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GABRIELA PINHEIRO GOMES – M36 ッ1 INTRODUÇÃO A orelha externa é formada pelo pavilhão auricular e pelo conduto auditivo externo. O terço lateral do conduto auditivo externo é formado por cartilagem e os 2/3 mediais são formado por osso. Então orelha externa é do tímpano para fora. ⤷O pavilhão auricular é tipo uma caixa acústica, ele localiza o som e serve de porta de entrada que vai através da onda sonora vibrar a membrana timpânica, se amplificar na cadeia ossicular, se transformar em energia na cóclea e ai vai até o cérebro através do nervo vestíbulo- coclear. Membrana timpânica: fina e translúcida, separa a orelha externa da média, umbigo (extremidade do cabo do martelo), ectoderma, mesoderma (ausente na parte flácida) e a parte do endoderma (mucosa respiratória). OTITE EXTERNA ⤷É um acometimento inflamatório dos tecidos da orelha externa; ⤷Geralmente advém de mergulhos ou alguma lesão, traumas ou alterações de composição do cerume; ☞Mais comumente causada por Pseudomonas aeruginosa (G-), Staphylococus aureus ☞Quadro clínico: dor, prurido, secreção exsudativa e perda auditiva condutiva (edema de pele do CAE); ☞Tratamento: • Limpeza; • Analgesia; • Gotas otológicas (aminoglicosídeos, quinolonas); • Antibióticos VO (casos específicos); • Proteção do CAE durante banho (algodão+óleo); • Compressas quentes secas. ✎Otite média como é por trás da membrana timpânica o tratamento é com o uso de antibiótico VO, geralmente é otite devido uma gripe. Orelha externa GABRIELA PINHEIRO GOMES – M36 ッ2 Ex: passou o fds na piscina ou fez uso de cotonete ocasionando alguma lesão, tá com otite externa: Otociriax, dipirona e ibuprofeno. Ex: paciente DM, já tratou com gotas e não resolveu: amox + clavulonato, cipro VO ou levofloxacina. Como é localizada pode gerar furunculose, ter acometimento de unidade pilosebácea de 1/3 lateral do MAE, pode gerar pústula. Trata com gota + ATB VO. ⤷Drenagem apenas se formar flutuação. OTITE EXTERNA MALIGNA (NECROTIZANTE) Acomete idosos, DM, imunossuprimidos; Possui um caráter agressivo, com acometimento de parótida, meninges, base de crânio... É um processo infeccioso invasivo, grave, é uma osteomielite de base de crânio (osso temporal); Causador: Pseudomonas aeruginosa (G-); Quadro clínico: otalgia bem evidente, otorréia e pólipo (tem que biopsiar para descartar CA de pele de conduto); Ocorre o aumento de VHS; Diagnóstico: cintilografia com Tecnécio (vai ver o osteoblasto, a atividade inflamatória no osso) e o Gálio serve para o acompanhamento (se der normal, tá tratado, se ainda acender, deve manter o tratamento e repetir depois). Tratamento: • Cefalosporina de 3ª geração (ceftazidima) geralmente durante internação; • Ciprofloxacino após receber alta hospitalar; • Curativo otológico Parâmetros de controle da doença: melhora da dor, redução de VHS, cintilografia com Gálio OTITE EXTERNA FÚNGICA (OTOMICOSE) Clima úmido, gotas otológicas de antibióticos (porque matou a flora bacteriana e prevaleceu a fúngica), traumas, DM. Causador: Aspergyllus sp e Candida sp Quadro clínico: dor, prurido intenso e plenitude aural; ⤷A otoscopia vai evidenciar a presença de micélios/hifas; ✎ É necessário limpar/lavar o ouvido para que o remédio possa fazer efeito. Tratamento: • Aspiração cuidadosa, limpeza do conduto; • Gotas com acidificantes; • Antifúngicos Oto betinovate ou fungirox são as medicações mais utilizadadas. GABRIELA PINHEIRO GOMES – M36 ッ3 HERPES ZOSTER Acomete o dermátomo da orelha, é a reativação do vírus Varicela Zoster (estresse, imunossupressão); Quadro cutâneo (vesículas agrupadas na pele do PA,CAE), dor intensa, crostas; Se houver paralisia facial + hipoacusia = Síndrome de Ramsay-Hunt. MIRINGITE EXTERNA É um quadro de otite externa que acomete a parte do ectoderma timpânico; São bolhas hemorrágicas sobre a membrana timpânica e seus arredores; Causada por vírus respiratórios altos, Micoplasma pneumonie; Quadro clínico: otalgia súbita, zumbido, plenitude, pequeno sangramento no CAE; Tratamento: analgesia + gotas tópicas com ATB (com intuito de evitar infecção secundaria e as gotas contem corticoide e analgésicos). OTITE EXTERNA ECZEMATOSA Tudo que resseca a pele, coça e descama. É uma irritação da pele da orelha externa, sem ter necessariamente um processo infeccioso; Quadro clínico: prurido, descamação, exudato (infecção secundária por manipulação) Tratamento: cuidados locais, limpeza, óleos para hidratação de pele, gotas otológicas (se tiver quadro de otite crônica), anti-histamínicos, corticoides. OUTRAS OTITES EXTERNAS • Celulite e erisipela; • Pericondrite e condricte auricular; • Dermatite de contato; • Dermatite atópica; • Dermatite seborreica GABRIELA PINHEIRO GOMES – M36 ッ4 CERUME É uma secreção protetora constituída do produto de glândulas sudoríparas + material oleoso de glândulas sebáceas (pele de parte cartilaginosa) + queratina de pele de parte óssea; ⤷Possui função de autolimpeza e absorção; ⤷Impermeabiliza a pele, possui pH ácido, é antibiótico e odor característico (contra aproximação de insetos). ⤷Pode acumular devido muita produção e pouca excreção, e ocorre de ter um cotonete ou fone de ouvido evitando essa excreção ele pode acumular e formar uma rolha de cerume; ⤷Se rolha: perda de audição, pressão, dor, náusea; ⤷Remoção com instilação de água morna a 37 graus, curetas, aspiração etc; ⤷Soluções para amolecimento a base de glicerina e bicarbonato de sódio; ✎Não se deve fazer a lavagem na suspeita de perfuração timpânica (risco de infecção de orelha média). CORPO ESTRANHO DA ORELHA EXTERNA ⤷Animados x inanimados ⤷Deve ter retirada precoce; ⤷Lavagem + retirada com material específico.
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