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Apresentação da disciplina Critérios de avaliação Referências Prof . Gi ldeon Marques Faculdade de Farmácia Disciplina: Farmacognosia I Turma: 1002 Apresentações Conteúdo programático Unidade Início Término 1- A Farmacognosia e a Fitoterapia: conceitos gerais 1.1 Definição da Farmacognosia. 1.2 Interface entre a Farmacognosia e as ciências Básicas (Botânica, Zoologia, Genética, Física e Química) e ciências aplicadas (Química Farmacêutica, Farmacodinâmica, Farmacotécnica, Tecnologia e Controle de medicamentos etc). 1.3 Definição de Fitoterapia conforme Ministério da Saúde. 1.4 Histórico do emprego de produtos naturais, plantas medicinais e fitoterápicos no mundo e no Brasil. 1.5 Empenhos da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde para o desenvolvimento e valorização da Fitoterapia no Brasil. 1.6 Definições no âmbito de plantas medicinais e fitoterápicos. 25/02 04/03 2 - Desenvolvimento de produtos fitoterápicos 2.1 Importância de Etnobotânica e Etnofarmacologia para a investigação e utilização de produtos naturais. 2.2 Obtenção de plantas medicinais para produção de fitoterápicos. 2.3 Obtenção de medicamentos fitoterápicos. 2.4 Parte experimental ? Métodos extrativos laboratoriais. 2.5 Parte experimental ? Ensaios de controle de qualidade de drogas vegetais e medicamentos fitoterápicos. 11/03 11/03 3 - Metabolismo primário e secundário para a biossíntese de princípios ativos naturais. 3.1 Correlações e distinções entre o metabolismo primário e secundário (principais vias metabólicas e grupos de metabólitos primários e secundários). 3.2 Fotossíntese e obtenção de carboidratos e polissacarídeos. 3.3 Características químicas, físico-químicas, farmacêuticas, farmacológicas e toxicológicas de carboidratos e polissacarídeos. 3.4 Espécies vegetais mais importantes no uso terapêutico de carboidratos e polissacarídeos (plantago, malva, linhaça etc). 3.5 Parte experimental: Análise de amidos e gomas. 3.6 Parte experimental: Análise do mel. 25/03 01/04 Conteúdo programático Unidade Início Término 4 - Biossíntese de princípios ativos naturais relacionados à Via do Acetato 4.1 Características biossintéticas, químicas, físico-químicas, farmacêuticas, farmacológicas e toxicológicas de ácidos graxos. 4.2 Espécies vegetais mais importantes para obtenção de óleos de interesse farmacêutico (rícino, cacau, girassol, oliva etc). 4.3 Características biossintéticas, químicas, físico-químicas, farmacêuticas, farmacológicas e toxicológicas de quinonas. 4.4 Espécies vegetais mais importantes no uso terapêutico de quinonas (ruibarbo, babosa, cáscara-sagrada, sene, noni, erva-de-são-joão, ipê-roxo, hena etc). 4.5 Parte experimental: Identificação química de antraquinonas em plantas medicinais. 08/04 06/05 5 - Biossíntese de princípios ativos naturais relacionados à Via do Ácido Mevalônico e Desoxixilulose 5.1 Características biossintéticas, químicas, físico-químicas, farmacêuticas, farmacológicas e toxicológicas de terpenos (monoterpenos, iridoides, sesquiterpenos, diterpenos, sesterterpenos, triterpenos, tetraterpenos e esteroides). 5.2 Espécies vegetais mais importantes no uso terapêutico de terpenos em óleos voláteis (hortelã-pimenta, canelas, melissa, alecrim, erva-doce e eucalipto). 5.3 Espécies vegetais mais importantes no uso terapêutico de terpenos como princípios ativos naturais de fitoterápicos e fitofármacos (valeriana, camomila, artemisia, gênero Gossypium, vitamina K1, clorofila a, taxol, estévia, ginkgo, vitamina A1 e A2, lanosterol e colesterol). 5.4 Características biossintéticas, químicas, físico-químicas, farmacêuticas, farmacológicas e toxicológicas de saponinas. 5.5 Espécies vegetais mais importantes no uso terapêutico de saponinas (alcaçuz, centela, ginseng e quilaia). 5.6 Parte experimental: Pesquisa de saponinas e determinação de índice afrosimétrico. 5.7 Características biossintéticas, químicas, físico-químicas, farmacêuticas, farmacológicas e toxicológicas de heterosídeos cardiotônicos. 5.8 Espécies vegetais mais importantes no uso terapêutico de heterosídeos cardiotônicos (digitalis, estrofantos, cila etc). 06/05 20/05 Critérios de avaliação Avaliação Conteúdo Total Data Avaliação 1 – AV1 Unidade 1 até Unidade 4 (Subtópicos 4.1 e 4.2) Parte conceitual teórica = 8 Pontos Parte conceitual prático = 2 Pontos 10 29/04 Avaliação 2 – AV2 Todo conteúdo da disciplina Parte conceitual teórica = 8 Pontos Parte conceitual prático = 2 Pontos 10 17/06 Avaliação 3 – AV3 Todo conteúdo da disciplina Podendo apresentar questões teóricas de conceitos práticos, conforme disponibilidade de questões no BDQ. 10 24/06 Aprovação AV1 AV2 AV3 AVX + AVY 2 = 6 Obter grau igual ou superior a 4,0 em, pelo menos, duas das três avaliações. 75% de frequência Referências Referências Vocês estão aí? Introdução à Farmacognosia: conceitos, definições e evolução histórica Prof . Gi ldeon Marques Faculdade de Farmácia Disciplina: Farmacognosia I Introdução: Farmacognosia 1. Introdução, conceitos e definições: 1.1 Definições de Farmacognosia e sua história. 1.2 Conceito farmacognóstico de droga e droga derivada 1.3 Definições de Princípios Ativos, Farmacopéia (Drogas oficinais e drogas não oficinais), Herbário, Farmacotécnica, Produto Fitoterápico 1.4 Farmacognosia atual e abordagens para o estudo de plantas medicinais 1.5 Farmacozoologia Droga? Principio ativo? Medicamento? Remédio? Fármaco? Louvado seja Deus!! O que é isso? Algumas definições Droga – capaz de produzir efeito farmacológico alterações benéficas ou maléficas Fármaco – droga-medicamento Medicamento – preparação de ação farmacológica benéfica Princípio ativo – Substância responsável pelo efeito farmacológico Remédio – qualquer dispositivo de tratamento do doente Algumas definições Droga – capaz de produzir efeito farmacológico alterações benéficas ou maléficas Em Farmacognosia, denomina-se droga todo vegetal ou animal ou mineral que após sofrer algum processo de transformação possa servir para a obtenção de substâncias medicamentosas ou de substâncias que sejam de interesse farmacêutico É toda substância de origem animal, mineral ou vegetal de onde é extraído o princípio ativo, que possui ação farmacológica. Introdução Ciência farmacêutica, cujo campo de estudo, consiste na aplicação da física, química e biologia, ao conhecimento da droga de origem vegetal, animal e mineral, sob diversos aspectos (origem, produção, comércio, características químicas e morfológicas e dosagem de seu princípio ativo). Pharmakon = substância medicinal, planta curativa ou veneno Gnose = conhecimento O que é essa tal de Farmacognosia? Histórico • 2.700 aC – Inventário de Shen nung • Ephedra sp., Ricinus communis e Papaver somniferum • Lenda do chá • Papiro Ebers (1550 a.C) - são 125 plantas e 811 receitas • Mirra, Sândalo roxo, Papoula Histórico Pedânios Dioscórides – (século I dC) Cláudio Galeno – (131 - 200 aC) Autor da “De matéria medica libri cinque” (Sobre a matéria medicinal, cinco livros) Estudava cerca de 600 plantas medicinais, além de certo número de produtos animais e minerais -durante cerca de quinze séculos Farmacêutico e médico grego, autor de vários livros sobre medicina e farmácia É precursor da alopatia http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/52/Dioscorides_De_Materia_Medica_Byzantium_15th_century.jpg Histórico Idade Média - entre 450-1000 Paracelso (1493-1541) – início do século XVI “Idade tenebrosa” Teoria da “assinatura dos corpos” Histórico Teoria da “assinatura dos corpos” Histórico Divisão da “matéria médica” – (Início do século XIX) 1815 - “Farmacognosia“ - C. A. Seydler, estudante de medicina de Halle/Saale, Alemanha, título da dissertação de Analectica pharmacognostica. Farmacologia (estudo da ação dos medicamentos) Farmacognosia (estudo de todos os aspectos dos medicamentos,com menor ênfase na ação) História Divisão da “matéria médica” – (No fim do século XIX) Síntese de compostos orgânicos com estruturas cada vez úteis terapeuticamente Três disciplinas básicas do estudo dos medicamentos Farmacologia - ação e dos efeitos dos medicamentos Farmacognosia - que estudava todas as informações sobre medicamentos derivados de fontes naturais (plantas, animais e microrganismos) Química farmacêutica - ciência das drogas sintéticas Friedrich Wöhler Relação da Farmacognosia com outras ciências ZoologiaFísica Tecnologia Farmacêutica Farmacodinâmica Farmacocinética Farmacognosia atual Abordagens para o estudo de plantas medicinais: Objetivos da Farmacognosia: Etnobotânica Etnofarmacologia Químiossistemática "Screening" farmacêutico Aplicação dos conhecimentos já estabelecidos sobre a droga nos processos de avaliação da sua qualidade, através da identificação, verificação da sua pureza e finalmente da sua integridade química Descoberta de novas drogas ou melhoria da qualidade das atualmente existentes Campos de atuação Farmacozoologia Trata das drogas de origem animal Bufos spp. NCl N H Epidatidina Epipedobates tricolor Referências BRASIL. Agencia de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n° 26, de 13 de maio de 2014. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos e o registro e a notificação de produtos tradicionais fitoterápicos. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf . Acesso em: 22 de fevereiro de 2021. BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 971, de 03 de maio de 2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde. Brasília, 2006. FRITZEN, M.; DUTRA, R. L.; CRIVELLI, S. R. M. Farmacognosia I. Rio de Janeiro: SESES, 2016. MIOTO, R. 2010. País deixa de gerar 5 bilhões por ano com fitoterápicos. Folha UOL, 7 de Junho de 2010. Disponível em < https://www1.folha.uol.com.br/paywall/login.shtml?https://www1.folha.uol.com.br/ciencia/746386-pais-deixa-de- gerar-us-5-bi-por-ano-com-fitoterapicos.shtml >. Acesso 23 de fev. 2015. OLIVEIRA, F.; AKISUE, G.; AKISUE, M. K. Farmacognosia. São Paulo: Atheneu, 2007. 412 p PINTO, A. C. et al. Produtos naturais: atualidade, desafios e perspectivas. Química Nova, v. 25, Supl. 1, p. 45-61, 2002. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf