1. Monografia II - Thayná Assunção finalizado ok

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CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
THAYNÁ ASSUNÇÃO AMARAL
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
SÃO GONÇALO DO AMARANTE, CE
2017
THAYNÁ ASSUNÇÃO AMARAL
Projeto de pesquisa apresentado à disciplina de Monografia II, como cumprimento parcial às exigências do curso de graduação em Bacharelado em Administração da Universidade Vale do Acaraú/IDECC
Orientação: Profa. Irvina Juliana Alves Lima.
SÃO GONÇALO DO AMARANTE, CE
2017
THAYNÁ ASSUNÇÃO AMARAL
A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO FINANCEIRO EM MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
Artigo apresentado à Universidade Estadual Vale do Acaraú como requisito final para obtenção do título de Bacharel em Administração de Empresas.
Artigo aprovado em: _____/_____/_____
Orientador: Profa. Irvina Juliana Alves Lima
Instituto de Desenvolvimento, Educação e Cultura do Ceará
1º Examinador
2º Examinador
Coordenação do Curso
SÃO GONÇALO DO AMARANTE – 2017
RESUMO
O crescimento de micro e pequenas empresa vem aumentando constantemente, e dessa forma está colaborando cada vez mais para com a economia do país e gerando empregos. Todavia, em contra partida a taxa de mortalidade dessas empresas também é alta, principalmente por conta da falta de planejamento financeiro e da crise econômica e política que o país está enfrentando atualmente.Diante da importância do tema buscou – se analisar alguns conceitos fundamentais relacionados ao assunto e esses conceitos influenciaram no questionário realizados com gestores de MPEs. A metodologia utilizada para a coleta de dados foi descritiva e explicativa e os resultados foram obtidos com a utilização de gráficos para melhor entendimento. E mediante os resultados foi possível observar que os gestores estão buscando se empenhar constantemente para o melhor crescimento e progresso de seus empreendimentos.
Palavras – chave: Financeiro – Planejamento – Micro e pequenas empresas.
ABSTRACT
The growth of micro and small businesses is constantly increasing, and this is a way of collaborating more and more with the country's economy and generating jobs. However, in contrast, mortality rate, etc., is also high, mainly because of lack of financial planning and the economic and political crisis the country is currently facing. Faced with the importance of the theme, we sought to analyze some fundamental concepts related to the subject and these concepts influenced without questionnaire carried out with MPEs managers. A methodology used to collect data for the description and explanation of results using graphs for better understanding. And, through the results, and it is observed that managers are seeking to constantly strive for the best growth and progress of their ventures.
KEY WORDS: Financial - Planning - Micro and small business.
1. INTRODUÇÃO
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O presente trabalho aborda a área de Planejamento Financeiro, voltado para o âmbito das micro e pequenas empresas. Nele consta a definição de planejamento e quais os tipos existentes, ressalta a importância da administração financeira e do administrador financeiro nas MPEs, a utilização do plano de negócios para auxiliar no planejamento financeiro, e aborda também sobre as MPEs, a importância do planejamento para a sobrevivência das mesmas, além de conter também a pesquisa de campo realizada com os resultados apresentados, sendo finalizado com as considerações finais.
Segundo BARBOSA (2010), “A análise de processos financeiros começou desde o século XIX, através de bancos que necessitavam desses dados para conceder créditos aos clientes. Entretanto, no Brasil, esse estudo foi pouco utilizado até o ano de 1968. Esse atraso do Brasil em relação ao mundo é consequência cultural do país, tendo em vista que esse procedimento tornou-se obrigatório nos Estados Unidos no ano de 1915.”
DORNELAS (1999), “Afirma que para alcançar a satisfação em um novo empreendimento no Brasil, depende diretamente da administração financeira do negócio.”
No momento presente, grande parcela das micro e pequenas empresas, já admitiram e aceitaram a grande importância que existe para a continuidade das mesmas, uma boa análise da administração financeira. Percebendo que a tomada de decisão, gera custos, gastos, perdas e ganhos, tem de se optar, na gestão das empresas, pela decisão que terá como resultados atingir os objetivos esperados, convertendo-se em lucros e bom desempenho empresarial.
Em meio a isso o trabalho tem como objetivo esclarecer assuntos relacionados ao planejamento financeiro das MPEs, para o seu crescimento, sobrevivência e adaptação ao atual mercado financeiro.
1.1 Problematização
De acordo com pesquisa no SEBRAE, “Os pequenos negócios respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.” As pequenas e micro empresas vem crescendo gradativamente, a cerca de 9 milhões no país e representam 27% do PIB. Esses dados mostram a relevância de se incentivar esses empreendimentos, pois essas empresas isoladamente não significam muito, mas juntas, são decisivas para a economia do país.
Em decorrência desta situação, não deixando de levar em conta que micro e pequenas empresas podem se desenvolver economicamente melhor e minimizar o seu índice de mortalidade nos seus primeiros cinco anos de vida, Faz-se necessário ressaltar o seguinte estudo:Qual a importância do planejamento financeiro em micro e pequenas empresas?
1.2 Objetivos:
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar a importância do planejamento financeiro em micro e pequenas empresas.
1.2.2 Objetivos Específicos
· Identificar qual o tipo de planejamento mais apropriado para a empresa.
· Ressaltar as atribuições do administrador financeiro, bem como abordar sobre a administração financeira.
· Salientar a importância do plano de negócios
· Informar as características das micro e pequenas empresas
· Explanar a importâncias das micro e pequenas empresas
1.3 Justificativa
O presente trabalho tem como finalidade estudar e apresentar fatores que demonstram o quão importante é o planejamento financeiro para a sobrevivência, crescimento e sucesso da micro e pequenas empresas. Sendo este estudo de grande relevância, pois o mercado está cada vez mais competitivo, exigente e visando cada vez mais tecnologias e melhores, sendo assim as MPE para se manter atuantes no mercado tem que seguir o mesmo ritmo da melhor forma possível, visto que de acordo com o SEBRAE, “Sete em cada dez empresas brasileiras encerram suas atividades antes dos cinco anos de vida, e o principal motivo a levá-las a isto é a falta de planejamento por parte de seus administradores.”
E para que as MPE cresçam e desenvolvam o mercado de trabalho e a economia do país, é fundamental que o conhecimento da gestão financeira cresça e desenvolva junto, mudando o destino de empresas que terminam suas atividades por falta de conhecimento.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Conceito Planejamento
As empresas não costumam agir de forma súbita, ou seja, quase tudo que é feito é planejado da melhor forma possível para que posteriormente não venham a ter nenhum problema. O planejamento é a principal função administrativa.
Segundo CHIAVENATO (pág. 167) planejamento é a função administrativa que determina antecipadamente quais são os objetivos a serem atingidos e como se deve fazer para alcançá-los. Trata-se, pois, de um modelo teórico para a ação futura.
De acordo com PETER DRUCKER, “Planejamento é preparar-se para o inevitável, prevenindo o indesejável e controlando o que for controlável.”
O planejamento começa com a definição dos objetivos e planos que serão necessários para concretizá-los da melhor forma possível. Planejar é definir objetivos e escolher antecipadamente o melhor curso de ação para alcança-los. Existem três níveis de planejamento, são eles: estratégico, tático e operacional.
Estratégico: É um planejamento mais extenso, onde engloba toda a empresa. E suas características são: é projetado a longo prazo, tendo seus resultados estendidos ao longo de vários anos na empresa, envolve toda aorganização, ou seja, todos os setores, atividades que são realizadas, profissionais e tudo com a finalidade de conseguir cumprir os objetivos a nível global.
“Planejamento estratégico é o processo de definir os objetivos de longo prazo da organização.” (MAXIMIANO, 2004, pág. 134)
Tático:Este planejamento é mais detalhista, pois abrange cada setor da empresa individualmente, e tem como características principais: é projetado para médio prazo, como por exemplo: planejamento anual, por ser realizado em cada setor individualmente, utiliza meios mais específicos, preocupando-se em atingir os objetivos de acordo com cada setor.
“Planejamento Tático tem por objetivo otimizar determinada área de resultado e não a empresa como um todo. Portanto, trabalha com decomposições dos objetivos, estratégia e políticas estabelecidas no planejamento estratégico.” (OLIVEIRA, 2006, pág. 48). 
Operacional:É o planejamento que envolve cada tarefa ou atividade realizada. É elaborado para curto prazo, pois é para uma atividade imediata, preocupa-se com o alcance de metas específica e devido a isso é elaborado para cada atividade da empresa e por fim, é definido no nível operacional, para cada tarefa ou atividade.
“O planejamento operacional pode ser considerado como a formalização, principalmente através de documentos escritos, das metodologias de desenvolvimento e implantação estabelecidas. Portanto nesta situação têm-se, basicamente os planos de ação ou planos operacionais.” (OLIVEIRA, 2006, pág. 49).
2.2 Conceito De Administração Financeira
Antes de começarmos a falar sobre administração financeira, temos que conhecer o conceito de finanças. Trata-se de recursos disponíveis para a realização de transações e negócios, que podem acontecer entre pessoas, empresas e governos.
Segundo GROPELLI e NIKBAKHT(1998), “Finanças é a aplicação de uma série de princípios econômicos para maximizar a riqueza ou o valor total de um negócio.”
De acordo com GITMAN (1997), “Finanças pode ser definida como a arte de administrar fundos.”
A administração financeira, ou gestão é o conjunto de procedimentos e ações que envolvem o planejamento, avaliação e o monitoramento de todas as obrigações da área financeira dentro da empresa. É uma tática aplicada para controlar da melhor forma possível o planejamento, a análise de investimentos e de meios possíveis para a aquisição de recursos para financiar operações na empresa, como por exemplo, compra de maquinários, reformas, dentre outros. A administração financeira é uma área essencial para a empresa, pois é através dela que há a possibilidade de realizar atividades necessárias para a organização.
“O planejamento financeiro formaliza o método pelo qual as metas financeiras devem ser alcançadas.” (ROSS e JAFFE,).
“Planejamento financeiro é indispensável para se atingir objetivos preconizados das decisões financeiras.” (WESTERFIELD e JAFFE, 1995, pág. 525).
Segundo GITMAN (2002), “A área de finanças está muito mais complexa e avança a passos mais rápidos atualmente. Os mercados financeiros estão voláteis, as taxas de juros podem cair ou subir acentuadamente, num período de tempo muito curto. Essas mudanças afetam as decisões financeiras, ademais, há hoje muito mais estratégias financeiras possíveis, e novos produtos financeiros que surgem a todo instante.”
Com isso, podemos entender o quão importante é a área financeira de uma empresa e como atualmente o mercado financeiro está inconstante. E é devido a isso que as empresas tem que preocupar-se em cumprir os objetivos da administração financeira. Seu objetivo é melhorar e potencializar os resultados da empresa, através da aplicação procedimentos, com o intuito de aumentar o seu patrimônio, por meio da geração de lucro, vindo dos trabalhos realizados pela organização, além disso é importante ressaltar que para um maior controle financeiro, é necessário fazer o monitoramento das entradas e saídas de materiais.
2.3 O Administrador Financeiro
O trabalho do administrador financeiro é de grande importância para a empresa, pois os mesmos são responsabilizados por maximizar o lucro da empresa, enquanto que ao mesmo tempo tem que manter o risco em baixo nível. Com o intuito de cumprir essas metas, o administrador tem que estabelecer quais os investimentos resultarão em lucros mais eminentes aos menores custos.
De acordo com GITMAN (2002, Pág. 2), “Sem capital que atenda às necessidades da empresa, seja para financiar seu crescimento ou para atender às operações do dia – a – dia, não podemos desenvolver e testar novos produtos, criar campanhas de marketing, comprar alimentos, manter ou construir novas empresas. O papel do administrador financeiro é assegurar que o capital esteja disponível nos momentos adequados, no momento certo e ao menor custo, se isso não ocorrer a empresa não sobreviverá.”
O administrador financeiro tem por obrigação se especializar constantemente, pois o mercado financeiro está se atualizando a todo momento, e quanto mais especializado estiver, estará também mais preparado e seguro para exercer sua função. O administrados financeiro tem que ser extremamente flexível e generalista, uma vez que deve conhecer as várias funções e ambientes que o cercam, sendo que a cada dia ele será mais exigido. Segundo GITMAN (2002), “Embora essas necessidades tornem as funções do administrador financeiro mais exigentes e complexas, podem propiciar carreiras mais recompensadoras e interessantes.”
2.4 Plano De Negócios 
Conforme DORNELAS (2001, Pág. 95), “O plano de negócios é uma ferramenta que se aplica tanto no lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas maduras.”
O plano de negócios é um guia para o empreendedor ou empresário. Se trata de um documento que representa por escrito os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam concretizados. Faz-se uma análise de mercado para que possam estabelecer as ações a serem realizadas, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite que o empresário reconheça e restrinja seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado. O plano vai auxiliar a determinar se sua ideia é viável e a buscar adquirir conhecimentos mais específicos sobre o seu ramo, os produtos e/ou serviços que irá oferecer, seus clientes, fornecedores, concorrentes e especialmente, sobre os pontos fortes e fracos do seu negócio.
“Desenvolver um plano de negócios é uma maneira estruturada de refletir sobre o negócio, minimizando as chances de erro.” (SALIM, 2004, Pág. 01).
“O plano de negócio é um documento preparado pelo empreendedor, em que são descritos todos os elementos externos e internos relevantes envolvidos no início de um novo empreendimento.” (HISRICH e PETERS, 2004, Pág. 10).
Como o plano de negócios é um documento utilizado para representar seu negócio, as seções que o compõem são geralmente padronizadas, para facilitar o entendimento. Portanto um plano deve conter:
· Capa;
· Sumário;
· Sumário Executivo
· Planejamento Estratégico Do Negócio
· Descrição Da Empresa
· Produtos E Serviços
· Plano Operacional
· Plano De Recursos Humanos
· Análise De Mercado
· Plano De Marketing
· Planos Financeiros
· Anexos
“O plano de negócios serve tanto para empreender novos negócios como também no planejamento de empresas maduras, ele aumenta as chances de sucesso de um negócio, essa ferramenta auxilia o empreendedor a fazer projeções futuras mostrando a viabilidade ou não do empreendimento.” (DEGEN, 1989).
2.5 Gestão Empresarial De Micro E Pequenas Empresas
Conforme DEGEN (1989), “tanto para colaboradores que atuam como líderes empresariais ou para novos empresários, é necessário que ocorra um crescimento dos conhecimentos para que o desenvolvimento ocorra dentro de micro e pequenas empresas. Com isso, os novos negócios terão maior perspectiva de vida e um crescimento significativo.”
Muito se fala a respeito da forma em que as empresas são gerenciadas por seus proprietários ou administradores, com a finalidade de propiciar retorno aos seus investidores,aumentar o lucro, crescimento e ser reconhecida no mercado. No Brasil cerca de 98% dos estabelecimentos empresariais são de pequenos empreendimentos, observando que essas micro e pequenas empresas são incumbidas de cerca de 60% dos empregos estabelecidos no país. “Pela lei nº 7.256, de 27 de novembro de 1984, é considerada uma microempresa o empreendimento no ramo da indústria, comércio ou serviços, cuja receita não ultrapasse 96.000 UFIR (Unidade Fiscal de Referência). Dentre os benefícios concedidos pela estavam: a isenção do IRPJ (Imposto de Renda sobre Pessoa Jurídica) e o PIS (Programa de integração Social).” 
Para PETTY (1997), “A compensação para os novos empreendedores é o fato de que os gestores das pequenas empresas tiveram a liberdade para trabalhar independentemente.”
“A pequenez permite que os colaboradores se identifiquem com a empresa, vejam o resultado de seu trabalho, visualizem a organização como um todo, entendam como seu trabalho está ligado aos resultados econômicos e se sintam responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso empresarial.” (TACHIZAWA, 2002, Pág.12).
Atualmente estamos em um momento de constante mudanças, principalmente no mercado financeiro e devido a isso as empresas tem que traçar estratégias para se sair bem neste momento. As micro e pequenas empresas, costumam trabalhar de forma ágil e precisa, para que assim possam atender as flutuações de mercado e as variações de hábitos dos consumidores, que é importante ressaltar que estão cada vez mais exigentes.
“Abrir o seu próprio negócio e tornar-se empreendedor de uma micro ou pequena empresa não garante a ninguém a vida fácil. A maioria dos inovadores gestores trabalha durante longas horas, porém possuem a satisfação e liberdade de tomarem as suas próprias decisões dentro de restrições impostas por fatores econômicos.” (PETTY, 1997).
As MPE tem como características: Altas taxas de natalidade e mortalidade, presença considerável de proprietários, sócios e empregados com laços familiares, contratação direta de mão-de-obra, baixo volume de capital empregado, dentre outro, baixo emprego de tecnologias sofisticadas, grande centralização do poder decisório, dentre outros.
Para GONÇALVES (1994), “Em países como o Brasil onde há alto desequilíbrio regional, micro e pequenas empresas podem apresentar um importante papel para a descentralização industrial.”
2.6 A Importância Do Planejamento Financeiro Em Micro E Pequenas Empresas
“A administração financeira é a arte e a ciência de administrar os recursos financeiros para maximizar a riqueza dos acionistas.” (LEMES; RIGO; CHEROBIM, 2002).
“A administração financeira tem sido de importância crescente para as empresas de pequeno e médio porte. Sendo que o sucesso empresarial depende cada dia mais do bom sobre práticas financeiras aplicadas apropriadas.” (SANTOS, 2001).
Para a sobrevivência das micro e pequenas empresas é de fundamental importância a utilização do planejamento financeiro, pois é ele que estabelece o direcionamento de mudança e avanço em uma empresa. A partir daí podemos deduzir que o planejamento financeiro é indispensável para a sobrevivência das micro e pequenas empresas.
“É possível afirmar diante de estudos realizados, que a administração financeira, foi durante muitos anos, uma ação apenas executiva, ou seja, constando apenas informações sobre contas a pagar e contas a receber, sendo assim considerada uma extensão da administração geral da pequena empresa.” (SANTOS, 2001, Pág.197).
O planejamento financeiro é de grande relevância para a sobrevivência e crescimento das micro e pequenas empresas, pois é ele que determina diretrizes de mudança e crescimento em uma empresa, visto que preocupa-se de forma global com a empresa. É importante também já que, auxilia os administradores financeiros a agirem de forma antecipada, mediante as incertezas e com isso evitando surpresas negativas no balanço da empresa e fluxo de caixa. Um planejamento financeiro bem elaborado, planejado, faz com que a empresa venha a ter resultados excelentes.
“O Planejamento Empresarial é importante para vários fatores: estruturação da resolução de problemas, busca de soluções com eliminação de retrabalhos e desperdícios, o que resulta na economia de recursos, direcionamento e alocação de recursos de forma correta e sem desperdícios, dentre outros fatores.” (GONÇALVES, 2014, Pág.45).
3. METODOLOGIA 
3.1 Tipologia da Pesquisa 
Metodologia é o estudo de um conjunto de procedimentos adotados, para elaboração de um trabalho. É um agrupamento de técnicas e processos aplicados para uma pesquisa e produção de um trabalho.
“O método deriva da metodologia e trata do conjunto de processos pelos quais se torna possível conhecerem uma determinada realidade, produzir determinado objeto ou desenvolver certos procedimentos ou comportamentos. Dessa forma, o método nos leva a identificar a forma pela qual alcançamos determinado fim ou objetivo.” (OLIVEIRA, 1999).
“Atualmente, o entendimento é de que a expressão método científico é enganosa, pois pode induzir a crer que consiste em um conjunto de regras exaustivas e infalíveis. Na verdade, não existem tais receitas para investigar. O que se tem são estratégias de investigação científica com técnicas gerais e particulares, e métodos especiais para diversas tecnologias e ciências.” (MARTINS; THEÓPHILO, 2009).
Para FONSECA (2002), “Métodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer ciência.”
Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como o
 (...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a apresentação e discussão dos resultados.
“A principal finalidade da pesquisa bibliográfica é reconhecer as diversas formas de contribuição cientifica que se aplica sobre um determinado assunto e/ou fenômeno.” (OLIVEIRA, 1999, p. 132).
No presente trabalho será aplicado a pesquisa quantitativa, para que possamos fazer a avaliação dos resultados. Esta pesquisa como o próprio nome já diz quantifica os dados, e essa quantificação acontece na forma como a coleta de dados é feita, ou seja, como a entrevista é elaborada, como por exemplo um questionário, esse tipo de pesquisa é usada em situações que se pretende mensurar os dados, porém sem necessariamente entender as motivações que os entrevistados tiveram para responder.
De acordo com FONSECA (2002, P. 20) “os resultados da pesquisa da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Como as amostras geralmente são grandes e consideradas representativas da população, os resultados são tomados como se constituíssem um retrato real de toda a população alvo da pesquisa. A pesquisa quantitativa se centra na objetividade. A pesquisa quantitativa recorre à linguagem matemática para descrever as causas de um fenômeno, as relações entre variáveis, etc. A utilização conjunta da pesquisa qualitativa e quantitativa permite recolher mais informações do que se poderia conseguir isoladamente.”
3.2 Técnica de Coleta de Dados
A coleta das informações serão obtidas por meio de entrevistas com os gestores, utilizando de questionários e análises de campo, ou seja, observando a forma como o gestor se porta em relação a empresa. E a verificação desses dados será feita através dos modos explicativo e descritivo. 
Segundo GILL (2008), “A pesquisa explicativa identifica os fatores que determinam ou que contribuem para a ocorrência dos fenômenos. É o tipo que mais aprofunda o conhecimento da realidade, porque explica a razão, o porquê das coisas. Por isso, é o tipo mais complexo e delicado.”
Ainda de acordo com GILL (2008), “A pesquisa descritiva descreve as características de determinadas populações ou fenômenos. Uma de suas peculiaridades está na utilização de técnicas padronizadas de coleta dedados, tais como o questionário e a observação sistemática. Ex.: pesquisa referente à idade, sexo, procedência, eleição etc.”
4.0 RESULTADOS DAS PESQUISA
Os dados apresentados por meio de análise quantitativa, foram efetuados juntamente com administradores das empresas, onde são responsáveis pela administração e controle financeiro. Os resultados adquiridos sobre as respostas são os seguintes:
Gráfico 01: Controle de estoque.
Fonte: Dados de pesquisa, 2017
Verificou – se que 70% das empresas entrevistadas fazem controle de estoque constantemente, com a finalidade de não possuírem estoques excedentes ou falta de materiais e que 30% dos entrevistados realizam controle de estoque usualmente.
Gráfico 02: Prazo que obtém para pagamento é superior ao de recebimento?
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
O gráfico acima mostra que 70% dos entrevistados tem um prazo de pagamento quase sempre maior que o de recebimento, 20% sempre tem um prazo maior de pagamento e 10% raramente tem um prazo de pagamento maior. Isso indica que a empresa esta recebendo dinheiro antes do prazo dado por seus fornecedores para pagamento, portanto nota-se que agindo assim a empresa consegue ter um valor maior de dinheiro em caixa.
Gráfico 03: Qual o prazo medio de reposição de estoque?
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Em relação ao prazo médio de reposição de estoque, o gráfico 3 mostra que 40% dos entrevistados realizão esta reposição de forma quinzenal, também 40% de forma semanal e 20% de forma mensal. Este indicador esta revelando que a maioria da empresa tem uma grande saída de produtos/serviços e com isso a reposição tem que ser feita constantemente, tendo como finalidade o crescimento da empresa.
Gráfico 04: Qual fator é considerado o maior gerador de necessidade de capital de giro?
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
As informações organizadas pelo gráfico 4, diz que 40% dos entrevistados acreditam que o maior gerador de necessidade de capital de giro seja o crescimento da inadimplência, bem como 40% acreditam que o maior fator seja a questão da redução de vendas, 10% consideram que é o prazo de pagamento e 10% o aumento nos custos.
Gráfico 05: Com que frequência a empresa recorre a capital de terceiros?
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
De acordo com o gráfico 5, pode – se verificar que 50% dos entrevistados nunca recorrem a capital de terceiros, 40% raramente recorre e 10% quase sempre utilizam capital de terceiros. Podemos observar então que a maioria das empresas entrevistadas estão conseguindo administrar o seu capital próprio, ou seja, estão buscando meios eficazes para administrar os custos financeiros.
Gráfico 06: Com que frequência a empresa recorre ao capital próprio?
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
De acordo com o gráfico acima 40% recorrem ao capital próprio quase sempre, 30% recorrem sempre e 30% raramente. Como podemos observar nas respostas dos entrevistados a maior parte dele utilizam de de capital próprio ao invés de buscar capital de terceiros.
Gráfico 07: Há acompanhamento dos resultados da empresa (Lucro/Prejuízo)?
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Conforme mostra no gráfico 80% dos entrevistados diz que acompanha os resuldados da empresa, analisando o que pode ser feito para aumentar o lucro constantemente e ter o menor índice de prejuízo. E 20% informam que acompanham os resultados quase sempre.
Gráfico 08: É feito o controle do saldo de caixa diário da empresa?
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
Relacionado ao controle do saldo de caixa as respostas ficaram osganizadas em 70% sempre e 30% quase sempre, isso nos mostra que os entrevistados estão tendo responsabilidade e cuidado com o capital da empresa e que com uma boa administração poderão se sobressair em seus resultados como um todo.
Gráfico 09: Antes da compra de algum bem/equipamento.
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
As resposta dos entrevistados neste item foram quase unânimes, pois 90% informaram que sempre anasilam a viabilidade da compra de um bem/equipamento e 10% quase sempre, portanto podemos dizer que estão tendo cautela ao fazer um novo investimento, como irão usar o capital da empresa, de forma a não gastar com o desnecessário.
Gráfico 10: A empresa possui planejamento e controle orçamentário?
Fonte: Dados de pesquisa, 2017.
A pergunta realizada acima contem os seguintes itens: Opção 1 – A empresa usa o plano orçamentário como meio de reduzir gastos e aumentar o lucro; Opção 2 – A empresa planeja o orçamento e segue ao longo do ano; Opção 3 – A empresa planeja o orçamento ao início do ano e não revisa ou não segue durante o ano; Opção 4 – A empresa não possui qualquer planejamento ou controle orçamentário.Conforme observado no gráfico 10, 60% dos entrevistados possuem planejamento de controle financeiro, 20% não possuem, 10% planejam um orçamento e seguem ao longo do ano e 10% planeja ao início do ano, porém não segue. Podemos notar que a empresas que aindam precisam trabalhar esta questão, pois o planejamento financeiro é de extrema importancia para o crescimento e sucesso de qualquer empreendimento.
5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Após entender um pouco mais sobre a importância do planejamento financeiro em micro e pequenas empresas, podemos identificar o quanto esta área é essencial para o crescimento e desenvolvimento das MPEs, e que o índice de mortalidade destas está diretamente relacionado com uma administração financeira falha.
Primeiramente foi realizado uma pesquisa sobre o conceito de planejamento, com o intuito de trazer mais conhecimento sobre o assunto e sobre a administração financeira, onde podemos verificar que esta dois itens estão diretamente interligados, quando o assunto é planejamento financeiro de MPEs e que juntamente com o plano de negócios poderão ser traçadas metas e ser feito um mapeamento de tudo que precisa ser realizado na empresa, já que no planejamento e a administração financeira vão ser criados métodos de análise, avaliação e monitoramento do setor financeiro, bem como seus resultados e o plano de negócios vai ajudar a controlar o passo a passo de todo os objetivos, para que os mesmos seja concretizados da forma mais satisfatória possível.
SALIM (2013) “afirma que o não cumprimento da gestão financeira da pequena empresa pode acarretar consequências como o desconhecimento sobre geração de lucros ou prejuízos da pequena empresa, o cálculo errado sobre o preço de venda do produto final. A pequena empresa também desconhece valor recebidos e pagos, bem como os á receber e à pagar. Não consegue administrar corretamente o capital de giro por falta de informações, sendo assim, todo o sistema de informações sobre administração financeira não é feito corretamente.”
Também foi abordado sobre as MPEs e sua importância, já que no país a maioria dos empreendimentos empresariais são de micro e pequenas empresas e sendo assim essas empresas são responsáveis também pela receita gerada no país, porém esses empreendimentos muitas vezes acabam falindo por má administração e falta de preparo de seus gestores.
Mediante isso foi realizado uma pesquisa quantitativa a respeito do planejamento financeiro de empresas da região de São Gonçalo do Amarante – Ceará. A pesquisa foi realizada com 10 pequenas empresas da localidade e através dos resultados foi possível constatar que os gestores dessas MPEs estão trabalhando constantemente para a melhoria de suas empresas e que estão dando mais importância ao planejamento financeiro, pois perceberam que se querem que seu empreendimento cresça, se desenvolva e se torne cada vez mais conhecido tem que haver um maior cuidado nessa área, para saber como vai ser usado o seu capital próprio, como vão investir, fazer melhorias sem ter desperdícios e retrabalhos.
REFERÊNCIAS 
ROSS, STEPHEN A.; WESTERFIELD, RANDOLPH W. E JAFFE, JEFFREY F. AdministraçãoFinanceira. 1. ed. São Paulo: Atlas, 1995.
GITMAN, LAWRENCE J. Princípios de Administração Financeira. 7ª edição. São Paulo: Harbra, 2002. 
PETTY, LONGENECKER MOORE. Administração de pequenasempresas. Ênfase da gerência empresarial. São Paulo: Makron Books, 1997.
TACHIZAWA, T. e FARIA, M.S Criação de Novos Negócios, Rio de Janeiro: FGV, 2002.
GONÇALVES, M.F. A pequena empresa e expansão industrial. Lisboa: Associação Industrial Portuguesa, 1994.
DORNELAS, JOSÉ CARLOS ASSIS. Empreendedorismo: Transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.
SALIM, CÉSAR SIMÕES. Administração empreendedora: Teoria e prática usando estudo de casos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
HISRICH, ROBERT D.; PETERS, MICHAEL P. Empreendedorismo. 5. Ed. Porto Alegre: Bookam, 2004.
OLIVEIRA, S.L. Tratado de Metodológica Científica. São Paulo: Pioneira, 2002.
MARTINS, G. A; THEÓPHILO, C.R. Metodologia da investigação científica para ciências sociais e aplicadas. São Paulo: Editora. 2009.
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa Científica. Fortaleza: UEC, 2002.
GIL, ANTÔNIO CARLOS. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. RJ: Elsevier, 2004.
GONÇALVES, M.F. A pequena empresa e expansão industrial. Lisboa: Associação Industrial Portuguesa, 1994.
BARBOSA, Heitor. A análise de demonstrativos financeiros como ferramenta para tomada de decisão nas micro e pequenas empresas. Fev. 2010. Disponível em: <http://www.faer.edu.br/revistafaer/artigos/edicao2/heitor.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2013.
ANEXOS
Questionário sobre “Planejamento Financeiro”
1. Você controla o estoque de acordo com a demanda dos produtos/serviços? 
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca 
2. O prazo que obtém para pagamento é superior ao prazo de recebimento? 
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca
3. Qual o prazo médio de reposição de estoque? 
( ) Mensalmente ( ) Quinzenalmente ( ) Semanalmente ( ) Duas ou mais vezes por semana
4. Qual desses fatores você considera ser maior gerador de necessidade de capital de giro? 
( ) Redução de vendas ( ) Crescimento da inadimplência ( ) Prazo de pagamento ( ) Aumento de custos
5. Com que frequência a empresa recorre a capital de terceiros? (Financiamentos, empréstimos) 
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca
6. Com que frequência a empresa recorre ao capital próprio? (Patrimônio líquido) 
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca
7. Você acompanha os resultados de sua empresa (Lucro/Prejuízo)? 
( ) Sempre ( ) Quasesempre ( ) Raramente ( ) Nunca
8. Você controla o saldo de caixa diário de sua empresa? 
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca 
9. Antes de comprar algum bem/equipamento, há uma análise da viabilidade da compra? 
( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Raramente ( ) Nunca 
10. A empresa possui planejamento e controle orçamentário? 
( ) A empresa usa o plano orçamentário como meio de reduzir gastos e aumentar o lucro. 
( ) A empresa planeja o orçamento e segue ao longo do ano 
( ) A empresa planeja o orçamento ao início do ano e não revisa ou não segue durante o ano. 
( ) A empresa não possui qualquer planejamento ou controle orçamentário.
Controle de estoque de acordo com a demanda de produtos/serviços	
Sempre	Quase sempre	Raramente	Nunca	7	3	
Prazo de pagamento/recebimento	
Sempre	Quase sempre	Raramente	Nunca	2	7	1	
Prazo médio de reposição	
Mensalmente	Quinzenalmente	Semanalmente	Duas ou mais vezes po semana	2	4	4	
Maior gerador de nescessiadade de capital de giro	
Redução de vendas	Crescimento da inadimplência	Prazo de pagamento	Aumento de custos	4	4	1	1	
Capital de terceiros
Com qual frequencia a empresa recorre ao capital de terceiros	
Sempre	Quase sempre	Raramente	Nunca	1	4	5	
Capital próprio
Com que frequencia a empresa recorre ao capital próprio	
Sempre	Quase sempre	Raramente	Nunca	3	4	3	
Faz acompanhamento dos resultados da empresa?
Faz acompanhamento dos resuntados da empresa?	
Sempre	Quase sempre	Raramente	Nunca	8	2	
Controle de saldo de caixa diário da empresa
É feito controle de saldo de caixa diárioda empresa? 	
Sempre	Quase sempre	Raramente	Nunca	7	3	
Há uma analise da viabilidade da compra?
Há uma analise da viabilidade da compra do bem/equipamento.	
Sempre	Quase sempre	Raramente	Nunca	9	1	
Planejamento e controle orçamentário
A empresa possui planejamento e controle orçamentário?	
1ª opção	2ª opção	3ª opção	4ª opção	6	1	1	2