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Microsoft Word - TCC SAE Revisado

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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA - UNISUAM 
CURSO DE ENFERMAGEM 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
 
 
 
IMPLEMENTAÇÂO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
AO PORTADOR DE DOR TORÁCICA DE ORIGEM CARDIOGÊNICA NA 
UNIDADE DE EMERGÊNCIA SOB O REFERENCIAL DA TEORIA DAS 
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE WANDA DE AGUIAR HORTA 
 
 
 
Elaborado pelos acadêmicos de enfermagem: 
Adriano dos Santos Sobral – Matrícula: 12200642 
Fabiana da Cruz Benedito – Matrícula: 17201702 
Professor Orientador: 
CLEIDE GONÇALO RUFINO 
 
 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
(Dezembro/2018) 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA - UNISUAM 
CURSO DE ENFERMAGEM 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO 
 
 
TÍTULO: 
IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
AO PORTADOR DE DOR TORÁCICA DE ORIGEM CARDIOGÊNICA NA 
UNIDADE DE EMERGÊNCIA SOB O REFERENCIAL DA TEORIA DAS 
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE WANDA DE AGUIAR HORTA 
 
 
Trabalho acadêmico apresentado ao 
Curso de Enfermagem da UNISUAM, 
como parte dos requisitos para obtenção 
do Título de Bacharel em Enfermagem. 
 
 
Elaborado por: 
Adriano dos Santos Sobral 
Fabiana da Cruz Benedito 
 
Professor Orientador: 
CLEIDE GONÇALO RUFINO 
 
 
 
Rio de Janeiro 
(Dezembro/2018) 
 
 
 
IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 
AO PORTADOR DE DOR TORÁCICA DE ORIGEM CARDIOGÊNICA NA 
UNIDADE DE EMERGÊNCIA SOB O REFERENCIAL DA TEORIA DAS 
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS DE WANDA DE AGUIAR HORTA 
 
Banca Examinadora composta para a defesa de Trabalho de Conclusão de Curso 
para obtenção do grau de Bacharel em Enfermagem. 
 
APROVADA em: ______ de ___________ de _______ 
 
 
__________________________________________ 
Orientadora: Cleide G. Rufino 
Centro Universitário Augusto Motta 
 
__________________________________________ 
Orientador Convidado 
Centro Universitário Augusto Motta 
 
__________________________________________ 
Orientador: Convidado 
Centro Universitário Augusto Motta 
 
 
 
 
 
Rio de Janeiro 
(Dezembro/2018) 
 
 
 
Índice 
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 11 
1.1 Motivação: ...................................................................................................................... 13 
1.2 Justificativa: .................................................................................................................... 13 
1.3 Questões norteadoras: ................................................................................................... 14 
1.4 Objetivos: ........................................................................................................................ 14 
1.5 Relevância: ...................................................................................................................... 14 
2. METODOLOGIA ............................................................................................................. 15 
3. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................ 17 
3.1- Dor torácica, diagnóstico e o histórico como um diferencial; ....................................... 17 
3.1-1 Dor torácica na síndrome coronariana aguda (SCA) e no infarto agudo do 
miocárdio (IAM):.......................................................................................................................... 17 
3.1-2 Tratamento: .......................................................................................................... 19 
3.2- Dor torácica de origem não cardiogênica: ..................................................................... 20 
4. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) ..................... 21 
4.1- Definição da SAE: ........................................................................................................... 21 
4.1-1 Teorias de Enfermagem: .................................................................................... 22 
4.1-2 O Processo de Enfermagem, Classificação de Intervenções de 
Enfermagem (NIC) e Classificação dos Resultados Esperados de Enfermagem (NOC):
 ....................................................................................................................................................... 22 
4.2 - Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta: ...................... 25 
5. DISCUSSÃO E RESULTADOS: .................................................................................. 30 
6. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 43 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedicamos esse trabalho a Deus, que nos deu forças para completar 
essa jornada e que é digno de toda honra e toda glória! Obrigado Senhor! 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Agradecemos a Deus por nos inspirar a cada dia e ter-nos trazido até 
esse momento, tão especial, em que apresentamos nosso tão esperado Trabalho de 
Conclusão de Curso. 
Agradecemos aos professores; profundamente, a confiança; dedicação e 
a orientação, em especial, nossa orientadora, Cleide Gonçalo Rufino. Sem eles não 
teríamos conseguido. 
Aos nossos familiares e amigos temos um agradecimento muito especial, 
porque acreditaram em nós desde o primeiro instante. Somos quem somos, porque 
vocês estiveram e estão sempre ao nosso lado. 
Por fim, mas não menos importante, deixamos uma palavra de gratidão a 
todas as pessoas que de alguma forma nos tocaram o coração e transmitiram força 
e confiança em nós. 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escolhi os plantões, porque sei que o escuro da noite amedronta os enfermos. 
Escolhi estar presente na dor porque já estive muito perto do sofrimento. 
Escolhi servir ao próximo porque sei que todos nós um dia precisamos de ajuda. 
Escolhi o branco porque quero transmitir paz. 
Escolhi estudar métodos de trabalho porque os livros são fonte saber. 
Escolhi ser Enfermeira porque amo e respeito a vida! 
 
 Florence Nightingale 
 
 
 
 
SOBRAL, A. S.; BENEDITO, F. C. Implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem 
ao portador de dor torácica, de origem cardiogênica na unidade de emergência: sob o referencial da 
Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta. Trabalho de Conclusão de 
Curso de Graduação em Enfermagem. Centro Universitário Augusto Motta - Unisuam. Rio de janeiro, 
2018. 
 
RESUMO 
Introdução: Este trabalho teve como objeto de estudo discutir a aplicabilidade da 
Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta, para a 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), ao cliente com dor precordial 
de origem cardiogênica, na unidade de emergência.Objetivos: Identificar as 
necessidades humanas básicas afetadas, discutir a aplicabilidade da Teoria das 
Necessidades Humanas Básicas para a SAE, e descrever os possíveis diagnósticos 
de enfermagem. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, com 
natureza descritiva e com abordagem qualitativa. Para alcançar os objetivos 
propostos por esse estudo, foi realizado um levantamento, através de pesquisa 
bibliográfica, nos acervos físicos da Biblioteca Central Professor Augusto Motta e na 
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Discussão e Resultados: Consideramos os 
resultados como positivos, para a implementação da SAE, na unidade de 
emergência, utilizando como referencial a Teoria das Necessidades Humanas 
Básicas, como forma de estabelecer correlações entre conceitos, através da 
utilização de definiçõespara a descrição ou classificação de abordagens 
sitematizadas na prática. Conclusão: Por fim, o estudo evidenciou que é de suma 
importância que desenvolvam-se, cada vez mais, protocolos assistenciais. Para que 
se eleve a qualidade da assistência ao cliente, com dor torácica de origem 
cardiogênica, embasando a prática da equipe de enfermagem e reduzindo a 
ocorrência de óbitos decorrentes do manejo inadequado dos casos. 
Descritores: “Dor Torácica”, “Atendimento de Emergência”, “Sistematização da 
Assistência” e “Necessidades Humanas Básicas”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE SIGLAS E ABREVEATURAS 
 
 
 
DAC - Doença arterial coronariana 
ECG - Elétrocardiograma 
FC - Frequência cardíaca 
FR - Frequência respiratória 
HAS - Hipertensão arterial, sistêmica 
IAM - Infarto Agudo do Miocárdio 
IC - Insuficiência cardíaca 
NIC - Classificação de Intervenções de Enfermagem 
NOC - Classificação dos Resultados Esperados de Enfermagem 
PA - Pressão arterial sistêmica 
PE - Processo de Enfermagem 
SAE - Sistematização da assistência de Enfermagem 
SCA - Síndrome coronariana aguda 
SUS - Sistema Ùnico de Saúde 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS E FIGURAS 
 
Quadro 1: Classificações das Necessidades Humanas Básicas por João Mohana .. 27 
Quadro 2: Classificações dos artigos para discussão e resultados ........................... 30 
 
Figura 1: Processo de Enfermagem ................................................................................... 24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
INTRODUÇÃO 
 
O presente estudo tem como objeto a implementação da Sistematização 
da Assistência de Enfermagem ao portador de dor precordial, de origem 
cardiogênica, na unidade de emergência sob o referencial da Teoria das 
Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta. 
A dor precordial é um dos sintomas mais frequentes em pacientes que 
adentram ao serviço de emergência. Tem como característica principal a sensação 
ou desconforto na região precordial, que podem ser relatadas de diversas formas de 
acordo com aqueles que a sentem (CAVEIÃO et al.,2014). 
Segundo dados do Ministério da Saúde do Brasil e do DATASUS, as 
doenças cardiovasculares (DCV) atingem grande parte da população brasileira. 
Dentre elas o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) é a principal causa de morte (CRUZ; 
PINTO,2015). 
Dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde 
DATASUS de 2013 revelam que o IAM foi a principal causa de morte por doença 
cardíaca no Brasil, tendo sido observado aumento de 48% entre 1996 e 2011. Em 
caso de persistência dessa tendência, o IAM se tornará a principal causa, isolada, 
de morte em 2020 (MEDEIROS et al.,2018). 
Considerando que a dor precordial é um sintoma clássico do IAM, o 
cuidado com o cliente precisa ser redobrado. Devido à subjetividade da dor torácica, 
é necessário que o enfermeiro que atua na classificação de risco, no serviço de 
emergência, esteja com um olhar mais atento para a identificação da origem da dor, 
que pode ser isquêmica. Quanto mais rápida for a avaliação da gravidade da dor, 
mais rápido o cliente será encaminhado para o serviço especializado e terá maior 
sucesso no atendimento (VIEIRA et al.,2016). 
Para a classificação de risco, é preconizada a atuação de um profissional 
de enfermagem, de nível superior, munido de uma ferramenta que lhe dê 
embasamento para avaliação quanto á gravidade e condução do caso (VIEIRA et 
al.,2016). 
Os protocolos institucionais, assistenciais, sistematizam o cuidado do 
profissional, sendo essenciais para classificação de risco, proporcionando maior 
eficiência no atendimento (VIEIRA et al.,2016). 
12 
 
Segundo Piegas (2004 apud CAVEIÃO, 2014), estabelecido o grau da 
gravidade da dor torácica deverá ser realizado um exame físico criterioso e 
minucioso. Mas para confirmação diagnóstica, o principal exame realizado no 
momento em que o cliente dá entrada no setor de emergência é o elétrocardiograma 
(ECG), de 12 derivações, que deverá ser feito o quanto antes, após a solicitação 
médica, possibilitando a leitura da atividade cardíaca naquele exato momento 
(ALVES, 2013 apud RIBEIRO, 2017). 
Portanto, segundo Bassan (2002 apud CAVEIÃO, 2014), o enfermeiro ao 
atender um paciente com dor torácica sugestiva de IAM, deverá coletar dados para a 
história organizada e sistematizada para a integralidade do atendimento, elaborando 
um plano de cuidados na fase aguda, que atenda todas as necessidades humanas 
básicas. 
O enfermeiro, também, deve ter a capacidade de detectar a necessidade 
de realização precoce do ECG, assim como identificar possíveis alterações 
cardíacas, possibilitando o planejamento dos cuidados de enfermagem (RIBEIRO, 
2017). 
Em conformidade com Santos (2010 apud CAVEIÃO,2014) salienta-se a 
importância da necessidade de oxigenação/ventilação, circulação/perfusão, 
conforto/controle, da dor e a segurança biopsicossocial e espiritual. 
No tratamento prévio deve-se avaliar os sinais vitais, instituir acesso 
venoso periférico, medicação endovenosa; conforme prescrição médica, e coletar 
sangue para realização de exames complementares (RIBEIRO, 2017). 
Na década de 80 surgiram as primeiras unidades de dor torácica no 
Brasil. Desde, então, passaram a ser conhecidas como um aperfeiçoamento do 
serviço de emergência. Estas, unidades, tem como premissa prover o atendimento 
rápido e especializado ao cliente com dor torácica, por meio de estratégias 
diagnósticas e terapêuticas ainda no setor de emergência, diminuindo custos e 
proporcionando qualidade e rapidez no atendimento (BASSAN, 2002 apud CRUZ; 
PINTO,2015). 
Quanto à localização das unidades de dor torácica, podem estar dentro 
ou próximas da sala de emergência e, segundo a Associação Brasileira de 
Cardiologia, devem ter área física e leitos reservados e devidamente identificados 
para este fim. Todavia, também podem funcionar na forma de estratégia operacional 
padronizada, utilizando protocolos assistenciais específicos, algoritmos 
13 
 
sistematizados ou árvores de decisão clínica, devidamente utilizados por médicos 
emergencistas (CRUZ; PINTO,2015). 
E, por conseguinte, é preciso que a equipe de médicos e enfermeiros da 
emergência seja muito bem treinada e habituada a lidar com urgências e 
emergências cardiovasculares (CRUZ; PINTO,2015). 
 
1.1 Motivação: 
 
Frente a esse panorama, a motivação pelo estudo iniciou-se devido a um 
dos integrantes do grupo de trabalho de conclusão de curso, ter durante a disciplina 
de Emergência Pré e Intra-hospitalar, participado de um seminário de pesquisa no 
qual a temática em destaque foi abordada, causando grande interesse em 
aprofundar-se no tema em questão. O interesse pelo estudo também teve 
influências por intermédio do nosso orientador, que durante o resgate teórico nos 
propôs diversas linhas de estudos e temas, o que acirrou nossa inquietação. Essa 
experiência aumentou o interesse do grupo em aprofundar-se no estudo, no qual 
obteve-se a oportunidade de expansão de conhecimentos científicos sobre o tema 
em destaque. 
 
1.2 Justificativa: 
 
Durante os estudos, percebeu-se que existe uma lacuna teórica verificada 
na literatura de enfermagem sobre a temática em questão, o que acaba acarretando 
dificuldade para realização de uma assistência qualificada ao indivíduo com dor 
precordial. Essa privação teórico-prática justifica a realização deste estudo, sob um 
olhar diferenciado, aqui caracterizado pelo referencial da Teoria das Necessidades 
Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta (HORTA, 1979). 
Justifica-se, também, este estudo em consonância com o que é 
preconizado pela Agenda Nacional de Prioridades de Pesquisa em Saúde, que 
consiste em um processo político que visa, em todas as suas etapas, a ampla 
participação de atores com conhecimento e discursosdistintos, tanto da política 
quanto da saúde, que alinha a priorização de pesquisas em conformidade com os 
princípios do Sistema Ùnico de Saúde (SUS), (BRASIL, 2015). 
14 
 
1.3 Questões norteadoras: 
 
Para tanto e considerando a relevância da temática foram elaboradas as 
seguintes questões norteadoras: 
a) Como a Teoria das Necessidades Humanas básicas pode 
contribuir para a Sistematização da Assistência de enfermagem ao portador 
de dor torácica na emergência? 
b) Quais as necessidades humanas básicas são apresentadas pelo 
paciente com dor torácica, de origem cardiogênica, na unidade de 
emergência? 
c) Que diagnósticos de enfermagem podem ser identificados ao 
portador de dor precordial na unidade de emergência? 
 
1.4 Objetivos: 
 
Para responder a estes questionamentos espera-se que o leitor, ao final 
de sua leitura, possa ser capaz de atingir os seguintes objetivos: 
 Identificar as necessidades humanas básicas afetadas, do 
paciente com dor torácica, de origem cardiogênica, na emergência; 
 Descrever os diagnósticos de enfermagem ao paciente com dor 
torácica, de origem cardiogênica, na emergência; 
 Discutir a aplicabilidade da Teoria das Necessidades Humanas 
Básicas para a Sistematização da assistência de Enfermagem (SAE) na 
emergência. 
 
1.5 Relevância: 
 
Releva-se a importância deste estudo às suas possibilidades de 
contribuição para a pesquisa em enfermagem, haja visto que na literatura existem 
poucos trabalhos envolvendo a temática em questão, assim como, a Sistematização 
da Assistência de Enfermagem é um método importante que interfere na prática e no 
planejamento da assistência. E, por conseguinte, espera-se que este estudo 
contribua para que os profissionais de enfermagem e acadêmicos de enfermagem, 
15 
 
possam adquirir novos conhecimentos, desenvolvendo novas habilidades e 
competências, primordiais para o cuidado ao paciente com dor torácica. Essa 
pesquisa tem uma relevância tanto social quanto científica, pois busca contribuir 
para a produção de material científico, para que possa ser utilizado para demais 
pesquisas, e buscar conscientizar os estudantes, futuros profissionais, para a 
importância da pesquisa científica tanto para a sociedade quanto para o crescimento 
profissional e pessoal. 
 
2. METODOLOGIA 
 
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, com natureza descritiva e 
com abordagem qualitativa. 
Segundo Gil (2008), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida utilizando 
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. 
A abordagem descritiva tem por objetivo estudar as características de um 
grupo, com sua distribuição por idade, sexo, procedência, nível de escolaridade, 
estado de saúde física e atendimento dos órgãos públicos de uma comunidade (GIL, 
2008). Para Minayo (2013), a pesquisa qualitativa tem o objetivo de compreender as 
características internas de grupos, instituições e atores, relacionadas a valores 
culturais e representações sobre temas específicos. Relações entre indivíduos, 
instituições e movimentos sociais de implementação de políticas públicas e sociais. 
Para alcançar os objetivos propostos por esse estudo, foi realizado um 
levantamento, através de pesquisa bibliográfica, nos acervos físicos da Biblioteca 
Central Professor Augusto Motta e na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), nas bases 
de dados Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciência e Saúde (LILACS), 
Medical Literature Analysis and Retrieval System On Line (MEDLINE) e Banco de 
Dados em Enfermagem (BDENF).Para coleta de dados foram utilizados os seguintes 
descritores: “Dor Torácica”, “Atendimento de Emergência”, “Sistematização da 
Assistência” e “Necessidades Humanas Básicas”. A seleção de dados para análise 
foi realizada utilizando critérios de inclusão e de exclusão. 
Os critérios de inclusão foram estabelecidos para publicações científicas 
que tinham disponibilidade de produções sob a forma de textos completos, que não 
se repetiam, publicados no idioma português, que tinham como assunto principal a 
16 
 
dor torácica. O recorte temporal compreende ao período de 2013 a 2018. Foram 
excluídas as produções científicas que não estavam em consonância com os 
critérios de inclusão citados anteriormente ou que se repetiam nas bases 
consultadas. 
Cabe, salientar, que a pesquisa teve início em fevereiro de 2018, 
momento em que foi realizada a primeira consulta às bases de dados, utilizando os 
descritores mencionadas anteriormente. E, após filtrar os artigos que eram 
relacionados ao tema proposto, atingiu-se o quantitativo de 28 artigos e, depois de 
uma leitura criteriosa constatou-se que 15 não se enquadravam no tema, sendo 
definido como bibliografia potencial a compilação de 13 artigos. 
Após a coleta de dados, procedeu-se uma análise crítico-reflexiva, 
através da identificação dos diagnósticos de enfermagem, relacionados aos dados 
relevantes, agrupamento desses dados, com base na Teoria das Necessidades 
Humanas Básicas, de Wanda de Aguiar Horta e a identificação dos fatores 
relacionados e das evidências (TANNURE; PINHEIRO, 2010). 
E, por conseguinte, os dados foram analisados por meio dos sistemas de 
classificação de enfermagem, NANDA Internacional; Nursing Intervention 
Classification (NIC), e Nursing Outcomes Classification (NOC), dados relacionados 
aos diagnósticos de enfermagem, e pôr intermédio da literatura científica relacionada 
a dor torácica em unidade de emergência. Em seguida, foram levantadas as 
intervenções de enfermagem a partir da NIC e os resultados esperados com base na 
NOC (CARVALHO et al., 2016). 
Os resultados da pesquisa científica serão socializados futuramente 
através da apresentação em sessão pública de defesa acadêmica e, quiçá, através 
de uma publicação em periódicos de enfermagem ou de abordagem multidisciplinar 
em saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3. REVISÃO DA LITERATURA 
 
3.1- Dor torácica, diagnóstico e o histórico como um diferencial; 
 
3.1-1 Dor torácica na síndrome coronariana aguda (SCA) e no infarto agudo do 
miocárdio (IAM): 
 
A dor torácica é a sintomatologia de distúrbios cardíacos mais frequente 
nas unidades de emergência. A doença coronariana progride, rapidamente, para o 
infarto agudo do miocárdio e está intimamente relacionada a dor torácica (GOMES 
et al., 2014). 
A relação da dor torácica com distúrbios cardíacos tem motivado os 
clientes a procurarem as unidades de emergência, precocemente. Haja visto a 
necessidade de rápida intervenção para a dor torácica, é necessário que o 
enfermeiro compreenda a fisiopatologia da dor torácica, investigando fatores de risco 
e atentando para a possibilidade da dor não ser de origem cardiogênica (GOMES et 
al., 2014). 
Os sinais e sintomas associados a DCV estão relacionados com 
problemas de condução, arritmias, distúrbios estruturais, inflamatórios e infeciosos 
do coração, e a evolução da DCV como insuficiência cardíaca e o choque 
cardiogênico (BRUNNER; SUDDARTH, 2009). 
Portanto, é necessário que o enfermeiro domine os protocolos 
assistenciais, para melhor condução do caso, a partir da chegada ao serviço de 
emergência, visto que já foi confirmada a relação entre a demora na realização do 
exame de ECG, que desempenha um papel fundamental no diagnóstico de clientes 
com dor torácica, pela ampla disponibilidade e relativa facilidade de interpretação, 
como um dos fatores que retardam a administração de terapias de reperfusão 
(GOMES et al., 2014). 
Define-se o IAM como a morte celular miocárdica e necrose em qualquer 
dimensão do músculo cardíaco, advindo de um avanço de uma isquemia miocárdica 
aguda (IZAR et al., 2016). 
18 
 
Uma das principais causas da isquemia miocárdica coronária é a 
aterosclerose, caracterizada pela formação de placas de ateroma sobre a parede 
das artérias (MEDEIROS et al., 2018). 
A síndrome coronariana agudaé a forma grave da doença arterial 
coronariana (DAC), que é desenvolvida quando uma placa ateromatosa, em uma 
artéria coronária doente, aumenta, gradativamente, diminuindo a passagem de 
sangue ou possibilitando o entupimento do vaso por um trombo obstrutivo 
(BRUNNER; SUDDARTH, 2009). 
A dor típica da isquemia miocárdica geralmente é do lado esquerdo, 
raramente do lado direito da linha esternal, sendo referida pelo paciente como dor 
retroesternal. A dor estende-se por toda região ou em uma determinada área 
anginosa (MEDEIROS et al., 2018). 
Como referem Medeiros et al. (2018, p. 566), 
 
A dor anginosa é a sensação que alguma coisa aperta a região 
retroesternal e determinados pacientes relatam sensação de aperto 
na garganta. Na angina estável, a dor tem duração curta podendo 
variar de dois a três minutos e está associada com o esforço físico. 
Isso acontece porque a dor está relacionada à hipóxia miocárdica e 
não à necrose. Na angina instável, a dor é mais prolongada e intensa 
chegando a durar 20 minutos ou diversas horas, aparecendo mesmo 
em repouso causada pelas alterações necróticas sugerindo o IAM. 
Embora seja um dos sinais clínicos da doença, a duração da dor não 
é elemento suficiente para diagnosticar um infarto. 
 
Ainda segundo os autores, a dor torácica pode irradiar-se para o membro 
superior esquerdo; exclusivamente, mandíbula, região epigástrica e raramente a 
região dorsal. Concomitantemente a dor pode ocorrer outros sintomas como mal-
estar, sudorese, náuseas, taquicardia, dispneia e confusão mental (MEDEIROS et 
al., 2018). 
O atendimento ao cliente com dor torácica se baseia em quatro pilares: 
histórico e exame físico, ECG com 12 derivações, análise laboratorial dos 
biomarcadores cardíacos séricos (marcadores de necrose miocárdica) como CK-MB; 
Mioglobina e Troponina; e testes provocativos de isquemia não invasivos (IZAR et 
al., 2016). 
Esses procedimentos são necessários para determinar se o cliente possui 
IAM com supradesnivelamento do segmento ST, IAM sem supradesnivelamento, ou 
19 
 
angina instavel. Com as informações resultantes destas análises pode-se estratificar 
o risco e propor a conduta adequada (BRUNNER; SUDDARTH, 2009). 
Uma combinação de evidências é necessária para a confirmação 
diagnóstica do IAM, sendo estas, alterações de marcadores de necrose miocárdica, 
preferivelmente a troponina, relacionando-se com pelo menos uma das ocorrências: 
sintomas de isquemia miocárdica, novas ou supostamente novas, mudanças no 
segmento ST, por ocasião da realização do eletrocardiograma, desenvolvimento de 
ondas Q patológicas, ou novo bloqueio do ramo esquerdo, evidência por imagem de 
uma nova ou supostamente nova, perda de miocárdio viável ou insuficiência 
segmentar da contratilidade e evidência de trombo coronariano durante 
cinecoronariografia (IZAR et al., 2016). 
 
3.1-2 Tratamento: 
 
Detectar a moléstia antecipadamente é a melhor forma de contribuir para 
o tratamento, que ocorre por meio de diversas possibilidades: por meio da 
administração de fibrinolíticos e antitrombóticos que agem dissolvendo o trombo que 
oclui as artérias afetadas, através da reperfusão da angioplastia primária, ou na 
colocação de um implante de stent, na parede do vaso, tratando diversos tipos de 
obstruções (MEDEIROS et al., 2018). 
Outra abordagem se dá através da revascularização cirúrgica, de forma 
eletiva ou em casos de emergência, geralmente contraindicada por ser um 
procedimento mais invasivo, proporcionando maior risco ao cliente, mas indicada 
quando as outras abordagens terapêuticas falham (MEDEIROS et al., 2018). 
Existem vários fatores de risco para as doenças cardiovasculares, dentre 
os quais estão a hipertensão arterial, sistêmica (HAS), diabetes mellitus, dislipidemia 
e obesidade. Ainda segundo os autores, outros fatores de risco dependem do estilo 
de vida portanto estes podem ser modificados, dentre os quais estão o fumo, 
ingestão de bebidas alcoólicas em excesso, dieta pouco saldável e o sedentarismo 
(MEDEIROS et al., 2018). 
 Medeiros et al. (2018, p. 567) ainda relatam que “existem ainda fatores 
de hereditariedade como sexo, idade e histórico familiar que não são modificáveis e, 
portanto, idepende do cliente”. 
20 
 
 Ainda segundo os autores, por depender de fatores extrínsecos, o IAM 
predomina em adultos de faixas etárias mais elevadas, mas os fatores intrínsecos 
são definitivos em diversos casos, motivo pelo qual essa moléstia não acomete 
apenas idosos, mas, também, os adultos jovens (MEDEIROS et al., 2018). 
 
3.2- Dor torácica de origem não cardiogênica: 
 
Segundo Brunner e Suddarth, 2009, nem todos clientes com dor torácica 
ou desconforto torácico, refletem a isquemia miocárdica. Através do histórico e 
exame físico, o enfermeiro deverá diferenciar de outras fontes os sintomas torácicos 
relacionados com o sistema cardíaco. 
Ainda segundo Brunner e Suddarth (2009, p.666), são os seguintes, os 
principais distúrbios com sintomas relacionados a dor torácica: 
 
 Distúrbios pulmonares (pneumonia, embolia pulmonar), que tem 
como características principais a dor epigástrica ou subesternal 
intensa e aguda que se origina da porção inferior da pleura. O cliente 
pode ser capaz de localizar a dor; 
 Distúrbios esofágicos (hérnia de hiato, espasmo ou esofagite por 
refluxo), dor subesternal descrita como aguda, em queimação ou 
intensa, mimetiza frequentemente a angina, pode irradiar-se para o 
pescoço, braço ou ombros; 
 Ansiedade e distúrbios do pânico, dor descrita como penetrante a 
contusa. Associada a sudorese, palpitações, falta de ar, 
formigamento, das mãos ou boca, sensação de falta de realidade ou 
medo de perder o controle; 
 Distúrbios músculo-esqueléticos (costocondrite), dor aguda ou 
perfurante localizada na parte anterior do tórax. Mais frequentemente 
unilateral. Pode irradiar-se pelo tórax até o epigástrio ou costas. O 
paciente á capaz de localizar a dor. 
 
É de suma importância que o enfermeiro além de prestar os cuidados 
intra-hospitalares aos clientes com dor torácica, realize a educação em saúde, para 
a prevenção dos fatores de risco e de informações aos clientes relacionadas ao 
reconhecimento dos sintomas do IAM. Deve-se salientar a importância do 
atendimento rápido a partir do surgimento dos sintomas de desconforto torácico, e 
dar informações de como acionar o serviço de emergência, na presença desses 
sinais (CAVEIÃO et al., 2014). 
21 
 
4. SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) 
 
4.1- Definição da SAE: 
 
Para Tannure e Pinheiro (2010), a SAE é uma metodologia científica 
utilizada na prática assistencial, que auxilia o profissional enfermeiro na aplicação 
dos seus conhecimentos técnico-científicos, confere maior segurança aos clientes, 
maior qualidade na assistência e maior autonomia aos profissionais de enfermagem. 
Segundo Nóbrega (2008 apud TANNURE;PINHEIRO, 2010), as 
investidas para metodizar o conhecimento na enfermagem originan-se na década de 
1950, quando ocorreu um grande avanço na construção e na metodização dos 
modelos teóricos da enfermagem. 
Todavia, foi no final da década de 1960 que Horta, a partir de seus 
estudos, influenciou os enfermeiros brasileiros, que voltaram sua atenção para a 
SAE (TANNURE; PINHEIRO,2010). 
A Resolução 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), 
dispõe sobre e regulamenta a implementação da Sistematização da Assistência de 
Enfermagem e o Processo de Enfermagem (PE) em todo e qualquer setor público ou 
privado em que sejam realizados cuidados profissionais de enfermagem 
(COFEN,2009). 
Salienta-se que a implementação da SAE é fundamental para garantir ao 
profissional de enfermagem respaldo científico, segurança e serve como um guia 
prático assistencial, aumentando a credibilidade, competência e, por conseguinte, 
proporcionando maior autonomia e satisfação profissional (TANNURE; PINHEIRO,2010). 
Dessa forma, existe a necessidade de capacitação dos profissionais 
enfermeiros, para que esse contato seja cada vez mais eficiente e as ações 
sistemáticas (TANNURE; PINHEIRO, 2010). 
Em consonância com tais proposições, os enfermeiros necessitam de 
instrumentos que favoreçam a implementação da SAE, na prática, tais como 
impressos, para auxiliar na coleta de dados, ou “softwares” que os auxiliem na 
aplicação do processo de enfermagem (TANNURE; PINHEIRO, 2010). 
22 
 
É necessário que os enfermeiros tenham cada vez mais conhecimento 
acerca das teorias de enfermagem, do PE, de semiologia; fisiologia; patologia, além 
de habilidades administrativas (TANNURE; PINHEIRO, 2010). 
 
 
4.1-1 Teorias de Enfermagem: 
 
Segundo Nightingale (1989 apud Tannure e Pinheiro, 2010), a questão 
teórica na enfermagem surgiu através de uma inquietação de Florence Nightngale, 
uma enfermeira britânica, que ficou famosa por ser pioneira no tratamento a feridos 
de guerra, durante a guerra da Crimeia, que afirmava que a enfermagem 
necessitava de conhecimentos dissemelhantes daqueles da medicina. 
 Ainda segundo Tannure e Pinheiro (2010), Florence idealizou as 
premissas em que a profissão deveria basear-se, através de conhecimentos de 
enfermagem direcionados as pessoas, relacionados as condições ambientais em 
que viviam e como o ambiente influenciaria positivamente ou não no processo 
saúde-doença. 
Há diversas definições para teoria de enfermagem, dentre as quais a que 
a define como um conjunto de assertivas sistemáticas, associadas com questões 
importantes de uma disciplina, que são relacionadas de forma coerente (TANNURE; 
PINHEIRO, 2010). 
Os cuidados de enfermagem prestados aos clientes devem ser 
embasados em teorias, de modo que os enfermeiros possam ser responsabilizados 
pela assistência prestada, não mais de forma empírica (TANNURE; PINHEIRO, 
2010). 
 
 
4.1-2 O Processo de Enfermagem, Classificação de Intervenções de Enfermagem 
(NIC) e Classificação dos Resultados Esperados de Enfermagem (NOC): 
 
Trata-se de um método científico para que seja implementada, na prática 
assistencial, uma teoria de enfermagem, pois após a escolha da teoria a ser utilizada 
23 
 
é necessária a utilização de um método, para que se possa implantar os conceitos 
teóricos na prática (TANNURE; PINHEIRO, 2010). 
Para Wanda de Aguiar Horta (1979), o processo de enfermagem é a 
correlação e a dinâmica, em igual importância, de seis etapas, cujo, o objetivo é 
prestar assistência ao indivíduo, família e comunidade, sendo estas: 
Histórico de Enfermagem: trata-se de um roteiro sistematizado para 
levantamento de dados do ser humano, relevantes para a enfermagem, para que 
seja possível a identificação de suas necessidades básicas afetadas. Por exemplo, 
história da doença atual, história patológica pregressa, tipo de moradia, dentre 
outros dados relevantes. 
Após análise e avaliação desses dados dar-se-á a segunda etapa, o 
Diagnóstico de Enfermagem, que consiste na identificação das necessidades 
humanas que necessitam de assistência e a avaliação do enfermeiro do grau de 
dependência desta assistência em origem e extensão. 
Depois de análise e avaliação do diagnóstico, sucede-se á terceira etapa, 
o Plano Assistencial, trata-se da definição da assistência de enfermagem que o 
cliente deverá receber, relacionada ao diagnóstico estabelecido. A elaboração deste 
plano de cuidados se dá em termos do conceito de assistir em enfermagem, sendo 
estes, encaminhamentos, supervisão, orientação, ajuda e a execução dos cuidados. 
A quarta etapa é denominada de Plano de cuidados ou Prescrição de 
Enfermagem, ou seja, a implementação do plano assistencial, através da 
coordenação da equipe de enfermagem, na execução dos cuidados em 
conformidade com protocolos institucionais para atender as necessidades humanas 
que necessitam de assistência. 
O plano de cuidados deverá ser avaliado frequentemente, sucedendo-se 
a quinta etapa, denominada de Evolução de Enfermagem, que é a execução de 
relatos diários, identificando as mudanças que ocorrem no individuo sob assistência 
profissional e avaliando a resposta do cliente a assistência prestada. 
A avaliação das etapas anteriores compreende a sexta etapa do PE, o 
Prognóstico de Enfermagem, que consiste na estimativa da capacidade do cliente 
atender as suas necessidades básicas alteradas, avaliação relacionada aos dados 
fornecidos pela evolução diária da enfermagem. 
Salienta-se que dadas as características do PE, citadas anteriormente, é 
possível realizar alterações, corrigindo erros, em qualquer uma das etapas, tal como 
24 
 
a presciência concomitantemente de todas elas. Sendo assim, durante a avaliação 
diagnóstica e anteriormente por ocasião da coleta de dados já se pode ter 
discernimento do prognóstico; somente em relação a necessidade de sistematização 
e didática essas etapas são separadas. 
Segundo Horta (1979), a correlação dessas etapas, em igual importância, 
no processo de enfermagem, pode ser representada graficamente por um hexágono, 
no qual o centro do processo é o indivíduo, família e comunidade, tal qual 
representação na Figura 1, a seguir. 
 
 
 
 
Figura 1: Processo de Enfermagem 
 
 
Fonte:https://pt.slideshare.net/brunafreitas543908/wanda-de-aguiar-horta 
 
 
25 
 
4.2 - Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta: 
 
Nenhuma ciência sobrevive sem sua própria filosofia. Embora, por vezes, 
não se demonstre de forma clara ou por escrito, ficou evidenciado que todos os 
cientistas do ramo do saber humano estão ligados por uma filosofia científica 
(HORTA, 1979). 
A enfermagem, como outras ciências humanas não pode prescindir de 
uma filosofia unificada que lhe conceda bases seguras para seu desenvolvimento. 
Em razão disso, a enfermagem busca aprimorar-se embasada na ciência, motivo 
pelo qual desenvolveu-se conceitos e teorias próprias, objetivando ter uma 
explicação de seus eventos relacionados ao universo natural (HORTA, 1979). 
A teoria compreende, põe em foco, as leis gerais que regem os 
fenômenos universais, tal como, por exemplo, a lei do equilíbrio (homeostase ou 
hemodinâmica), todo universo se mantém através de processos de equilíbrio 
dinâmico entre os seus seres; a lei da adaptação, todos os seres do universo 
interagem com o meio externo na busca por formas de se ajustar e manter o 
equilíbrio; lei do holismo, o universo é um todo, o ser humano é um todo, a célula é 
um todo; esse todo não é mera soma das partes constituintes de cada ser (HORTA, 
1979). 
Segundo Horta (1979) o ser é aquilo que é real, e na enfermagem, 
existem três seres: 
 O ser, enfermeiro (o ser humano, gente que cuida de gente); 
 O ser, cliente (indivíduo, família, comunidade); 
 O ser, enfermagem (compromisso assumido com a enfermagem). 
Toda ciência tem a necessidade de determinar seu ente concreto, 
descrevê-lo, explicá-lo e predizer sobre ele. Na ciência de enfermagem conceitua-se 
como o seu ente concreto, as necessidades humanas básicas (HORTA, 1979). 
Ainda segundo a autora (HORTA,1979), o objeto de trabalho da 
enfermagem é o ser humano, ao prestar assistência as suas necessidades básicas. 
Esses são os entes da enfermagem. Ao descrevê-los, explicá-los, relacioná-los entre 
si e predizer sobre eles, caracteriza-se a enfermagem como ciência. 
26 
 
As necessidades humanas básicas são estados de tensões, conscientes 
ou inconscientes, que resultam dos desequilíbrios ou alterações, da homeostasia ou 
hemodinâmica dos fenômenos vitais (HORTA, 1979). 
Portanto, os problemas de enfermagem correspondem a condições 
decorrentes dos desequilíbrios das necessidades básicas do indivíduo família e 
comunidade e exigem assistência de enfermagem (HORTA, 1979). 
Segundo Horta (1979), a Teoria das Necessidades Humanas Básicas foi 
desenvolvida sob forte influênciada Teoria da Motivação Humana, de Maslow, que 
se fundamenta nas necessidades humanas básicas, que foram por ele 
hierarquizadas em cinco níveis: necessidades fisiológicas, de segurança, de amor, 
de estima e de auto realização. 
Ainda segundo a autora, para Maslow, o ser humano só passa a procurar 
a satisfação do nível seguinte após ter o mínimo de satisfação dos níveis anteriores 
(HORTA, 1979). 
Segundo Horta (1979), usa-se preferencialmente, em enfermagem, a 
denominação de João Mohana: necessidades de nível psicossocial, psicobiológico e 
psicoespiritual, conforme demonstrado na quadro 1, a seguir. 
 
27 
 
 
Quadro 1: Classificações das Necessidades Humanas Básicas por João Mohana 
 
Fonte: (HORTA, 1979). 
 
 
Em conformidade com Horta (1979), a enfermagem como serviço 
prestado ao ser humano em seu âmago descreve: 
 
 O ser humano como parte integrante do universo dinâmico, e 
como tal está sujeito as leis que o regem, no tempo e no espaço; 
Necessidades psicobiológicas Necessidades psicossociais Necessidades psicoespirituais 
 
 Oxigenação 
 Hidratação 
 Nutrição 
 Eliminação 
 Sono e Repouso 
 Exercício e atividades físicas 
 Sexualidade 
 Abrigo 
 Mecânica corporal 
 Motilidade 
 Cuidado Corporal 
 Integridade cutaneomucosa 
 Integridade física 
 Regulação: térmica, hormonal, 
neurológica, hidrossalina, 
eletrolítica, imunológica, 
crescimento celular e vascular. 
 Locomoção 
 Percepção: olfatória, visual, 
auditiva, tátil, gustativa e 
dolorosa. 
 Ambiente 
 Terapêutica 
 
 
 
 Segurança 
 Amor 
 Liberdade 
 Comunicação 
 Criatividade 
 Aprendizagem (educação a 
saúde) 
 Sociabilidade 
 Recreação 
 Lazer 
 Espaço 
 Orientação no tempo e 
espaço 
 Aceitação 
 Autorrealização 
 Autoestima 
 Participação 
 Autoimagem 
 Atenção 
 
 
 
 
 
 
 Religiosa ou teológica 
 Ética ou de filosofia de vida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 O ser humano está constantemente interagindo com o universo, 
dando e recebendo energia; 
 A dinâmica universal provoca mudanças que levam aos estados 
de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço. 
 
Segundo Horta (1979), resultam-se as seguintes proposições: 
 
1°. Como parte integrante do universo o ser humano está sujeito a 
estados de equilíbrio e desequilíbrio no tempo e no espaço; 
 
 O ser humano diferencia-se dos demais seres do universo por 
sua capacidade de reflexão, por ser dotado do poder de imaginação e 
simbolização e poder relacionar o presente, passado e futuro; 
 Características, essas que conferem ao ser humano 
singularidade, autenticidade e individualidade; 
 Por suas características, o ser humano também é agente de 
mudanças no universo dinâmico, no tempo e no espaço. 
 
2°. O ser humano também é causador de equilíbrio e desequilíbrio em seu 
próprio dinamismo, por ser agente de mudança; 
 
 Tais desequilíbrios produzem, no ser humano, necessidades 
características de tensões conscientes e inconscientes, que os levam a 
buscar a satisfação delas para manter seu equilíbrio no dinamismo do tempo 
e espaço; 
 O atendimento inadequado ou não atendimento dessas 
necessidades causam desconforto e, se este se prolonga, torna-se causa de 
doença; 
 Deste modo estar com saúde é estar com equilíbrio dinâmico no 
tempo e espaço. 
 
Segundo Horta (1979), como parte integrante do serviço de saúde a 
enfermagem têm-se, quê: 
29 
 
 Manter o equilíbrio dinâmico, prevenir desequilíbrios e os 
reverter em equilíbrio humano no tempo e espaço; 
 Atender as necessidades básicas do ser humano para desta 
forma lhe proporcionar um completo bem-estar; 
 Fazer com que os clientes tenham completo entendimento em 
relação a assistência prestada as suas necessidades básicas; 
 Em estados de desequilíbrio, esta assistência se torna ainda 
mais fundamental; 
 
A enfermagem presta assistência ao ser humano, no atendimento de suas 
necessidades básicas, empregando conhecimentos técnicos-científicos e das 
ciências físico-químicas, biológicas e psicossociais (HORTA,1979). 
 
Para Horta (1979, p.30), tem-se a seguinte conclusão: 
 
A enfermagem como parte integrante da equipe de saúde implementa 
estados de equilíbrio, previne estados de desequilíbrio e os reverte 
em equilíbrio pela assistência ao ser humano no atendimento de suas 
necessidades básicas. Procura, portanto, sempre reconduzi-lo a 
situação de equilíbrio dinâmico no tempo espaço. 
 
Em conformidade com tais premissas, concluimos que, apesar da citação 
de Horta (1979), ser antiga, ainda sim, se torna atual, sendo possível a sua 
aplicabilidade. Salienta-se que enfermagem deve ter um olhar holístico, tendo de 
atender o ser humano, que está sob seu cuidado, como um todo, ou seja, uma 
abordagem global da pessoa. O processo saúde-doença, nessa visão, tem um 
caráter multifatorial, e o próprio tratamento deve alavancar a reposição do equilíbrio 
do corpo e do espírito. 
30 
 
5. DISCUSSÃO E RESULTADOS: 
 
 O quadro 2, a seguir, representa o quantitativo de artigos que foram 
utilizados. Foi realizada a análise de 10 artigos, que nos possibilitou realizar uma 
discussão, relacionada a atuação do enfermeiro na unidade de urgência e 
emergência, no atendimento ao paciente com dor torácica, de origem cardiogênica e 
a aplicabilidade da SAE, sob o referencial da Teoria das Necessidades Humanas 
Básicas de Wanda de Aguiar Horta. 
 
Quadro 2: Classificações dos artigos para discussão e resultados 
 
 
PERIÓDICO 
 
AUTORES 
 
TITULO 
 
 ANO 
 
SINTESE DO ARTIGO 
 
Rev. 
Enferm.Centr
. O. Min. 2013 
jan/abr; 
3(1):507-517. 
 
SILVA, A. P; 
DINIZ, A. S; 
ARAÚJO F. A ; 
SOUZA, C. C 
 
Presença da queixa de 
dor em pacientes 
classificados segundo 
o protocolo de 
Manchester 
 
 
 
2013 
 
 
Destaca- se a avaliação 
quanto a presença e, a 
localização da dor, que 
foi analisada nos 
diferentes níveis de 
classificação de risco 
estabelecidos pelo 
protocolo de 
Manchester. 
 
Rev. de 
Enferm. 
Rene. 2014 
maio/-jun; 
15(3): 508-15. 
 
GOMES, E. T; 
QUEIROGA, A. 
V; ARAÚJO, N. 
R, BEZERRA, S. 
M. M. S. 
 
Dor torácica na 
admissão em uma 
emergência 
cardiológica de 
referência 
 
 
 
 
2014 
 
Foi evidenciado neste 
estudo que a correlação 
da dor torácica com DCV 
tem levado os clientes a 
procurarem os serviços 
de emergência. Salienta- 
se neste estudo que as 
doenças DCV continuam 
sendo a primeira causa 
de morte no Brasil. 
 
Rev. Soc. 
Cardiol., 
Estado de 
São Paulo; 
2016; 26(2): 
74-7 
 
IZAR, O.C. M.; 
FONCECA, H.; 
ANTONIO, F. 
 
Fisiopatologia das 
Síndromes 
Coronarianas 
Agudas 
 
 
2016 
 
 
Destaca-se neste estudo 
que o avanço da 
compreensão do papel do 
colesterol e da inflamação 
tem proporcionado uma 
nova visão terapêutica das 
SCA, que incluem, dentre 
outros, a melhora da 
microcirculação. 
31 
 
 
 
 
 
 
Rev. online 
de pesquisa, 
UFRJ, 
Escola de 
enfermagem 
Alfredo 
Pinto. v. 8 
n.4 p. 5062-
5067, 
Out./Dez., 
2016. 
 
CARVALHO, I. 
M.; FERREIRA, 
D. K. S.; 
NELSON, A. R. 
C., DUARTE, F. 
H. S.; PRADO, N. 
C. C.;SILVA, R. 
R. A. R. 
 
Sistematização da 
assistência de 
enfermagem no 
pós-operatório 
mediato de 
cirurgia cardíaca 
 
 
 
 
2016 
 
Trata-se de um estudo de 
abordagem qualitativa, 
tipo relato de caso, 
realizado a partir da 
avaliação de um paciente 
que se encontrava no 
pós-operatório, mediato, 
de cirurgia cardíaca. 
Salienta-se neste estudo 
como se dá o processo de 
implementação da SAE. 
 
Rev. de 
enfermagem 
UFPE online, 
Recife, 
12(2):565-72, 
fev.,2018 
 
MEDEIROS, T. 
L. F.; 
ANDRADE, P. 
C. N. S.; 
DAVIM, R. M. 
B.; SANTOS, 
N. M. G. 
 
Mortalidade por 
infarto agudo do 
miocárdio 
 
 
2018 
 
Salienta-se que neste 
estudo foi descrito o 
IAM, quanto asua 
fisiopatologia e quanto a 
sua incidência e 
prevalência, em homens 
e mulheres. 
 
Rev. online, 
Transformar 
(UNIFSJ), 7º 
edição, 2015. 
 
CRUZ, N. R.; 
PINTO, J. O. 
 
Protocolo de 
dor torácica 
 
2015 
 
 
 
Salienta-se neste estudo, 
a busca das unidades de 
dor torácica por um 
modelo de estratégia 
diagnóstica capaz de 
proporcionar qualidade 
assistencial com o menor 
custo possível. 
Demonstra-se, neste 
estudo os métodos 
recomendados para a 
avaliação diagnóstica 
precisa. 
 
Rev.de 
enfermagem 
C. O. Min. 
2014 jan/abr; 
4(1):921-928 
 
CAVEIÃO, C.; 
SANTOS, R. B.; 
MONTEZELI, J. 
H.; VISENTIN, 
A.; BREY, C.; 
OLIVEIRA, V. 
B. C. A. 
 
Dor torácica: 
atuação do 
enfermeiro em 
um pronto 
atendimento de 
um hospital 
escola 
 
 
2014 
 
Este estudo busca 
descrever a atuação do 
enfermeiro no serviço de 
emergência, enfatizando 
a importância do 
treinamento para que se 
preste uma assistência 
qualificada. 
32 
 
 
Fonte: Própria autoria, 2018. 
 
 
 Após uma leitura saturada e discussão de todos os artigos, durante a 
elaboração do trabalho de conclusão de curso, selecionamos artigos que dialogam 
com a temática abordada no estudo. Consideramos os resultados como positivos, 
 
Plataforma 
online, Texto 
Contexto 
Enfermagem, 
UFSC, Brasil. v. 
25 n.1 e. 1830014, 
Jan., 2016. 
 
VIEIRA, C. A.; 
BERTONCELLO, 
K. C. G.; 
GIRONDI, J.B.R.; 
NASCIMENTO, 
E. R. P.; 
HAMMERSCHM
IDT, K. S. A.; 
ZEFERINHO, M. 
T. 
 
Percepção dos 
enfermeiros de 
emergência na 
utilização de um 
protocolo para 
avaliação da dor 
torácica 
 
 
 
 
2016 
 
 
Salienta-se, neste estudo, 
que a utilização de um 
protocolo facilitou a 
identificação dos fatores 
de risco, dos sinais e 
sintomas; sugestivos de 
DCV, e a implementação 
da conduta terapêutica 
adequada mais 
rapidamente, haja visto 
que o sucesso do 
tratamento e o tempo em 
que é administrado esta 
intimamente ligado. 
 
Rev. 
Multidisciplinar 
do Nordeste 
MG– Unipac, 
Faculdade 
Presidente 
Antônio Carlos 
de Teófilo Otoni, 
ISSN 2178-6925, 
jun/2017. 
 
RIBEIRO, A. 
S.; SOUZA, J. 
R.; AGOSTINI, 
C. G. G. 
 
As dificuldades 
da atuação do 
enfermeiro no 
atendimento ao 
cliente com 
infarto agudo do 
miocárdio na 
unidade de 
emergência 
 
 
 
 
 
2017 
 
 
 
 
 
Destaca-se neste estudo, 
que o enfermeiro enfrenta 
vários obstáculos para o 
desenvolvimento das 
atividades laborais, sendo 
na área administrativa ou 
assistencial, sendo 
necessário a aplicabilidade 
de instrumentos 
decisórios. 
 
Rev. online 
UNINGÁ, vol.53, 
n.1, pp.90-95, jul-
set/2017. 
 
COSTA, E. S.; 
SILVA, M. J. 
R.;KUROBA, L. 
S.; DA SILVA, 
A. M.; COSTA, 
G. S.; VIEIRA, 
P. S. N. 
 
Processo de 
enfermagem em 
unidades de 
atendimento de 
urgência e 
emergência: 
uma revisão 
integrativa 
 
 
 
 
2017 
 
Destaca-se, neste estudo, 
pontos positivos, no 
processo de trabalho 
desenvolvido pelos 
enfermeiros, nas unidades de 
urgência e emergência, no 
período em que foi realizado 
o estudo e, aspectos 
assistenciais e gerenciais que 
necessitam de melhores 
avanços. 
 
 
33 
 
para a implementação da SAE, na unidade de emergência, utilizando como 
referencial a Teoria das Necessidades Humanas Básicas, como forma de 
estabelecer correlações entre conceitos, através da utilização de definições para a 
descrição ou classificação de abordagens sitematizadas na prática. 
Tal concepção ratifica a fala de Izar et al. (2016), que descreve o 
atendimento sistematizado dos pacientes que apresentam-se com dor precordial 
como essencial, através da elaboração de algorítmos bem desenhados pode-se 
prestar uma assistência de melhor qualidade, assegurando que os pacientes que 
são portadores de uma SCA sejam tratados adequadamente. 
Para Vieira et al. (2016), os protocolos assistenciais são considerados 
instrumentos de tecnologias em saúde, haja visto, que estabelecem critérios ou 
condução padronizada para o agravo em questão, sendo assim, para o manejo 
correto e avaliação da dor precordial torna-se imprescindível a aplicação de um 
protocolo, e da educação continuada para melhor embasar a atuação do enfermeiro 
(VIEIRA et al. 2016). 
Em consonância, Caveião et al. (2014), salienta-se que a capacitação 
profissional, motivação e o conhecimento teórico e prático, fazem toda a diferença 
no momento do atendimento ao paciente, ou seja, quando a equipe é bem treinada e 
motivada o atendimento é realizado com mais rapidez e agilidade, o que proporciona 
uma assistência adequada e mais qualificada ao paciente. 
Para Cruz e Pinto (2015), os protocolos de dor torácica em unidades de 
urgência e emergência, não sofreram grandes mudanças ao longo do tempo. No 
entanto uma equipe médica e de enfermagem bem treinada, com treinamento 
continuado, capaz de priorizar o atendimento em relação aos pacientes com dor 
precordial, e principalmente disponibilizada somente para esses pacientes é o 
diferencial entre a vida e a morte de um ser humano. 
Segundo Costa et al. (2017), o enfermeiro que atua em uma Unidade de 
Emergência tem como função obter a história do paciente, realizar o exame físico, 
realizar o tratamento, aconselhar e ensinar o paciente a fazer a manutenção da 
saúde. 
De acordo com Ribeiro et al. (2017), o enfermeiro tem a atribuição de 
conduzir as atividades realizadas pela equipe de enfermagem, atuando como líder, 
demonstrando segurança nas tomadas de decisões, tanto para o cliente como para 
a sua equipe. Utilizando-se de instrumentos decisórios para a superação das 
34 
 
dificuldades, proporcionando uma assistência de qualidade. Sendo necessário atuar 
na qualificação da equipe de enfermagem, no gerenciamento dos recursos 
humanos, materiais e equipamentos, estabelecendo metas a serem alcançadas. 
Durante o estudo ficou evidenciado que o paciente com dor precordial apresenta 
sinais e sintomas característicos, dentre os quais estão: precordialgia; com 
irradiação para o dorso ou mandíbula, epigastralgia, hipertensão, dispneia, 
sudorese, palidez, náusea, taquicardia e dor generalizada, que podem ser 
observados no cotidiano das emergências. 
Diante do exposto, justificou-se a aplicabilidade da SAE, através da 
implementação do processo de enfermagem, que consiste em uma a dinâmica de 
ações sistematizadas e inter-relacionadas com a finalidade de prestar assistência ao 
ser humano (HORTA, 1979). 
Indo ao encontro dessas proposições, para realizar uma prescrição de 
enfermagem eficiente, o enfermeiro deverá, sempre, ter um olhar holístico, que 
permitirá identificar os problemas reais ou potenciais deste paciente, buscando 
corrigir ou minimizar os riscos à saúde (TANNURE; PINHEIRO, 2010). 
Considerando os dados narrados no texto, e as proposições articuladas 
entre os referenciais teóricos de Wanda de Aguiar Horta e as recomendações dos 
sistemas de classificação em enfermagem propostos pela Taxonomia da NANDA-I, 
que consiste na apresentação de domínios, classes e diagnósticos de enfermagem, 
como encontram-se, atualmente, na Taxonomia II da NANDA-I (HERDMAN; 
KAMITSURU, 2015). 
Utilizou-se como suporte ao raciocínio as ligações existentes entre os 
diagnósticos da NANDA-I e as intervenções da NIC, que descrevem as relações 
entre os problemas apresentados pelo cliente e as condutas a serem adotadas pela 
enfermagem, que irão resolver ou aplacar esses problemas. As ligações 
estabelecidas entre os resultados da NOC e as intervenções da NIC apontarão uma 
relação equivalente, relacionada a resolução de um problema e as condutas de 
enfermagem dirigidas á solução desse problema, ou seja, o resultado que se espera 
ser influenciado pelas intervenções (JOHNSON et al., 2013). 
Na aplicabilidade da SAE, foi possível encontrar os possíveis diagnósticos 
de enfermagem, relacionados as necessidades humanas básicas afetadas, descritos 
a seguir: 
 
35 
 
 
Domínio 1- Promoção da SaúdePsicobiológico/ Psicossocial - Comportamento de saúde propenso a 
risco, relacionado a atitude negativa, em relação aos cuidados de saúde: 
NIC: Avaliar as definições de saúde e bem-estar do cliente e as grandes 
barreiras a saúde e ao bem-estar. Orientação antecipada, para que ocorrá melhora 
no enfrentamento e promoção da capacidade de resiliência. 
NOC: Aceitação de mudança significativa no estado de saúde e mudança 
de estilo de vida. 
 
Domínio 2 - Nutrição 
 
 
Psicobiológico – Nutrição desequilibrada, menor que as 
necessidades corporais, relacionada a incapacidade de absorver nutrientes, 
devido aos episódios de êmese e/ou dietas restritas: 
NIC: Usar um instrumento de avaliação nutricional. Orientar o paciente 
quanto a necessidade de restrição de dieta por 24 horas. Solicitar avaliação do 
nutricionista. Incentivar a hidratação, orientar e acompanhar a alimentação, 
salientando a importância da nutrição adequada, que deverá ter o tempo máximo de 
30 minutos. Evitar procedimentos dolorosos antes das refeições. Planejar formas 
para diminuir odores durante a refeição e manter a higiene oral. 
NOC: O paciente deverá, a curto prazo, apresentar peso ideal para sua 
altura e idade. Deverá consumir alimentação adequada e estar livre de sinais de 
desnutrição. 
 
Psicobiológico - Volume de líquido excessivo, relacionado a 
mecânismos reguladores comprometidos: 
NIC: Monitorar a extensão e a localização do edema, investigar a 
presença de sinal de Godet, usar uma escala de 1+ até 4+ para quantificar o edema, 
medir as pernas utilizando fita milimétrica, na mesma área e na mesma hora, todos 
os dias. Observar diferenças nas medidas entre as extremidades. Monitorar débito 
36 
 
urinário, realizar balanço hídrico. Monitorar o peso diário, Monitorar sinais vitais; 
observar a diminuição da pressão sanguínea, taquicardia e taquipneia, para 
avaliação quanto a diminuição do débito cardíaco. 
NOC: Durante o período de internação hospitalar o paciente deverá se 
manter livre de edema, derrame plural e anasarca. Deverá manter o peso corporal 
adequado. Manter a ausculta pulmonar limpa; sem evidência de dispneia ou 
ortopneia. Se manterá dentro dos padrões de normalidade a pressão venosa central, 
a pressão capilar pulmonar, o débito cardíaco e os sinais vitais. Deverá se manter 
um débito urinário dentro de 500 ml, de ingestão com osmolaridade e densidade 
urinárias normais. 
 
Domínio 4 - Atividade /Repouso 
 
Psicossocial / Psicobiológico - Padrão de sono prejudicado, 
relacionado ao barulho, iluminação, mobiliário para sono não familiares, 
estimulação excessiva para procedimentos e odores nocivos: 
NIC: Orientar o paciente quanto aos motivos do transtorno do sono. 
Reduzir o ruído, limitar o sono durante o dia. Fazer leitura, assistir televisão ou ouvir 
rádio durante o período do dia. Usar tampões na orelha. Trazer objetos familiares 
(travesseiro, cobertores, outros). Administrar sedativos ou ansiolíticos, conforme 
prescrição médica, durante o período noturno. 
NOC: O paciente verbalizará, melhora no padrão de sono. 
 
 
Psicobiológico - Intolerância a atividade, relacionado ao desiquilíbrio 
entre a oferta e a demanda de oxigênio: 
NIC: Restrição ao leito. Explicar as causas da fadiga do paciente, 
causada devido a sua condição clínica. Permitir a expressão dos sentimentos 
relativos aos efeitos da fadiga sobre a vida da pessoa. Auxiliar o indivíduo a 
identificar quais tarefas podem ser delegadas, ajudando a identificar as prioridades e 
eliminar as não essenciais. 
NOC: Espera-se que o cliente participe de atividades que estimulem e 
equilibrem os aspectos físicos, cognitivo, afetivo e social. 
 
37 
 
 
Psicobiológico - Mobilidade física prejudicada, relacionada a 
restrição ao leito: 
NIC: Manter repouso absoluto no leito nas primeiras 24 horas ou 
conforme necessidade. Realizar mudança de decúbito a cada 2 horas, colocar 
coxins em regiões de proeminência óssea, realizar exercícios passivos nos membros 
inferiores. Monitorar e registrar a tolerância a atividade, anotar frequência cardíaca, 
pressão sanguínea, dispneia e coloração da pele antes e após a atividade. Consultar 
o plano de cuidados para intolerância a atividade. 
NOC: O cliente apresentará, melhora na tolerância a atividade nas 
próximas 36 horas. E durante o período que estiver restrito ao leito não apresentará 
lesão por pressão. 
 
 
Psicobiológico - Débito cardíaco diminuído, relacionado ao volume 
sistólico alterado; pré-carga alterada; pós-carga alterada ou contratilidade 
alterada, evidenciado pelo aumento da FC, PA e FR. 
NIC: Monitorar sintomas de IC e débito cardíaco diminuído, auscultar os 
sons cardíacos e pulmonares; observar os sintomas, incluindo dispneia, ortopneia, 
dispneia paroxística noturna, respiração de Cheyne-Stokes, fadiga, fraqueza, 
terceira e quarta bulhas, estertores pulmonares, pressão venosa aumentada para 
mais de 16 cm H2O e reflexo hepatojugular positivo. Administrar oxigênio, se 
necessário. Em caso de dor precordial, manter o cliente deitado, monitorar o ritmo 
cardíaco, fornece oxigênio, verificar sinais vitais, instalar monitorização 
eletrocardiográfica, medicar para dor e comunicar ao médico. 
NOC: O cliente terá o débito cardíaco adequado, evidenciado por pressão 
arterial; ritmo e frequência cardíaca dentro dos parâmetros normais para o cliente; 
pulsos periféricos fortes; capacidade de tolerar atividades, sem sintomas de 
dispneia, síncope ou dor no peito. 
 
 
Psicobiológico/Psicossocial - Padrão respiratório ineficaz, 
relacionado a dor e ansiedade: 
38 
 
NIC: Monitorar frequência e a profundidade respiratórias. Observar o 
padrão respiratório. Se o cliente estiver dispneico observar qual a causa da dispneia, 
se a maneira do cliente lidar com a situação e como a dispneia, resolve ou piora os 
sintomas. Observar o quanto a ansiedade está associada a dispneia. Avaliar 
determinar se a dispneia do cliente tem causa fisiológica ou psicológica. 
NOC: O paciente deverá apresentar um padrão respiratório que suporte 
resultados de gasometria dentro dos parâmetros normais do cliente. Deverá 
verbalizar capacidade de respirar confortavelmente. 
 
 
Psicobiológico - Perfusão tissular cardíaca diminuída, relacionada a 
interrupção do fluxo arterial evidenciado por sudorese, palidez cutânea, 
aumento da FC, diminuição da PA e diminuição do enchimento capilar. 
NIC: Monitorar quanto a dor no tórax; pescoço e mandíbula, respiração 
curta, diaforese, náusea e vômitos. Se a dor no tórax estiver presente, administrar 
oxigênio pela cânula nasal, conforme prescrito. Administrar medicações, conforme 
prescrição médica. Realizar avaliação respiratória completa e procurar sinais de 
taquipneia, roncos, atrito pleural, murmúrio respiratório diminuído e, macicez a 
percussão. Traçar eletrocardiograma de 12 derivações. Rever história médica, 
cirúrgica e social do cliente. Realizar exame físico cardiovascular e neurológico. 
Instalar manta termica. 
NOC: O paciente deverá estar livre da dor torácica, relacionada a angina. 
Deverá manter-se sem arritmias, taquicardia ou bradicardia. Negar náusea e não 
apresentar vômitos. Ter a pele seca e com temperatura normal. 
 
Psicobiológico - Déficit no autocuidado para banho, relacionado a 
restrição ao leito evidenciado pela realização da higienização corporal no leito 
por profissional de saúde. 
NIC: Realizar higiene corporal no leito, hidratando a pele com óleo 
mineral ou hidratante corporal. Proporcionar privacidade durante a rotina de banho 
no leito. Explicar a necessidade e orientar que é temporário. Definir com o paciente a 
temperatura da água. Combinar, quando possível, o melhor horário de banho. 
Avaliar queixas álgicas. 
39 
 
NOC: O cliente deverá ficar livre deodor corporal e manter a pele íntegra. 
Tomar banho com a assistência do cuidador, quando necessário, e relatar a 
satisfação e a dignidade mantidas durante a experiência do banho. 
 
Domínio 9 – Enfrentamento/Tolerância ao Estresse 
 
Psicossocial / Psicobiológico - Ansiedade relacionada a morte, 
evidenciada pelo relato verbal do cliente. 
NIC: Escutar ativamente, apoio emocional, melhora do sistema de apoio, 
dizer a verdade e promoção da esperança. 
NOC: Redução da ansiedade, melhora do enfrentamento e aceitação da 
mudança significativa no estado de saúde, o indivíduo deverá relatar um aumento no 
conforto psicológico e fisiológico a médio prazo. 
 
 
Psicossocial - Medo, relacionado a hospitalização evidenciado pelo 
tempo de internação. 
NIC: Avaliar o grau do medo e se incapacita o paciente, discutir a 
situação com o cliente e ajudar a distinguir entre ameaças ao bem-estar reais e 
imaginárias. 
NOC: O paciente apresentará redução do medo e melhora do quadro em 
curto prazo. 
 
Domínio 10 - Princípios da vida 
 
Psicoespiritual - Risco de religiosidade prejudicada relacionado ao 
tempo de internação. 
NIC: Estímulo a rituais religiosos, mobilização familiar e Intermediação 
cultural. 
NOC: Espera-se a promoção da esperança, a curto prazo, facilitação do 
processo de meditação e apoio espiritual. 
 
 
40 
 
Domínio 11 - Segurança proteção 
 
Psicobiológica - Risco de infecção, relacionado a dispositivos 
invasivos: 
NIC: Reduzir o risco de carrear microrganismos aos indivíduos pela 
lavagem das mãos, realização de curativos com técnica asséptica. Encorajar o 
cliente a manter a ingesta calórica ideal. Observar manifestações clínicas de 
infecção e registrar, se houver. Trocar acesso venoso periférico a cada 96 horas ou 
na presença de sinais flogísticos. 
NOC: O cliente não apresentará infecção e nem será colonizado por 
microrganismos patogênicos, durante o período de internação hospitalar. 
 
 
Psicobiológico - Risco de desequilíbrio na temperatura corporal, 
relacionado ao uso de medicações que causam vasoconstrição; vasodilatação 
e medicações que causam sedação. E exposição a extremos de temperatura 
ambiental: 
NIC: Mensurar a temperatura do cliente utilizando termômetro oral ou retal 
a cada 1 hora ou cada 4 horas, dependendo da gravidade do quadro clínico ou 
sempre que uma mudança na condição ocorrer, por exemplo, calafrios; alteração do 
estado mental. Usar o mesmo sítio e método (equipamento) para a medida da 
temperatura para um determinado cliente, todo dia, de modo que as tendências de 
temperaturas sejam precisamente avaliadas, registrar o sítio de mensuração da 
temperatura. Notificar o médico sobre as temperaturas de acordo com os padrões da 
instituição ou solicitações por escrito, ou quando a temperatura atingir os 38°C ou 
mais. Notificar o médico sobre a presença de alteração do no estado mental. 
NOC: O cliente deverá manter-se com a temperatura dentro da variação 
normal, durante o período de internação hospitalar, deverá entender as medidas 
necessárias para manter a temperatura normal e ser orientado quantos aos 
sintomas de hipotermia e hipertermia. 
 
 
41 
 
Domínio 12 - Conforto 
 
Psicobiológico/ Psicossocial/ Psicoespiritual - Conforto prejudicado, 
relacionado a falta percebida de sensação de conforto, alívio e transcendência 
nas dimensões física, psicoespiritual, ambiental, cultural e social. 
NIC: Mudança de decúbito de 2/2h, melhora no sistema de apoio, apoio 
espiritual. Monitorizar os sinais vitais antes e depois da administração de 
analgésicos. Programar medidas do conforto, tais como posicionamento e redução 
da luz. 
NOC: Espera-se que durante o período de permanência no ambiente 
hospitalar o paciente apresente, melhora no estado de conforto físico, 
psicoespiritual, sociocultural e ambiental. 
 
Psicobiológico - Dor aguda, relacionada a constrição do músculo 
cardíaco, evidenciado pelo relato de menos de 3 horas da algia. 
NIC: Valorizar a queixa de dor, utilizar instrumento para avaliação da dor, 
avaliar início; duração; intensidade; localização e irradiação. Escuta ativa, orientar o 
paciente quanto as causas da dor e por quanto tempo poderá durar. Proporcionar 
alívio ideal da dor com analgésicos, conforme prescrição médica. 
NOC: Controle da dor e nível de conforto a curto prazo. 
 
Psicobiológico - Náusea relacionada a dor precordial, medo e 
ansiedade: 
NIC: Administrar antiemético, conforme prescrição médica, encorajar o 
cliente a ingerir dietas brandas, quando liberado. Evitar ingerir grandes quantidades 
de líquidos. Evitar grande ingestão de líquidos durante e após a refeição e evitar 
deitar-se no mínimo 2 horas após a refeição. Evitar odores desagradáveis. 
NOC: O cliente deverá entender os métodos que poderá usar para 
diminuir a náusea e vômitos e declarar alívio da náusea. 
 
 
42 
 
Psicossocial - Isolamento Social, relacionado ao isolamento 
terapêutico: 
NIC: Explicar a necessidade e orientar o cliente que esse isolamento é 
temporário. Ajudá-lo a entender como o estresse agrava o quadro clínico. Incentivar 
atividades de distração, como leitura e ver televisão. Salientar para família a 
importância do horário de visita. 
NOC: O cliente deverá usar oportunidades disponíveis para desenvolver 
comportamentos de interação social bem-sucedidos e relatar melhora no conforto 
psicossocial durante o período de internação. 
 
Salienta-se que nem todos os clientes irão apresentar esses tipos de 
diagnósticos, mas foi possível fazer um mapeamento deles, através da leitura 
saturada da literatura consultada, para estes tipos de comprometimentos. Estes 
diagnósticos foram construídos para contribuir e nortear as ações dos profissionais 
que atuam com essa temática. 
 
 
43 
 
6. CONCLUSÃO 
 
 
Frente aos dados apresentados, salienta-se que apesar dos diagnósticos, 
intervenções e resultados esperados, supralistados, não terem sido elaborados a 
partir de uma situação real, estes poderão ser aplicados aos pacientes e familiares, 
ratificando-se a necessidade de estarem articulados com as características 
definidoras e, portanto, as especificidades apresentadas de acordo com a 
singularidade de cada cliente. Vale ressaltar que independente da patologia e/ou 
complicações serem as mesmas, cada indivíduo é único e deve ser avaliado e 
reavaliado sempre que possível. 
 Após a implementação das atividades prescritas, o enfermeiro reavaliará 
o paciente conforme sua evolução clínica na unidade emergencial, e dessa maneira 
poderá traçar novos diagnósticos, metas e intervenções sempre com a finalidade de 
restabelecer o bem-estar psicobiológico, psicossocial e pisicoespiritual do paciente e 
de sua família. 
Por fim, o estudo evidenciou que é de suma importância que 
desenvolvam-se, cada vez mais, protocolos assistenciais. Para que se eleve a 
qualidade da assistência ao cliente com dor torácica de origem cardiogênica, 
embasando a prática da equipe de enfermagem e reduzindo a ocorrência de óbitos 
decorrentes do manejo inadequado dos casos. Sendo assim, a Teoria das 
Necessidades Humanas Básicas de Horta (1979), utilizada como referencial para a 
implementação da SAE, mostrou-se ainda pertinente a prática assistencial, sendo 
capaz de subsidiar uma assistência integral ao indivíduo família e comunidade. 
 
 
 
44 
 
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