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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE BRASÍLIA PRÓ-REITORIA DE ENSINO DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DE ENSINO COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO RELATÓRIO DE ESTÁGIO Técnico Integrado ao Ensino Médio Mônyka Luísa Lopes de Oliveira Brasília - DF 2018 RELATÓRIO DE ESTÁGIO Relatório de Estágio apresentado ao INSTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA – Campus Gama, como requisito parcial para obtenção do título de ________________________. Professor (a) orientador (a): _________________ Brasília – DF 2018 INTRODUÇÃO O Instituto Federal de Brasília, campus-Gama, oferece o curso Técnico em Alimentos integrado ao ensino médio com a grade curricular de 3 anos, composto por 6 semestres. As atividades e conhecimentos práticos desenvolvidos tem como objetivo formar um profissional habilitado para atuar em empresas transformadoras de matéria-prima alimentícia, exercendo atividades de planejamento, executando e conduzindo projetos na área de processamento de alimentos. O conhecimento prático possibilita ao profissional uma atuação em diversas áreas desde a um simples comercial a uma indústria mais complexa. O técnico pode desempenhar a função de planejar o processamento, controlar a qualidade e garantir a conservação de alimentos. Além disso, pode realizar consultorias, serviços de análises, vendas técnicas e desenvolvimento de novos produtos. Para a conclusão do curso técnico é necessário que todos os estudantes realizem o estágio obrigatório através de atividades de pesquisa, monitoria e ou extensão com uma carga horária de 160 horas, para que assim tenham uma melhor compreensão do mercado de trabalho e fixação do conteúdo lecionado. Portanto, foi realizado no Instituto Federal de Brasília, campus-Gama, o estágio obrigatório obteve uma carga horária de 84 horas, no qual foi realizado durante o ano letivo de 2018, nos meses de abril, maio, junho, julho e agosto. Sendo orientado e supervisionado por Camila Guimarães de Freitas e Mariana Schievano Danelon. Com a orientação houve uma junção de metodologias e argumentação de base fundamental para a realização do Projeto Integrador, tendo em vista que as disciplinas de Introdução de Tecnologia de Alimentos(ICTA), Bioquímica de Alimentos, Higiene e Segurança Alimentar, Métodos de Conservação de Alimento, Tecnologia de Carnes e Derivados, Microbiologia de Alimentos. DESENVOLVIMENTO Com o avanço do Projeto Integrador, foi definido a elaboração de um produto inovador no qual seria utilizado o kefir. Por meio desta, foi escolhido na área de Tecnologia de Carnes e Derivados desenvolver um produto cárneo fermentado pelo kefir, onde a proposta seria de desenvolver um salame no qual o kefir realizaria a fermentação. Então, como meio de buscar o desenvolvimento, a proposta foi enviada para a Fábrica de Ideias Inovadores (FABIN) do IFB. E conforme o EDITAL Nº 08/RIFB, DE 03 DE ABRIL DE 2018, “Salame fermentado com Kefir” foi aprovado para apresentar no Conecta IF. No Brasil tem-se consumido produtos de fácil acesso e práticos, o salame se encaixa nesses requisitos, sendo ele um produto de baixo custo e sem necessidade de preparo o que o torna uns dos produtos cárneos mais consumidos, sua comercialização está diretamente ligado com seu tipo podendo ser de grande variabilidade, o mais consumido é o Salame tipo Italiano. O consumo do Salame afeta não somente sua comercialização mas também a de outros produtos como queijos e vinhos, produtos estes consumidos juntamente com o salame. O salame é um embutido cárneo originado na Itália. O produto cárneo teve suas primeiras formulações e execuções, na Itália medieval, com os camponeses buscando métodos para conservar a carne suína, onde a porção que não era destinada ao consumo imediato, se transformava em salame, copa, pancetta, toucinho e outros. Tal produto era feito pela mistura de toucinho e carnes suínas, acrescentado de temperos e envolto em uma tripa de suíno ou bovino, o mesmo ficava exposto por períodos de até um ano, sendo principalmente consumidos em períodos de escassez. Entende-se por Salame Tipo Italiano, o produto cárneo industrializado, elaborado de carnes suínas ou suínas e bovinas, toucinho, adicionado de ingredientes, moídos em granulometria média entre 6 e 9 mm, embutidos em envoltórios naturais ou artificias, curado, defumado ou não, fermentado, maturado e dessecado por tempo indicado pelo processo de fabricação (INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 22 DE 31/07/2000). Visando tal conceito, o trabalho desenvolveu um embutido cárneo fermentado no qual o kefir, conjunto de microrganismos fermentadores de lactose ou não, atue como substituto dos agentes starters geralmente utilizados e/ou enriquecedor da flora microbiana própria da carne, com a pretensão de que as propriedades funcionais, se estenda para as peças de salame, o tornando assim um produto mais rico a saúde do consumidor. Sendo o Kefir um produto cuja fermentação se realiza através de cultivos de ácido-lácticos elaborados com grãos de Kefir, Lactobacillus kefir, espécies dos gêneros Leuconostoc, Lactococcus e Acetobacter com produção de ácido láctico, etanol e dióxido de carbono. E os grãos de Kefir, constituídos por leveduras fermentadoras de lactose (Kluyveromyces marxianus) e leveduras não fermentadoras de lactose (Saccharomyces omnisporus e Saccharomyces cerevisae e Saccharomyces exiguus), Lactobacillus casei, Bifidobaterium sp. e Streptococcus salivarius subsp. thermophilus. conforme a IN nº 46, de 23 de outubro de 2007 (MAPA) Atualmente, tem-se atribuído várias propriedades funcionais importantes ao Kefir, sendo utilizado como probiótico, regulador de flora intestinal (tratamento natural), impulsiona imunidade, trata de doenças inflamatórias intestinais, melhora a digestão da lactose (benéfico para intolerantes a lactose), além disso, também é sadio para o tratamento de diferentes tipos de tumores cancerígenos, possui efeito positivo contra alergias e asma, e pode melhorar a saúde dos ossos. Portanto, foi escolhido o kefir de água devido ao seu baixo custo e pela grande quantidade de água contido na carne, o que facilitaria assim o processo de fermentação das peças de salame. Para o preparo do kefir foi realizada a proporção de 1 colher de sopa (30g) de açúcar mascavo a cada 250 ml de água para cada 1 colher de sopa (30g) de grãos de kefir e assim que adicionados foram deixados para fermentar por 48 horas. Para o preparo das peças de salame foi utilizada a Unidade de Processamento (Carnes e Derivados) do IFB Campus Gama. O fluxograma de produção envolveu as etapas de recepção da carne, remoção da gordura e ossos, moagem para se atingir a cominuição da carne e gordura na qual foi utilizado o moedor (Becker) e disco de 5 mm da mesmas marca, seguindo pela condimentação onde ocorreu a adição de condimentos, aditivos e substratos para os microrganismos, sendo esses respectivamente pimenta do reino (0,2%), noz moscada (0,02%), cloreto de sódio (2,5%), antioxidante (0,0025%), conservante e estabilizante (0,010%), glicose (0,38%), sacarose (0,38%), com finalidade de acentuar e proporcionar a preservação das características do salame. O kefir foi adicionado na mesma etapa, onde ocorreu a homogeneização por um misturador industrial de carne (Bermar), com a conclusão de tal etapa a massa foi encaminhada para a refrigeração por 24 horas para obter o assentamento das características específicas do produto, posteriormente a mistura foi embutida em envoltórios naturais, depois as peças foram conduzidas à câmaras de fermentação que perdurou por 5 dias. Após isso, as peças foram acondicionadas sob refrigeração em refrigerador horizontal de temperatura entre 15 a 18 °C, para iniciar o processo de maturação e secagem, obtendo a consolidação das características do produto, durante 25 dias. Com a intenção de acentuar as características organolépticas obtidas na maturação houve a exposição das peças a fumaça no processo de defumação por um período de 8 horas a um temperatura de 70°C. Figura 1- Fluxograma de processamento do embutido cárneo fermentado salame.Após a defumação, os salames estavam prontos para o consumo. Portanto, para averiguar a aceitação do produto, foi feita a análise sensorial no Conecta IF, onde os salames estavam devidamente fatiados. Então para identificar qual a aceitação do produto, foi avaliado seguindo os requisitos de textura, aparência, sabor, aroma e aceitação global das fatias seguindo uma escala de 1 a 9. Foi realizada 350 análises, no qual se obteve que 46% do público avaliador estava em uma faixa de idade abaixo de 20 anos e em sua maioria (45,14 %) eram do sexo feminino. O produto teve uma aceitação positiva, pois as notas certificam que os avaliadores gostaram de alguma maneira dos requisitos sendo eles a aparência, aroma, sabor, textura e aceitação global, sendo respectivamentes de 90%, 91,71%, 94,29%, 95,71% e 95,17%. Gráfico 1- Intenção de compra do salame fermentado com kefir Gráfico 2 - Nível de aceitação do salame fermentado com kefir ● Materiais utilizados: Equipamentos Utensílios Moedor/Embutidor Facas Misturadeira Bandejas Freezer Bacias Defumador Medidores Geladeira - Tabela 1.1 - Equipamentos e utensílios utilizados para o preparo dos salames fermentado pelo kefir Ingredientes Quantidade Pernil suíno 975g Toucinho 375g Cloreto de sódio 25,05g Sacarose 0,915g Glicose 4,94g Antioxidante 2,5g Pimenta do reino 2,6g Mistura de conservador, estabilizante, antioxidante com aromas para Salame (Unilig Salame) 10g Noz moscado 0,26g Kefir (líquido usado) 2,6ml Açúcar mascavo 120g Grãos de kefir 360g Água 1000ml Envoltórios naturais 32 Tabela 1.2 - Ingredientes utilizados para a produção do salame fermentado com kefir Equipamentos Figura 1,1 -Defumador de alimentos Beto Figura 1.2-Seladora a vácuo Sulpack Figura 1.3 - Máquina fatiadora Becker Figura 1.4-Misturadeira de Carne Inox Beccaro Figura 1.5 - Balança analitica Marte Figura 1.6 - Balança de precisão Urano Figura 1.7- Moedor de carne Becker 1.1 Relação entre o conteúdo estudado nas disciplinas do curso do IFB e as atividades praticadas.Tendo em vista as aulas aplicadas durante o curso CONSIDERAÇÕES FINAIS Parte final do texto que deve conter uma reflexão e avaliação sobre a realização do estágio/atividade e sua contribuição para formação profissional do estudante. Deve ser registrado o que o aluno aprendeu com o estágio/atividade, contemplando aspectos positivos e negativos desta experiência prática. A partir da vivência do estágio/atividade, o estudante deve relatar suas perspectivas com o mercado de trabalho relacionado à sua área profissional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Parte do texto que abrange a relação das referências bibliográficas completas, caso na Introdução, Desenvolvimento ou Conclusão constem referências a materiais consultados (livros, artigos, pesquisas, notas técnicas, documentos). http://www.ifb.edu.br/attachments/article/6007/CGAM%20-%20T%C3%A9cnico%20Integrado%2 0Alimentos%20-%202013.pdf INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 22 DE 31/07/2000 Instrução Normativa nº 46, de 23 de outubro de 2007
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