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ARTRITE REUMATÓIDE Definição • Doença inflamatória crônica • Envolvimento articular insidioso • Períodos de remissão e atividade • Afeta membrana sinovial e cartilagens que revestem as articulações diartrodiais • Manifestações sistêmicas Marco da AR • Sinovite crônica levando a formação de erosões ósseas e a deformidade articular EPIDEMIOLOGIA Prevalência no Brasil • 1% - 2 milhões de portadores LOCALIZAÇÃO Menos frequente África e Ásia FAIXA ETÁRIA 25-55 anos SEXO Feminino (3:1) - após 65 anos a incidência entre os sexos diminui FATORES DE RISCO Tabagismo (associação de doença soropositiva), exposição ocupacional à sílica, asbesto e madeira GENÉTICA • História de AR em um parente de 1° grau acarreta uma chance de 2-10X maior de desenvolver a doença do que a população geral • Gêmeos monozigóticos apresentam concordância de apenas 15-30% • Forte associação com certas variantes do HLA (antígeno leucocitário humano) em particular alguns alelos do gene HLA- DRB1 PATOGÊNESE Sinovite • Lesão histológica básica • Inflamação das membranas sinoviais Pannus • Tecido inflamatório sinovial em proliferação • Espécie de manto que recobre as estruturas intra-articulares • Por estar cronicamente inflamado, lesa por continuidade os tecidos vizinhos (cartilagem articular e tecido ósseo subjacente) • A destruição final da cartilagem, dos ossos, dos ligamentos e dos tendões resulta da produção local de enzimas proteolíticas Colagenase • Enzima proteolítica • Secretada na interface entre o pannus e cartilagem Resposta autoimune • Linfócitos TCD4 hiperestimulados migram para a sinóvia e atraem e ativam macrófagos e linfócitos B • Ocorre produção desordenada de citocinas, com destaque para o TNF-alfa • Citocinas → autoperpetuação do processo inflamatório e proliferação • Linfócitos B se transformam em plasmócitos • Ativação policlonal das células B → autoanticorpos Fator reumatoide • Autoanticorpo • Maioria das vezes do tipo IgM que reconhece a porção Fc de autoanticorpos do tipo IgG, formando imunocomplexos Autoanticorpos contra peptídeos citrulinados • Característicos da AR • Ex: anti-CCP, que se liga a peptídeos citrulinados cíclicos APRESENTAÇÃO CLÍNICA Instalação • Insidiosa • Queixas intermitentes de dor e rigidez articular • Sintomas constitucionais ▪ Fadiga ▪ Mal-estar ▪ Anorexia ▪ Mialgia Evolução do quadro (semanas a meses) • Forma clássica: artrite SIMÉTRICA de pequenas articulações das mãos e dos punhos • Pés podem ser acometidos (principalmente metatarsofalangeanas) Variação da apresentação inicial • Alguns pacientes abrem o quadro com acometimento de uma única articulação, de pequena intensidade, curta duração e com mínimas sequelas articulares (artrite indiferenciada) • Outros tem quadro fulminante de poliartrite em grandes e pequenas articulações, evoluindo rapidamente com sequelas irreversíveis, as vezes com altos tipos de fator reumatoide/anti-CCP e manifestações extra- articulares: ▪ Derrame pleural ▪ Nódulos subcutâneos ▪ Vasculite necrosante CONDIÇÕES ASSOCIADAS Doenças cardiovasculares • Destaque para DAC e ICC • Outras formas de aterosclerose (ex: doença carotídea) • Estado inflamatório crônico → processo de aterosclerose acelerada AR é um fator de risco cardiovascular independente • Aumento o risco mesmo após o controle de fatores tradicionais como HAS, DM • Aumento de marcadores de inflamação sistêmica (proteína C reativa, fibrinogênio) diretamente proporcional ao risco cardiovascular Osteoporose • 30 a 50% dos pacientes com AR • Citocinas liberadas na circulação sistêmica (IL- 1, IL-6) e TNF-alfa estimulam osteoclastos → osteoporose difusa • Imobilização prolongada • Terapêutica com glicocorticoides Linfoma • Maior incidência • Destaque para o linfoma difuso de grandes células B • Observados nos indivíduos com altos índices de atividade de doença e nos que desenvolvem síndrome de Felty MANIFESTAÇÕES ARTICULARES Dor articular • Principal sintoma • Origem na cápsula articular • Paciente tende a manter as articulações em flexão (↑ capacidade volumétrica e ↓ da distensão da cápsula → posição antálgica Aumento do volume articular • Principal sinal • Acúmulo de líquido sinovial +hipertrofia da sinóvia +espessamento da cápsula Envolvimento vertebral • Se limita à coluna cervical superior • Ao contrário das espondiloartropatias Rigidez articular • Principalmente pela manhã que melhora com os movimentos ATENÇÃO • A doença tende a preservar as interfalangeanas distais e as pequenas articulações dos pés • Acometimento das interfalangeanas distais → pensar em Artrite psoriásica ou osteoartrite • Febre acima de 38° é incomum – pesquisar infecção associada ARTICULAÇÕES MAIS ENVOLVIDAS NA AR 1. Pequenas articulações das Mãos (metacarpofalengeanas e interfalangeanas proximais) 2. Pequenas articulações dos pés 3. Punhos 4. Cotovelos 5. Articulação coxofemoral 6. Ombros 7. Coluna cervical, ATM e Cricoaritenoides • Rigidez matinal > 1h sugere artropatia inflamatória Manifestações locais • Calor local pode ser evidente, principalmente em grandes articulações • Eritema incomum (presença sugere artrite infecciosa ou induzida por cristais) MÃOS Achado mais comum inicialmente • Tumefação das interfalangeanas proximais • Forma simétrica Avançar do processo • Desvio ulnar dos dedos: frouxidão dos tecidos moles as metacarpofalangeanas • Desenvolvimento de subluxações e proeminências ósseas Deformidade em pescoço de cisne • Hiperextensão das interfalangeanas proximais • Flexão das interfalangeanas distais Deformidade em abotoadura ou “boutonnière” • Hiperextensão das interfalangeanas distais • Hiperflexão das interfalangeanas proximais PUNHOS • Comprometimento simétrico • Prejuízo na extensão e flexão Punhos em dorso de camelo • Deformidade dos punhos + metacarpofalangeanas Síndrome do túnel do carpo • Hipertrofia sinovial determinando a compressão do nervo mediano contra o ligamento transverso do carpo • Parestesias do polegar, segundo e terceiro dedos e da metade radial do quarto dedo • Manobras semiológicas: + com reprodução de dor e parestesia ▪ Manobra de Tinel ▪ Manobra de Phalen Manobra de Tínel • Punhos percutidos sobre o trajeto do nervo mediano Manobra de Phalen • Mãos em flexão forçada por 30 a 60 segundos JOELHOS Sinal da Tecla • Identificação de derrames articulares pela compressão da patela • Percepção de ‘’flutuação’’ patelar (sensação que a patela afunda, toca a superfície femoral e ‘’retorna a superfície) Cisto de baker • A membrana sinovial da região poplítea desenvolve uma espécie de bolsa, que pode invadir os planos musculares da panturrilha, dissecando suas fáscias • Clinicamente pode simular um TVP, principalmente quando roto, devido à dor e edema local • Paciente com AR e sintomas e sinais sugestivos de TVP → investigar cisto de baker → USG- Doppler PÉS • Envolvimento das pequenas articulações dos pés (especialmente das metatarsofalangeanas) Subluxação plantar da cabeça dos metatarsos • Dor para caminhar • Dificuldade com os calçados • As proeminências ósseas que assim se formam, culminam em erosões plantares por traumatismo de repetição COLUNA CERVICAL • Potencialmente muito grave Subluxação atlantoaxial (C1 sobre C2) • Espaço entre o processo odontoide e o arco do atlas maior que 3mm • Menos de 10% dos casos • Rigidez cervical é comum na AR, mas a maioria dos pacientes com subluxação não se queixa de fortes dores no pescoçoCompressão medular ‘’alta’’ • Manifestações do tipo tetraparesia ou tetraplegia • Pode levar a paralisia diafragmática → Insuf. Respiratória (IR) • Compressão das artérias vertebrais → Insuf. vertebrobasilar (vertigens + sincope) • Quadro pode se desenvolver agudamente em portadores de subluxação assintomática após pequenos traumatismos • Emergências neurocirúrgicas COTOVELOS • Comuns as contraturas em flexão Mononeuropatias periféricas do tipo ‘’compressivo’’ • Mais raramente • Encarceramento dos nervos ulnar e radial • Ulnar: mão em garra • Radial: mão caída OMBROS • Acometimento nas fases + tardias • Dor • Limitação funcional • Surgimento de cistos sinoviais CRICOARITENOIDES • Envolvimento comum na AR • Movimentos de abdução e adução das cordas vocais Sintomas • Rouquidão • Disfagia • Dor na região anterior do pescoço • Casos raros: cordas vocais ficam paralisadas em adução → IR com estridor → corticoide sistemico e traqueostomia ARTICULAÇÕES SACROILÍACAS • Alterações radiográficas como erosões e osteopenia → AR avançada OBS: AR, principalmente em homens, pode coexistir com espondilite anquilosante, psoríase, gota ou osteoartrite ARTICULAÇÕES TEMPOROMANDIBULARES • Envolvimento raramente expressivo • Confusão diagnóstica com distúrbios inflamatórios do ouvido médio Sintomas • Dor a abertura da boca MANIFESTAÇÕES EXTRA-ARTICULARES • Geralmente observadas em indivíduos que possuem altos títulos de fator reumatoide e anti-CCP CUTÂNEAS • Nódulos subcutâneos • Eritema palmar • Infartos acastanhados distais • Vasculite necrosante NÓDULOS REUMATOIDES SUBCUTÂNEOS • Derivam de vasculite de pequenas veias, com necrose fibrinoide e proliferação fibroblástica circundante • 20 a 30% dos pacientes • Principalmente nos pacientes com fator reumatoide positivo • Refletem o nível de atividade da doença Pacientes com nódulos e fator reumatoide negativo • Pesquisar gota tofosa crônica Locais de surgimento • Áreas submetidas a maior pressão mecânica ▪ Regiões extensoras dos cotovelos ▪ Mãos ▪ Pés ▪ Calcâneo (tendão de aquiles) • Menos comum: região occipital • Podem ser encontrados na pleura e meninges Sintomas • Raramente sintomáticos • Podem sofrer ruptura ou infecção secundária • Alguns pacientes tratados metotrexate evoluem com aumento no número de nódulos VASCULITES Tipos 1. Vasculite cutânea leucocitoclássica 2. Vasculite necrosante Vasculite cutânea leucocitoclássica • Pequenos infartos acastanhados nas unhas e polpas digitais, que aparecem sobre forma de lascas e não tem maiores repercussões Vasculite necrosante • Envolve pequenas e médias artérias • Indiferenciável da vasculite encontrada na poliarterite nodosa clássica • Há consumo de complemento • Pode se tornar sistêmica ▪ Cursa com mononeurite múltipla ▪ Ulceração cutânea ▪ Gangrena digital ▪ Infarto visceral Forma limitada • Mais comum que a difusa • Acomete mais pacientes brancos com altos títulos de fator reumatoide e anti-CCP OFTALMOLÓGICAS • Síndrome de Sjogren • Episclerite • Escleromalácea Perfurante SINDROME DE SJOGREN • ‘’Secundária’’ • Manifestação ocular mais comum nos pacientes com AR (20-30% dos casos) • Pode haver lesão da córnea associada ao ressecamento dos olhos (ceratoconjuntivite seca) • Acompanhada de xerostomia e aumento das parótidas) EPISCLERITE • Condição autolimitada • Eritema e dor no olho • Semelhante a conjuntivite, porém a vermelhidão é mais localizada e não produz secreção ESCLEROMALÁCEA PERFURANTE Esclerite • Mais dolorosa • Pode resultar em redução da acuidade visual Escleromalácea perfurante • Evolução da esclerite com adelgaçamento do tecido da esclera, permitindo a visualização da cor azul da coroide subjacente PULMONARES • Derrame pleural • Nódulos reumatoides no parênquima • Cavitação e pneumotórax • Fibrose intersticial difusa com pneumonite • Bronquiolite constritiva • BOOP • Síndrome de Caplan ACOMETIMENTO DAS PLEURAS • Pleurite e derrame pleural • Complicação sistêmica clássica da AR Derrame pleural • Geralmente pouco volumoso • Oligo ou assintomático • Acomete mais o sexo masculino • Exsudato, com queda no complemento, positividade para o fator reumatoide e uma característica acentuada de redução dos níveis de glicose (geralmente < 25mg/dL), além do baixo pH • Confusão diagnóstica com empiema Liquido pleural dos pacientes com AR • Pode conter os Ragócitos ou células TA que representam os neutrófilos com pequenas inclusões citoplasmáticas esféricas NÓDULOS REUMATOIDES • Podem estar presentes no parênquima pulmonar • Encontrados em pacientes soropositivos, com sinovite generalizada e nódulos em outras localizações • Costumam ser assintomáticos, únicos ou múltiplos Podem 1. Infectar, formando cavidades 2. Romperem para a cavidade pleural, resultando em pneumotórax espontâneo ou fístula broncopleural 3. Sofrem calcificação FIBROSE INTERSTICIAL DIFUSA • Com áreas de pneumonia e faveolamento (honeycomb) • TC de alta resolução Pacientes • Geralmente do sexo masculino • Possuem altos títulos de fator reumatoide e uma doença de longa data, invariavelmente exibindo nódulos Achados no lavado broncoalveolar • Alveolite linfocítica a neutrofílica Biópsia pulmonar • Pode revelar fibrose, mesmo nos estágios iniciais BRONQUIOLITE OBLITERANTE COM ORGANIZAÇÃO PNEUMÔNICA (BOOP) • Sinaliza mal prognóstico • Mais comum em pacientes que fizeram uso de D-penicilamina ou sais de outro SÍNDROME DE CAPLAN • Nódulos pulmonares reumatoides + pneumoconiose • Tendem a desenvolver nódulos de forma mais rápida que o habitual, em geral na região periférica de ambas as bases pulmonares • Alguns evoluem com fibrose maciça progressiva (FMP), uma forma letal de pneumoconiose • Foi descrita em mineiros de carvão, mas o quadro também se desenvolve no contexto da silicose e da asbestose CARDÍACAS • Pedicardite (derrame/tamponamento) • IAM por vasculite das coronárias • Nódulos reumatoides no miocárdio • Distúrbios de condução Pericardite • Manifestação extremamente comum • Assintomática na maioria das vezes • Pacientes soropositivos que costumam apresentar nódulos subcutâneos Derrame pericárdico • Aumento de proteínas e LDH • Diminuição da glicose • Queda do complemento • Presença de fator reumatoide e imunocomplexos Nódulos reumatoides • Podem surgir no miocárdio ou nas válvulas e determinar distúrbios de condução, arritmias e insuficiência valvar DERRAME PLEURAL NA AR • Exsudativo (aumento de LDH e proteínas) • Complemento está baixo (embora normal no soro) • Contagem de leucócitos costuma ser inferior a 5.000 • Fator reumatoide costuma ser encontrado • Os níveis de glicose estão acentuadamente reduzidos Vasculite • Pode afetar as coronárias • Causa rara de IAM NEUROLÓGICAS • Nódulos reumatoides nas meninges • Síndrome do túnel do carpo/tarso • Neuropatia cervical (subluxação AA) • Vasculite da vasa nervorum com mononeurite múltipla • Vasculite cerebral Neuropatias periféricas compressivas • Podem ser produzidas por uma membrana sinovial em proliferação • Síndrome do túnel do carpo (nervo mediano) e do tarso (nervo tibial anterior) Mononeurite múltipla • Apresenta-se com perda sensitiva difusa em uma ou mais extremidades • Associada á queda de punho ou pé • Originada pela vasculite reumatoide dos vasa nervorum (pequenos vasos que nutrem os feixes neuronais) Sistema nervoso central • Costuma ser poupado • Pode ocorrer vasculite cerebral e nódulos reumatoides nas meninges Subluxação atlatoaxial • Pode dar origem a uma neuropatiacervical compressiva, com síndrome medular alta e risco de paralisia diafragmática com tetraparesia ou plegia RENAIS • Nefropatia membranosa • Nefropatia associada a medicamentos usados para a AR • Glomerulonefrite (principalmente mesangial) • Amiloidose Nefropatia membranosa • Associa-se ao uso de: ▪ D-penicilamina ▪ Sais de ouro ▪ AINE´s AINEs • Podem produzir outras lesões renais, com IRA pré-renal, necrose tubular aguda e nefrite intersticial Glomerulonefrite mesangial • Desencadeada pela própria AR • Podem apresentar microalbuminúria Amiloidose AA • AR é uma das principais causas • Leva a síndrome nefrótica (com rins de tamanho aumentado) Vasculite renal • Pode afetar os rins de forma semelhante a poliarterite nodosa clássica (vasculite de médios vasos) DIAGNÓSTICO Critérios tradicionais da ACR • Portador de AR = 4 ou + • Identificavam com precisão somente os casos bem estabelecidos Intervenção precoce • Estratégia ideal • Cerca de 80% do dano articular causado pela AR se estabelece nos 2 primeiros anos de atividade da doença • Drogas antirreumáticas modificadoras de doença (DARMD) – tem início de ação demorado (6-12 semanas) Critérios ACR- EULAR • Novos critérios • Tem como objetivo identificar a AR de maneira precoce, antes que a doença evolua com dano articular irreversível Tempo de duração da artrite • Presença de pelo menos 6 semanas garante a exclusão de certas síndromes articulares, principalmente virais, que por definição são autolimitadas (duração média de 2-3 semanas) • Exceção: infecção por Parvovirus, que pode causar uma poliartrite mais duradoura Diagnóstico de AR com razoável grau de certeza 1. Sinovite clinicamente evidente em 3 ou + articulações periféricas típicas (mãos, punhos, pés) 2. Positividade para fator reumatoide e/ou ACPA 3. Aumento de VHS e/ou proteína C reativa 4. Exclusão de outros diagnósticos MARCADORES SOROLÓGICOS FATOR REUMATÓIDE (FR) • Autoanticorpo que ataca a porção fc das moléculas de IgG • Geralmente é IgM • Pode ser encontrado em 70-80% dos adultos com a doença • Resultado negativo jamais descarta diagnóstico Problema • Baixa especificidade, principalmente quando em títulos reduzidos • Positivo em 1-5% da população saudável, que aumenta para 10-20% em pacientes > 65 anos • Pode aparecer transitoriamente após vacinação ou hemotransfusão Condições associadas a FR positivo LES Endocardite bacteriana subaguda Síndrome de Sjogren Mononucleose infecciosa Macroglobulinemia de Waldestrom Tuberculose Sarcoidose Hanseníase Fibrose pulmonar idiopática Sífilis Crioglobulinemia mista essencial (tipo II) Calazar Hepatite B Esquistossomose Hepatite C Malária Positividade do FR • Indivíduos com quadro clínico sugestivo fortalece o diagnóstico de • Valor prognóstico: existe correlação direta entre os títulos de FR e a presença de manifestações extra-articulares • Doença soropositiva tende a ser mais agressiva do que a soronegativa ANTI- CCP • Antipeptídeos Citrulinados Cíclicos • Pertence a família dos ACPA (Anticorpos Antipeptídeos Citrulinados) e reage contra diversas proteínas encontradas no Tc • Sensibilidade = 70-80% • Elevada especificidade – 95% • Quadros iniciais de artrite indiferenciada tem chance maior de serem diagnosticados com AR na vigência de um anti-CCP +, principalmente em altos títulos • Relaciona-se diretamente com o prognóstico NÃO É RECOMENDADE MONITORAR A RESPOSTA AO TTO ACOMPANHANDO OS NÍVEIS DESSES MARCADORES OUTROS AUTOANTICORPOS • FAN 30% • ANCA 30% MARCADORES DE FASE AGUDA Elevação • VHS (velocidade de hemossedimentação) • Proteína C reativa • Ceruloplasmina Eletroforese de proteínas • Revela aumento das frações alfa-2 globulina presente nos estados inflamatórios em geral, e gamaglobulina, que reflete uma estimulação antigênica inespecífica e policlonal Acompanhamento seriado • Proteína C reativa/ VHS é útil como marcador de atividade da doença Achados comuns • Anemia de doença crônica (efeito de mediadores inflamatórios sistêmicos) – gravidade proporcional a atividade da doença • Trombocitose • Leucocitose • Leucopenia: geralmente secundária ao uso de medicações, mas nos casos de neutropenia + esplenomegalia – síndrome de felty • Eosinofilia pode ser um achado inespecífico ARTROCENTESE • Aspecto turvo, com viscosidade reduzida, aumento de proteínas e concentração normal ou baixa de glicose • Leucometria entre 5.000 a 50.00/ uL, com predomínio de polimorfonucleares • Pesquisa de FR e anti-CCP costuma ser + • Não é essencial para o diagnóstico, mas pode ser útil em casos selecionados para descartar artrite séptica e Artropatia induzida por cristais AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA Início do quadro • Aumento de volume de partes moles • Derrame articular Progredir da doença • Semanas: osteopenia justaarticular • Meses: ▪ perda da cartilagem articular (diminuição do espaço sinovial) ▪ Cistos subcondrais ▪ erosões ósseas marginais • Quadros mais avançados ▪ Anquiloses ▪ Subluxações A Radiografia auxilia 1. Estimar a extensão da doença 2. Monitorar o efeito do tratamento 3. Avaliar as necessidades de cirurgia em casos selecionados RNM • Detecta a inflamação sinovial de yma forma muito mais precoce que o RX • Edema de medula óssea justaarticular – precede o surgimento de osteopenia USG • Capaz de visualizar as erosões ósseas de forma mais precoce que o RX simples DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Poliartrites de início recente • Parvovirus • Hepatite B e C • Rubéola • Mononucleose Outras hipóteses • LES • Artrite psoriásica • artrite reativa Gota tofosa crônica • Pode mimetizar a AR com nódulos • Diferenciação pela detecção de cristais de ácido úrico na artrocentese Síndrome clínica do hipotireoidismo • Se sobrepõe a várias manifestações da AR PROGNÓSTICO • Cerca de 50% dos portadores de AR se tornam ineptos para o trabalho após 10 anos de doença • Esperança de vida tende a se reduzir em 3-7 anos na vigência de AR Principais fatores de pior prognóstico 1. Mais de 20 articulações acometidas 2. Aumento importante no VHS 3. Erosões ósseas na radiografia 4. Presença de nódulos reumatoides 5. Altos títulos de FR e anti-CCP 6. Inflamação persistente 7. Idade avançada no início da doença 8. Presença de alelos do HLA que contém o epítopo compartilhado (principalmente no gene HLA- DRB1 TRATAMENTO INTRODUÇÃO Objetivo • Colocar a doença em remissão • Ou pelo menos deixar no menor grau de atividade possível Escores • Avaliam de forma quantitativa ou semiquantitativa o grau de atividade da AR • SDAI, CDAI, DAS 28 Tratamento ‘’antigo’’ – Pirâmide terapêutica • Iniciava-se com drogas anti-inflamatórias para controle da dor • Posteriormente, drogas imunomoduladoras e/ou imunossupressoras • A experiência mostrou que os indivíduos não melhoravam com essa conduta Abordagem moderna • O tratamento deve ser precoce e agressivo (logo ao diagnóstico e com DARMD) • Deve ser reavaliado a intervalos curtos (a cada 3-5 semanas) • Deve ser individualizado, buscando a melhor resposta para determinado paciente com o menor custo e toxicidade Atual taxa de sucesso • Indução da remissão da doença fica em torno de 40-50% MEDIDAS GERAIS • Acompanhamento multidisciplinar • Avaliação psicológica • Repouso articular: medida terapêutica essencial durante os surtos agudos – uso de talas • Uso preventivo de colar cervical • Fisioterapia: exercícios isométricos e dinâmicos (para fortalecer a musculatura periarticular) • Vacinas Antipneumocócica (a cada 5 anos) e anti-influenza (anualmente) • Candidatosa terapia com drogas hepatotóxicas – devem ser vacinados contra hepatite B TRATAMENTO FARMACOLÓGICO AINE ’S • Não alteram o curso da doença • Adjuvantes no tratamento sintomático da AR • Uso prolongado deve ser evitado – grande probabilidade de efeitos colaterais (gastro e nefrotoxicidade, aumento do risco cardiovascular) GLICOCORTICOIDES • Em doses baixas (prednisona ≤ 7,5 mg/dia) a intermediárias (> 7,5 e ≤ 30 mg/dia) fornecem rápido alívio sintomático na maioria dos DEFINIÇÃO DE REMISSÃO DA AR SEGUNDO O ACR/EULAR 1. O paciente deve satisfazer TODOS os seguintes quesitos • Ter ≤ 1 articulação dolorosa • Ter ≤ 1 articulação edemaciada • Proteína C reativa ≤ 1mg/dl • Autoavaliação por parte do paciente (numa escala padronizada de 0-10) menor ou igual a 1 2. Índice Simplificado de atividade de Doença (SDAI) ≤ 3.3 3. pacientes, sendo considerados úteis como ponte até o inicio de ação das DARMDs • Úteis para controle dos flares • A longo prazo, essas doses podem são capazes de retardar a progressão das erosões ósseas, porém o uso prolongado deve ser evitado, pela ocorrência de efeitos colaterais • Alguns doentes (não respondedores as DARMDs) necessitam manter doses baixas de prednisona No caso de manifestações sistêmicas graves com risco eminente de morte • EX: vasculite • Pulsoterapia com altas doses de metilprednisona Injeções intra-articulares • Glicocorticoides de depósito (triancinolona) • Indicadas nos casos de artrite limitada a poucas articulações • Descartar artrite séptica antes de ministrar corticoides por essa via Orientações para o emprego de GC 1. Evitar seu uso sem o uso de um DARMD 2. A doença articular raramente necessita de uma dose ≥ 10mg/dia de prednisona ou equivalente 3. Tentar utilizar a menor dose possível 4. Usar terapia como ponte até que as DARMD iniciem seus efeitos 5. Profilaxia da osteoporose (se doses ≥ 5mg/dia de prednisona ou equivalente, por ≥ 3 meses, fazer bifosfato +cálcio+ vitamina D DARMDS CONVENCIONAIS • Propriedade de atrasar ou evitar a progressão de lesões estruturais induzidas pela AR • Demoram de 6 a 12 semanas para fazerem efeito • Melhora clínica em até 2/3 dos pacientes, acompanhada de melhora sorológica e radiológica • A ausência de resposta, ou o desenvolvimento de toxicidade a uma determinada DARMD não contraindicam a classe como um todo DARMDs convencionais • Metotexate (1° escolha) • Leflunomida • Cloroquina e Hidroxicloroquina • Sulfassalazina • Pouco utilizadas hoje: Sais de ouro, D- penicilamina e minociclina METOTREXATE (HYTAS) • Comprovada eficácia e segurança • Inicio de ação relativamente mais rápido que as demais DARMDs • Baixo custo • Possibilidade de escalamento da dose e associação com qualquer outra DARMD, tanto convencional quanto biológica • Considerada droga ancora Mecanismo farmacológico • Inibição da enzima diidrofolato redutase, o que interfere no metabolismo de purinas e pirimidinas nas células do sistema imune Efeitos adversos • Estomatite (mucosite) • Intolerância gastrointestinal • Hepatotoxicidade (em altas doses) • Pneumonite por hipersensibilidade • Mielotoxicidade • Risco aumentado de infecções, particularmente por herpes-zoster Redução da toxicidade • Suplementação com ácido fólico (1 mg/dia ou 5mg/sem) • Ácido folínico (2mg/sem) Contraindicações • Gravidez (teratogênico) Antes de iniciar o tratamento • Pesquisar a existência de infecção crônica por HBV e HCV • Avaliar função renal • Hemograma • Hepatograma • RX de tórax Monitorização de exames • Hemograma, hepatograma e função renal devem ser monitorados a cada 2-3 meses • Uma elevação persistente das aminotransferases, ou hipoalbuminemia, demanda a realização de biópsia hepática para avaliar a presença de fibrose hepática induzida por MTX Dose • INICIAL: 7,5 mg por semana (via oral) • Incrementos semanais de 2,5 mg, caso não haja resposta após quatro semanas • DOSE MÁXIMA: 25 mg por semana • Em doses elevadas pode ser ministrado por via C ou IM, a fim de se reduzir a toxicidade gastrointestinal LEFLUNOMIDA (ARAVA) • Inibidor da síntese de pirimidinas, exercendo um efeito imunomodulatório sobre as células do sistema imune • Eficácia e início de ação semelhante ao MTX • Monoterapia ou em esquemas de associação • Realizar exames laboratoriais antes do uso e monitorar a cada 2-3 meses Dose • 10-20 mg/dia VO Efeito colateral • Diarreia é o principal • Alopécia • Leucopenia • Hepatotoxicidade • HAS • Neuropatia periférica Contraindicação • Gestação: possui longa meia vida e potencial teratogênico • Mulheres que desejam engravidar devem ter os níveis séricos de leflunomida dosados antes da concepção, mesmo que a dose tenha sido suspensa há alguns anos Remoção do organismo • Colestiramina CLOROQUINA E HIDROXICLOROQUINA • Antimaláricos que possuem efeito imunomodulatório • Monoterapia com eficácia menor que os outros, porém devido a sua menor toxicidade e boa tolerabilidade, muitos autores consideram que pacientes com AR leve e precoce podem iniciar o tratamento com essa monoterapia • Terceira droga no esquema de associação com MTX + sulfassalazina, que representa uma das opções para casos refratários ao MTX isolado • Não reduzem a progressão das erosões ósseas – não representar DARMDs verdadeiras Efeitos adversos • Toxicidade retiniana (menos frequente com a hidroxicloroquina) ▪ Avaliação oftalmológica antes do uso e repetir de 6/6 meses • Intolerância gastrointestinal • Hiperpigmentação cutânea Doses • 200-400 mg/dia – Hidroxicloroquina • 250 mg/dia – Cloroquina SULFASSALAZINA (AZULFIN) • Composto • 80-90% metabolizado por bactérias colônicas – liberação das substancias • Esquema de combinação • Monitorização do hemograma a cada 2-4 sem nos primeiros 3 meses, revisão a cada 3 meses daí em diante • DARMD verdadeira Dose • 0,5- 3g/dia • Dividida em 2 tomadas por VO Efeitos adversos • Hipersensibilidade a sulfa • Cefaleia • Intolerância gastrointestinal • Granulocitopenia (aumento do risco para infec. Bacterianas) • Anemia hemolítica (portadores de deficiências de G6PD – pesquisar antes do inicio do tto) SAIS DE OURO • Efeito imunomodulador • Benefício terapêutico lento- 3ª 6 meses Dose • Formas injetáveis - aurotimalato e aurotioglicose 10-50 mg OM 1x/sem até completar a dose cumulativa de 1g (geralmente em 6 meses) • Via oral – auranofin 3mg VO 12/12 Efeitos adversos • Intolerância gastrointestinal • Dermatite • Glomerulopatia (membranosa) • Mielotoxicidade D- PENOCOLAMINA • Quelante de metais com ação imunomoduladora • É utilizada basicamente somente na doença de Wilson • Dose para AR: 250 a 750 mg/dia • Teratogênica MONICICLINA • Dose de 100 mg 2X/dia pode ser efetiva, principalmente em fases iniciais • Pode levar a hiperpigmentação cutânea se usada por longos períodos (> 2 anos) DARMDS BIOLÓGICAS • Proteínas recombinantes (sintetizadas por engenharia genética), capazes de neutralizar citocinas solúveis específicas ou seus receptores Classes • Agentes anti-TNF- alfa • Bloqueadores do receptor de IL-1 • Bloqueadores do receptor de IL- 6 • Análogos do CTLA-4 • Neutralizadores do CD20 AGENTES ANTI-TNF- ALFA • Eficazes em controlar os sinais e sintomas da inflamação articular • Reduzem a progressão radiográfica da doença, melhorando a funcionalidade e qualidade de vida • Podem ser utilizados em monoterapia (intolerância a DARMDs convencionais) • Emprego preferencial é nos esquemas de associação (MTX+ agentes anti-TNF-alfa) • Não associar duas drogas dessa classe nem com qualquer outradas DARMDS biológicas Drogas • Infliximab (remicade) • Adalimumab (humira) • Golimumab (simponi) • Certolizumad (cimzia) • Etanercept (enbrel) Efeitos adversos • Surgimento de infecções oportunistas, com destaque para infecções fúngicas invasivas e reativação da tuberculose latente • Indução de anticorpos anti-DNA – raramente se associa ao surgimento de LES BLOQUEADORES DO RECEPTOR IL-1 • Anakinra • Emprego na AR reduzida – benefício terapêutico modesto e nitidamente inferior aos agentes anti-TNF-alfa • Eficaz em: doença inflamatória multissistêmica neonatal, síndrome de Muckle-wells, urticária familiar fria e doença de still • Realizar porá tuberculínica, assim como nos agentes anti-TNF- alfa BLOQUEADORES DO RECEPTOR DE IL-6 • Tocilizumab (actemra) • Pode ser utilizado em monoterapia (intolerância as DARMDs convencionais e aos agentes anti-TNF- alfa) • Esquemas de associação (MTX+ tocilizumab) • Realizar prova tuberculínica Efeitos adversos • Aumento no risco de infecções • Neutropenia • Trombocitopenia • Aumento do LDL ANÁLOGOS DO CTLA-4 • Abatacept (Orencia) – proteína de fusão • Interfere nos passos iniciais da resposta imune celular • Aprovado como droga de associação ao MTx ou leflunomida, em casos refratários a monoterapia com esses últimos • Reduz a atividade de doença, bem como atrasa o surgimento de erosões ósseas em portadores de AR • Bem tolerado • Efeitos adverso: risco aumentado a infecções • Realizar prova tuberculínica antes de prescrever NEUTRALIZADORES DO CD20 • Rituxomab (mabthera) • Promove depleção de linfócitos B – redução da resposta inflamatória • Aprovado como droga de associação ao MTX em pacientes refratários a terapêutica isolada) e que não responderam a 2 agentes anti-TNF- alfa • Efeitos terapêuticos maiores em pacientes com fator reumatoide + • Efeitos adversos: reações leves/moderadas durante a infusão. Grande preocupação com o risco de leucoencefalopatia multifocal progressiva • Não se orienta realizar prova tuberculínica PEQUENAS MÓLECULAS INIBIDORAS • Uso oral • Inibem vias de sinalização intracelular ativadas pela estimulação dos receptores de citocinas pró-inflamatórias • Promovem a inibição de células imunes, como linfócitos B e T • Tofacitinib (Xeljanz) • Principais efeitos adversos: aumento de infecções, hepato e nefrotoxicidade, neutropenia e hipercolesterolemia IMUNOSSUPRESSORES • Azatioprina, ciclofosfamida, ciclosporina e clorambucil não tem sido mais empregado no tto da AR TERAPIA CIRURGICA Benefícios • Portadores de AR avançada, que apresentam dor articular intratável ou deformidades incapacitantes Sinovectomia e tenossinovectomia • Com ressecção de proeminências ósseas potencialmente lesivas aos tendões • Indicadas com intuito de aliviar a dor articular intratável nas articulações do punho, cotovelo e metacarpofalangeanas • A sinovectomia não retarda a destruição óssea, nem a evolução natural da doença Artrodese • Fusão articular • Indicada para corrigir subluxação atlantoaxial grave, bem como para aliviar a dor e/ou proporcionar estabilidade em articulações como, punho, metatarsofalangeanas, talocrural e talocalcaneonavicular Artroplastias totais • Emprego de próteses articulares (quadril, joelho, ombro, cotovelo) Indicação • Deve levar em conta a capacidade funcional geral do paciente • Deve permitir a execução de tarefas antes impossíveis (ex: deambular) GUIDELINES PARA O TRATAMENTO • Estratégia atual deve se pautar na duração e na gravidade dos sintomas Classificação quanto duração • Precoce: teve início há < 6 meses • Persistente: aquela que ainda está presente após 6 meses do início do tratamento SÍNDROME DE FELTY Definição • Portadores de AR com esplenomegalia (ausente em 10% dos casos) +neutropenia (contagem absoluta de neutrófilos <2.000/uL • Alguns casos cursam com anemia, trombocitopenia, febre, hepatomegalia e adenomegalia • Costuma ocorrer em fases mais tardias – doença erosiva associada a altos títulos de fator reumatoide/anti-CCP, além de outras manifestações extra articulares • Risco de desenvolvimento de 1% Infecções bacterianas recorrentes • Predomínio das infecções respiratórias e cutâneas • Risco proporcional a ▪ Grau de neutropenia ▪ Presença de: úlceras cutâneas, uso de glicocorticoides, altos índices de atividade da doença Esfregaço sanguíneo • Essencial na suspeita • Síndrome dos grandes linfócitos granulares: predomínio de linfócitos granulares e de tamanho aumentado, ausência quase total de neutrófilos – variante da leucemia de células T. Na AR pode responder a terapia com MTX Tratamento • Metotrexate como droga de escolha • Refratariedade a segunda escolha é glicocorticoide • Sais de ouro são citados, inferiores ao MTX, podem causar mielotoxicidade • Refratariedade medicamentosa e história de infecções recorrentes - esplenectomia • Análogos do GM-CDF reservados para bacteremias refratárias ou ameaçadoras a vida, bem como no preparo pré-operatório antes da esplenectomia
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