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AEP--art-5-cf-direitos-a-propriedade

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SUMÁRIO 
DIREITOS FUNDAMENTAIS – DIREITO À PROPRIEDADE .................................................................................... 2 
1- INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................ 2 
2- DIREITOS EM ESPÉCIE ................................................................................................................................ 2 
2.1 – DIREITO À PROPRIEDADE .................................................................................................................. 2 
2.1.1 – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE (XXIII). ................................................................................... 2 
2.1.2 – LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE. ................................................................................. 2 
2.1.2.1 – DESAPROPRIAÇÃO (XXIV) ........................................................................................................... 2 
2.1.2.1 – REQUISIÇÃO (XXV). ..................................................................................................................... 3 
2.1.5 – EXPROPRIAÇÃO OU CONFISCO (243)............................................................................................. 3 
EXERCÍCIOS ........................................................................................................................................................ 4 
GABARITO ...................................................................................................................................................... 4 
 
 
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DIREITOS FUNDAMENTAIS – DIREITO À PROPRIEDADE 
1- INTRODUÇÃO 
Abarcando as prerrogativas de usar, gozar, dispor e possuir um bem (material ou não), 
bem como a de reavê-la diante de detenção indevida por outrem, o direito de propriedade é 
assegurado pela Constituição Federal em seu art. 5°, em variados incisos (XXII, XXIII, XXIV, 
XXVII, XXIX e XXX). 
Como esse direito não se revela, por óbvio, absoluto, as relativizações trazidas pela 
Constituição Federal serão apresentadas nos itens a seguir, por intermédio de comentários 
referentes à função social da propriedade (art. 5º, XXIII), à desapropriação (art. 5°, XXIV; 182, 
§3°; 184; 243), à requisição (art. 5°, XXV, da CF/88), à expropriação (are. 243, CF/88). 
2- DIREITOS EM ESPÉCIE 
2.1 – DIREITO À PROPRIEDADE 
2.1.1 – FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE (XXIII). 
Ao garantir o direito à propriedade, o texto constitucional impôs explicitamente que esta 
deveria acender a sua função social (art. 5°, XXIII). 
Corroborando a ideia expressada, temos as seguintes palavras do STF: 
O direito de propriedade não se reveste de caráter absoluto, eis que, sobre ele, pesa grave 
hipoteca social, a significar que, descumprida a função social que lhe é inerente (CF, art. 5°. 
XXIII), legitimar-se-á a intervenção estatal na esfera dominial privada, observados, contudo, 
para esse efeito, os limites, as formas e os procedimentos fixados na própria CR. O acesso à terra, 
a solução dos conflitos sociais, o aproveitamento racional e adequado do imóvel rural, a 
utilização apropriada dos recursos naturais disponíveis e a preservação do meio ambiente 
constituem elementos de realização da função social da propriedade. 
No que tange à função social dos imóveis rurais, a Constituição Federal preceituou, em 
seu art. 186, os requisitos para o cumprimento da função social da propriedade rural que será 
cumprida quando a propriedade rural atender, em resumo a preservação do meio ambiente, 
respeito a legislação do trabalho, exploração para benefício dos proprietários e dos 
trabalhadores. 
Por seu turno, a propriedade urbana cumprirá sua função social quando atender às 
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor (art.182, § 2°, 
CF/88). 
2.1.2 – LIMITAÇÕES AO DIREITO DE PROPRIEDADE. 
Enquanto a função social impede atribuir à propriedade um caráter absoluto, a 
requisição atinge a exclusividade do direito, a desapropriação, e a expropriação afastam seu 
caráter perpétuo. 
2.1.2.1 – DESAPROPRIAÇÃO (XXIV) 
A princípio, o direito de propriedade tem duração ilimitada, vale dizer, é perpétuo, já 
que perdura ao longo de roda a vida do proprietário e, com sua morte, é transmitido aos seus 
sucessores. 
Pode o Poder Público, no encanto, determinar a desapropriação da propriedade 
particular através de uma transferência compulsória, em que toma para si (ou transfere para 
terceiros) bens particulares, mediante o pagamento de justa e prévia indenização (em regra, 
em dinheiro). A desapropriação é, sem dúvida, uma agressiva maneira de o Estado intervir no 
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direito de propriedade, todavia é uma forma que o Poder Público possui de vencer entraves à 
efetivação de obras e serviços de interesse da coletividade, como por exemplo a construção de 
um viaduto, de uma rodovia, ou até mesmo a criação de uma reserva ambiental. 
O art. 5° da CF/88, em seu inciso XXIV, prevê que a desapropriação depende de prévia 
declaração do Poder Público de que o bem é de necessidade pública, utilidade pública ou 
interesse social. 
Ressalta-se que se o imóvel urbano não cumprir sua função social, poderá o Município 
exigir o parcelamento ou edificação compulsórios e, não sendo tal medida satisfatória, poderá 
o ente federado determinar a cobrança de IPTU progressivo no tempo. Todavia, se nenhum 
dos dois procedimentos for suficiente para desembaraçar o problema, a Constituição autoriza 
que o Município adote a medida de desapropriação mediante pagamento por meio de títulos 
da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de 
resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da 
indenização e os juros legais. 
2.1.2.1 – REQUISIÇÃO (XXV). 
A requisição é uma forma de intervenção pública no direito de propriedade em situações 
emergenciais, em que há iminente perigo público e a autoridade competente precisa usar 
temporariamente uma propriedade particular (arr. 5°, XXV). 
Na requisição não se fala em perda da propriedade (supressão de domínio), mas apenas 
em uso do bem pelo Estado visando atender o interesse público. 
Trata-se de situação de urgência em que o Poder Público não tem tempo suficiente para 
a adoção de providências alternativas que não dependam da interferência nos bens 
particulares. O Estado precisa da propriedade privada, a utiliza e a devolve ao proprietário 
logo após a ação. Caso o uso acarrete danos, há de ser fixada uma indenização. Caso contrário, 
não tendo ocorrido qualquer avaria ao bem utilizado, a indenização não se faz necessária. Vê-
se, pois, que é em razão da necessária comprovação de existência de dano, que a indenização 
será sempre posterior. 
2.1.5 – EXPROPRIAÇÃO OU CONFISCO (243). 
Expropriação é a supressão punitiva da propriedade privada, por ordem judicial, sem 
que o proprietário tenha direito a receber qualquer indenização. Prevista no art. 243, CF/88, 
ocorre nas situações em que o sujeito se utiliza de sua propriedade, rural ou urbana, 
localizada em qualquer região do País, para culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a 
exploração de trabalho escravo. 
As propriedades (possuídas a qualquer título) que forem expropriadas serão destinadas 
à reforma agrária e a programas de habitação popular (haverá o assentamento de colonos, 
para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos). Ressalta-se, ainda, que todo e 
qualquer bem de valor econômico apreendido em decorrência do tráfico ilícito de 
entorpecentes e drogas afins ou trabalho escravo será confiscado e reverterá a fundo especial 
com destinação específica, na forma da lei (art. 243, parágrafo único, CF/88). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: LENZA, Pedro. Direito Constitucional esquematizado 23ª Ed.. São Paulo, Saraiva, 
2019; 
 MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 4ª Ed. JusPodivm, Salvador, 
2016; 
 MORAIS, Alexandre de. Direito Constitucional. São Paulo: Atlas, 2006; 
 PAULO, Vicente; Alexandrino, Marcelo. Direito Constitucional descomplicado. 17ª 
Ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018; 
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EXERCÍCIOS 
1. Ao tratar dos Direitos e Garantias Fundamentais, a Constituição Federal garante o 
direito à propriedade e assegura sua função social, princípios repetidos na 
Ordem Econômica e Financeira. Dessa forma, é correto afirmar que: 
a) o direito à propriedade é absoluto e liberal, ou de abstenção tradicional. 
b) a função social da propriedade exige do proprietário uma conduta em prol dos 
interesses de seu titular. 
c) à propriedade urbana é facultado atender as exigências fundamentais de ordenação da 
cidade expressas no plano diretor, para cumprir sua função social. 
d) a propriedade rural escolherá atender a utilização adequada dos recursos naturais 
disponíveis ou a preservação do meio ambiente para cumprir sua função social. 
e) o direito à propriedade é relativo e condicionado ao atendimento de sua função social. 
2. À luz do artigo 5.º da CF, julgue o item subsequente. 
No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior se houver 
dano. 
Certo ( ) Errado ( ) 
3. À luz da Constituição Federal de 1988, julgue o item a seguir. 
O direito de propriedade é constitucionalmente garantido, devendo as propriedades 
atender a sua função social. 
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO
1. E 
2. C 
3. C 
 
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