principais manifestações teatrais

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O Teatro Grego
https://www.youtube.com/watch?v=qFigOqLkoYw&ab_channel=ProfessorLuizRoberto
O Teatro grego teve um papel bem relevante no desenvolvimento da cultura da Grécia, influenciando muitas outras sociedades históricas, como, por exemplo, a sociedade romana.
O início do teatro se deu em Atenas, aproximadamente em 550 A.C., tendo primeiramente surgido durante as celebrações aos deuses gregos.
 
EVOLUÇÃO DAS FESTAS GREGAS PARA O TEATRO GREGO
Antigamente eram festas em comemoração aos deuses e já se caracterizavam por sua longa duração, muitas das vezes durando até semanas.
Com o passar do tempo, elas foram se aprimorando cada vez mais e passaram a um nível de organização tal que contava com público espectador, atores encenadores, enredos, enfim, havia se tornado um verdadeiro teatro grego.
 
 ELEMENTOS QUE COMPÕE O TEATRO GREGO
Máscaras – Acessórios fundamental do figurino dos atores, valendo salientar que não existiam atrizes, visto que as mulheres não participavam destas encenações por não serem consideradas cidadãs, logo as máscaras estavam direcionadas para ambos os sexos.
 
Arquitetura teatral  – Os teatros gregos eram abertos ao ar livre, o que na época era denominado de arena, teatro de arena, com grande espaço para que uma platéia numerosa pudesse ser acomodada neste local.
 
Os gêneros do teatro grego da época se dividiam em:
Tragédia    –       A tragédia é um gênero bem arcaico e antigo, o qual tem como base as histórias trágicas, com cunho que faz o público transitar entre a piedade e o terror, com um final dito trágico, não bem-sucedido.
As tragédias são geralmente desenroladas em cinco atos com as personagens sendo em sua maioria deuses, reis e heróis.
Comédia   –      A palavra comédia vem do grego komoidia, que quer dizer espetáculo engraçado, baseado em sátiras, ironias, comicidade.
A comédia pode ser vista como um gênero teatral de representação dos fatos cotidianos, representado por cidadãos menores em relação aos da tragédia, considerados superiores.
Peças gregas mais famosas. (“Édipo Rei”, de Sófocles; As Troianas”, de Eurípides; e“As Vespas”, de Aristófanes).
Autores mais importantes do teatro Grego. (Ésquilo,Sófocles, Eurípides,Aristófanes considerado o maior autor de comédia antiga.
Teatro – Pantomima
https://www.youtube.com/watch?v=Y0cHCnuNGJc&ab_channel=MimoChispaMime
O termo teatro deriva do grego theatrón, que significa “lugar para contemplar”. O teatro é um dos ramos da arte cênica (ou performativa), relacionado com a atuação/interpretação, por meio do qual são representadas histórias na presença de um público (a plateia). Esta forma de arte combina discurso, gestos, sons, música e cenografia.
Assim, o teatro é uma forma artística onde existe um ou mais atores interpretando personagens de uma história para um público. E um dos objetivos dele é estimular sentimentos e também emoções no público: alegria, tristeza, empatia, raiva, curiosidade, entre outros.
 
O que é o Teatro de Pantomima
Poderíamos definir, de forma geral, a pantomima como uma modalidade cênica, um teatro, que narra a história por meio de gestos, sem a utilização de palavras. Sendo assim, os atores que fazem pantomima, pantomímicos, demonstram as ações das cenas com o corpo.
Um pouco da história da pantomima teve sua origem na Grécia Antiga.
Nos séculos XVIII e XIX, a pantomima teve seu auge e ainda não era totalmente não verbal. Os atores faziam cenas mudas, com algumas frases engraçadas em situações específicas.
No fim do século XIX, a pantomima começou a não usar mais a palavra e tornou-se um espetáculo composto unicamente de gestos.
Na ausência das palavras, precisamos fazer um esforço maior para expressar emoções ou descrever situações usando apenas os gestos. A Pantomima é linguagem universal, pois não utiliza a fala (idioma), e os gestos podem ser compreendidos e qualquer lugar do mundo. Um recuso importante da Pantomima está relacionado ao figurino e à maquiagem que fazem parte da construção do personagem e do processo de compreensão da história.
Na Pantomima, o figurino se divide em dois estilos:
· Casualidade: O figurino está relacionado ao personagem Ex: idoso, moça da década dos anos 1960, um personagem histórico, etc.
 
· Padronizado: Os personagens optam por um único estilo de roupa. Quase sempre utilizam a cor preta.
MAQUIAGEM
Como a Pantomima está muito ligada a expressões faciais, o mesmo recomendado é que o rosto esteja limpo ou pintado de branco, dando destaque aos olhos e à boca.
A Influência da Pantomima Atualmente
Chaplin é creditado como alguém que revolucionou a técnica. Isso porque antes dos seus filmes, a pantomima englobava só o mímico e um palco simples. Hoje, é comum incluir cenários elaborados, acessórios e figurinos graças a ele. Grupos religiosos, especialmente cristãos, empregam a pantomima para pregar a sua fé. Por fim, músicos e comediantes aproveitam os gestos, bem como as expressões faciais, para aprimorarem as performances.
Charles Chaplin
TEATRO DE BONECOS
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A história do Teatro de Bonecos é tão ancestral quanto a do próprio teatro tradicional. Esta arte já está presente entre os primitivos que, deslumbrados com suas silhuetas nas paredes das cavernas, elaboraram o teatro de sombras, visando talvez entreter suas crianças. Desde então o Homem não estancou mais seu impulso criativo. Surgem os bonecos moldados com barro, desprovidos de junções, para posteriormente aparecerem os primeiros exemplares com a união de cabeça e membros.
O Teatro de Bonecos nasceu há muito tempo atrás, no Oriente, principalmente na China, na Índia, em Java e na Indonésia. Lá ele conquistou um status espiritual e era tratado com muita reverência. Os orientais consideravam estes bonecos como verdadeiros deuses, dotados de recursos mediúnicos e fantásticos. Eles eram criados com tamanha perfeição que se tornavam idênticos aos seres vivos, muitas vezes inspirados realmente em personagens reais.
Esta arte desembarcou na Europa através dos negociantes, logo se difundindo por todo o continente. Entre os gregos eles eram portadores de tamanha ousadia, que muitas vezes eram usados como ferramentas para se ironizar o Cristianismo. Os romanos herdaram este elemento cultural e muito contribuíram para seu aprimoramento e conseqüente disseminação.
No universo ocidental, ao contrário do Oriente, vê-se a razão humana tentando dialogar com o sagrado de forma rudimentar. Na era medieval esta arte foi alvo de intolerância religiosa, pois foi utilizado, nesta época, como um meio de evangelizar as pessoas. Ela era normalmente exibida durante as feiras livres nos burgos.
Em terras americanas, o Teatro de Bonecos chegou pelas mãos dos colonizadores, em meados do século XVI, na era das grandes descobertas. Desta forma este movimento cultural aportou no Brasil, mais uma vez como instrumento de doutrinação religiosa. Ele se consolidou no Nordeste, fixando-se especialmente em Pernambuco, sendo batizado na Paraíba como Babau. Através desta arte os artistas podem transmitir ao público sua mensagem impregnada de temáticas sociais.
A graça do boneco está em sua associação de movimento e sonoridade, o que encanta e seduz principalmente o público infantil. O Teatro de Bonecos está sempre intimamente ligado ao entorno histórico, cultural, social, político, econômico, religioso e educativo. Em cada recanto do Planeta, por conta da diversidade cultural, ele recebe um nome distinto.
Na Itália encontra-se o Maceus, posteriormente substituído pelo Polichinelo; na Turquia, o Karagoz; na Grécia, as Atalanas; na Alemanha, o Kasper; na Rússia, o Petruska; em Java, o Wayang; na Espanha, o Cristovam; na Inglaterra, o Punch; na França, o Guinhol; nos Estados Unidos, o Mupptes; e no Brasil, o Mamulengo.
O Teatro de Bonecos ganha existência nos palcos por meio do movimento das mãos do ator que o manipula, narra as histórias e transcende a realidade, metamorfoseando o real em momentos de magia e sedução. Mas ele também tem um alto potencial educativo, podendose converter em poderoso instrumento nas mãos de um bom educador.
O Mamulengo
https://www.youtube.com/watch?v=8X9GwufqNmo&ab_channel=RedePotiguardeTelevis%C3%A3oEducativaeCultural
O Mamulengo é a forma popular e tradicional do teatro de bonecos no Brasil. Nasceu nos interiores do Nordeste e, de lá, migrou para grandes centros e outras regiões. É chamado de Mamulengo, em Pernambuco e no Distrito Federal, mas também recebe diversos nomes pelo Brasil. É Babau, na Paraíba; João Redondo ou Calunga, no Rio Grande do Norte; e Cassimiro Coco, no Ceará, Piauí e Maranhão.
A brincadeira, como é chamada a apresentação de Mamulengo, é um ofício repassado oralmente, por convívio familiar ou de mestre para aprendiz. Em 2015, foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial brasileiro, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo batizado de forma unificada como Teatro de Bonecos Popular do Nordeste.
Mamulengo é brinquedo
Divertimento e expressão
Boneco que vira gente
Madeira talhada à mão
É causo de amor e guerra
De fé e libertação
Espetáculo ‘Benedito, abençoado e bendizido’, do Fuzuê. Foto: Leonardo Monteiro
 
ORIGENS
Conta a história dita “oficial” que o teatro surgiu na Grécia e que o teatro de animação surgiu na China. Será mesmo? Ninguém sabe ao certo como e quando surgiu o teatro. Provavelmente, formas teatrais existem desde o tempo das cavernas, quando os humanos, antes mesmo da fala, encenavam o que viam pela necessidade de se comunicar.
E o Mamulengo? De onde veio? Podemos partir da história registrada nos livros, que dizem que os bonecos chegaram ao Brasil com os portugueses jesuítas, no intuito de catequizar, ou podemos reavivar a memória de mestres e mestras da oralidade, que nos recordam sobre o nascimento genuinamente brasileiro do nosso teatro popular de bonecos.
Dentre várias versões sobre a origem desse folguedo, acreditamos na memória popular, que nos fala sobre as raízes afrobrasileiras.O saudoso Mestre Ginu, bonequeiro pernambucano, contava que o Mamulengo surgiu nas senzalas, onde o povo negro escravizado se reinventava para contar histórias de libertação, a partir de bonecos esculpidos em madeira. Era a dor transformada em alegria.
Com situações cotidianas de superação e irreverência, as brincadeiras de Mamulengo percorrem o tempo, falando sobre luta, fé, amor, guerra e liberdade. Até hoje, a tolda (armação de tecido de onde o ator manipula os bonecos) se abre e as figuras ganham vida para dar voz aos sentimentos e expressões da nossa gente brasileira, trabalhadora e brincante. É o povo contando sua própria história.
“A necessidade de narrar fatos e representar por meio da ação dramática está presente em rituais de diversas culturas e tempos, e provavelmente diz respeito à necessidade humana de recriar a realidade em que vive e de transcender seus limites.”
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte – Teatro. 1998)
Mamulengo de Babi Guedes
 
O MAMULENGO NO DISTRITO FEDERAL
No dossiê de registro do Iphan, o Distrito Federal é o local fora da região nordestina com a maior concentração de brincantes de Mamulengo. Conta-se que, na própria construção da capital, operários retirantes usavam o tempo de folga ou fugiam do trabalho exaustivo para brincar com os bonecos.
Um dos grandes semeadores da arte mamulengueira, no DF, foi o mestre Carlinhos Babau, da Companhia Carroça de Mamulengos, criada em Brasília no ano de 1977. Das vivências com Babau e com vários outros mestres que por aqui passaram, como Babi Guedes, surge o Mamulengo Presepada, de Chico Simões. Dessa raiz, inúmeros grupos e bonequeiros dão continuidade às novas gerações do folguedo.
 
Marionete
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Originado do termo francês marionette, o teatro de marionetas, marionetes ou fantoches é uma forma tradicional de apresentação artística. Consiste em bonecos que representam animais, pessoas ou objetos animados que são manipulados por pessoas através de cordéis. Normalmente, quem manipula os fantoches são os marionetistas, que se apresentam escondidos atrás de uma tela. Apenas os bonecos ficam visíveis em pequenos palcos.  O teatro de marionetes é bastante utilizado para o entretenimento do público infantil.
O diretor francês François Truffaut, no filme Os Incompreendidos, apresenta um teatro de marionetes em uma das cenas mais conhecidas da história do cinema. Em um teatro com uma plateia lotada de crianças, Truffaut utiliza uma apresentação de fantoches para mostrar as emoções que o espetáculo causa nas crianças. A história apresentada é a fábula de Chapeuzinho Vermelho e é possível ouvir os gritos, ver as feições de angústia, alegria, susto, e risos que a peça de bonecos causa no público infantil, sem a necessidade de seres humanos aparecerem em cima do palco.
O filme de François Truffaut é de 1959, mas a história do teatro de marionetes surgiu na França durante a Idade Média. Na época, as marionettes eram chamadas de marion, um diminutivo para o nome próprio Maria. A marionete também era conhecida na cultura japonesa pelo nome de bunkaru, que eram apresentações de fantoches manipulados por varinhas. Esse tipo de utilização das marionetes pelos japoneses teve seu início no ano de 1684 na província de Osaka.
Outro local onde as marionetes eram bastante populares é a Sicília. Chamadas de marionetes sicilianas, as apresentações eram realizadas sob influência provençal e normanda. Na época, eram representados poemas românticos da França como a Canção de Rolando. Além dos fantoches, as peças eram feitas com marionetes fabricadas apenas com madeira e tinham o nome de Ópera de Bonecos. Estas apresentações eram fortemente influenciadas pelos trovadores provençais que habitavam a região no período de Frederico II da Germânia. Um dos lugares que melhor guardou a tradição da marionete é Palermo, na região siciliana.
Composição e manipulação das marionetes
Os três itens que formam uma marionete são: boneco animado, fios de manipulação e o comando, ou cruzeta, que é por onde o marionetista controla os movimentos do fantoche. Para manipular as marionetes, é necessário entender os princípios estruturais e mecânicos de movimentos do corpo humano. Com o passar do tempo, esta arte foi incorporando novas técnicas e tecnologias que tornaram o movimento dos bonecos cada dia mais realista
Conceito de teatro de sombras
Dá-se o nome de teatro de sombras ao espetáculo que consiste na criação de certos efeitos ópticos. Para a realização do teatro de sombras, precisa-se de uma lâmpada ou outra fonte de iluminação e uma superfície lisa e clara (podendo ser uma parede, uma tela ou um ecrã).
Deve-se colocar as mãos ou uma marionete em frente à luz para que a sombra seja projetada na parede ou tela. Consoante a posição das mãos e os movimentos, pode-se criar/imitar/reproduzir figuras: animais, seres humanos, etc.
Pensa-se que a origem do teatro de sombras reside na Pré-história, quando o homem das cavernas realizava sombras com o fogo (com que cozinhava os alimentos). Em países asiáticos como a Índia e a China, também se passaram a usar marionetes atrás de lenços para a realização do teatro de sombras.
Na China, conta-se uma lenda sobre a origem do teatro de sombras: o imperador Wu Ti, da dinastia Han, no ano 121, estava devastado por ter perdido a sua bailarina favorita e ordenou que seu mago a trouxesse de volta do reino das sombras, do contrário, ele seria decapitado. Então o mago usou sua criatividade e pensou na solução: ele pegou pele de peixe transparente e fez uma silhueta de bailarina e montou uma apresentação a luz do sol, colocando uma cortina branca contra o sol (como acontece com a luz atrás da caixa de sapatos) e, assim, ao som de flauta, ele fez uma bailarina surgir na sombra, fazendo seus movimentos leves e graciosos e ali surgia o teatro de sombras
À prática de criar figuras com as sombras das mãos, atualmente, dá-se-lhe o nome de sombras chinesas. O conceito de teatro de sombras, geralmente, é aplicado quando se usam marionetes como partedo espetáculo.
Há quem seja da opinião de que o teatro de sombras é o antecedente do cinema: tratou-se da primeira experiência baseada na reprodução de movimentos e ações num ecrã (tela). Como é óbvio, ambas as técnicas são bastante diferentes embora tenham em comum essa particularidade.
Mas o teatro de sombras é também realizado com o uso de bonecos feitos de papel (silhuetas deles), onde se faz o uso de uma caixa contendo uma luz ao fundo e usa-se esse boneco de papel, por exemplo:
– Usando uma caixa de papel, como uma caixa de sapatos, faz-se um corte retangular na superfície, em seguida usa-se papel vegetal para cobrir esse corte. Agora desenham-se bonecos em silhueta como a silhueta de um passarinho ou de uma princesa (prendendo esse desenho num lápis ou qualquer outro objeto que não apareça muito na cena) e coloca-se a luz na parte de trás, um pouco afastada da caixa e esse boneco na frete, mas perto do papel vegetal. A luz bate nesse desenho e projeta sua silhueta no papel vegetal na caixa, criando um teatro de sombras.
Outro tipo de arte associado ao teatro de sombras é o chamado Teatro Negro de Praga, que consiste em realizar jogos de sombras e luzes com lanternas num cenário escuro.