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1 P o te n c io m e tr ia ΔE = função da atividade do analito Respondem à atividade do analito, de forma rápida e reprodutível. Assim... Eletrodos metálicos Os eletrodos indicadores podem ser de dois tipos: Eletrodos de membrana Idealmente, estes eletrodos deveriam ser específicos. Entretanto, a maioria deles são seletivos 2 P o te n c io m e tr ia ELETRODOS METÁLICOS Eletrodos de primeira classe Eletrodos de segunda classe Eletrodos de terceira classe Desenvolvem um potencial que é determinado pela posição de equilíbrio de uma reação redox na superfície do eletrodo. Estes eletrodos são classificados em função da sua composição, que define também sua capacidade de responder a uma determinada espécie iônica. Os eletrodos são classificados em ... 3 P o te n c io m e tr ia Mn+(aq) + n e - ⇆ M(s) E° = xxx V, que é tabelado. O potencial desta célula é dado por: ELETRODOS DE PRIMEIRA CLASSE São formados pelo par METAL / ÍON DO METAL Considere a seguinte célula: Referência ІІ Mn+ І M Assim a reação que ocorre nesta célula é dada por: 4 P o te n c io m e tr ia ELETRODOS DE PRIMEIRA CLASSE A equação pode ser escrita como: pM Respondem à atividade dos íons [Mn+] 5 P o te n c io m e tr ia ELETRODOS DE PRIMEIRA CLASSE Estes eletrodos não tem sido muito empregado, pois não são muito seletivos, uma vez que respondem ao cátion do metal e ao cátions que são mais facilmente reduzidos (que possuem maior potencial de redução). Exemplo: Considere uma análise de cobre em meio contendo íons cádmio e prata, empregando o eletrodo ECS ІІ Cu2+ І Cu. Escreva a expressão que possibilite calcular o potencial da célula e cite qual(is) o(s) possível(is) interferente(s). Cu2+(aq) + 2e - ⇆ Cu(s) E° = 0,337 V Ag+(aq) + e - ⇆ Ag(s) E° = 0,799 V Cd2+(aq) + 2 e - ⇆ Cd(s) E° = – 0,402 V 6 P o te n c io m e tr ia MCl(s) + e - ⇆ M(s) + Cl – E° = xxx V, que é tabelado. O potencial desta célula é dado por: ELETRODOS DE SEGUNDA CLASSE São formados pelo par METAL / SAL POUCO SOLÚVEL DO METAL. Considere a seguinte célula: Referência ІІ Cl– І M , MCl Assim a reação que ocorre nesta célula é dada por: Empregado, por exemplo, na determinação de cloreto, cuja espécie reagiria com a platina. mede a atividade do cloreto. 7 P o te n c io m e tr ia ELETRODOS DE SEGUNDA CLASSE Estes eletrodos são usados para medir a concentração de ânions em solução. Estes ânions são espécies que formam precipitados com o metal d eletrodo, ou um complexo estável. Exemplo: Considere uma análise de cloreto em meio contendo íons cádmio e cobre, empregando o eletrodo ECS ІІ Cl– І Ag , AgCl Escreva a expressão que possibilite calcular o potencial da célula e cite qual(is) o(s) possível(is) interferente(s). AgCl(s) + e - ⇆ Ag(s) + Cl – E° = 0,222 V Cd2+(aq) + 2 e - ⇆ Cd(s) E° = – 0,402 V Cu2+(aq) + 2e - ⇆ Cu(s) E° = 0,339 V 8 P o te n c io m e tr ia MA + (aq) + e - ⇆ MA(s) E° = xxx V, que é tabelado. ELETRODOS DE TERCEIRA CLASSE São formados por METAL / SAL POUCO SOLÚVEL DO METAL / SAL POUCO SOLÚVEL DO SEGUNDO METAL Considere a seguinte célula: Referência ІІ MA + І (MA)2S , MBS Assim as reações que ocorrem nesta célula são dadas por: (MA)2S(s) ⇆ 2 MA + + S2– MBS(s) ⇆ MB 2+ + S2– 9 P o te n c io m e tr ia O potencial desta célula é dado por: ELETRODOS DE TERCEIRA CLASSE ???????? Não temos em solução. De , temos: ???????? Não temos em solução. 10 P o te n c io m e tr ia ELETRODOS DE TERCEIRA CLASSE De temos: Assim, a expressão , assume: mede a atividade do íon do segundo metal. 11 P o te n c io m e tr ia ELETRODOS INERTES A palavra “INERTE” é apenas para enfatizar que o metal não participa da reação. Ele serve apenas para conduzir os elétrons. Exemplos: Pt, Au, Pd ... 12 P o te n c io m e tr ia Comparando com os eletrodos metálicos, temos: Metálicos: Ocorrência de reação redox na superfície do eletrodo. Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) - pÍon Baseiam-se na formação de potenciais através de membranas semipermeáveis, que devem deixar passar tão seletivamente quanto possível, a espécie iônica interessada (analito). Membrana: O potencial observado é um tipo de POTENCIAL DE JUNÇÃO, que se desenvolve através da membrana que separa a solução do analito de uma solução de referência. 13 P o te n c io m e tr ia Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) - pÍon Os EIS diferem-se quanto à composição física e química da membrana. Eletrodos de Membrana Cristalina Monocristal Exemplo: Policristalinos ou Cristais Mistos LaF3 para F – Exemplo: Ag2S para S 2– e Ag+ 14 P o te n c io m e tr ia Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) - pÍon Eletrodos de Membrana Não-Cristalina Vidro Exemplo: Vidro de silicatos para Na+ e H+ Líquida Exemplo: Trocadores Iônicos Líquidos para Ca2+ e transportadores neutros para K+ Líquido Imobilizado em um polímero rígido Exemplo: Matriz de PVC para Ca2+ e NO3 – 15 P o te n c io m e tr ia Suponha que se deseja medir a [C+] em uma solução desconhecida. Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) - pÍon Os EIS são constituídos de dois eletrodos de referência, um interno e outro externo. Exemplo: Necessitaríamos de um eletrodo de membrana que seja seletivo a esta espécie. Considere que este eletrodo seja o EIS de MEMBRANA LÍQUIDA, representado na Figura da próxima imagem. 16 P o te n c io m e tr ia (Adaptado de Harris – Quantitative Chemical Analysis) 17 P o te n c io m e tr ia Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) - pÍon Neste eletrodo, a membrana de íon seletiva é feita de um polímero orgânico hidrofóbico impregnado com um líquido orgânico. Por isso é denominado de MEMBRANA LÍQUIDA. O ligante “L” é uma espécie fundamental na membrana, pois se liga seletivamente ao analito. Pode-se dizer que as membranas dos ESI são constituídos basicamente de: Polímero hidrofóbico impregnado com um líquido contendo um ânion hidrofófico (R–) e de um ligante (L) que se liga seletivamente ao analito (C+). 18 P o te n c io m e tr ia Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) - pÍon O analito (C+), poderia ser, por exemplo, o K+. O Ligante (L), poderia ser, por exemplo, a vanilomicina. O polímero hidrofóbico (R–), poderia ser, por exemplo, o tetrafenilborato: (C6H5)4B –. Este composto é solúvel na fase orgânica e insolúvel em água. Por isso ele fica confinado na membrana. O ligante é solúvel dentro da membrana e se liga seletivamente ao analito. É denominado IONÓFORO e deve ter elevada afinidade pelo analito e baixa afinidade por outras espécies. 19 P o te n c io m e tr ia Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) - pÍon Há uma espécie comum ao analito, ou seja, há C+, que se encontra ligado ao ligante “L”. Dentro da membrana ... pequena quantidade LC ⇆ L + C + Lexcesso. Além disso, há o contra-íon (R–), que é um líquido hidrofóbico. O C+, que se encontra ligado ao ligante “L”, pode se difundir através da interface enquanto num eletrodo ideal, a o R– (hidrofóbico) não pode sair da membrana e o ânion A– não pode penetrar na membrana (hidrofílica). Tão logo uma pequena quantidade de C+ se difunde através da membrana para a solução aquosa, haverá uma separação de cargas, criando uma uma ddp que se opõe a uma maior difusão de C+ para dentro da fase aquosa. 20 P o te n c io m e tr ia Eletrodos de Íons Seletivo (EIS) - pÍon O C+ se difundepara a solução interna e externa. Dentro da membrana ... Possui composição constante. Então, o excesso de C+ (carga positiva) é constante. O excesso de carga positiva (C+) depende da quantidade de C+ na amostra. O potencial para qualquer EIS é calculado por: Constante Carga do analito. 21 P o te n c io m e tr ia O potencial medido é resultado de tendência de uma redox na superfície do eletrodo O potencial é um tipo de Ej desenvolvido através da membrana (mobilidade de íons) Vantagens do EIS Elevada seletividade Elevada especificidade ≠ Eletrodos Metálicos EIS P o te n c io m e tr ia EIS baseados em ionóforos Compostos neutros e lipofílicos, que formam complexos com íons Microeletrodo de K contendo um líquido trocador iônico (vanilomicina). Foto em 400X Célula Microeletrodo ponta < 1 µm 23 P o te n c io m e tr ia Emprega-se um eletrodo de vidro, que também é um EIS. Neste eletrodo, a MEMBRANA DE VIDRO é um retículo irregular de um tetraedro de SiO4, onde os íons Na + se movem lentamente. O eletrodo de pH responde preferencialmente ao H3O +, com uma ddp = 0,0592 V, correspondendo a uma variação de 10 vezes na [H3O +]. O eletrodo é um ELETRODO COMBINADO que incorpora um eletrodo de vidro e um eletrodo de referência de Ag- AgCl. Na próxima imagem tem-se um exemplo deste eletrodo combinado para medidas de pH. Não é o H3O + que se move através da membrana. P o te n c io m e tr ia (Adaptado de Harris – Quantitative Chemical Analysis) 25 P o te n c io m e tr ia A notação em barras para este eletrodo é: Ag(s) І AgCl(s) ІІ H + (aq, externo) H + (aq, interno) , Cl – (aq) І AgCl(s) , Ag(s) Eletrodo de referência externo H+ externo ao eletrodo de vidro (solução do analito) .. .. . H+ interno ao eletrodo de vidro Eletrodo de referência interno 26 P o te n c io m e tr ia O lado que tinha > [H3O +] fica com uma carga positiva maior. Para medir a ddp, deve haver uma corrente elétrica (fluxo de cargas). Assim, os íons Na+ conduzem a corrente elétrica, migrando através da membrana. Como os eletrodos de referência são de Ag-AgCl, a ddp depende da concentração de Cl– em cada compartimento (eletrodo interno e externo). Uma vez que a [Cl–] é fixa e a [H3O +] é constante no interior da membrana de vidro, a única variável é o pH da solução (que contém o analito), situada na parte externa da membrana de vidro. P o te n c io m e tr ia Fina camada de vidro P o te n c io m e tr ia 22% de Na2O Eletrodo de vidro Corning 6% de CaO 72% de SiO2 29 P o te n c io m e tr ia A resposta dos eletrodos de vidro é dada pela seguinte expressão: Idealmente β = 1, mas varia de 0,98 a 1. POTENCIAL DE ASSIMETRIA, que é gerado devido a diferença entre os lados da membrana . Este potencial é corrigido por meio da calibração dos eletrodos com solução de pH conhecido. Diferença de pH entre a solução do analito e a solução interna ao bulbo de vidro. A calibração (com dois valores de pH conhecidos e distintos) estabelece os valores de β e a constante. P o te n c io m e tr ia Medidas Calibração Tampão de pH conhecido pH 4.0 pH 7.0 pH 10.0 0592,0 )( TD TD EE pHpH Definição operacional de pH T EE pHpH TDTD 410984,1 )( T = 25 °C P o te n c io m e tr ia Exemplo Uso do Eletrodo de Vidro para pH Um eletrodo de vidro / ECS desenvolve o potencial de -0,0412 V quando mergulhado em um tampão de pH 6,00 e -0,2004 V quando mergulhado em uma solução desconhecida. Qual o pH da solução a 25 °C? 0592,0 )( TD TD EE pHpH 0592,0 )0412,02004,0( 00,6 DpH 27,6)269,0(6 DpH P o te n c io m e tr ia Limitações Uso do Eletrodo de Vidro para pH 22% de Na2O 6% de CaO 72% de SiO2 P o te n c io m e tr ia Uso do Eletrodo de Vidro para pH Erro Alcalino Erro Ácido (Adaptado de Skoog – Fundamentos de Química Analítica P o te n c io m e tr ia Análises Clínicas – i-STAT ANALITO MEMBRANA FAIXA pO2 Polímeros hidrofóbicos 5 – 800 mmHg pCO2 5 – 130 mmHg Na+ Ionóforos 100 – 180 mmol/L K+ 2 – 9 mmol/L Ca2+ 0,25 – 2,50 mmol/L pH Vidro 6,5 – 8,0 P o te n c io m e tr ia Outras Aplicações – Ca2+ Dialquilfosfato de cálcio R = grupo alifático com 8 a 16 carbonos P o te n c io m e tr ia Outras Aplicações – Ca2+ (Adaptado de Harris – Quantitative Chemical Analysis) P o te n c io m e tr ia Outras Aplicações – F- (Adaptado de Harris – Quantitative Chemical Analysis) e outros P o te n c io m e tr ia Outras Aplicações – F- (Adaptado de Harris – Quantitative Chemical Analysis) P o te n c io m e tr ia Outras Aplicações – Cl- P o te n c io m e tr ia Outras Aplicações – Gases Gás Equilíbrio da solução interna Sensor NH3 NH3 + H2O ⇆ NH4 + + OH- Vidro, pH CO2 CO2 + H2O ⇆ HCO3 - + H+ Vidro, pH HCN HCN ⇆ CN- + H+ Ag2S, pCN HF HF ⇆ F- + H+ LaF3, pF H2S H2S ⇆ S2 - + 2 H+ Ag2S, os SO2 SO2 + H2O ⇆ HSO3 - + H+ Vidro, pH
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