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Alterações cromossômicas

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Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 1 
Alterações cromossômicas 
DEFINIÇÃO DE ALTERAÇÕES 
CROMOSSÔMICAS: 
São alterações do material genético, as quais 
ocorrem comprometendo a sequência de 
bases nitrogenadas, estrutura ou quantidade 
de cromossomos presentes na célula. 
As mutações são espontâneas, mas podem 
ser induzidas. Podem ainda ser letais ou 
acarretar doenças ou anomalias. Elas 
podem, também, promover a evolução, uma 
vez que determinam aumento na 
variabilidade genética. 
As mutações podem ser: 
 Gênicas/Pontuais: Acontece quando 
altera apenas uma base, 
comprometendo a leitura correta das 
trincas de bases do código genético. As 
mutações gênicas ou de DNA, incluindo a 
substituição de um par de bases, inserções 
e deleções podem originar- se por 
qualquer um de dois mecanismos básicos: 
erros introduzidos durante a replicação do 
DNA ou mutações decorrentes de uma 
falha no reparo correto do DNA após 
lesão. Muitas dessas mutações são 
espontâneas e surgem durante os 
processos normais (mas imperfeitos) de 
replicação e reparo do DNA, enquanto 
outras são induzidas por agentes físicos ou 
químicos, chamados de mutagênicos; 
 Genômicas/Cromossômicas: 
Representadas por alterações na estrutura 
cromossômica ou pelo número total de 
cromossomos. Não altera apenas um 
gene, mas sim vários genes (pela perda de 
um cromossomo, pela inserção de um 
cromossomo, pela perda de um pedaço). 
Mutações que produzem alteração no 
número de cromossomos devido a erros 
de segregação cromossômica estão entre 
as mutações mais observadas em 
humanos, com uma taxa de uma 
mutação por 25 a 50 divisões celulares 
meióticas. Essa estimativa é um valor 
mínimo, porque as consequências de 
muitos desses eventos no 
desenvolvimento são provavelmente tão 
graves que os fetos resultantes são 
abortados de modo espontâneo logo 
após a concepção sem serem 
detectados; 
 Mutações regionais: As mutações que 
afetam a estrutura ou a organização 
regional dos cromossomos podem surgir 
por vários caminhos diferentes. As 
duplicações, deleções e inversões de um 
segmento de um único cromossomo são 
predominantemente o resultado da 
recombinação homóloga entre 
segmentos de DNA com alta homologia 
de sequência situados em mais de um 
local em uma região do cromossomo. No 
entanto, nem todas as mutações 
estruturais são resultado de 
recombinação homóloga. Algumas, 
como translocações cromossômicas e 
algumas inversões, podem ocorrer em 
locais de quebras espontâneas do DNA 
de dupla-fita. Uma vez que a quebra 
ocorra em dois locais no genoma, as duas 
extremidades quebradas podem ser 
unidas em conjunto, mesmo sem qualquer 
homologia óbvia na sequência entre as 
duas extremidades (um processo 
denominado reparo por união de 
extremidades não homólogas). 
As anomalias cromossômicas podem ser 
tanto numéricas quanto estruturais, e podem 
envolver um ou mais autossomos, 
cromossomos sexuais ou ambos 
simultaneamente. Sem dúvida, o tipo mais 
comum de anomalia cromossômica 
clinicamente significativa é a aneuploidia, 
uma anomalia cromossômica numérica 
devido a um cromossomo extra ou ausente. 
Um cariótipo aneuploide está sempre 
associado a anormalidades físicas ou mentais 
ou a ambas. Anomalias estruturais (rearranjos 
envolvendo um ou mais cromossomos) 
também são relativamente comuns. 
Quando a alteração é numérica, o indivíduo 
tem uma quantidade maior ou menor de 
cromossomos do que o valor normal diploide 
da espécie, que é 46 cromossomos. 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 2 
Quando a alteração é estrutural, o indivíduo 
possui o número adequado de cromossomos, 
porém, esses cromossomos têm pedaços 
trocados em algum momento, e assim tem 
um cariótipo com alguma translocação 
(pedaços de cromossomos aderidos a 
outros); 
 
ALTERAÇÕES NUMÉRICAS: 
 A maior parte dos casos de síndrome de 
Down é causada por alterações numéricas. 
A aneuploidia é o tipo de distúrbio 
cromossômico humano mais comum e 
clinicamente significativo, ocorrendo em pelo 
menos 5% de todas as gestações 
reconhecidas. A maioria dos pacientes 
aneuploides possui ou trissomia (três em vez 
do par normal de um determinado 
cromossomo) ou, menos frequentemente, 
monossomia (apenas um representante de 
um determinado cromossomo). Tanto a 
trissomia quanto a monossomia podem ter 
graves consequências fenotípicas. 
De longe, o tipo mais comum de trissomia em 
recém-nascidos vivos é a trissomia do 21, a 
constituição cromossômica encontrada em 
95% dos pacientes com síndrome de Down 
(cariótipo 47,XX,+21 ou 47,XY,+21). Outras 
trissomias observadas em nativivos incluem a 
trissomia do 18 e a trissomia do 13. É notável 
que esses autossomos (13, 18 e 21) são os três 
que possuem menor número de genes; 
presumivelmente, a trissomia dos autossomos 
com maior número de genes é letal na 
maioria dos casos. A monossomia em um 
cromossomo inteiro quase sempre é letal; 
uma importante exceção é a monossomia do 
cromossomo X, como observado na síndrome 
de Turner. 
 Nulissomia (2n-2): perda de um par inteiro 
de cromossomos. No homem é letal, 
porém em outras espécies, como 
vegetais, pode ser compatível com a 
vida. 
Ex.: 46 (número total de cromossomos 
no ser humano) – 2 = 44; 
 Monossomia(2n1): um cromossomo a 
menos no cariótipo. É compatível com a 
vida, porém terá que analisar em qual 
cromossomo está a alteração para saber 
qual é a síndrome; 
Ex.: 46-1 = 45. 
 Trissomia (2n+1): um cromossomo a mais 
no cariótipo. É o caso da Síndrome de 
Down, em alguns indivíduos. 
Ex.: 46+1= 47. 
 
 
 
 
 
CROMOSSOMOPATIAS: 
São alterações cromossômicas causadas 
pelo aumento ou pela diminuição do número 
de cromossomos. Quando isso acontece, 
pode ter processos originados da não 
disjunção e perda anafásica. 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 3 
 
Em algumas situações, a separação dos 
cromossomos não acontece da maneira 
adequada. Na anáfase por exemplo, por 
uma série de fatores, as cromátides podem 
não se separar ou se separar de maneira 
desigual. Pode até não ocorrer a disjunção 
dos cromossomos e, por consequência, as 
células que ela irá formar irão ter processos 
patológicos, por não ter a quantidade 
adequada de cromossomos na sua 
constituição genética. Logo, problemas na 
meiose, na divisão celular, que envolvem a 
separação de cromossomos, são as 
principais causas desse número anormal de 
cromossomos nas células. Isso pode 
acontecer por inúmeros motivos, mas 
envolvem principalmente os microtúbulos 
que envolvem os fusos mitóticos. 
 
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS - UNIVERSAL: 
o Presente em todas as células do ser vivo; 
o Quando for montar o cariótipo do 
indivíduo, independentemente de onde 
for a célula (seja da mucosa oral, do 
sangue, do cabelo) vai haver a alteração 
cromossômica. 
 
ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS - EM 
MOSAICO: 
Algumas células podem apresentar o 
cariótipo normal e em outras o cariótipo está 
alterado. 
 Os indivíduos com mosaicismo 
apresentam sintomas mais brandos, 
justamente por não apresentarem alterações 
no conjunto gênico. A Síndrome de Down 
pode ser provocada por mosaicismo, em que 
as alterações do cromossomo 21 nas células 
do sangue são alteradas, enquanto que nas 
células epiteliais da mucosa oral o cariótipo é 
normal. 
Uma causa comum de mosaicismo é a não 
disjunção nas divisões mitóticas pós-zigóticas 
iniciais. Por exemplo, um zigoto com um 
cromossomo 21 adicional pode perder esse 
cromossomo extra em uma divisão mitótica e 
continuar se desenvolvendo como mosaico 
46/47,+21. Os efeitos do mosaicismo no 
desenvolvimento variam emfunção do 
momento em que ocorre o evento de não 
disjunção, da natureza da anomalia 
cromossômica, da proporção dos diferentes 
complementos cromossômicos presentes e 
dos tecidos afetados. 
 
ALTERAÇÕES NUMÉRICAS: 
o Aneuploidias: O exemplo mais conhecido 
é a Síndrome de Down, Trissomia do 21; 
o O indivíduo vai apresentar uma alteração 
numérica. Ele vai apresentar um 
cromossomo a mais no cromossomo 21. 
 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 4 
 
 
Principais características de um indivíduo 
com síndrome de Down: 
o Baixa estatura, não possuem um 
crescimento adequado; 
o Orelha de implantação baixa (abaixo da 
linha dos olhos); 
o Presença da linha simiesca (90%) – uma 
única prega palmar transversal; 
o Deficiência mental; 
o Nariz e boca curtos; 
o Pescoço curto com pele frouxa na nuca; 
o Clinodactilia – quintos dígitos encurvados; 
o Língua saliente (macroglossia) – inclusive 
possuem dificuldade de manter a língua 
dentro da boca; 
o Malformações cardíacas (relacionadas 
principalmente com a septação 
ventricular) – isso faz com que essas 
pessoas tenham uma sobrevida menor. 
 
 
Embriogênese do coração: 
Os indivíduos com Síndrome de Down podem 
apresentar problemas cardíacos resultantes 
de processos anormais na 3° semana do 
desenvolvimento embrionário, que é quando 
se forma o 3° folheto (trilaminar). 
 
No momento em que o coração começa a 
se formar, são formados os septos do 
coração, entre as câmeras cardíacas. 
 
 
Defeito Septo Ventricular: 
O que acontece nos indivíduos com a 
síndrome de Down é uma septação anormal 
dos septos ventriculares. Um defeito do septo 
ventricular é uma abertura no septo, ou uma 
parede divisória entre as duas câmaras 
inferiores do coração, conhecidas como os 
ventrículos direito e esquerdo. E com isso, 
acaba passando sangue de um septo para o 
outro. 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 5 
 
Os sintomas podem ser: Fadiga, sudorese, 
respiração rápida, respiração pesada, 
respiração congestionada, desinteresse na 
alimentação ou cansativo enquanto a 
alimentação e ganho de peso. 
Esses indivíduos precisam se submeter a 
processos cirúrgicos na primeira infância, 
para que aconteça uma correção e para 
que possam tem uma qualidade de vida 
melhor e uma sobrevida maior. 
 
À medida que aumenta a idade materna, 
aumenta a incidência para síndrome de 
Down. Isso acontece porque os ovócitos têm 
a idade correspondente a idade da mulher, 
e quando esses ovócitos ficam velhos, eles 
estão mais submetidos e propensos a terem 
problemas na divisão celular. 
Os ovócitos, apesar de já estarem formados, 
param no meio da divisão celular, na 
metáfase, e só vão concluir o processo de 
divisão quando eles forem fecundados pelos 
espermatozoides e assim concluir o seu 
processo de divisão celular. Dessa forma, 
mesmo que eles já estejam formados, ainda 
podem sofrer erros de disjunção porque 
pararam na metáfase. 
 
Mosaico: 
 
Explicando a imagem: o lado esquerdo tem 
um cariótipo de linfócito e do lado direito de 
basófilo. Ao avaliar esses cariótipos do mesmo 
paciente, observa-se que no esquerdo possui 
um cromossomo a mais do 21, e no direito já 
está normal. Isso é a cariotipagem clássica do 
indivíduo com moisacismo genético, em que 
vai ter alterações cromossômicas para alguns 
tipos de células enquanto que as outras serão 
normais. 
 
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS: 
 Existem três formas que podem levar à 
síndrome de Down: trissomia do 21, em forma 
de mosaico e, ainda, por alterações 
estruturais. 
o Down por trissomia do 21: 95% dos casos; 
o Down por mosaico: 1 – 2% dos casos; 
o Down por translocação: 3% dos casos. 
Translocação: acontece quando um 
cromossomo troca um pedaço com outro 
(mas isso deve acontecer com cromossomos 
heterólogos, não pode ser no mesmo par). 3% 
dos casos de Síndrome de Down são 
causados pela translocação entre os 
cromossomos 14 e 21, gerando um 
cromossomo híbrido. O resultado será um 
gameta com a presença (equivalente) de 3 
cromossomos 21. 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 6 
Ocorre nos cinco pares de cromossomo 
acrocêntricos: 13, 14, 15, 21 e 22 – 
Translocação Robertsoniana (é um dos tipos 
de translocação. Essa é a forma mais 
comum). 
 
Explicando a imagem: o cariótipo continua 
com 46 cromossomos, porém, devido à 
translocação do cromossomo 21 com o 14, o 
cromossomo 14 está aumentado, isso porque 
recebeu um pedaço do 21. 
 
SUSPEITA CLÍNICA PARA ANEUPLOIDIAS EM 
PRÉ-NATAL: 
o Procedimentos para obtenção de 
alterações fetais; 
 MÉTODOS NÃO INVASIVOS: 
Ultrassonografia; Ecocardiograma; 
Dopplerfluxometria; Uso de sangue 
materno para marcadores bioquímicos; 
 MÉTODOS INVASIVOS: Amniocentese 
(coleta de líquido amniótico), CAVC 
(coleta de amostra de vilosidade 
coriônica – amostras de trofoblastos), 
Cordocentese (coleta de material do 
cordão umbilical). 
Inicialmente serão utilizados métodos não 
invasivos, que não geram risco de 
abortamento. Depois, se existir alguma 
sugestão/indicação de alteração 
cromossômica, pode, na parte confirmatória, 
utilizar métodos invasivos. 
 
MÉTODOS NÃO INVASIVOS: 
USG obstétrica para rastreamento de 
cromossomopatias: 
o É o padrão ouro, por não emitir radiação; 
o É capaz de detectar ocorrência de 
malformação fetal (translucência nucal e 
ultrassonografia morfológica); 
o Estimar a idade do feto; 
o Detecção de anormalidades anatômicas; 
o Possui 4 marcações principais: CCN: 
Comprimento cabeça-nádega; DBP: 
Diâmetro biparental; CC: Circunferência 
cefálica (para ver se tem microcefalia, 
etc.); CF: Comprimento do fêmur; 
o A USG obstétrica realizada entre a 11ª a 
14ª semanas de gestação, também 
conhecida como exame morfológico de 
primeiro trimestre, tem importância 
indiscutível no rastreamento de 
anormalidades cromossômicas. 
Os principais marcadores ultrassonográficos 
das cromossomopatias são: a translucência 
nucal (A), o osso nasal (B) e o Doppler do 
ducto venoso (C). 
 
 
Translucência nucal – Marcador 
ultrassonográfico: 
o A translucência é a mais utilizada, e ela é 
gerada pelo acumulo de líquidos entre a 
pele e o tecido mole que recobre a 
coluna cervical; 
o É utilizada para avaliar o quão translucida 
é a nuca daquele indivíduo, naquele 
momento. Pesquisas foram feitas, e 
quanto mais elevado for o acúmulo de 
líquidos, a translucência desse indivíduo, 
maior será a chance de ter alterações 
cromossômicas; 
o Existem casos de translucência tão grande 
que pode gerar aborto; 
o É feita na 10 - 14 semanas de gestação, no 
1º trimestre; 
o 2,5mm pode diferenciar mulheres com 
risco maior; 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 7 
o 2,5 – 3,9mm, o risco aumenta em 3 vezes; 
o De 4,0 – 4,9mm, o risco aumenta em 18 
vezes; 
o Acima de 5mm, uma boa parte desses 
indivíduos são abortados; 
o É muito clássico na síndrome de Down, 
mas também pode estar presente em 
outras síndromes. 
 
 
Marcadores bioquímicos: 
o Triagem tripla no soro materno (Não são 
confirmatórios, mas podem dar resultados 
sugestivos de determinadas 
cromossomospatias). 
 Alfa-fetoproteina (AFP): proteína fetal 
(saco vitelínico e fígado); 
 Beta-gonadotrofina coriônica (β-hCG): 
produzido pelos trofoblastos; 
 Estriol (uE3): produzido pelo feto (gl. 
Adrenal e metabolizado pela placenta). 
Triagem tripla associada com idade materna 
avançada: Fetocom cromossomopatia. 
 Esses exames serão feitos apenas com 
idade materna avançada, a única exceção 
é quando em alguns casos, na 1° ultrassom 
morfológica da gravidez, mesmo sem a mãe 
ter idade avançada, o feto tenha alguma 
alteração morfológica. 
 
 
MÉTODOS INVASIVOS: 
 Amniocentese: 
Quando há alteração na triagem ou 
alteração na translucência nucal, é indicado 
fazer as técnicas mais invasivas. Como, por 
exemplo, a amniocentese que faz a coleta 
do líquido amniótico e coleta algumas células 
desse líquido, que será encaminhado para 
cultura para fazer o crescimento delas. É 
encaminhado para cultura porque essas 
células possuem tamanho insuficiente para 
fazer o cariótipo da maneira adequada. Após 
o processo de multiplicação e quantidade 
adequada dessas células, é feito o cariótipo. 
É preciso ter cuidado na hora de puncionar, 
pois se for puncionado de maneira errada, 
pode induzir ao aborto, mesmo o risco sendo 
baixo. 
 
Coleta de líquido amniótico guiada por 
ultrassom, após anestesia local ou não. 
o Resultado sai de 2-3 semanas; depende 
do crescimento celular, do laboratório e 
da quantidade de célula que foi 
coletado. 
o Riscos: 
 0,2 a 0,5% de induzir aborto; é muito 
variável; 
 0,15% de causar deformidade de 
membros, por conta do processo de 
punção. 
o Complicações: 
 Aspiração de sangue materno – 
imunização por Rh da mãe (Rh-), 
podendo ocasionar a eritroblastose fetal; 
 Acidentes de punção; 
 Infecção materna; 
 Perda de líquido (raro), o parto acaba 
sendo prematuro; 
 Diagnóstico mais tardio. 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 8 
Coleta da amostra de vilosidade coriônica 
(CAVC): 
Isso vai acontecer normalmente quando a 
amniocentese falhar (aspiração de células 
insuficientes, etc.). Entende-se, então, que 
essa seria uma segunda opção de coleta. 
o Aspiração do tecido trofoblasto fetal por 
via transcervical ou transabdominal; 
o Realizado em torno da 9ª a 12ª semanas; 
o Tem o risco de 1% de abortamento, sendo 
maior do que a de amniocentese. Isso 
porque, nesse caso, vai aspirar as células 
diretamente e não o liquido contendo as 
células. Elas também serão 
encaminhadas para cultura e 
posteriormente é feito o cariótipo. 
 
Biópsia de vilo corial: 
o O cateter é transvaginal, sendo acoplado 
à seringa com meio de cultura, e assim 
imitar o ambiente que essas células vivem; 
o Aspiração de aproximadamente 50mg de 
vilo corial; 
o Cultura de curta duração (24h); 
o Resultado em 1 a 3 dias. 
 
Cordocentese: 
o É feita uma coleta de amostra de sangue 
fetal do cordão umbilical (linfócitos – que 
são as células brancas que possuem 
núcleo, ou seja, tem DNA e assim pode ser 
utilizado para o cariótipo); 
o Geralmente é feita em um período mais 
tardio - a partir da 16ª semana; 
o Pode identificar alguma anormalidade 
fetal detectada pela ultrassonografia; 
o Quando a coleta da amniocentese e vilo 
corial foi insuficiente, é feita a 
cordocentese; 
o A cultura de células de linfócitos dura 
cerca de 2 a 3 dias, logo depois é feita a 
extração de DNA; 
o É capaz de identificar hemoglobinopatias 
e doenças hematológicas e também 
doenças genéticas; 
o Coleta de 1 a 6 ml de sangue – veia 
umbilical; 
o O risco de abortamento vai de 0,5 a 1%; 
o Tem risco de hemorragia local, em casos 
de complicações. 
 
 
TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 18 - SÍNDROME 
DE EDWARDS: 
o É quando o indivíduo tem um cariótipo 
2n+1; 
o Se for um menino, por exemplo: cariótipo 
47XY + 18. Significa que há um 
cromossomo a mais no cromossomo 18 e 
que esse indivíduo é do sexo masculino; 
o 95% dos conceptos são abortados 
espontaneamente; 
o 80% do sexo feminino: prevalência maior 
em meninas; 
o Síndrome grave, possivelmente 
incompatível com a vida. 
Características: 
o Malformações cardíacas (por isso a 
importância de se ter um diagnóstico 
genético, pois malformação cardíaca 
encontra-se em técnicas não invasivas, 
como ecocardiograma, doppler, etc. e 
até mesmo nas invasivas, em que vai 
haver coleta de células, montagem de 
cariótipo e, a partir disso, saber de qual 
síndrome se trata, ou se realmente é uma 
síndrome, pois podem existir 
malformações genéticas não 
necessariamente ligadas a síndromes); 
o Hipertonia: rigidez muscular muito grande; 
o Pés arqueados; 
o Calcanhar proeminente; 
o Fenda labial lateral; 
o Face pequena, micrognatia; 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 9 
o Punhos cerrados: os dedos normalmente 
apresentam essa característica de 
sobreposição, em que ficam um sobre o 
outro (2 e 5 sobrepõem o 3 e 4); 
o Orelhas malformadas e de implantação 
baixa; 
o Esterno curto; 
o Unhas hipoplásicas: muito frágil, 
quebrando com facilidade; 
o Esses pacientes não sobrevivem por muito 
tempo, muitos são abortados (95%). A 
maior parte é natimorto; 
o É uma alteração numérica, do 
cromossomo 18: aneuploidia. 
 
 Não se pode fechar o diagnóstico de 
uma cromossomopatia apenas por 
características morfológicas identificadas na 
ultrassonografia ou por características clínicas 
do paciente. É preciso fazer também o 
cariótipo para saber em que cromossomo 
ocorreu a trissomia e saber se é Síndrome de 
Down, de Edwards, de Patau, etc. 
 
 
TRISSOMIA DO CROMOSSOMO 13 – SÍNDROME 
DE PATAU: 
o Os indivíduos vão ter uma malformação 
do SNC; 
o É uma síndrome muito grave, 50 % dos 
pacientes vão a óbito no primeiro mês. 
Considerada ainda mais grave do que a 
síndrome de Edwards; 
o Os indivíduos podem até chegar à 
adolescência com essa síndrome, PORÉM, 
é muito raro isso acontecer. Isso só 
acontece quando os sintomas são mais 
brandos. 
Características: 
o Orelhas malformadas; 
o Fendas labial e palatina; 
o Polidactilia; 
o Malformações cardíacas; 
o Malformações urogenitais; 
o É uma alteração numérica, do 
cromossomo 13: aneuploidia. 
 
 
 Ainda dentro das alterações numéricas 
existem, também, as euploidias que, 
diferentemente das aneuploidias, não 
alteram um ou dois cromossomos, mas sim o 
cariótipo inteiro no número de cromossomos. 
Em todo o conjunto genômico desse 
indivíduo vai ter uma alteração. A euploidias 
não são compatíveis com a vida na nossa 
espécie, ela é mais comum em espécies 
vegetais (morango, banana, etc.). 
 
PRINCIPAIS INDICAÇÕES PARA CARIÓTIPO: 
1. Alterações de crescimento e 
desenvolvimento; 
o Atraso no DNPM; 
o Fácies dismórficas; 
o Malformações (de membros, cardíacas, 
de órgãos, etc.); 
o Baixa estatura; 
o Deficiência mental; 
o Genitália ambígua. 
2. Natimortos e óbito neonatal; 
3. Infertilidade ou abortos recorrentes; 
4. Caso de neoplasia na genitora (cariótipo 
de tecidos); 
5. História familiar positiva de 
cromossomopatia; 
6. Gestação em mulher com idade elevada 
(>35anos). 
 
 
 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 10 
ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS: 
O número de cromossomos se mantém 
estável (46 cromossomos), mas algum 
cromossomo daquele conjunto tem uma 
alteração na sua estrutura. 
o Ocorrem durante a prófase I da meiose, 
quando há uma quebra de junção dos 
cromossomos causando fraturas e 
originando fragmentos; 
o Podem ser transmitidas hereditariamente 
quando ocorrem nas células germinativas 
(espermatozoides, ovócitos); 
o Quando ocorrem em células somáticas 
podem provocar a formação de tumores, 
mas podem provocar a formação de 
tumores/processos carcinogênicos. 
 
DELEÇÃO: 
É a perda de um segmento cromossômico. 
 
Nessa imagem observa-se que houve a perda 
de um segmento de cromossomo.C e D 
foram perdidos, portanto houve uma deleção 
estrutural nesse cromossomo. Ao analisar o 
cariótipo dessa pessoa, encontra-se 46 
cromossomos, entretanto, um dos 
cromossomos vai ter tamanho reduzido. 
Entende-se, então, que não se trata de uma 
alteração numérica, mas sim estrutural. 
 
Exemplo de deleção: 
Síndrome do miado do gato: 
É uma síndrome clássica provocada por 
deleção (modificação estrutural 
cromossômica). Leva esse nome porque esses 
indivíduos choram parecendo gatos miando 
(choro muito fino e agudo). 
Trata-se de uma deleção do braço curto 
(porção superior separada pelo centrômero) 
do cromossomo 5. 
 
 
Síndrome de Prader – Wili: 
Trata-se de uma síndrome provocada por 
uma deleção do cromossomo 15 de origem 
paterna (cromossomo que recebeu do pai). 
Características: 
o Lábios muito finos; 
o Estrabismo; 
o Osso nasal curto; 
o Fome constante. Por isso, na 
adolescência, a maior parte desses 
indivíduos são obesos. 
 
 
Síndrome de Angelman: 
Trata-se de um problema causado pela 
ausência de uma região de origem materna, 
denominada SPW/AS, nesse cromossomo; 
Também é provocada por uma deleção do 
cromossomo 15, porém de origem materna. 
Essas duas últimas síndromes apresentam 
características fenotípicas muito parecidas, 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 11 
mas com algumas peculiaridades. Esses 
indivíduos vão ter como similaridade a face. 
Características: 
o Sulco nasolabial liso; 
o Nariz curto; 
o Lábios finos; 
o Síndrome da boneca feliz/sorridente 
(estão sempre com essa expressão 
sorridente e podem até ter crises de risos); 
o Retardamento mental grave; 
o Hipotonia (baixo tônus muscular); 
o Atraso no desenvolvimento 
neuropsicomotor; 
o Ausência de fala e convulsões. 
 
 
DUPLICAÇÃO: 
Ocorre uma duplicação de uma 
determinada área do cromossomo. 
 
Observa-se que os fragmentos B e C foram 
duplicados no cromossomo do lado direito. 
No cariótipo terá 46 cromossomos, porém é 
notória a alteração na estrutura: os 
cromossomos terão tamanhos maiores e, 
consequentemente, terá um diagnóstico de 
alteração estrutural por duplicação. 
 
TRANSLOCAÇÃO: 
Quando ocorre a troca de pedaços entre 
cromossomos não homólogos (heterólogos – 
que não são do mesmo par), provocando 
erros na leitura; 
 
 
Cariótipo- Translocação 7,9 (7q11,21 e 9p12 
ou 7p11,2 e 9q12). 
Características: 
o Face dismórfica; 
o Microdontia (dentes pequenos); 
o Hipodontia (poucos dentes); 
o Pés e mãos em forma de garra; 
o Alterações: respiratória, torácica, 
endócrina, geniturinárias, neurológica, 
cabeça e pescoço, etc. 
 
 
 
 Fernanda Carvalho, 4º semestre – TUT 04 12 
INVERSÃO: 
Uma inversão ocorre quando um único 
cromossomo sofre duas quebras e é 
reconstituído com o segmento invertido entre 
as quebras. As inversões são de dois tipos: 
paracêntrica, na qual ambas as quebras 
ocorrem em um mesmo braço (do grego 
para, fora do centrômero); e pericêntrica, na 
qual ocorre uma quebra em cada um dos 
braços (do grego peri, ao redor do 
centrômero). 
 
Percebe-se na imagem que o cromossomo B 
estava em cima e foi para baixo e o 
segmento D estava em baixo e foi para cima. 
 
 
CROMOSSOMO EM ANEL: 
É formado por fitas que são complementares. 
Se o cromossomo sofrer quebras, as duas 
regiões que ficaram nas extremidades 
podem ser complementares, e dessa forma 
elas podem se unir e formar o cromossomo 
em anel (circular). 
É muito comum em eucariotos, mas não é 
comum na espécie humana. Não existem 
síndromes associadas. 
 
 
ISOCROMOSSOMO: 
Um isocromossomo é um cromossomo no qual 
um dos braços está ausente e o outro é 
duplicado em forma de imagem espelhada. 
Uma pessoa com 46 cromossomos 
carregando um isocromossomo, portanto, 
tem uma cópia única do material genético 
de um braço (monossomia parcial) e três 
cópias do material genético do outro braço 
(trissomia parcial). 
Isso acontece quando se tem a deleção de 
um determinado cromossomo, e o 
cromossomo que ficou daquele par acaba se 
duplicando. Como é um cromossomo que foi 
duplicado dele mesmo acaba chamando-se 
isocromossomo.

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