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Wuchereria bancrofti Profº Alex Barbosa O macho mede de 3,5 a 4cm de comprimento e 0,1mm de diâmetro, com a extremidade anterior afilada e posterior enrolada ventralmente. A fêmea mede de 7 a 10cm de comprimento e 0,3mm de diâmetro. HABITAT ADULTOS: Vasos e gânglios linfáticos (4 a 8 anos) Região: abdominal pélvica (atingindo pernas e escroto) mamas e braços (mais raro) MICROFILÁRIAS: Eliminadas pela fêmea grávida, Circulação sanguínea do hospedeiro. PERIDIOCIDADE Periodicidade NOTURNA da microfilaremia DIA: capilares profundos, principalmente pulmão NOITE: sangue periférico CICLO BIOLÓGICO TRANSMISSÃO Pela picada do inseto vetor; Deposição da larva infectante na pele lesada – estímulo é o calor que emana do corpo Progressão da larva pela solução de continuidade da pele (suor, alta umidade do ar) Penetração e chegada à circulação Mosquito do gênero Culex PATOGENIA Pacientes assintomáticos ou com manifestações discretas ALTA MICROFILAREMIA Pacientes sintomáticos e manifestações crônicas SEM MICROFILAREMIA PERIFÉRICA OU BASTANTE REDUZIDA PATOGENIA AÇÃO MECÂNICA: Presença dos adultos no vaso Estase linfática Linfangiectasia (dilatação dos vasos linfáticos) Derramamento linfático ou linforragia Ascite / Linfocele / linfotórax / Linfúria PATOGENIA AÇÃO IRRITATIVA: produtos oriundos do metabolismo e degradação do parasito. Fenômenos inflamatórios (linfangite e linfadenite) Eosinofilia pulmonar tropical - Abcessos eosinofílicos com microfilárias e fibrose no pulmão ELEFANTÍASE Casos crônicos com mais de 10 anos Processo inflamatório + fibrose crônica Hipertrofia do tecido conjuntivo dilatação dos vasos linfáticos edema aumento do volume do órgão queratinização e rugosidade da pele MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Devido aos adultos do sistema linfático OU Hiper-reação imunológica aos antígenos circulantes Assintomático Agudo Crônico Quadro clínico ASSINTOMÁTICO Sem sintomatologia aparente; Apresentam microfilárias no sangue; Podem ocorrer: Danos nos vasos linfáticos (proliferação endotelial); Lesão renal. AGUDA Linfangite; Linfadenite associada com febre e mal-estar; Orquiepididimite CRÔNICA Linfedema Hidrocele Quilúria Elefantíase DIAGNÓSTICO Identificação das microfilárias em esfregaço sanguíneo. TRATAMENTO DIETILCARBAMAZINA (DEC) 6 mg/kg/dia, VO, 12 dias Até desaparecimento da parasitemia Tratamento em massa (profilático) 6 mg/Kg – a cada seis meses Tratamento da Elefantíase com Microcirurgia antes depois PROFILAXIA Tratamento em massa dos infectados Uso do dietilcarbamazina Controle do inseto vetor Onchoncerca volvulus e Mansonella ozzardi Onchoncerca volvulus Filarídeo do tecido subcutâneo humano; Doença: Oncocercose ou cegueira dos rios/ mal dos garimpeiros; 18 milhões de pessoas infectadas no mundo (90%- África); OMS a considera como grave endêmia; Epidemiologia Distribuição: África (28 países), Península Arábica e Américas (6 paises); http://www.fiocruz.br/ccs/especiais/oncocercose/oncocercose2_raq3.jpg Morfologia Fêmeas: 40 a 50 cm Machos: 2 a 4 cm Microfilárias: 300 m http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Filariasis.htm http://parasitology.informatik.uni-wuerzburg.de/login/n/h/j_436-of-2008-09-09-1164__mediaobjects_436_2008_1164_fig3_html.jpg http://www.icp.ucl.ac.be/~opperd/parasites/onch1.html http://www.dpd.cdc.gov/dpdx/HTML/Filariasis.htm Morfologia Biologia Parasito heteroxênico; Localização: couro cabeludo, pescoço, tórax e membros inferiores (adultos); Vasos linfáticos superficiais, tecido conjuntivo da pele (microfilárias); Longevidade: 14-15 anos (adultos) 24 meses (microfilárias) Ciclo de vida During a blood meal, an infected blackfly (genus Simulium) introduces third-stage filarial larvae onto the skin of the human host, where they penetrate into the bite wound . In subcutaneous tissues the larvae develop into adult filariae, which commonly reside in nodules in subcutaneous connective tissues . Adults can live in the nodules for approximately 15 years. Some nodules may contain numerous male and female worms. Females measure 33 to 50 cm in length and 270 to 400 μm in diameter, while males measure 19 to 42 mm by 130 to 210 μm. In the subcutaneous nodules, the female worms are capable of producing microfilariae for approximately 9 years. The microfilariae, measuring 220 to 360 µm by 5 to 9 µm and unsheathed, have a life span that may reach 2 years. They are occasionally found in peripheral blood, urine, and sputum but are typically found in the skin and in the lymphatics of connective tissues . A blackfly ingests the microfilariae during a blood meal . After ingestion, the microfilariae migrate from the blackfly's midgut through the hemocoel to the thoracic muscles . There the microfilariae develop into first-stage larvae and subsequently into third-stage infective larvae . The third-stage infective larvae migrate to the blackfly's proboscis and can infect another human when the fly takes a blood meal . 41 Vetores Hospedeiros intermediários: Simulium guianense S. incrustatum S. oyapockense S. roraimense S. exiguum Simulium sp http://www.afpmb.org/pubs/Field_Guide/Images/originals/Fig.%20197.jpg http://cal.vet.upenn.edu/projects/parasit06/website/lab10.htm Patogenia e Sinais clínicos Parasitos adultos: Oncocercomas Alojamento debaixo da pele encaspulação reativa do organismo nódulos palpáveis; Lesões linfáticas: infartamento dos linfonodos Nódulos obstrução dos canais linfadema elefantíase http://ucdnema.ucdavis.edu/imagemap/nemmap/ENT156HTML/slides/fromCD/1939/56B.GIF Patogenia e Sinais clínicos http://www.phsource.us/images/parasites/Onchocerca%20volvulus1.jpg Patogenia e Sinais clínicos Parasitos jovens (microfilárias) Oncodermatite Ativação do sistema imunológico (disseminação pelo sangue e linfa) prurido e exantemas cutâneas com perda de elasticidade da pele (liquenificação cutânea); http://emedicine.medscape.com/article/1109642-overview http://www.derma.epm.br/aula01/liquinifica.htm Patogenia e Sinais clínicos http://lh5.ggpht.com/_D6qrwjAiFJo/R9qF5yhf4RI/AAAAAAAAFdo/f4Hpj3c7Rlw/1227.JPG Espessamento da pele com acentuação dos sulcos ou do quadriculado normal da pele, em decorrência do ato de coçar persistentemente. A liquenificação pode apresentar alterações da cor da pele. 46 http://www.facmed.unam.mx/deptos/microbiologia/parasitologia/nematodos/imagenes/onchocercaleoninaWHO.jpg Fáceis leonina Pele de leopardo http://www.facmed.unam.mx/deptos/microbiologia/parasitologia/nematodos/imagenes/onchocerlaleopardWHO.jpg Patogenia e Sinais clínicos Lesões oculares: Filárias olho deposição de imuocomplexos fibrosamento conjuntivite com fotofobia cegueira http://www.stanford.edu/class/humbio103/ParaSites2004/Onchocerciasis/eye02.jpg Patogenia e Sinais clínicos http://emedicine.medscape.com/article/1109642-overview http://biologia.forumcommunity.net/?t=10271983 Patogenia e Sinais clínicos Diagnóstico Sinais clínicos e dados epidemiológicos; Nódulos: Tomografia computadorizada ou ecografia); Análise microscópica de amostra de biópsia; Exame oftalmoscópio; Detecção do DNA do parasita por PCR; Tratamento Ivermectina; 200 m/Kg (v ia oral) - destrói microfilárias. Periodicidade: semestral/anual. Remoção cirúrgica dos nódulos cutâneos. http://ucdnema.ucdavis.edu/imagemap/nemmap/ENT156HTML/slides/fromCD/1939/56B.GIF Profilaxia Uso de roupas que cobrem a maior parte da pele, repelentes de insetos e redes (mosquiteiros). Administração em massa de fármacos antiparasíticos às populações endêmicas.Combate aos simulídeos. Mansonella ozzardi Filarídeo humano do tecido adiposo mesentérico; Doença: Mansonelose; Distribuida por toda América Latina; http://1.bp.blogspot.com/_Zo8BE2q8nds/RkZUa1GVuII/AAAAAAAAAB0/vE98r9WG4j4/s320/Am%C3%A9rica%2BLatina.png http://www.science.smith.edu/departments/Biology/SWILLIAM/fgn/gifs/mozzardimf1.gif Morfologia Fêmea: 6 a 8 cm Macho: 2 a 3 cm Microfilária: 200 m http://www.facmed.unam.mx/deptos/microbiologia/parasitologia/img_galeria/NEMA/images/mozzardi_R_jpg.jpg Biologia Parasito heteroxênico; Localização: mesentério, tecido conjuntivo subperitoneal e membranas serosas da cavidade abdominal (adultos); Sangue periférico (microfilárias); Ciclo de vida Manifestações clínicas Geralmente assintomática; Sintomática: linfadenopatia discreta na região onuinal/ lesões cutâneas eritrematosas e pruriginosas/ artrite com febre e cefaléia; Diagnóstico Identificação do verme adulto ou microfilárias (biópsia); Sorológico: ELISA; PCR; Tratamento Dietilcarbamazina: 6mg/Kg- 3 x ao dia/10 dias; Ivermectina: 200 g/Kg (via oral); Profilaxia Baseia-se no cuidado com picadas de insetos; Evitar exposição em áreas endêmicas; Referências 1. NEVES, DP.; MELO, A.L.; GENARO, O. et al. Parasitologia humana. 11ª ed. São Paulo: Atheneu, 2005. 2. REY, L. Parasitologia. 3ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 2001. 3. DE CARLI, G.A. Parasitologia Clínica. São Paulo: Editora Atheneu, 2001. 4. CIMERMAN, B; CIMERMAN, S. Parasitologia humana e seus fundamentos gerais. 2ª ed., São Paulo: Atheneu, 2005. 5. HINRICHSEN, S.L. DIP- Doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.