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cursoagoraeupasso.com.br AGORA EU PASSO! 1 SUMÁRIO DIREITOS FUNDAMENTAIS – DIREITO À PROPRIEDADE .................................................................................... 2 1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2 2- DIREITOS EM ESPÉCIE ................................................................................................................................ 2 2.1 – DIREITO À PROPRIEDADE .................................................................................................................. 2 2.1.1 – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE (XXIII). ................................................................................... 2 2.1.2 – LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE. ................................................................................. 2 2.1.2.1 – DESAPROPRIAÇÃO (XXIV) ........................................................................................................... 2 2.1.2.1 – REQUISIÇÃO (XXV). ..................................................................................................................... 3 2.1.5 – EXPROPRIAÇÃO OU CONFISCO (243)............................................................................................. 3 EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4 GABARITO ...................................................................................................................................................... 4 https://www.cursoagoraeupasso.com.br/ cursoagoraeupasso.com.br AGORA EU PASSO! 2 DIREITOS FUNDAMENTAIS – DIREITO À PROPRIEDADE 1- INTRODUÇÃO Abarcando as prerrogativas de usar, gozar, dispor e possuir um bem (material ou não), bem como a de reavê-la diante de detenção indevida por outrem, o direito de propriedade é assegurado pela Constituição Federal em seu art. 5°, em variados incisos (XXII, XXIII, XXIV, XXVII, XXIX e XXX). Como esse direito não se revela, por óbvio, absoluto, as relativizações trazidas pela Constituição Federal serão apresentadas nos itens a seguir, por intermédio de comentários referentes à função social da propriedade (art. 5º, XXIII), à desapropriação (art. 5°, XXIV; 182, §3°; 184; 243), à requisição (art. 5°, XXV, da CF/88), à expropriação (are. 243, CF/88). 2- DIREITOS EM ESPÉCIE 2.1 – DIREITO À PROPRIEDADE 2.1.1 – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE (XXIII). Ao garantir o direito à propriedade, o texto constitucional impôs explicitamente que esta deveria acender a sua função social (art. 5°, XXIII). Corroborando a ideia expressada, temos as seguintes palavras do STF: O direito de propriedade não se reveste de caráter absoluto, eis que, sobre ele, pesa grave hipoteca social, a significar que, descumprida a função social que lhe é inerente (CF, art. 5°. XXIII), legitimar-se-á a intervenção estatal na esfera dominial privada, observados, contudo, para esse efeito, os limites, as formas e os procedimentos fixados na própria CR. O acesso à terra, a solução dos conflitos sociais, o aproveitamento racional e adequado do imóvel rural, a utilização apropriada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio ambiente constituem elementos de realização da função social da propriedade. No que tange à função social dos imóveis rurais, a Constituição Federal preceituou, em seu art. 186, os requisitos para o cumprimento da função social da propriedade rural que será cumprida quando a propriedade rural atender, em resumo a preservação do meio ambiente, respeito a legislação do trabalho, exploração para benefício dos proprietários e dos trabalhadores. Por seu turno, a propriedade urbana cumprirá sua função social quando atender às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor (art.182, § 2°, CF/88). 2.1.2 – LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE. Enquanto a função social impede atribuir à propriedade um caráter absoluto, a requisição atinge a exclusividade do direito, a desapropriação, e a expropriação afastam seu caráter perpétuo. 2.1.2.1 – DESAPROPRIAÇÃO (XXIV) A princípio, o direito de propriedade tem duração ilimitada, vale dizer, é perpétuo, já que perdura ao longo de roda a vida do proprietário e, com sua morte, é transmitido aos seus sucessores. Pode o Poder Público, no encanto, determinar a desapropriação da propriedade particular através de uma transferência compulsória, em que toma para si (ou transfere para terceiros) bens particulares, mediante o pagamento de justa e prévia indenização (em regra, em dinheiro). A desapropriação é, sem dúvida, uma agressiva maneira de o Estado intervir no https://www.cursoagoraeupasso.com.br/ cursoagoraeupasso.com.br AGORA EU PASSO! 3 direito de propriedade, todavia é uma forma que o Poder Público possui de vencer entraves à efetivação de obras e serviços de interesse da coletividade, como por exemplo a construção de um viaduto, de uma rodovia, ou até mesmo a criação de uma reserva ambiental. O art. 5° da CF/88, em seu inciso XXIV, prevê que a desapropriação depende de prévia declaração do Poder Público de que o bem é de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social. Ressalta-se que se o imóvel urbano não cumprir sua função social, poderá o Município exigir o parcelamento ou edificação compulsórios e, não sendo tal medida satisfatória, poderá o ente federado determinar a cobrança de IPTU progressivo no tempo. Todavia, se nenhum dos dois procedimentos for suficiente para desembaraçar o problema, a Constituição autoriza que o Município adote a medida de desapropriação mediante pagamento por meio de títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. 2.1.2.1 – REQUISIÇÃO (XXV). A requisição é uma forma de intervenção pública no direito de propriedade em situações emergenciais, em que há iminente perigo público e a autoridade competente precisa usar temporariamente uma propriedade particular (arr. 5°, XXV). Na requisição não se fala em perda da propriedade (supressão de domínio), mas apenas em uso do bem pelo Estado visando atender o interesse público. Trata-se de situação de urgência em que o Poder Público não tem tempo suficiente para a adoção de providências alternativas que não dependam da interferência nos bens particulares. O Estado precisa da propriedade privada, a utiliza e a devolve ao proprietário logo após a ação. Caso o uso acarrete danos, há de ser fixada uma indenização. Caso contrário, não tendo ocorrido qualquer avaria ao bem utilizado, a indenização não se faz necessária. Vê- se, pois, que é em razão da necessária comprovação de existência de dano, que a indenização será sempre posterior. 2.1.5 – EXPROPRIAÇÃO OU CONFISCO (243). Expropriação é a supressão punitiva da propriedade privada, por ordem judicial, sem que o proprietário tenha direito a receber qualquer indenização. Prevista no art. 243, CF/88, ocorre nas situações em que o sujeito se utiliza de sua propriedade, rural ou urbana, localizada em qualquer região do País, para culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo. As propriedades (possuídas a qualquer título) que forem expropriadas serão destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular (haverá o assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos). Ressalta-se, ainda, que todo e qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins ou trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial com destinação específica, na forma da lei (art. 243, parágrafo único, CF/88). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado 23ª Ed.. São Paulo, Saraiva, 2019; MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4ª Ed. JusPodivm, Salvador, 2016; MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2006; PAULO, Vicente; Alexandrino, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 17ª Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018; https://www.cursoagoraeupasso.com.br/ cursoagoraeupasso.com.br AGORA EU PASSO! 4 EXERCÍCIOS 1. Ao tratar dos Direitos e Garantias Fundamentais, a Constituição Federal garante o direito à propriedade e assegura sua função social, princípios repetidos na Ordem Econômica e Financeira. Dessa forma, é correto afirmar que: a) o direito à propriedade é absoluto e liberal, ou de abstenção tradicional. b) a função social da propriedade exige do proprietário uma conduta em prol dos interesses de seu titular. c) à propriedade urbana é facultado atender as exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor, para cumprir sua função social. d) a propriedade rural escolherá atender a utilização adequada dos recursos naturais disponíveis ou a preservação do meio ambiente para cumprir sua função social. e) o direito à propriedade é relativo e condicionado ao atendimento de sua função social. 2. À luz do artigo 5.º da CF, julgue o item subsequente. No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior se houver dano. Certo ( ) Errado ( ) 3. À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir. O direito de propriedade é constitucionalmente garantido, devendo as propriedades atender a sua função social. Certo ( ) Errado ( ) GABARITO 1. E 2. C 3. C https://www.cursoagoraeupasso.com.br/
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