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@mayaravnutri A gordura armazenada é uma fonte de energia potencial abundante no corpo. Gordura armazenada = 60.000 a 100.000 kcal a partir de triglicerídeos nos adipócitos e cerca de 3.000kcal nos triglicerídeos intramusculares Carboidratos = energia não passa de 2.000 kcal Fontes de energia para catabolismo lipídico: 1. Triglicerídeos armazenados dentro da fibra muscular, próximo às mitocôndrias (fibra de contração lenta possui em maior quantidade) 2. Triglicerídeos circulando em lipoproteínas (são hidrolisados no endotélio dos capilares pela lipase lipoproteica – LPL) 3. Ácidos graxos livres circulantes (AGL) mobilizados do triglicerídeo do tecido adiposo O primeiro passo para a liberação de energia da gordura é a lipólise, que quebra o triglicerídeo em glicerol e 3 ácidos graxos → enzima lipase hormônio sensível (LHS) a partir da ativação do mediador AMP cíclico (AMPc) nos adipócitos e nas células musculares. o Ativam o AMPc: epinefrina, norepinefrina, glucagon, hormônio do crescimento (aumentados durante o exercício físico moderado, ainda, para aumentar o fornecimento de AGL para o músculo) o Inibem o AMPc: insulina, lactato e corpos cetônicos A degradação ou síntese de gorduras depende da concentração e disponibilidade de ácidos graxos na célula - Após refeição: concentração elevada de AGL na célula → estimula a lipogênese - Após exercício moderado, há mobilização da gordura para uso, diminuindo a disponibilidade de AGL na célula → estimula a lipólise Obs: o exercício prévio interfere no trânsito da gordura dietética pós-treino, direcionando mais para oxidação em vez do armazenamento. Relação da atividade física com a proteção contra ganho de peso. Adipócitos: células do tecido adiposo especializadas em sintetizar e armazenar gordura (triglicerídeo). Até 95% do seu volume pode estar ocupado pela gotícula de gordura. À medida que o fluxo sanguíneo aumenta com o exercício físico, o tecido adiposo libera mais AGL para o músculo ativo. Isso faz com que cada vez mais as gorduras passam a participar da geração de energia. (Amarelo = gordura) @mayaravnutri Mobilização de gordura: LHS ativada → lipólise do triglicerídeo, resultando em glicerol + 3 AG AG circulam na corrente sanguínea ligados a albumina (AGL) e vão para tecidos alvo No músculo: AGL se dissocia da albumina e na célula muscular pode seguir 2 caminhos: Reesterificação para formar triglicerídeos novamente Ir para mitocôndria para ser usado no metabolismo energético Na mitocôndria: sofrem ação da carnitina-acil-CoA-transferase AG de cadeia curta e média não necessitam da enzima para ser transportado para dentro da mitocôndria AG sofrem beta-oxidação, pela remoção de fragmentos acetil, até que toda molécula de AG tenha sido degradada em acetil-CoA, que entrará no ciclo de Krebs para continuar a geração de energia. Ocorre apenas em condição aeróbica, porque depende do oxigênio para a reação ocorrer. Acetil-CoA entra no ciclo de Krebs e segue para a cadeia transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa. Glicerol: vai livremente pela corrente sanguínea até o fígado, onde será usado como precursor para gliconeogênese. Obs: as gorduras são uma fonte de energia, mas não de glicose, pois os AG não conseguem produzir glicose. Por isso, os tecidos dependentes exclusivamente de glicose não conseguem obter energia dos AG. 01 AG consegue gerar uma quantidade maior de energia devido a maior quantidade de hidrogênios na molécula. Fatores que influenciam na obtenção de energia pelas gorduras: 1. Estado nutricional do indivíduo 2. Nível de treinamento 3. Duração da atividade física 4. Intensidade da atividade física Podem contribuir com 30 a 80% da energia no exercício. Quando ocorre depleção do glicogênio, as gorduras passam a ser a principal fonte de energia para o exercício e recuperação. @mayaravnutri Obs: Para ocorrer a degradação de AG, é preciso um nível residual de degradação carboidratos de forma contínua. Acetil-CoA da beta-oxidação se liga aos intermediários do ciclo de Krebs (oxaloacetato e malato), que são gerados a partir da oxidação da glicose a piruvato (glicólise). Se não houver níveis suficientes desse intermediários (redução de carboidratos), não haverá utilização dessa gordura. Apesar de a gliconeogênese ser uma opção de produção de glicose a partir do glicerol, por exemplo, não consegue restaurar ou manter reserva de glicogênio se a pessoa não consumir carboidratos. Mesmo tendo grandes quantidades de AG circulando para os músculos, ocorrerá redução da intensidade do exercício, no caso de depleção de glicogênio. Se a depleção de carboidratos persistir de forma extrema, o acetil-CoA produzido pela beta-oxidação não conseguirá entrar no ciclo de Krebs (como dito anteriormente) e, por ficar acumulado, será convertido em corpos cetônicos pelo fígado (risco de acidose). Lipogênese: processo de formação de gordura a partir do excesso de glicose ou proteínas, que não são utilizadas. - Insulina promove aumento da translocação de GLUT 4 do citoplasma dos adipócitos para a membrana plasmática, o que aumenta em até 30 vezes o transporte de glicose para dentro dos adipócitos. @mayaravnutri O triglicerídeo formado é transportado na corrente sanguínea na forma de lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL). As células podem usar o VLDL pra produção de energia ou transportar os triglicerídeos para o tecido adiposo, para armazenamento.
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