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MENEJO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE CLINICAMENTE COMPROMETIDO PARTE II

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Clara Miotto 
 
 
 
 
PARTE II 
 
I) DISTÚRBIOS HEPÁTICOS: Hepatites 
 
Causas: 
- Doença infecciosa (hepatites A, B e C); 
- Alcoolismo (cirrose hepática): Uso abusivo de qualquer tipo de bebida 
alcoólica. A quantidade que causa doença hepática é variável de pessoa 
para pessoa. A dose de alto risco é de 80g/dia. Se for um paciente cirrótico, 
minha primeira preocupação é quanto a medicação - anestésico, a AINES, 
paracetamol e Antibiótico. 
** Preferir anestésicos sem vasoconstrictor e com altas concentrações. 
** Solicitar a esse paciente um TTPA e TAP com RNI visando observar a 
coagulação desse paciente. 
** Os AINES e o paracetamol são hepatopatas, portanto, não prescrever. 
** Quanto aos antibióticos, os do grupo de macrolidios (eritromicina ...) 
devem ser EVITADOS. Portanto, a amoxicilina é a primeira indicação 
- Drogas; 
- Doença auto-imune. 
 
 
 
J) DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE: Hiper, hipo, bócio, tumores 
Clara Miotto 
 
 
Hipertireoidismo: O diagnóstico é realizado pela constatação de 
hormônios tireoidianos circulantes elevados, utilizando-se técnicas 
laboratoriais diretas ou indiretas. 
** Crise tierotóxica 
Sintomas: 
- Nervosismo, exoftalmia, tremores, sudorese, aumento de apetite, perda de 
peso, taquicardia (evitar anestésico com adrenalina) 
 
 
Hipotireoidismo 
Sintomas: 
Fadiga, intolerância ao frio, fraqueza, aumento de peso, letargia, 
cretinismo/mixedemia, rouquidão, cefaleia, edema, pele seca, unha e 
cabelos quebradiços. 
Exames: 
- TSH ( hipo/ hiper) 
- T3 e T4 (relacionados com TSH) 
 
K) DISTÚRBIOS HEMORRÁGICOS: Portadores de discrasias sanguineas 
 
 
Sintomas: 
Clara Miotto 
 
- Sangramento nasal, equimose ao menor trauma, hematúria. 
 
Testes: Realizar quando em pacientes com discrasias sanguíneas: 
- Hemograma; 
- TP; 
- TTP; 
- TS; 
- Plaquetas. 
 
 
DOENÇAS QUE CAUSAM ANORMALIDADES DA HEMOSTASIA: 
 
TROMBOCITOPENIA: redução do número de plaquetas. 
Causas: induzida por drogas; purpura trombocitopenica; insuficiência de 
medula óssea; hiperesplenismo 
 
TROMBOCITOPATIA: 
 
ALTERAÇÕES NA COAGULAÇÃO SANGUINEA: 
• Congenitas: hemofilia A, hemofilia B, doença de Von Willebrand (mais 
comum em mulheres) 
- Hemofilia A/B: doença hemorrágica hereditária 
 
• Adquiridas: doenças hepáticas, anticoagulantes orais, heparina (usada 
por pacientes que fazem hemodiálise, assim, o procedimento cirúrgico 
deve ser feito entre as sessões) 
• TAP, PTTK, RNI, parecer do cardiologista 
• Risco X Benefício 
 
Considerações no tratamento: 
- Uso de heparina: usada em pacientes com doenças tromboembólicas e que 
fazem hemodiálise 
 
• Anemia: diminuição do número de glóbulos vermelhos circulantes, 
diminuição da concentração de hemoglobina e ou redução de 
hematócritos. Aguda: perda súbita 
Clara Miotto 
 
 
Sintomatologia: 
- Fraqueza 
- Tonteira 
- Palidez da pele e leito ungueal 
- Taquicardia em repouso 
- Dispneia de esforço 
- Dispneia em repouso 
Achados bucais: 
- Glossite luética 
- Queilite angular 
 
Considerações no tratamento: 
- Hematócrito abaixo ou acima 
de 
30% 
 
** Em pacientes leucopenicos, não deve prescrever dipirona 
 
 
L) DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS: 
 
• CONVULSÃO: As convulsões podem ser resultantes de abstinência 
alcoolica, febre alta, hipogligemia, lesão cerebral traumática, bem como 
podem ser idiopáticas. O dentista deve questionar o paciente com 
relaçãoà frequência dos episódios convulsivos, ao tipo, à duração e às 
Clara Miotto 
 
sequelas das convulsões. Além disso, deve saber qual o tipo de 
medicamento que ele usa para controle do distúrbio convulsivo. 
• Causas: tumores, doenças cerebrovasculares, traumatismo craniano, 
infecção do SNC, ingestão excessiva de álcool etc.; 
• Achados bucais: hiperplasia gengival; 
• Considerações no tratamento: risco de aspiração, interações 
medicamentosas, sedativos, cuidados no manuseio do paciente 
 
 
• DESMAIO: 
- Lipotimia: Geralmente é decorrente do excesso de adrenalina. Chamar o 
paciente pelo nome, conferir sinais, lembrar o paciente de respirar. 
- Hipoglicemia: Jejum prolongado ou descontrole da dieta. Questionar ao 
paciente se ele está em jejum ou se fez alguma refeição. Observar a 
necessidade de se fazer soro glicosado 5% 
- Hipotensão: Mais comum em indivíduos jovens, magros e altos ou 
pacientes de mais idade. Hipotensão postural: ao final do ato cirúrgico, 
lembrar o paciente de levantar-se devagar, questionar se ele está sentindo 
tonteira. 
 
M) PACIENTES GRÁVIDAS: Embora não seja um estado de doença, a 
gravidez é uma situação que merece considerações especiais 
quando uma cirurgia oral é necessária. As duas áreas odontológicas 
que podem trazer malefícios ao feto são: radiografia odontológica 
e a administração de fármacos a fim odontológico. Se for caso 
emergencial e ambas as áreas entrarem em ação, algumas 
precauções devem ser necessárias: uso do avental de chumbo de 
proteção, realização das técnicas periapicais de modo que limite a 
área de necessidade das demais. Já quando aos medicamentos, 
evitar algumas classes especificas. A gravidez pode ser emocional e 
fisiologicamente estressante, portanto, o uso de um protocolo de 
ansiedade é recomendado. Os sinais vitais das pacientes devem ser 
cuidadosamente monitorados durante o procedimento. Sempre 
Clara Miotto 
 
pedir o parecer do obstetra da paciente antes de qualquer 
procedimento. 
 ** Pacientes em estágio avançado de gravidez, sua posição na cadeira deve 
ser lateralizada, pois, se em posição de pernas pra cima e cabeça muito 
inclinada, pode haver compreensão do diafragma causando falta de ar, além 
da compressão da veia cava inferior, comprometendo o retorno venoso para 
o coração, e assim, comprometendo o débito cardíaco. 
 
Considerações no tratamento: 
- Radiografias: fazer se em máxima necessidade. Estudar se a cirurgia é 
necessária naquele momento. 
- Medicamento: devem ser evitados no 3 primeiro (devido ao 
desenvolvimento do embrião) e 3 últimos meses (sofrimento fetal). - 
Acompanhamento multidisciplinar com o obstetra. 
- 
- Se houver real necessidade de intervenção cirúrgica durante a gravidez, devo 
restringir algum medicamento? 
• Lidocaína 
• Bupivacaína 
*Avaliar vasoconstrictores (ADRENALINA E OCTAPRESSIM) 
• Acetaminofen 
• Codeína (quando necessária uma analgesia mais forte) 
• Penicilina 
• Eritromicina 
• AINES: Devo evitar, pois, podem gerar obstrução do induto umbilical. 
Evitar também AAS e a dipirona 
• Antibióticos: Evitar TETRACICLINAS (devido a amelogênese 
imperfeita), Cloronfenicol (gera um quadro de síndrome cinzenta), 
Garamicina (é ototoxica e nefrotóxica), Metronidazol (Flagil) 
 
Considerações no tratamento pós-parto: 
- Medicamento X aleitamento: Avaliar medicações que podem prejudicar a 
criança; medicação no leite materno; Risco X Benefício. 
 
 
 
Clara Miotto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
N) PACIENTES ALÉRGICOS: 
- Alergia: intolerância do 
organismo para com 
determinados produtos 
físicos, químicos ou 
biológicos, que reage de forma exagerada. 
 
Características: 
• Reações alérgicas LEVES: 
- Máculas vermelhas na pele, braço 
e tórax 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Reações alérgicas MODERADAS: 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/hipersensibilidade-e-dist%C3%BArbios-
inflamat%C3%B3rios-da-pele/erup%C3%A7%C3%B5es-cut%C3%A2neas-causadas-por-medicamentos 
Clara Miotto 
 
- Urticárias; máculas com aumento de volume; edema 
angioneurótico (incha a pálpebra e o lábio), rush cutâneo. 
 
Reações alérgicas MAIORES: 
- Início imediato, edema angioneurótico, broncocostricção, 
broncoespasmo, edema de glote. 
 
 
 
 
 
- Choque anafilático: o quadro mais grave.Também conhecido como 
anafilaxia ou reação anafilática,é uma reação alérgica grave que surge 
poucos segundos, ou minutos, após se estar em contato com uma 
substância a que se tem alergia, como camarão, veneno de abelha, alguns 
medicamentos ou alimentos, por exemplo. - Edema de glote, alterações 
cardiovasculares 
https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-da-pele/coceira-e-dermatite/urtic%C3%A1ria 
https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-
doencas/546037/edema+de+glote+definicao+causas+sintomas+diagnostico+tratamento+evolucao+prevencao+possiveis+complicacoes.htm 
Clara Miotto 
 
 
• Estar atento às alergias medicamentosas: AINES, antialérgicos, 
analgésicos, anestésicos (metilparabeno, sulfitos) 
***Anestésico de primeira escolha para alérgicos: Ropivacaína sem 
vasoconstrictor 
*** Anestesico tópico (benzocaína), geralmente pode causar uma 
reação alérgica. Assim, se houver conhecimento da alergia do 
paciente, evitar anestésicos tópicos ou utilizar Xilocaina geleia. 
 
 
Cuidados com pacientes alérgicos: 
- Suspensão medicamentosa; 
- Utilização de anti-histamínico; 
- Uso de corticoide; 
- Adrenalina; 
- Dificuldade respiratória; 
- Internação hospitalar; 
 
O) PACIENTES COM DOENÇAS NEOPLASICAS – ONCOLÓGICOS 
 
Achados bucais: 
- Ulceração; 
- Lesão branca cerótica (placas não removíveis); 
- Eritroplasia. 
 
Tratamento do carcinoma bucal: 
https://www.emergenciausp.com.br/anafilaxia-
baseada-em-evidencia/ 
Clara Miotto 
 
- Cirurgia; 
- Radioterapia; 
- Quimioterapia. 
 
Complicações bucais da radiação da cabeça e pescoço: 
– Mucosite (risco secundário de candidíase): deve-se fortalecer a higiene 
da boca. Hoje em dia, tem-se usado muito o tratamento por laser de 
baixaestimulação. 
– Xerostomia (devido a isso, o paciente fica mais propenso a infecção e 
à cárie; prescrição de saliva artificial). 
– Perda de paladar (das papilas valadas, principalmente). 
– Cárie de radiação (tipo de cárie típica em região cervical. Assim, possui 
tendência a abfração e retração gengival. 
– Osteoradionecrose: necroses causadas por radiação que na maioria 
das vezes evoluem para osteomielite. Quanto mais corticalizada a região 
for, mais propensa de haver osteorradionecrose. 
– Emocional do paciente. 
 
Cuidados pré-irradiação 
- Extrações de dentes com risco de infecção: 
• 7 a 14 dias antes do início da radioterapia; 
• Extrações atraumáticas; 
• Remover osso alveolar para o fechamento primário dos tecidos 
moles; 
• Condição dos tecidos bucais; 
• Antibiótico preventivo: prescrever até a lesão esteja cicatrizada; 
• Dimensão da ferida cirúrgica (quanto maior, maior chance de 
infecção, portanto, descolar menos tecido possível); 
• Alta refrigeração durante o uso de brocas; 
• Sutura oclusiva que garanta nutrição sanguínea do local; 
• Acompanhar o pós-cirurgico do paciente com regularidade, estar 
atento na higiene do local da cirurgia, observar necessidade de 
trocar de antibiótico; 
• Profilaxia, raspagem e alisamento radicular. 
 
Cuidados pós irradiação: 
Clara Miotto 
 
- Extrações dentarias em pacientes irradiados: 
• Extração atraumática, com fechamento primário dos tecidos; 
• Uso de antibioticoterapia; 
• Solicitar hemograma; 
• Oxigenio hiperbárico; 
• Laser bio-estimulante, ozonioterapia; 
• Saliva artificial ou umidificadores de boca; 
• Protocolo antifúngico; 
• Confecção de próteses totais deve ser protelada por no mínimo 6 
meses após o término da radioterapia; 
• Tempo de osteintegração. 
 
Cuidados pós quimioterapia: 
- Sempre solicitar hemograma 
- Risco de infecção e/ou sangramento intenso - Tratamento dentário 
normal para pacientes com: 
• Contagem de cls brancas superior a 2000mm2 
• Contagem de plaquetas superior a 5000mm2

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