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PRINCÍPIOS CONTRATUAIS CONTEMPORÂNEOS

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PRINCÍPIOS	CONTRATUAIS	CONTEMPORÂNEOS
1.	1.
1.1.	PRINCÍPIO	DA	FUNÇÃO	SOCIAL	DO	CONTRATO
1.1.1.	A)
1.1.1.1.	PREVISÃO	LEGAL
1.1.1.1.1.	ART	421	DO	CC
1.1.1.1.1.1.	"A	LIBERDADE	CONTRATUAL	SERÁ
EXERCIDA	NOS	LIMITES	DA	FUNÇÃO	SOCIAL	DO
CONTRATO"
1.1.1.1.1.1.1.	CONSIDERAÇÕES	IMPORTANTES
1.1.1.1.1.1.1.1.	A)
1.1.1.1.1.1.1.1.1.	PRIMEIRO	ARTIGO	DO	TÍTULO
V	do	CC	-	"Dos	Contratos	em	Geral"
1.1.1.1.1.1.1.2.	B)
1.1.1.1.1.1.1.2.1.	"LIBERDADE	CONTRATUAL"	=
1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.	AUTONOMIA	PRIVADA	!!!
1.1.1.1.1.1.1.2.1.2.	liberdade	que	as	partes
têm	de	autorregulamentar	seus	interesses
1.1.1.1.1.1.1.3.	C)
1.1.1.1.1.1.1.3.1.	CLÁUSULA	GERAL
1.1.1.1.1.1.1.3.1.1.	norma	que	o	legislador
cria	de	forma	intencionalmente	vaga,
propositadamente	aberta,	lacunosa,
imprecisa
1.1.1.1.1.1.1.3.1.2.	podem	ser
constantemente	reinterpretadas	de	acordo
com	a	sociedade	e	o	tempo
1.1.1.1.1.1.1.4.	D)
1.1.1.1.1.1.1.4.1.	FUNÇÃO	SOCIAL	LIMITA	A
AUTONOMIA	PRIVADA	!!!
1.1.2.	B)
1.1.2.1.	O	QUE	É	?
1.1.2.1.1.	A	FSC	interfere	na	relação	vertical	entre	as
PARTES	contratantes	e	a	COLETIVIDADE	(sociedade)
1.1.2.1.1.1.	o	contrato	é	um	negócio	jurídico	que	gera
efeitos	TRANSINDIVIDUAIS	=	perante	todos.
1.1.2.1.1.2.	qualquer	consequência	econômica	de	um
contrato	impacta	na	vida	de	toda	uma	sociedade	por
tabela
1.1.2.1.1.3.	espaço	da	liberdade	que	os	contratantes
têm	para	criar	as	próprias	regras
(autorregulamentação)	podem	ser	SANCIONADO	pela
FUNÇÃO	SOCIAL	DO	CONTRATO
1.1.2.1.1.3.1.	NULIDADE	ou	INEFICÁCIA	de	uma
cláusula	contratual	por	ofensa	à	FSC
1.1.2.1.2.	Contratos	analisados	e	interpretados	de	acordo
com	a	concepção	do	meio	social	em	que	estão	inseridos.
1.1.2.1.3.	Harmonizar	o	interesses	privados	dos
contratantes	com	o	interesse	de	toda	a	coletividade.
Assegura	solidariedade	social.
1.1.3.	C)
1.1.3.1.	EFEITOS	DA	FSC
1.1.3.1.1.	Efeito	do	princípio:	mitigar	a	força	obrigatória
do	contrato	e	da	relatividade.	Impõe	efeitos	contratuais
que	extrapolam	a	avença	negocial
1.1.3.1.1.1.	FSC	–	matéria	de	ordem	pública	–	com
proteção	constitucional	–	2035	CC
1.1.3.1.1.1.1.	art.	1º	IV,	da	CF
1.1.3.1.1.1.1.1.	fundamento	da	RFB
1.1.3.1.1.1.1.1.1.	IV:	valores	sociais	do	trabalho
e	da	livre	iniciativa
1.1.4.	D)
1.1.4.1.	LIMITES	DA	FUNÇÃO	SOCIAL	DO	CONTRATO
1.1.4.1.1.	A)
1.1.4.1.1.1.	NO	PLANO	INTERNO
1.1.4.1.1.1.1.	*	quando	fere	a	DIGNIDADE	DA
PESSOA	HUMANA
1.1.4.1.1.1.1.1.	olhar	interno	para	o	contratante
1.1.4.1.1.1.1.2.	pessoa	humana	faz	parte	de	uma
coletividade	e	ela	não	pode	praticar	atos	de
liberdade	que	a	"coisifique",	atos	de	liberdade
que	a	desumanize,	que	aviltem,	menospreze
1.1.4.1.1.1.1.3.	eficácia	interna	da	FUNÇÃO
SOCIAL	DO	CONTRATO
1.1.4.1.1.1.1.3.1.	ENUNCIADO	360	DO	CJF
1.1.4.1.1.1.1.3.1.1.	"O	PRINCÍPIO	DA
FUNÇÃO	SOCIAL	DOS	CONTRATOS	TAMBÉM
PODE	TER	EFICÁCIA	INTERNA	ENTRE	AS
PARTES	CONTRATANTES"
1.1.4.1.1.1.1.3.1.1.1.	A	e	B	fazem	um
contrato	de	cessão	de	imagem
1.1.4.1.1.1.1.3.1.1.1.1.	autonomia
privada
1.1.4.1.1.1.1.3.1.1.1.2.	programa	de
pegadinhas	na	TV
1.1.4.1.1.1.1.3.1.1.1.3.	A	é
homossexual
1.1.4.1.1.1.1.3.1.1.1.3.1.
autopromoção
1.1.4.1.1.1.1.3.1.1.1.4.	recebe	um	valor
em	dinheiro
1.1.4.1.1.1.1.3.1.1.1.5.	ENTIDADE	=
associação	em	defesa	dos
homossexuais	-	ofendeu	a	dignidade
da	pessoa	humana
1.1.4.1.1.1.1.3.2.	doutrina	coloca	algumas
situações
1.1.4.1.1.1.1.3.2.1.	proteção	dos	vulneráveis
contratuais
1.1.4.1.1.1.1.3.2.2.	Vedação	da	onerosidade
excessiva	ou	desequilíbrio	contratual:
anulação	(arts.	156	e	157)	e	a	revisão	do
contrato	(art.	317	CC).
1.1.4.1.1.1.1.3.2.3.	Proteção	da	dignidade
humana	(art.	1,	III,	CF)	e	dos	direitos	da
personalidade	no	contrato	(arts	11	a	21)
1.1.4.1.1.1.1.3.2.4.	Tendência	de
conservação	contratual,	sendo	a	extinção	do
contrato	a	última	medida	a	ser	tomada
1.1.4.1.1.1.1.3.2.5.	Nulidade	das	cláusulas
antissociais	(abusivas)
1.1.4.1.2.	B)
1.1.4.1.2.1.	NO	PLANO	EXTERNO
1.1.4.1.2.1.1.	*	DANOSIDADE	SOCIAL	presumida
1.1.4.1.2.1.1.1.	olhar	externo	do	contrato
1.1.4.1.2.1.1.2.	violação	de	interesses
TRANSINDIVIDUAIS	-	COLETIVOS	-	SOCIAIS
1.1.4.1.2.1.1.3.	eficácia	externa	da	FUNÇÃO
SOCIAL	DO	CONTRATO
1.1.4.1.2.1.1.3.1.	ENUNCIADO	23	CJF
1.1.4.1.2.1.1.3.1.1.	"A	FUNÇÃO	SOCIAL	DO
CONTRATO,	PREVISTA	NO	ARTIGO	421	DO
NOVO	CC,	NÃO	ELIMINA	O	PRINCÍPIO	DA
AUTONOMIA	CONTRATUAL,	MAS	ATENUA	OU
REDUZ	O	ALCANCE	DESSE	PRINCÍPIO
QUANDO	PRESENTES	INTERESSES
METAINDIVIDUAIS	OU	INTERESSE
INDIVIDUAL	RELATIVO	À	DIGNIDADE	DA
PESSOA	HUMANA
1.1.4.1.2.1.1.3.2.	ENUNCIADO26	CJF	-
JORNADAS	DE	DIREITO	COMERCIAL
1.1.4.1.2.1.1.3.2.1.	"O	CONTRATO
EMPRESARIAL	CUMPRE	SUA	FUNÇÃO	SOCIAL
QUANDO	NÃO	ACARRETA	PREJUÍZO	A
DIREITOS	OU	INTERESSES,	DIFUSOS	OU
COLETIVOS,	DE	TITULARIDADE	DE	SUJEITOS
NÃO	PARTICIPANTES	DA	RELAÇÃO
NEGOCIAL"
1.1.4.1.2.1.1.3.3.	doutrina	coloca	algumas
situações
1.1.4.1.2.1.1.3.3.1.	contrato	como
instrumento	de	circulação	de	riquezas	e
desenvolvimento	social
1.1.4.1.2.1.1.3.3.2.	sustentável,
racionalizado,	equilibrado.
1.1.4.1.2.1.1.3.3.3.	Dever	de	atentar	para	o
bem	comum,	geral	e	social.	Análise	do
impacto	na	sociedade.
1.1.4.1.2.1.1.3.3.4.	Autoriza	a	revisão	por
fato	superveniente
1.1.4.1.2.1.1.3.4.	*!
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.	FUNÇÃO
TRANSINDIVIDUAL	DO	CONTRATO
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.	eficácia
transubjetiva	do	contrato	=	não	tem
relação	com	direitos	coletivos	ou	difusos
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.1.	contrato
realizado	entre	a	A	e	B	só	que	ofende	C
(uma	pessoa	determinada)	que	não
participou	da	relação	jurídica
contratual.
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.1.1.	no	Direito
Civil	esse	terceiro	é	chamado	de
TERCEIRO	OFENDIDO
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.1.1.1.
EXEMPLO:
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.1.1.1.1.
"A"	dirigia	um	carro	e	estava
bêbada	e	tinha	contrato	de
seguro	com	a	empresa	"B"
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.1.1.1.1.1.
agravamento	do	risco	ao
dirigir	-	art.	798	do	CC:	"O
SEGURADO	PERDERÁ	O
DIREITO	À	GARANTIA	SE
AGRAVAR
INTENCIONALMENTE	O
RISCO	OBJETO	DO
CONTRATO"
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.1.1.1.2.
embriagada	provoca	um
acidente	ao	atropelar	"C".	"C"
terá	direito	de	ser	indenizado
pela	seguradora	"B"?
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.1.1.1.2.1.
C	é	um	terceiro	ofendido	por
um	contrato	que	não	fez
parte.	Sofreu	os	efeitos
deletérios	de	um	contrato
que	não	fez	parte
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.1.1.1.2.1.1.
exclusão	da	cobertura
securitária	para	o
motorista	A,	mas	não
pode	atingir	o	terceiro
porque	haveria	uma	lesão
à	FUNÇÃO	SOCIAL	DO
CONTRATO
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.2.	contrato
realizado	entre	A	e	B	que	sofre
interferência	indevida	do	C	(uma
pessoa	determinada)	que	não
participou	da	relação	negocial
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.2.1.	no	Direito
Civil	esse	terceiro	é	chamado	de
TERCEIRO	OFENSOR
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.2.1.1.
EXEMPLO
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.2.1.1.1.
"A"	tem	um	contrato	com	"B"
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.2.1.1.1.1.
esse	contrato	gera	uma
privacidade	entre	eles.
Ninguém	entra	em	contrato
alheio	sem	ser	chamado
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.2.1.1.1.2.
Zeca	Pagodinho	tinha
contrato	com	a	Nova	Skin.	A
AMBEV	vem	e	oferece	mais
para	Zeca	Pagodinho.
Rompimento	de	contrato	por
terceiro	ofensor
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.2.1.1.1.2.1.
Ambev	viola	a	função
social	do	contrato	-
relação	vertical	entre	um
contratante	e	um	terceiro
1.1.4.1.2.1.1.3.4.1.1.2.1.1.1.3.
terceiro	ofensor	é	aquele
que	instiga	o	contratante	a
inadimplir	sua	obrigação
1.1.5.	E)
1.1.5.1.	SANÇÃO	JURÍDICA	DO	CONTRATO	QUE	VIOLE	A
FUNÇÃO	SOCIAL	?
1.1.5.1.1.	A
1.1.5.1.1.1.	ENUNCIADO	430	DO	CJF
1.1.5.1.1.1.1.	"A	VIOLAÇÃO	DO	ARTIGO	421	CONDUZ
À	INVALIDADE	OU	À	INEFICÁCIA	DO	CONTRATO	OU
DE	CLÁUSULAS	CONTRATUAIS
1.1.5.1.2.	B
1.1.5.1.2.1.	INVALIDADE
1.1.5.1.2.1.1.	pelo	grau	mais	grave	que	é	a
NULIDADE	DO	CONTRATO
1.1.5.1.2.1.2.	FS	como	norma	de	ordem	pública,
cogente.	Decorre	do	princípio	constitucional	da
SOLIDARIEDADE
1.1.5.1.2.1.3.	EXEMPLO
1.1.5.1.2.1.3.1.	contrato	de	leilão	de	virgindade	=
usufruir	do	bem	jurídico	virgindade
1.1.5.1.2.1.3.1.1.	bem	jurídico	existencial
(direito	da	personalidade)
1.1.5.1.2.1.3.1.2.	degradação	do	direito	da
personalidade
1.1.5.1.2.1.3.1.3.	nulidade	do	contrato	por
ofensa	a	função	social	do	contrato	=
degradaçãoda	pessoa	humana	-	fere	o
princípio	da	dignidade	da	pessoa	humana
1.1.5.1.3.	C
1.1.5.1.3.1.	INEFICÁCIA	SUPERVENIENTE
1.1.5.1.3.1.1.	entre	a	invalidação	do	contrato	e	a
conservação	do	contrato,	aplica-se	o	PRINCÍPIO	DA
CONSERVAÇÃO	DO	NEGÓCIO	JURÍDICO
2.	2.
2.1.	PRINCÍPIO	DA	BOA	FÉ	OBJETIVA
2.1.1.	A)
2.1.1.1.	PREVISÃO	LEGAL
2.1.1.1.1.	ART.	422	DO	CC
2.1.1.1.1.1.	"OS	CONTRATANTES	SÃO	OBRIGADOS	A
GUARDAR,	ASSIM	NA	CONCLUSÃO	DO	CONTRATO,
QUANTO	NA	SUA	EXECUÇÃO,	OS	PRINCÍPIOS	DA
PROBIDADE	E	DA	BOA	FÉ"
2.1.2.	B)
2.1.2.1.	O	QUE	É?
2.1.2.1.1.	Preceito	de	ordem	pública	que	consagra	a
necessidade	de	que	as	partes	mantém	em	todas	as	fases
contratuais	condutas	de	probidade	e	lealdade.
2.1.2.1.2.	Exigência	de	conduta	leal	das	partes.	Normas
de	padrão	de	condutas	adotadas	segundo	aquilo	que,	no
senso	comum,	é	esperado	por	toda	a	coletividade,	por
representar	o	justo	e	o	válido,	decorrente	do	bom	senso
comum
2.1.3.	C)
2.1.3.1.	BOA	FÉ	SUBJETIVA	x	BOA	FÉ	OBJETIVA
2.1.3.1.1.	A)
2.1.3.1.1.1.	BF	SUBJETIVA
2.1.3.1.1.1.1.	boa	fé	FATO.	Estado	psicológico	de
uma	pessoa.
2.1.3.1.1.1.2.	pessoa	está	de	boa	fé	subjetiva
quando	ela	não	tem	consciência	que	está	violando
um	direito	alheio
2.1.3.1.1.1.2.1.	exemplo:	art.	1201	do	CC	-	ignora
o	vício
2.1.3.1.2.	B)
2.1.3.1.2.1.	BF	OBJETIVA
2.1.3.1.2.1.1.	atuação	no	direito	das	obrigações.
Normativa
2.1.3.1.2.1.1.1.	espaço	de	excelência	da	BFO	=
relações	obrigacionais	(crédito	e	débito)
2.1.3.1.2.1.2.	relação	entre	duas	pessoas	baseada
na	confiança	e	na	lealdade
2.1.3.1.2.1.2.1.	são	titulares	de	direitos
fundamentais	e	por	isso	cooperam	para	que	um
não	lese	a	legítima	expectativa	do	outro	quanto
ao	cumprimento	das	obrigações
2.1.3.1.2.1.3.	modelo	de	comportamento.	Pessoa
age	de	boa	fé	objetiva	ou	sem	boa	fé	objetiva
2.1.3.1.2.1.4.	adequação	da	conduta	das	partes	a
um	comportamento	socialmente	desejável	para
aquele	tipo	de	relação	contratual	=	modelo
desejáveis	de	comportamento
2.1.4.	D)
2.1.4.1.	BOA	FÉ	é	horizontal,	endógena
2.1.4.1.1.	relação	interna	entre	as	partes
2.1.4.1.1.1.	A	e	B	realizam	um	contrato	=	os	dois	tem
que	agir	em	conformidade	com	o	padrão	de	conduta
esperado
2.1.4.1.1.1.1.	a)
2.1.4.1.1.1.1.1.	momento	objetivo	da	relação
obrigacional
2.1.4.1.1.1.1.1.1.	utilidade
2.1.4.1.1.1.1.1.1.1.	PROGRAMA	ECONÔMICO
DAS	PARTES
2.1.4.1.1.1.1.1.2.	autonomia	privada
2.1.4.1.1.1.1.1.2.1.	formação	do	contrato
2.1.4.1.1.1.2.	b)
2.1.4.1.1.1.2.1.	momento	subjetivo	da	relação
obrigacional
2.1.4.1.1.1.2.1.1.	cooperação	entre	as	partes
2.1.4.1.1.1.2.1.1.1.	obrigação	não	se	reduz
ao	cumprimento	da	prestação	principal	de
dar,	fazer	ou	não	fazer
2.1.4.1.1.1.2.1.2.	boa	fé	objetiva	pessoaliza	a
relação	jurídica	obrigacional
2.1.4.1.1.1.2.1.2.1.	BFO	como	instrumento
anexo	para	garantir	a	satisfatividade	da
obrigação	principal	=	DEVER	ANEXO
(interesse	à	prestação)
2.1.4.1.1.1.2.1.2.1.1.	dever	anexo	de
cooperação
2.1.4.1.1.1.2.1.2.1.2.	dever	anexo	de
informação
2.1.4.1.1.1.2.1.3.	boa	fé	objetiva	e	o	interesse
à	proteção
2.1.4.1.1.1.2.1.3.1.	DEVER	LATERAL
(interesse	à	proteção)
2.1.4.1.1.1.2.1.3.1.1.	implementar	uma
ordem	de	proteção	patrimonial	e
existencial	a	ambas	as	partes	ao	longo	da
relação	obrigacional
2.1.4.1.1.2.	contrato	deve	ser	guiado	ao	seu
ADIMPLEMENTO	=	cumprimento	das	obrigações
contratuais
2.1.4.1.1.2.1.	EFEITOS	DO	ADIMPLEMENTO
2.1.4.1.1.2.1.1.	A)
2.1.4.1.1.2.1.1.1.	satisfação	do	interesse
objetivo	do	credor	=	resultado	útil	da
prestação	=	sucesso	da	relação	obrigacional	=
alcance	da	expectativa
2.1.4.1.1.2.1.2.	B)
2.1.4.1.1.2.1.2.1.	liberação	do	devedor.
Recupera	a	liberdade.	Vínculo	transitório
2.1.4.1.1.2.1.3.	C)
2.1.4.1.1.2.1.3.1.	extingue	a	obrigação	pelo
modo	planejado
2.1.4.1.1.2.1.3.1.1.	conforme	o	PROGRAMA
OBRIGACIONAL	(contratual)
2.1.4.1.1.3.	BFO	traz	segurança	jurídica	porque
estabiliza	expectativas	de	comportamento
2.1.5.	E)
2.1.5.1.	FUNÇÕES	DA	BFO
2.1.5.1.1.	BFO	é	multifuncional	ou	tridimensional
2.1.5.1.1.1.	A)
2.1.5.1.1.1.1.	FUNÇÃO	INTERPRETATIVA
2.1.5.1.1.1.1.1.	*	interpretação	das	cláusulas
contratuais
2.1.5.1.1.1.1.1.1.	art.	113	do	CC
2.1.5.1.1.1.1.1.1.1.	"OS	NEGÓCIOS
JURÍDICOS	DEVEM	SER	INTERPRETADOS
CONFORME	A	BOA	FÉ	OBJETIVA	E	OS	USOS
DO	LUGAR	DA	CELEBRAÇÃO"
2.1.5.1.1.2.	B)
2.1.5.1.1.2.1.	FUNÇÃO	INTEGRATIVA
2.1.5.1.1.2.1.1.	*	boa	fé	objetiva	integra	todas	as
fases	do	contrato
2.1.5.1.1.2.1.1.1.	A)
2.1.5.1.1.2.1.1.1.1.	FASE	PRÉ	CONTRATUAL
2.1.5.1.1.2.1.1.1.1.1.	dever	lateral	de
proteção
2.1.5.1.1.2.1.1.1.1.2.	independente	da
relação	jurídica	principal
2.1.5.1.1.2.1.1.1.1.3.	boa	fé	objetiva	=
quebra	do	dever	lateral	à	proteção.
ABUSO	DO	DIREITO
2.1.5.1.1.2.1.1.1.1.4.	Responsabilidade
civil	por	ato	ilícito	-	art	187	do	CC
2.1.5.1.1.2.1.1.2.	B)
2.1.5.1.1.2.1.1.2.1.	FASE	CONTRATUAL
2.1.5.1.1.2.1.1.2.1.1.	descumprimento	da
obrigação	principal	+	dever	anexo	de
cooperação	e	informação
2.1.5.1.1.2.1.1.2.1.2.	relação	jurídica
principal
2.1.5.1.1.2.1.1.2.1.3.	formação	e	extinção
do	contrato
2.1.5.1.1.2.1.1.2.1.4.	responsabilidade
civil	obrigacional	-	art.	389	e	390	do	CC
2.1.5.1.1.2.1.1.3.	C)
2.1.5.1.1.2.1.1.3.1.	FASE	PÓS	CONTRATUAL
2.1.5.1.1.2.1.1.3.1.1.	dever	lateral	de
proteção
2.1.5.1.1.2.1.1.3.1.2.	independente	da
relação	jurídica	principal
2.1.5.1.1.2.1.1.3.1.3.	boa	fé	objetiva	=
quebra	do	dever	lateral	à	proteção.
ABUSO	DO	DIREITO
2.1.5.1.1.2.1.1.3.1.4.	Responsabilidade
civil	por	ato	ilícito	-	art	187	do	CC
2.1.5.1.1.3.	C)
2.1.5.1.1.3.1.	FUNÇÃO	DE	CONTROLE
2.1.5.1.1.3.1.1.	*	violar	a	boa	fé	objetiva	=	ato
ilícito	-	art.	187	do	CC
2.1.5.1.1.3.1.1.1.	ABUSO	DO	DIREITO
2.1.5.1.1.3.1.1.1.1.	ART.	187	DO	CC
2.1.5.1.1.3.1.1.1.1.1.	"TAMBÉM	COMETE
ATO	ILÍCITO	O	TITULAR	DE	UM	DIREITO
QUE,	AO	EXERCÊ-LO	EXCEDE
MANIFESTAMENTE	OS	LIMITES	IMPOSTOS
PELO	SEU	FIM	ECONÔMICO	E	SOCIAL,
PELA	BOA	FÉ	E	PELOS	BONS	COSTUMES"
2.1.5.1.1.3.1.1.1.2.	*	É	VIOLAÇÃO	À	BOA	FÉ
OBJETIVA
2.1.5.1.1.3.1.1.1.2.1.	*	ILÍCITO	OBJETIVO
=	dispensa	a	análise	da	culpa	do	agente
2.1.5.1.1.3.1.1.1.2.2.	*	ILÍCITO	qualificado
pela	ILEGITIMIDADE	=	amplia	o	raio	da
ilicitude
2.1.5.1.1.3.1.1.1.2.3.	*	ILÍCITO
TRADICIONAL	é	a	lei	quem	diz	que	o	ato	é
ilícito,
2.1.5.1.1.3.1.1.1.2.3.1.	o	ABUSO	DO
DIREITO	não	é	qualificado	pelo
legislador.
2.1.5.1.1.3.1.1.1.2.3.2.	ABUSO	DO
DIREITO	é	o	juiz	que	em	cada	caso	dirá
se	o	agente	excedeu	ou	não	o	razoável
exercício	daquele	determinado
comportamento

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