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RELATORIO EJA E ESPAÇO NÃO ESCOLAR

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RELATO DE EXPERIÊNCIA E PRÉ-PROJETO
FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV – EJA E ESPAÇO NÃO ESCOLAR
ANA CLAUDIA SANTOS LEANDRO – 170131483
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2020
FACULDADE EDUCACIONAL DA LAPA
PEDAGOGIA
ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV – EJA E ESPAÇO NÃO ESCOLAR 
Trabalho apresentado como requisito parcial para a atribuição de nota na disciplina de Estágio Supervisionado IV, do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL.
Orientador: PROFª SILVANA ELISA DE MORAIS SCHUBERT
ANA CLAUDIA SANTOS LEANDRO – 170131483
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
2020
INTRODUÇÃO
O presente trabalho refere-se ao Relatório de Estágio Supervisionado na EJA, realizado na EMEF Elizabete de Paula Honorato e Estágio Supervisionado em Espaço não escolar, realizado pelo ensino remoto. 
 Este estágio tem por objetivo fundamental inserir o estudante acadêmico no contexto histórico escolar, afim de que possa vivenciar na prática as disciplinas outrora aprendidas na teoria, tendo uma visão mais ampla de como atuar como futuro pedagogo.
Para elaborar este relatório, foram realizadas observações participantes em uma turma de EJA (Que inclui desde alunos não alfabetizados até alunos com conhecimentos equivalentes ao 4º ano do Ensino Fundamental).
A proposta pedagógica da Escola Municipal está pautada na teoria do “aprender fazendo”, de John Dewey, há muitas atividades práticas em todas as disciplinas. Trabalha- se também o construtivismo na educação, o estudante é sujeito da aprendizagem, participa ativamente, é ouvido, sua experiência e algumas preferências são respeitadas. Os professores desenvolvem atividades que estimulam o interesse dos alunos. Dessa forma o conhecimento é construído através das interações do estudante com outras pessoas e com o ambiente. 
 “É especialmente importante, no trabalho com jovens e adultos, favorecer a autonomia dos educandos, estimulá-lo a avaliar constantemente seus progressos e suas carências, ajudá-los a tomar consciência de como a aprendizagem se realiza. Compreendendo seu próprio processo de aprendizagem, os jovens e adultos estão mais aptos a ajudar outras pessoas a aprender, e isso é essencial para pessoas que, como muitos deles já desempenham o papel de educadores na família, no trabalho e na comunidade”. (BRASIL 1997, p.46).
 
Planejei e apliquei 2 planos de aulas, um de língua portuguesa e outro matemática (adaptado), que envolveram gestores, professores, estagiários, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de todos os estudantes de cada escola, e atender suas necessidades educacionais, partindo da compreensão, participação, interesse, responsabilidade e cooperação de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem de cada estudante. O planejamento acrescentou também, muitos saberes e experiências novas a estagiária participante. Os objetivos propostos foram atingidos.
 O texto deste relatório está subdividido da seguinte forma: Introdução que nos apresenta de uma forma geral o conteúdo do trabalho; o Desenvolvimento que apresenta a caracterização da Instituição, a observação frente aos processos de inclusão na escola estagiada de acordo com o Projeto Político Pedagógico; a observação participante da rotina diária dos alunos e professores; a descrição da docência onde se encontram os planos de aula e como foram conduzidos e aplicados pelos acadêmicos; a experiência com o vídeo do ensino remoto em Espaço Não Escolares; as Considerações Finais, onde descrevo sobre o aprendizado e experiências vividas no estágio e as facilidades e dificuldades encontradas no decorrer desse processo, e as Referências; onde nos embasamos para a realização deste relatório.
DESENVOLVIMENTO 
Neste item do relatório serão descritas todas as etapas cumpridas no Estágio Supervisionado na EJA, articulando-se a descrição das observações feitas na EMEF Elizabete de Paula Honorato e das ações realizadas junto a uma turma de alunos da instituição, com o referencial teórico pertinente a cada situação informada. 
Caracterização da instituição 
Neste item serão caracterizadas as instituições em que foi realizado o Estágio Supervisionado IV: a Escola Municipal de Ensino Fundamental Elizabete de Paula Honorato.
Caracterização da escola na EJA
O Estágio Supervisionado na EJA foi realizado na E.M.E.F. Elizabete de Paula Honorato, situada à Rua Aurélio Portilho Castelhanos, nº 124, Jardim Mariana I. Telefone (12) 3912-9467.
Na escola trabalham 87 pessoas: a diretora, o vice-diretor, a orientadora pedagógica, 60 professoras, 2 secretárias, 1 almoxarife, 8 estagiárias e funcionários de empresas terceirizadas, sendo 4 responsáveis pela segurança, 4 cozinheiras e 6 responsáveis pela limpeza. 
Quanto aos horários de trabalho, a equipe gestora permanece na escola em horários flexíveis mesmo com a pandemia, mas todos respeitando o distanciamento social (permanecendo período integral, se necessário); as professoras do período noturno, (horário que fiz meu estágio) trabalham das 19h00minh às 22h15minh e as estagiárias podem permanecer na escola das 18h00minh às 22h00minh.
Há na escola 1057, alunos matriculados em 33 turmas sendo 16 turmas no período matutino, 14 no período vespertino e 3 no período noturno (1° ano - crianças de 6 anos, 35 alunos por turma, 2° ano - crianças de 7 anos, 35 alunos por turma, 3° ano – crianças de 8 e 9 anos, 35 alunos por turma, 4° ano - crianças de 9 e 10 anos, 35 alunos por turma, 5° ano - crianças de 10 anos, 35 alunos por turma, 6° ano - crianças de 11 anos, 35 alunos por turma, 7° ano - crianças de 12 anos, 35 alunos por turma, 8° ano - crianças de 13 e 14 anos, 35 alunos por turma, 9° ano - crianças de 14 e 15 anos, 35 alunos por turma, EJA – Adultos de idades variadas, até 35 alunos por turma). Destes 1057 alunos, 30 necessitam de A.E.E. Nos bairros adjacentes há 65 alunos inscritos na escola aguardando abertura de vagas.
Para atender aos alunos, a escola é térrea e possui rampas de acesso na entrada. Possui 1secretaria, 15 salas de aula (todas com projetor, quadro branco e notebook com acesso à internet), sala de recursos, sala de leitura (que pode ser usada também como sala interativa ou biblioteca), sala RI, laboratório de informática (com 20 computadores e 50 tablets), laboratório de ciências, cozinha, refeitório, pátio coberto, cantina, parque (com escorregador, balanço, barras e brinquedos para escalar, gira-gira e gangorra), quadra de esportes coberta, jardim e horta. Há 6 banheiros masculinos e 6 banheiros femininos, todos eles com acessibilidade para deficientes, não há trocadores e chuveiros.
A comunicação entre pais e professores desta unidade escolar, se dá usando no momento as redes sócias através dos grupos de WhatsApp, plataforma da escola e vídeos no canal do Youtube. Por meio de reuniões de pais mesmo que online, a escola promove um contato direto entre família e escola, gerando oportunidade da família conhecer mais detalhes do trabalho realizado, desenvolvimento dos seus filhos e suas necessidades. 
A escola busca sempre facilitar o acesso ao conhecimento e promover o desenvolvimento de seus alunos. Prioriza garantir o acesso ao saber sistematizado e a formação de competências, habilidades e atitudes, condições para o exercício da cidadania plena e a construção de uma sociedade mais justa. Os professores agem de maneira respeitosa, levando em conta tudo que os alunos já sabem e estabelecendo pontes entre os conhecimentos já existentes e o novo, sendo o aluno o protagonista desse processo, a aprendizagem é contextualizada e interdisciplinar e o professor é o mediador dessa aprendizagem levando o aluno a apropriação e compreensão dos conteúdos e desenvolvimento no raciocínio e do pensamento. 
No aspecto lúdico: a escola usa jogos que propiciam interação social e aprendizado na sua rotina, em momentos oportunos. As estagiarias da escola fazem jogos lúdicos para os alunos de inclusão que são retirados todas as sexta feira pelos pais dos alunos.A coletividade é entendida e estimulada: os atos não são apenas de uma pessoa, mas sim de toda a equipe, os professores costumam estimular o desenvolvimento do respeito, do trabalho em grupo, do esforço para a superação, da responsabilidade, autocontrole e participação; estes objetivos são constantemente trabalhados, em sala e também através das aulas virtuais.
“Brincar, jogar, agir ludicamente, exige uma entrega total do ser humano, corpo e mente, ao mesmo tempo. A atividade lúdica não admite divisão; e, as próprias atividades lúdicas, por si mesmas, nos conduzem para esse estado de consciência. Se estivermos num salão de dança e estivermos verdadeiramente dançando, não haverá lugar para outra coisa a não ser para o prazer e a alegria do movimento ritmado, harmônico e gracioso do corpo. Contudo, se estivermos num salão de dança, fazendo de conta que estamos dançando, mas de fato, estamos observando, com o olhar crítico e julgativo, como os outros dançam, com certeza, não vivenciaremos ludicamente esse momento”. (LUCKESI, 2005).
 A avaliação de caráter diagnóstico (formativa e cumulativa) por causa da pandemia foi feita através de link online e também de material impresso para aqueles de não possuem acesso à internet. A síntese dos resultados é registrada bimestralmente numa escala de valores numéricos de 0 (zero) a 10(dez), de acordo com a legislação vigente, em cada componente curricular e deverá identificar os alunos com rendimento satisfatório ou insatisfatório.
A avaliação do ensino e aprendizagem envolve a análise do conhecimento e das técnicas específicas adquiridas pelo aluno e também aspectos formativos, através da observação de suas atitudes referentes à presença nas aulas online, participação nas atividades pedagógicas e responsabilidade com que assume o cumprimento do seu papel. A avaliação é contínua, cumulativa e sistemática, tendo por objetivos diagnosticar e registrar as dificuldades e progressos do aluno, possibilitar que o aluno auto avalie sua aprendizagem, orientar os alunos quanto aos esforços necessários para superar as dificuldades, fundamentar as decisões do Conselho de Classe quanto a necessidade de procedimentos paralelos ou intensivos de reforço e recuperação da aprendizagem, de classificação e reclassificação dos alunos, orientar as atividades de planejamento e replanejamento dos conteúdos curriculares.
Os estudantes são avaliados bimestralmente, através de provas escritas, e os exercícios online. Na avaliação do desempenho os aspectos qualitativos prevalecem sobre os quantitativos. Os critérios de avaliação estão fundamentados nos objetivos específicos de cada componente curricular, nos objetivos peculiares do curso e nos objetivos gerais de formação educacional que norteiam a escola e nas competências e habilidades previstas pelo currículo oficial do município para cada série ou ano. Na avaliação do aproveitamento utilizam-se dois ou mais instrumentos de natureza diferente, pelo professor, sendo um deles uma prova da secretaria da educação e uma preparada pelo professor. Além das notas o professor pode emitir pareceres em complementação ao processo de avaliação.
“O princípio ético que pode e deve nortear a ação avaliativa do educador é a solidariedade com o educando, a compaixão; o que quer dizer desejar com o educando o seu desejo e garantir-lhe suporte cognitivo, afetivo e espiritual para que possa fazer o seu caminho de aprender e, consequentemente, de desenvolver-se na direção da autonomia pessoal, como sujeito que sente, pensa, quer e age em favor de si mesmo e da coletividade na qual vive e com a qual sobrevive e se realiza”. Luckesi (2010).
O Conselho de Escola é um grupo de pessoas, de todos os segmentos da comunidade escolar, articulado ao núcleo de Direção, constitui-se em colegiado de natureza consultiva e deliberativa. O Conselho é participativo e toma suas decisões respeitando os princípios e diretrizes da política educacional, da proposta pedagógica da escola e legislação vigente. É atuante nos processos de escolha ou indicação de profissionais para o exercício de funções respeitando a legislação vigente, participa da administração de recursos financeiros através da elaboração, execução e avaliação dos gastos e prestações de contas de recursos públicos. 
A Escola possui políticas de atendimento educacional especializado aos alunos com deficiências e transtornos globais do desenvolvimento, oferece um sistema de apoio com reais oportunidades de inclusão. Esse sistema de apoio assegura desde o direito à matrícula em classes ou turmas de qualquer modalidade de ensino, até o AEE, com condições de acesso e apoio à aprendizagem, bem como à sua continuidade e se dá por meio das Salas de Recursos. Mas por causa da pandemia esse atendimento está sendo através do WhatsApp.
A sala de recursos, das áreas de deficiência física, intelectual, visual, múltipla ou TEA (Transtorno do Espectro Autista) atende alunos que são matriculados em classe comum no contra turno, de acordo com sua necessidade. Estão matriculados 30 alunos inclusos e estes 30 apresentaram laudos. 24 alunos apresentaram laudos de deficiência intelectual, 3 alunos com Síndrome de Down, 1 aluno com baixa visão,2 com TEA. Em dias normais todos estes estudantes frequentariam a Sala de Recursos, alguns deles realizam acompanhamento com psicólogo e fonoaudiólogo fora da escola. Os alunos com casos mais complexos são acompanhados e auxiliados diariamente por estagiárias contratadas pela prefeitura do município. A prefeitura oferece também transporte público adequado e gratuito aos alunos deficientes, nos horários de aula e consultas médicas.
“A perspectiva da educação inclusiva vai além da deficiência. Esta é apenas uma das áreas que seriam beneficiadas com ela (educação inclusiva). A qualidade da educação é que está em debate porque hoje não se considera (nos sistemas educacionais) a diversidade dos alunos, os níveis de necessidade e as características individuais. A proposta da educação inclusiva melhoraria a qualidade do ensino para todos. Não se trata só de incluir deficientes nas salas de aula”. Bieler (2004, p.11).
Na entrada da escola há rampas de acesso, as portas são largas em todos os ambientes, bebedouros e pias na altura adequada, todos os banheiros com barras de apoio, três com vasos sanitários adaptados. A equipe pedagógica oferece uma sala de recursos com materiais didáticos específicos, recursos pedagógicos e de acessibilidade para as especificidades de cada aluno. Os alunos têm aulas nesta sala com a professora especializada em AEE, conforme as necessidades de cada um, em período contrário ao das aulas regulares. A duração das aulas também varia de acordo com as necessidades de cada aluno. 
A relação com os pais dos alunos inclusos se dá por meio de um grupo do WhatsApp chamado “Anjos Elizabete Paula Honorato”. E também toda a sexta feira aonde esses pais vão retirar matérias lúdicos.
O processo de avaliação dos alunos inclusos acontece da mesma forma que os demais, porém com o apoio da professora de AEE.
“Lembrando sempre que todos esses atendimentos e rotinas estão adaptados por causa da pandemia do COVID19. Quando necessário o contato diretamente na escola, todos respeitam o distanciamento social, fazem o uso da máscara e do álcool em gel.”
Observação participante 
Neste item relato os aspectos observados na instituição em que realizei o Estágio. 
Observação na EJA
A instituição usada para a aplicação do plano de ação foi a mesma que trabalho, não encontrando dificuldade para o contato e permissão da mesma. A professora é bastante solícita e gentil. A turma observada é composta por alunos adultos, ao qual preparamos vídeo aulas e matérias impressos pois muitos não tem acesso à internet. A maioria são idosos e mulheres, a sua maioria, todos são trabalhadores. A maioria dos estudantes relatou que precisou parar de estudar para trabalhar e atualmente retomou os estudos por exigência dos empregadores. 
“Os jovens e adultos trabalhadores lutam para superar suas condições precárias devida (moradia, saúde, alimentação, transporte, emprego, etc.) que estão na raiz do problema do analfabetismo. Para definir a especificidade de EJA, a escola não pode esquecer que o jovem e adultos analfabeto é fundamentalmente um trabalhador - às vezes em condição de subemprego ou mesmo desemprego...”. (GADOTTI, 2006, p.31 apud PEDROSO, 2010, p.03).
Os alunos matriculados estão em níveis de aprendizagem totalmente diferentes. Há duas alunas pré-silábicas, quatro silábicos com valor, cinco silábico-alfabéticos e os demais tem conhecimentos no nível de 4º ano do ensino fundamental. Para trabalhar conteúdos que atendam às necessidades de todos os alunos, a professora prepara, previamente, atividades específicas para cada grupo em vídeos aulas, impressas em folhas de sulfite. As atividades são distribuídas também toda sexta feira e as aulas online são diariamente. A professora auxilia cada grupo conforme as necessidades surjam. As questões mais complexas são revisadas e explicadas oralmente e com vídeo ao vivo. 
Para a avaliação, a professora observa a participação dos alunos nas atividades, na interação no WhatsApp e na correção das folhas. As ferramentas digitais se tornaram essenciais para a aprendizagem de crianças e jovens, além de alavancarem a aprendizagem são atrativas e se bem usadas se tornam grandes aliadas do profissionais da educação no processo do ensino aprendizagem, por isso a necessidade os profissionais da educação estarem sempre atualizados com a cultura digital para que a aprendizagem aconteça com eficácia. 
Participação em reunião de professores na EJA
Participei de uma reunião de Professores da EJA (com distanciamento social). Essas reuniões acontecem no período da manhã, uma vez por semana. Estavam presentes 3 professores. A orientadora pedagógica tratou de questões como projetos pedagógicos, organização do ambiente escolar e orientou os professores a respeito do processo de avaliação bimestral dos alunos, o objetivo da reunião foi estruturar e definir o conteúdo, metodologia e cronograma das avaliações. A diretora também esteve presente na reunião tratando das adaptações das aulas por causa da pandemia. O conteúdo da reunião é sintetizado e registrado em ata. 
Descrição da docência na EJA
No dia 27 de outubro, da mesma forma de gravação com aula ao vivo aplicamos o plano de aula de português. Para iniciar o trabalho com o nome próprio, lemos para os alunos na sala de aula remota o nome todos. Dando continuidade, cada aluno se apresentou dizendo o seu nome, onde mora, do que gosta, do que não, o que faz e a origem do seu nome. Foi um diálogo bem participativo de cada aluno. Os nomes e o alfabeto foram então fixados na sala de aula no quadro branco pela professora para apoio. Em seguida pedimos para que cada um escreva o seu nome do seu jeito. Logo após pedimos que cada um fizesse a leitura de seu jeito e que tentasse ler também o nome de algum aluno da sala, ou da professora... Para incentivar o diálogo e a interação entre os alunos na realização da atividade no ensino remoto, oferecemos apoio aos alunos sempre que necessário. Propusemos também aos alunos que se apresentassem pela chamada de vídeo, e fizessem a leitura do seu trabalho em voz alta. Ao final da aluno para incentivo da leitura, lemos o livro “Nome, sobrenome, apelido” de Renata Bueno. Os objetivos foram alcançados parcialmente. 
VÍDEO DO ESTÁGIO REMOTO EM ESPAÇO NÃO ESCOLARES
https://youtu.be/_RVfTYMszrU
4 PRÉ-PROJETO
TEMA 
 
Fluência em leitura oral na alfabetização.
PROBLEMA 
 
Como propor a aprendizagem da fluência em leitura oral?
OBJETIVO
 
Relacionar o desempenho na fluência de leitura oral com a compreensão de leitura de escolares do EJA. 
Objetivo Geral:
- Melhorar e aumentar o índice de aprovação no Ensino Fundamental.
Objetivos Específicos:
- Promover contínuo acompanhamento pedagógico/ planejamento participativo e monitoramento das disciplinas críticas;
- Aplicar atividades de leitura e produção de textos – situações problema que despertem o raciocínio lógico dos nossos alunos;
- Criar e dinamizar ambientes diversificados de aprendizagem, assegurando uma educação de qualidade.
JUSTIFICATIVA 
 
 As estruturas de ensino e aprendizagem tem mudado bastante e essa pesquisa tem como condição de estrutura de relacionar o desempenho na fluência de leitura oral com a compreensão de leitura de escolares do EJA. Com o passar do tempo esse assunto sobre fluência tem chamado a atenção dos pesquisadores no mundo todo pelo impacto que pode causar no final dos anos escolares no seu desempenho global. A metodologia utilizada foi a bibliográfica, utilizando dissertação, teses, monografias e plataformas online (google acadêmico e Scielo). A prática da leitura é necessária para o desenvolvimento da fluência, que estará estagnado e poderá comprometer a oportunidade de o escolar aprender o conteúdo acadêmico, que também depende consecutivamente de uma boa leitura. Conclui-se que é uma das formas mais utilizadas para avaliar a fluência de leitura oral é por meio do número de palavras lidas corretamente em um minuto, de um texto que seja adequado à escolaridade do escolar. Destacando a necessidade de entender além da condição de fluência, mas de adaptações, com possibilidades para novas pesquisas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os objetivos propostos para este Estágio foram alcançados. Vivenciei na prática as disciplinas aprendidas na teoria (simultaneamente, o que facilitou o processo), tendo uma visão mais ampla de como atuar como futuros pedagogos mesmo com o ensino remoto. Tive o apoio dos professores, dos gestores, das estagiárias e das controladoras de acesso, que foram muito prestativos e me orientou, apoiaram e esclareceram muitas dúvidas que apresentei no início do estágio. Em alguns momentos, os professores precisam trabalhar além de suas atribuições e investir recursos financeiros próprios, nada que seja impossível ou caro demais. É necessário ter sempre generosidade, empatia, dinamismo, criatividade, profissionalismo e flexibilidade para ser pedagogo. Muitas vezes, os alunos precisam de carinho, uma palavra de incentivo ou somente de alguém que ouça o que eles precisam dizer com atenção e respeito e buscam isso nos seus professores as vezes até em uma chamada de vídeo no particular.
Ser professor na EJA é ser mediador no processo de ensino aprendizagem, sendo uma referência de comportamento e não detentor do conhecimento, estar sempre atualizado para entender e atender as necessidades dos alunos. É preciso estar preparado para sanar dúvidas de forma didática, sem expor sentimentos ou preferencias pessoais, de forma neutra e imparcial para que o aluno tire conclusões por si só, baseadas em fatos e informações, não em opiniões. 
Mesmo fazendo o estágio remoto, o professor do espaço não escolar precisa ser solidário, paciente, proativo, ético e eficaz. Esse professor, quase sempre, é uma referência para seus alunos, por isso ele precisa ter atitudes de respeito, solidariedade, cooperação e repúdio as discriminações. Ele tem que lidar com alunos que passam por muitas decepções e dificuldades na vida pessoal e buscam perspectivas e esperança de mudança de vida naquela instituição onde ele se encontra. Mais do que ensinar e aprender, ele precisa acolher seus alunos.
O trabalho realizado foi muito importante, tanto na vida pessoal quanto na vida profissional. Aprendi que o aluno é o centro do processo de ensino aprendizagem e isso foi muito significativo, pois ao concluir o curso de Pedagogia estarei apta a aperfeiçoar os pontos positivos e corrigir os pontos negativos encontrados em meu período de observação. Por fim, foi uma experiência que me despertou um olhar para conhecer mais sobre a tecnologia e passar esse conhecimento sobre ferramenta atuais que facilitam na rotina do professor. Aprendemos que o aluno é o centro do processo de ensino aprendizagem. E aprendemos que a rotina escolar nem sempre acontece conforme o que planejamos, é necessário pensar sempre além dos planos, já que lidamos diariamente compessoas, que tem emoções, ideias e necessidades que podem mudar ao longo do tempo e agora com uma pandemia. 
5 REFERÊNCIAS
ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. 10º ed. São Paulo: Papirus, 2000.
BIELER, R. B. Entrevista com Rosangela Berman Bieler, consultora do Banco Mundia. Revista Sentidos, p. 10-12, out./nov. 2004 Disponível em: www.sentidos.com.br. Acesso em 20 de Abril de 2010.
BRASIL. Constituição: 1988: texto Constitucional de 5 de outubro de 1988 com as alterações adotadas pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 15/96 e Emendas constitucionais de Revisão nº 1 a 6/94. – Brasília: Senado Federal Subsecretaria de Edições Técnicas, 1996.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2002.
GADOTTI, Moacir. Educação de Jovens e Adultos: correntes e tendências. In: GADOTTI, Moacir. ROMÃO, José E. (Orgs). Educação de Jovens e Adultos: Teoria prática e proposta. Editora Cortez: Instituto Paulo Freire, São Paulo, 2006, (Guia da escola cidadã; v. 5).
LIBÂNEO,  José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática.
LOPES, Maura Corcini. (Im) possibilidades de pensar a inclusão. Trabalho apresentado na 30º Reunião da ANPED. Programa e textos www.anped.org.br/. Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), 2007.
LUCKESI, Cipriano. Desenvolvimento dos estados de consciência e ludicidade. In: LUCKESI, Cipriano (org.). Ensaios de ludopedagogia. N.1, Salvador UFBA/FACED, 2000.
LUCKESI, C.C. O que é o ato de avaliar a aprendizagem? Disponível em: http://www.diaadia.pr.gov.br/cge/arquivos/File/avaliacao_luckesi.pdf. Acesso em: 28/10/2010.
MOLL, Jaqueline. Educação de Jovens e Adultos / Jaqueline Moll, (org.) Sita Maria Lopes Sant’Anna… [et.al.]-Porto Alegre: mediação, (2004, p.140) (Série Projetos e Práticas Pedagógicas).
NICOLA, José de. Novo tempo: livro de alfabetização/ José de Nicola Neto, Rosalina Aparecida Acedo Chiaron - São Paulo: Scipione, 2003.
PERRENOUD, P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens, entre duas lógicas. Porto Alegre: Artmed, 1999. p.183
SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Vozes, Petrópo-lis,1997.
ANEXO A – Ficha de Avaliação na Escola-campo
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