ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA DIREITO DO TRABALHO E PREVIDENCIÁRIO

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Atividade Contextualizada
Férias é um descanso concedido ao empregado que trabalha pelo menos um ano para o empregador. O direito é assegurado no artigo 7º, inciso XVII da Constituição da República, que trata dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. 
No Brasil, o direito a férias anuais para alguns grupos de trabalhadores foi universalizado em 1943, com a edição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A Constituição de 1988, além de assegurar o direito, também acresceu uma remuneração de férias de 1/3 do valor do salário. 
O trabalhador adquire direito a férias após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, ou seja, conta-se o ano contratual, e não o ano civil. A este período chamamos de período aquisitivo (BRASIL, 1943). Algumas circunstâncias interrompem essa contagem, como a do empregado que deixa o emprego e não é readmitido em 60 dias ou que permanece em licença remunerada por mais de 30 dias. Outras hipóteses estão previstas nesta mesma lei.
As situações apresentadas na atividade nos fazem refletir acerca do direito de férias dos colaboradores, o que passaremos a discorrer a seguir.
A funcionária Luana não será contemplada em receber na rescisão de seu contrato o valor de férias proporcionais pois a mesma foi dispensada por justa causa do serviço. Justa causa é todo ato faltoso do empregado que faz desaparecer a confiança e a boa-fé existentes entre as partes, tornando indesejável o prosseguimento da relação empregatícia (TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, 2021).
Tal decisão está abrigada na Súmula nº 171 do TST que julga salvo na hipótese de dispensa do empregado por justa causa, a extinção do contrato de trabalho sujeita o empregador ao pagamento da remuneração das férias proporcionais, ainda que incompleto o período aquisitivo de 12 (doze) meses (art. 147 da CLT) (SÚMULAS DO SUPERIOR TRIBUNAL DO TRABALHO).
Os atos faltosos do empregado que justificam a rescisão motivada do contrato pelo empregador tanto podem referir-se às obrigações contratuais como também à conduta pessoal do empregado, comprometendo a manutenção do vínculo empregatício (GUIA TRABALHISTA, 2021).
No caso de Carlos, o Serviço Militar é obrigatório a todos os brasileiros, inclusive os naturalizados, ficando dispensadas as mulheres e os eclesiásticos. Como ele possui um vínculo de trabalho, o período em que ele estiver de prestação do Serviço Militar o período aquisitivo das férias ficará suspenso. Logo no seu retorno será necessário trabalhar mais cinco meses para se somar ao período dos sete meses já trabalhados, totalizando assim, seu período aquisitivo de 12 meses.
As faltas injustificadas refletem nas férias do trabalhador e a CLT dispõe regras especificas no tocante a quantidade de dias de gozo das férias para os trabalhadores, principalmente quando o há no curso do período aquisitivo ao direito das férias, faltas injustificadas pelo trabalhador, que é o caso da funcionária Alessandra, que se ausentou injustificadamente por um período de oito dias. 
Sendo assim no Art. 130 da CLT cita que após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I – 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II – 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III – 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV – 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 1º – É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º – O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
Logo a referida funcionária terá direito a 24 dias corridos de férias referente a este período aquisitivo (SANTOS, 2021).
Na última situação da atividade, cita-se que o funcionário Augusto acabou de receber a concessão de férias, logo compreendemos que Augusto concluiu o seu período aquisitivo e pode tirar até 30 dias de férias. Esse período é acordado com a empresa sendo concedido de acordo com o que for melhor para a organização.
Conforme destacado no artigo 134 da CLT, as férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 (doze) meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Entretanto com a Reforma Trabalhista, desde que o empregador e colaborador concordem, as férias poderão ser fracionadas em até três períodos. Entretanto, pelo menos um deles não deve ser inferior a 14 dias corridos e os outros não podem ser inferiores a 5 dias corridos (FERNANDES, 2020).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BRASIL. Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. 
FERNANDES, A. Férias: manual para organizar as férias na sua empresa. Acesso em: 17/03/2021. Disponível em: https://www.pontotel.com.br/ferias-tudo-sobre/#:~:text=Remunera%C3%A7%C3%A3o%20das%20f%C3%A9rias%3A%20O%20artigo,de%20sua%20remunera%C3%A7%C3%A3o%20de%20f%C3%A9rias. 
GUIA TRABALHISTA. Rescisão de contrato de trabalho por justa causa do empregado. Acesso em: 17/03/2021. Disponível em http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/justacausa.htm.
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. Férias: quais são os seus direitos? Acesso em 17/03/2021. Disponível em: https://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/ferias-quais-sao-os-seus-direitos-#:~:text=O%20trabalhador%20adquire%20direito%20a,(CLT%2C%20artigo%20130).
SANTOS, G. Quantos dias posso faltar e ainda tirar férias? Acesso em: 17/03/2021. Disponível em: https://geovanisantos.jusbrasil.com.br/noticias/371451660/quantos-dias-posso-faltar-e-ainda-tirar-ferias 
SÚMULAS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO. Súmula nº 171 de 05/05/2004. Acesso em: 17/03/2021. Disponível em: https://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/Sumulas_com_indice/Sumulas_Ind_151_200.html