualidade nutricional Não deterioração do produto ARMAZENAMENTO Armazenamento seco – cuidados: Local seco, arejado, iluminado e ao abrigo da luz do sol Uso de estrados, palets e prateleiras Evitar excesso de peso sobre partes frágeis do alimentos Correta identificação dos produtos Promover desinsetização Seguir a ordem PEPS (primeiro que entra é o primeiro que sai) ou PVPS (Primeiro que vence primeiro que sai) ARMAZENAMENTO Armazenamento Frio- cuidados: Evitar colocar caixas Retirar excesso de sangue de carnes dos monoblocos Conservar as embalagens plásticas das carnes Produtos semi-preparados (hamburguer, salsichas e outros) manterem embalagens originais Hortifrutigranjeiros – armazenar em monoblocos ARMAZENAMENTO ARMAZENAMENTO DESCARTÁVEIS- cuidados Separar dos alimentos,mas podem ficar na mesma área ARMAZENAMENTO MATERIAL DE LIMPEZA - cuidados Local separado e embalagens identificadas GERENCIAMENTO DE ESTOQUE Controla o histórico de consumo, a movimentação de entrada e saída e a evolução dos preços. Permite controle do estoque mínimo, desvio de mercadorias, fechamento mensal e custo diário Utiliza de ferramentas como Ficha de estoque, requisição diária, inventário e curva ABC - FORMULÁRIOS FICHA DE ESTOQUE Finalidades Controle do estoque - Utilização para confecção do inventário físico. Controle do histórico de consumo - visualiza exageros Acompanhamento da movimentação dos materiais (física e financeira) Preparar os pedidos dos alimentos (o cálculo será feito a partir do histórico de consumo) Rápida conferência do estoque. FICHA DE ESTOQUE Elementos da ficha de estoque Consumo médio mensal e anual Data – pode ser a data de entrada do material ou data de emissão da nota Número da nota fiscal Quantidades - Entrada Quantidade - Saída Saldo Custo unitário Ficha de estoque REQUISIÇÃO DIÁRIA Permite que os produtos sejam separados com antecedência, evitando erros na baixa das fichas. Possibilita conferência e detecção de erros na hora do inventário físico. Poupa tempo na hora da produção, uma vez que os empregados recebem o material todo de vez. Diminui o índice de desperdício e furtos pois serão entregues apenas os produtos, para uso. CURVA ABC Elaborado por Vilfredo Pareto na Itália. Na área administrativa a curva ABC tornou-se utilidade ampla nos mais diversos setores em que necessitam tomar decisões envolvendo grande volume de dados. O sistema de classificação ABC agrupa os itens de acordo com o volume, na tentativa de identificar um pequeno número de itens que representam o maior volume e que são os mais importantes para o controle. A curva ABC consiste em verificar, em um certo espaço de tempo, o consumo em valor monetário, ou quantidade dos itens no estoque a fim de ordena-los e classifica-los em 3 grupos, segundo o seu o consumo em quantidade e o custo de cada item. Os itens do estoque devem ser listados em ordem decrescente de importância segundo a ótica do valor ou da quantidade (consumo mensal x preço unitário), classificando Mais importantes no grupo A Intermediários no grupo B Menos importantes no grupo C. Itens da curva Classe A: São os itens mais importantes que devem receber toda a atenção no primeiro momento do estudo. O número é pequeno mas o peso no investimento é enorme (custo) Classe B: São os itens intermediários e que deverão ser tratados logo após as medidas da classe A Tem relativa importância Classe C: São os itens de menor importância embora volumosos em quantidade, mas com valor monetário pequeno. Para cada item deve-se calcular também o percentual de custo sobre o total (preço total)para ser colocado na planilha e ao final o somatório dos custos atingira 100%. A partir deste percentual (100%), a classificação dos itens do estoque segundo Abreu, Spinelli e Pinto (2009) ocorre da seguinte forma: Grupo A – produtos que possuem alto valor monetário em relação ao montante total – cerca de 70% do percentual de custo total, aplicado em aproximadamente 20% dos itens considerados Grupo B – produtos de valor monetário intermediário em relação ao montante total – cerca de 20% do percentual de custo total, aplicado em aproximadamente 30% dos itens considerados • Grupo C – produtos que possuem baixo valor monetário em relação ao montante total – cerca de 10% do percentual de custo total, aplicado em aproximadamente 50% do total de produtos CURVA ABC Classe %de itens % do valor total do estoque A 20 70 B 30 20 C 50 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, E. S.; SPINELLI, M. G. N.; PINTO, A. M. S. Gestaõ de Unidades de Alimentação e Nutrição:um modo de fazer. São Paulo. Metha, 2009. MEZOMO, I.F.B. A Administração de serviços de Alimentação. São Paulo. I.F.B. MEZOMO, 2015. KIMURA, A.Y. Planejamento e administração de custos em restaurantes industriais. São Paulo: Livraria Varela, 2003. TEIXEIRA, S.M.F.G.; OLIVEIRA, Z.M.C.; REGO, J.C.; BISCONTINI, T.M.B. Administração Aplicada às Unidades de Alimentação e Nutrição. São Paulo: Ateneu, 2007. VAZ, C.S. Alimentação de coletividade – uma abordagem gerencial: manual prático do gestor de serviços de alimentação. Brasília: Editora Célia Vaz, 2011. OBRIGADA
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