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Unidade I PLANEJAMENTO E NEGÓCIOS DA SAÚDE Profa. Dra. Solimar Garcia Estrutura da disciplina Unidade I – Empreendedorismo e negócios na área da saúde 1. Empreendedorismo 2. Negócios na área da saúde Unidade II – Plano de negócios e financiamentos 3. Construindo planos de negócios 4. Fontes de financiamento Estrutura da disciplina Unidade III – Desenvolvimento sustentável 5. Desenvolvimento sustentável e sustentabilidade 6. Gestão ambiental e a legislação Unidade IV – Responsabilidade social e ética nos negócios 7. Responsabilidade social empresarial 8. Ética e desenvolvimento social Unidade I – Empreendedorismo e negócios na área da saúde Empresas na área de saúde. Médicos, dentistas, fisioterapeutas, esteticistas, cabeleireiros, massagistas e outras terapias. Empregos em hospitais, grandes clínicas ou convênios, buscam atender em seus consultórios particulares, que no caso é um empreendimento muito caro para eles assumirem sozinhos. Introdução Assim, juntam quatro ou cinco amigos… Esses novos profissionais poderiam muito bem empreender em suas áreas de atuação. Trabalhar por conta própria, com pouca experiência, mas cheios de vontade de fazer acontecer… História do empreendedorismo no mundo e no Brasil 1947 – curso de gerenciamento de pequenas empresas, na Harvard Business School. 1948 – Suíça – Universidade de St. Gallen – primeira conferência para discutir os problemas das pequenas empresas. 1953 – Peter Drucker criou em um curso de empreendedorismo e inovação na New York University. 1956 – International Council for Small Business (ICSB) – associação para pesquisar o empreendedorismo e os pequenos negócios, na University of Colorado. 1963 – primeira publicação científica da área de empreendedorismo – Journal of Small Business Management, órgão oficial do ICSB. História do empreendedorismo no mundo e no Brasil Claro que essa história segue com adesões e crescimento em todas as partes do mundo… 1981 – grande avanço – Babson College – um congresso acadêmico – os organizadores e pesquisadores Karl Vésper e Jack Hornaday ajudaram a expandir os estudos ao consolidar um centro de excelência sobre o tema. Timmons (1994 apud DOLABELA, 2000) sugere que o empreendedorismo representa uma revolução silenciosa comparada ao que a Revolução Industrial fez no século XX em termos de mudanças para os padrões mundiais. História do empreendedorismo no mundo e no Brasil 1981 – Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV) – curso Novos Negócios. De uma disciplina do curso de especialização, em 1984, estendeu-se para a graduação com o nome de Criação de Novos Negócios – formação de empreendedores. Na FGV-SP, o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (CENN) surgiu em 2004, levando o tema ao nível acadêmico. História do empreendedorismo no mundo e no Brasil Antes desse passo da FGV-SP, em 1984, o professor Newton Braga Rosa, do Departamento de Ciência da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, propôs a disciplina de Ensino de Criação de Empresas. Ao mesmo tempo, a Universidade de São Paulo (USP) se apresentou para a novidade por meio da disciplina Criação de Empresas, do professor Silvio Aparecido dos Santos, inserida no curso de Administração, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA). A partir de 1985, a disciplina Criação de Empresas e Empreendimentos de Base Tecnológica entrou para a grade de pós-graduação de Administração da FEA-USP. História… Várias iniciativas ocorreram… Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Escola de Novos Empreendedores, com projetos integrados a órgãos internacionais. Recife, em Pernambuco – Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), objetivando agregar conhecimento da academia às indústrias. Tratou-se de experiência importante que levou à criação do projeto Softex-Gênesis – implantação de um curso de Administração de Empresas com ênfase em empreendedorismo, na Universidade Federal de Alagoas, em 1993. História… 1994 – Universidade Federal de Alagoas – curso de mestrado direcionado ao empreendedorismo. 1995 – Escola Federal de Engenharia de Itajubá, em Minas Gerais – Centro Empresarial de Formação Empreendedora de Itajubá (Cefei). História… 1990 – implantação do Grupo de Estudos da Pequena Empresa (Gepe) no Departamento de Engenharia de Produção da Universidade Federal de Minas Gerais, apoiado pelo Sebrae-MG. Os destaques foram os workshops realizados entre 1992 e 1994 por professores canadenses e liderados por Louis Jacques Filion e que tiveram papel fundamental no avanço e na propagação do empreendedorismo no país. História… Baseado em pesquisas feitas com 51 empreendedores de diversos países, Filion criou a metodologia utilizada para o ensino de empreendedorismo que é utilizada até hoje no Brasil, às quais se somaram as iniciativas de Dolabela (1993) e passou a ser aplicado no país inteiro por meio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) nacional. A partir daí, outras metodologias foram desenvolvidas e vários núcleos se espalharam e surgiram as incubadoras de empresas, por meio da entidade. O Sebrae é a entidade que apoia, pesquisa e ajuda o empreendedor brasileiro e tem atuação nacional. Informações… Em nível internacional – outra fonte de informações e apoio aos empreendedores pode ser encontrada no Global Entrepreneurship Monitor (GEM, 2013) – da sigla em inglês para Monitor Global de Empreendedorismo. Programa de pesquisa que abrange o mundo inteiro e avalia, anualmente, o nível nacional da atividade empreendedora, desde 1999. Trata-se do maior estudo contínuo sobre a dinâmica empreendedora e o comportamento dos pequenos empresários na condução de seus negócios. Destacam-se, ainda, as iniciativas do Instituto Endeavor de apoio a empreendedores. No Brasil… Na experiência brasileira, o empreendedorismo cai nas graças do mundo acadêmico no início dos anos 1980 e só a partir de 1990 ganha força após a abertura da economia aos produtos estrangeiros. Desemprego e corte de postos de trabalho na indústria de vários setores, sobretudo os que tinham parques industriais obsoletos e ultrapassados, que passaram a receber produtos de melhor qualidade e baixo preço. Nessa época (o que ainda acontece até hoje) há uma grande dificuldade de o país competir com os produtos estrangeiros, em vários setores como o de confecções e de brinquedos. Para ganhar competitividade, o país precisava modernizar o parque industrial e atrair investimentos. Por aqui… Ainda por essa época, em 1994, entra em vigor o plano Real que acaba com a inflação e promove profundos ajustes na economia, criando as bases para que o país voltasse a crescer com estabilidade. No ano 2000, o Brasil consegue criar um milhão de novos empregos e as empresas juntas empregaram cerca de 40 milhões de trabalhadores. Depois desse grande ajuste, é que o Brasil passou a ensinar empreendedorismo de forma consistente nos cursos superiores. Bons negócios em várias áreas Setor de hipermercados – perspectiva de crescimento anual em torno de 3% até 2018. Tecido e vestuário, bem propício para investimento em pequenos negócios, esperado grande crescimento. Veículos, motos, partes e peças, com melhora nas vendas e no faturamento, com abertura de novas fábricas e aumento de frota que devem estimular o setor. Materiais para construção, que vinha crescendo muito nos últimos cinco anos, com a implantação de projetos de casas populares do governo, deve sofrer uma desaceleração das vendas, apesar de ficar na casa dos 30% a partir de 2015 e incentivo vindo da redução da taxa de juros do governo,a Selic. Bons números, bons negócios! Observe que bons números apresentam os setores citados e pense em quantas possibilidades e oportunidades para criação de novos negócios existem pelo Brasil e sua tamanha diversidade. Emprego fixo x empreendedorismo. Interatividade A primeira iniciativa sobre empreendedorismo no Brasil aconteceu quase 20 anos depois da primeira publicação científica e internacional sobre o tema, no Journal of Small Business Management, em 1963. Foi ela: a) Disciplina criada na USP. b) Disciplina criada em Itajubá. c) 1981 – Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV) – curso de Novos Negócios. d) Curso de gerenciamento de pequenas empresas, na Harvard Business School. e) Iniciativa do Sebrae – SP. Resposta A primeira iniciativa sobre empreendedorismo no Brasil aconteceu quase 20 anos depois da primeira publicação científica e internacional sobre o tema, no Journal of Small Business Management, em 1963. Foi ela: a) Disciplina criada na USP. b) Disciplina criada em Itajubá. c) 1981 – Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV) – curso de Novos Negócios. d) Curso de gerenciamento de pequenas empresas, na Harvard Business School. e) Iniciativa do Sebrae – SP. Empreendedorismo Agora que sabemos como foi o início do interesse pelo tema empreendedorismo no mundo e no Brasil, podemos entender melhor o que vem a ser empreendedorismo. O crescimento de negócios individuais e atividades empreendedoras tiveram um aumento substancial a partir dos anos 1990, com pequenas empresas criadas para desenvolver a então recente menina dos olhos dos negócios, a internet. Nessa época, criavam-se sucessos instantâneos com boas ideias e era muito comum a existência de jovens que nem bem chegaram à casa dos 20 anos e já estavam milionários. Bolha da internet. Empreendedorismo Depois do aparecimento do Google e do Facebook, empresas que nasceram originalmente na internet, ficou mais fácil compreender como o mundo virtual gerava dinheiro e isso trouxe novas necessidades ao mundo empresarial, como cabeças empreendedoras e criativas para ir adiante. Observe que os autores pensam no empreendedorismo como uma questão social e não apenas como forma de vencer na vida e ganhar dinheiro. Empreendedorismo Os estudos referentes ao empreendedor, seu perfil, como surge, como desenvolve suas atividades e sua forma de atuação é o que se convencionou chamar de empreendedorismo. Oriundo da palavra inglesa entrepreneurship, que além da criação de empresas se dedica também a estudar a geração do autoemprego, empreendedorismo comunitário e funcional (DOLABELA, 1999). Dornelas (2008) define empreendedorismo como o conjunto de atitudes criativas e inovadoras que priorizam valores, como a geração e a distribuição de riquezas, a autossustentação e o desenvolvimento econômico e social. Empreendedorismo Observe que as crises de crescimento são excelentes momentos para o país e para as pessoas darem a volta por cima para melhorar, mudar e crescer. Segundo Dornelas (2007), o empreendedorismo cria emprego e prosperidade e sua definição vem do grego empreender, que significa “fazer acontecer com as próprias mãos”. Sendo assim, podemos inferir que, para o empreendedorismo avançar, o país precisa de pessoas que realmente façam tudo acontecer, precisa de empreendedores. Características dos empreendedores Quem nunca levantou pela manhã para ir ao trabalho e pensou: ainda serei meu próprio patrão! Empreender não é fácil! Algumas características e habilidades são necessárias e algumas são natas e outras é possível desenvolver. Os estudiosos da área garantem que o desenvolvimento das habilidades empreendedoras podem colocar os profissionais em melhores condições de competir em um tempo em que a única certeza é a mudança e as vagas fixas são altamente disputadas. Características dos empreendedores Um empreendedor é uma pessoa que não manda fazer, faz! Isso em uma definição muito simples é claro! No entanto, compreender como age e como atua o empreendedor é fundamental para haver uma atitude empreendedora. Querer ter uma empresa ou pequeno negócio próprio pode ser o sonho de muitas pessoas, mas fazer isso acontecer com maestria apenas poucos conseguem. Por isso, apesar de compreendermos a necessidade de empreender e do empreendedorismo para o crescimento do país, é preciso cautela para isso. Como? Antes de fazer é preciso preparar-se e desenvolver as habilidades necessárias para isso. Características dos empreendedores Na visão de Dolabela, uma dessas características é a capacidade do empreendedor de dedicar-se intensamente, pois seu prazer está diretamente ligado ao trabalho. Da mesma forma, Drucker (1987) acredita serem empreendedoras as pessoas que criam algo novo, diferente e mudam ou transformam valores, sendo que o espírito empreendedor é um comportamento e não traços de personalidade. Podemos observar que o conceito e a teoria se alinham para construir as bases do empreendedor e não se trata apenas de intuição para que o negócio dê certo. Características dos empreendedores Se empreender é mais do que criar novos negócios e ter uma empresa para cuidar, podemos depreender do que vimos até aqui que o empreendedor reúne algumas características e habilidades especiais. Não queremos dizer com isso que o empreendedor é totalmente diferente de todas as pessoas. Não é isso! Simplesmente, ele possui determinadas características que o fazem ir em frente mesmo diante das adversidades. Características… O empreendedor está sempre na busca de novas oportunidades e não se limita a ter ou esperar ter uma grande ideia para colocar em prática seu projeto. Busca a inovação e a mudança. É uma pessoa que tem atitude. Essas características especiais se concentram na persistência, no otimismo e na alegria com suas ideias (DORNELAS, 2008). Atitudes dos empreendedores (DORNELAS, 2008) Paixão pelo que faz. Iniciativa para criar e inovar. Usa os recursos disponíveis de forma criativa. Transforma o ambiente social e econômico em que vive. Aceita assumir riscos que incluem a possibilidade de fracassar. Características… Não se trata apenas de um sonhador. Não se trata apenas de uma pessoa criativa. Não se trata de alguém que queira apenas abrir um negócio próprio. Os empreendedores não pensam apenas em si próprios. Conseguem extrapolar o ganho advindo de seus negócios para toda a sociedade. Eles querem marcar sua história e fazer a diferença no mundo. Pesquisa Dornelas e Cezar (2006) (apud MARQUES, 2006) entrevistaram 399 empreendedores de sucesso e identificaram o perfil do brasileiro de sucesso. Difícil encontrar essas informações dada a dimensão continental do país e suas diferenças regionais, custos diversos para locais diferentes, sazonalidade de alguns itens de procura em alguns locais, entre outros. Os autores criaram uma tabela que compara o senso comum sobre o que se pensa a respeito de empreendedores e o que realmente ocorre com empreendedores que obtiveram sucesso (MARQUES, 2006). Características dos empreendedores mostradas e confirmadas pela pesquisa Características empreendedoras que foram confirmadas: Sabem explorar ao máximo as oportunidades. São determinados e dinâmicos/persistência. São dedicados e comprometidos. São otimistas e apaixonados pelo que fazem. São independentes e constroem o próprio destino. São bem relacionados (networking). Possuem conhecimento/buscam informações. Assumem riscos calculados. Histórico familiar. Características dos empreendedores mostradas e confirmadas pela pesquisa Características empreendedoras que nãoforam constatadas: São indivíduos que fazem a diferença. Ficam ricos. Características empreendedoras que não foram confirmadas: Planejam, planejam, planejam/estabelecem metas. Adaptado de: MARQUES, R. “Mitos e fatos sobre o empreendedor brasileiro.” Disponível em: <http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2006/08/23/4 35297/itos-e-fatos-empreendedor-brasileiro.html>. Acesso em: 05. fev. 2015. Características dos empreendedores (DORNELAS, 2007) São visionários. Sabem tomar decisões. São indivíduos que fazem a diferença. Sabem explorar ao máximo as oportunidades. São determinados e dinâmicos. São dedicados. São otimistas e apaixonados pelo que fazem. São independentes e constroem seu próprio destino. São líderes e formadores de equipes. São bem relacionados (networking) . São organizados. Planejam, planejam, planejam. Possuem conhecimento. Assumem riscos calculados. Mitos sobre empreendedores Retomando a compreensão sobre as características dos empreendedores, Dornelas (2007) acredita que, para ser empreendedor, a pessoa não precisa de nenhuma iluminação especial ou um toque divino vindo seja de onde for. Ele explica que essa ideia é simplista, não corresponde à realidade e que a maioria das ideias a respeito de empreendedores e empreendedorismo é mito. Mitos sobre empreendedores Mito 1: empreendedores são natos, nascem para o sucesso. Mito 2: empreendedores são “jogadores” que assumem riscos altíssimos. Mito 3: os empreendedores são “lobos solitários” e não conseguem trabalhar em equipe. Interatividade O que é empreendedorismo? a) O conjunto de atitudes criativas e inovadoras que priorizam valores, como a geração e a distribuição de riquezas, autossustentação e o desenvolvimento econômico e social. b) Tratar de arranjar um emprego fixo. c) Ter estabilidade no emprego. d) Trabalhar apenas nos momentos criativos. e) Ser criativo e inovador. Resposta O que é empreendedorismo? a) O conjunto de atitudes criativas e inovadoras que priorizam valores, como a geração e a distribuição de riquezas, autossustentação e o desenvolvimento econômico e social. b) Tratar de arranjar um emprego fixo. c) Ter estabilidade no emprego. d) Trabalhar apenas nos momentos criativos. e) Ser criativo e inovador. Negócios na área da saúde Em 2012, a revista Exame publicou uma lista com nove histórias de empreendedores na área da saúde. Parece que as oportunidades vêm todas da internet… A preocupação com saúde e bem-estar tem aumentado muito. A população está envelhecendo. Estresse de viver nas grandes cidades. Cuidar do corpo e da saúde física e mental parece ser o foco dos novos negócios de hoje. Negócios na área da saúde Esses empreendedores perceberam o gap (lacuna) de atendimento e criaram soluções variadas, que vão desde encontrar médicos e outros profissionais para consultas como quem se interessa em alimentação e em praticar exercícios. Veja que esses profissionais encontraram uma boa ideia, uniram-se a pessoas capacitadas, cada um com uma expertise e colocaram a ideia em prática, transformando, assim, uma ideia em uma oportunidade. Negócios na área da saúde (LAM, 2012) Tonic Health – trata-se de uma empresa que se especializou na criação de formulários por meio de joguinhos, tornando a atividade de preenchê-los mais agradável para quem precisa fazê-lo. HelpSaúde – disponível em: http://www.helpsaude.com/, acesso em: 05 fev. 2015. GymPass – disponível em: https://www.gympass.com/, acesso em: 05 fev. 2015. Boaconsulta – disponível em: http://www.boaconsulta.com/, acesso em 05 fev. 2015. FisioGames – disponível em: http://www.fisiogames.com/portal/, acesso em: 05 fev. 2015. Negócios na área da saúde Fooducate – disponível em: https://itunes.apple.com/us/app/fooducate-healthy-weight- loss/id398436747?mt=8, acesso em: 05 fev. 2015. Esse aplicativo mostra o conteúdo nutricional dos alimentos que utiliza a câmera do smartphone como leitor de código de barras e ainda oferece sugestões de produtos mais saudáveis. O norte-americano Hemi Weingarten criou a empresa, pois tinha a preocupação de preparar refeições mais saudáveis para a família. Segundo ele, quando estava no supermercado ficava confuso com tantas informações e produtos que prometiam mais nutrientes e saúde. Negócios na área da saúde MinhaVida e DietaeSaúde – disponíveis em: http://www.minhavida.com.br/ e www.dietaesaude.com.br, acesso em: 05 fev. 2015. Desde 2004 no ar, o MinhaVida possui mais de 14 milhões de usuários que encontram informações sobre bem-estar e saúde. O diretor-executivo e cofundador Daniel Wjuniski tem como sócios Fernando Ortenblad, Sylvio Barros e Roberto Lifschitz. Quando Daniel, aos 20 anos, foi diagnosticado com a doença crônica Crohn, descobriu que era muito difícil conseguir informações na internet sobre ela. O site vende publicidade e assinaturas do programa de emagrecimento Dieta e Saúde, que possui mais de três milhões de usuários. Negócios na área da saúde FarmaciaDoceVida – disponível em: http://docevidadiabetes.com.br/, acesso em: 05 fev. 2015. Em 2006, a farmacêutica Mônica Lenzi fundou a Farmácia Doce Vida, em Blumenau, Santa Catarina. A partir de 2008, resolveu vender pela internet produtos especializados para portadores de diabetes. Em 2012, mais de 70% da receita advinha das vendas feitas pela internet ou pelo telefone, com a entrega de 600 pedidos mensais e um crescimento no faturamento de cerca de 60% ao ano desde a fundação. Negócios na área da saúde DoctorsWay – disponível em: http://www.doctorsway.com.br/, acesso em: 05 fev. 2015. Em 2012, o negócio começou com cerca de três mil profissionais cadastrados e hoje já são 12 mil médicos que constituem uma grande rede social especializada dirigida a médicos. Com o objetivo de compartilhar mais facilmente as informações sobre diagnósticos e dúvidas, os cadastrados precisam ter o número do CRM para participar da rede. Por que é um bom negócio? A Associação Nacional do Comércio de Artigos de Higiene Pessoal e Beleza (Anabel) aponta que os números do segmento de saúde, beleza e bem-estar apresentam crescimento já há alguns anos. O número de salões de beleza abertos no país, no fim de 2014, cresceu 78% em cinco anos, passando de 309 mil, em 2005, para 550 mil em 2010, levando o país a ocupar o segundo lugar no ranking entre os países em consumo de produtos e serviços de beleza, atrás apenas dos Estados Unidos. A previsão de faturamento de 2014 era de cerca de R$ 136 bilhões. O setor tem crescido muito acima da média de vários segmentos (MARQUES, 2013; MARZANO, 2014). Por que é um bom negócio? Uma pesquisa da Federação do Comércio Fecomércio – SP mostrou que o gasto das famílias brasileiras com serviços de cabeleireiros cresceu 44% em seis anos. Aumento da renda da família brasileira, a mulher trabalhando e sendo chefe de família, além da famosa ascensão da classe C aos produtos de consumo, de uns anos para cá. A legalização da profissão criou um ambiente propício para que as pessoas começassem a investir em seus próprios negócios e buscar conhecimentos técnicos e até de nível superior para atender os clientes com qualidade (MARQUES, 2013; MARZANO, 2014). Por que é um bom negócio? E as possibilidades de trabalho são muitas. O profissional de estética pode fazer desde atendimentos domiciliares, na sua própria casa e em salões de beleza, como em clínicas de estética, spas, indústrias de cosméticos. Outra opção ainda é compor equipes com médicos e outros profissionais da área da saúde. Por exemplo, um cirurgião plástico sempre indica massagens para complementar e melhorar o resultado do procedimento.As instituições de ensino são outro local em que o profissional pode ajudar a disseminar seus conhecimentos. Novos negócios em saúde e bem-estar O número de esteticistas, em 2012, já passava de um milhão entre especialistas práticos, com curso técnico e superior. Grandes empresas demoraram demais para atuar e atender alguns grupos importantes neste segmento. Homens x tabu x se cuidar x vaidade. Pele e cabelos de pessoas negras. Novos negócios Odontologia: Sorridents – disponível em: www.sorridents.com.br, acesso em 11 fev. 2015. DentalPlus – disponível em: http://www.dentalplus- sorria.com.br/iframe_missao.htm, acesso em 11 fev. 2015. Clínica médica: Medbras – disponível em: http://www.medbras.com.br/, acesso em: 11 fev. 2015. Cuidados ao idoso: Centro Integrado de Atendimento ao Idoso – CIAI – disponível em: http://www.ciai.com.br/br/clinica-de-repouso-para- idosos/ciai-um-lugar-para-viver, acesso em 11 fev. 2015 Novos negócios Psicologia: Instituto de Saúde Cognitiva Aplicada – disponível em: http://www.insca.com.br/, acesso em: 11 fev. 2015. Fisioterapia: Forte – disponível em: http://www.fortefisioterapia.com.br/, acesso em: 11 fev. 2015. Fisioterapia na saúde da mulher: EPTFisio – disponível em: http://www.eptfisio.com.br/quem- somos.php, acesso em: 11 fev. 2015. Novos negócios Clínicas de estética e terapias alternativas: Excellent Terapias Integradas – disponível em: http://excellentterapias.com.br/, acesso em 11 fev. 2015. SPA diário: SPA Diário – SPA Day Buddha Spa – disponível em: http://buddhaspa.com.br/institucional/quem-somos, acesso em: 11 fev. 2015. Gestão de clínicas de beleza e salão de cabeleireiro: Lyrius Gestão – disponível em: http://www.lyriusgestao.com.br/planos-e-precos/, acesso em: 26 fev. 2015. Novos negócios Salão de beleza móvel especializado em pessoas com dificuldades de locomoção e deficientes: Deejom – Beleza, saúde e bem-estar – disponível em: http://www.deejom.com.br/atendimentomovel/, acesso em 26 fev. 2015. Salão de beleza especializado em crianças: Funny Hair – disponível em: www.funnyhaircom.br, acesso em: 30 mar. 2015. Salão de beleza especializado em idosos: Concept Hair – disponível em: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2012/0 1/02/internas_economia,284809/idosos-impulsionam-o-mercado- de-cosmeticos-e-beleza.shtml, acesso em: 26 fev. 2015. Novos negócios Salão de beleza especializado em negros: Beleza Negra – disponível em: http://www.belezanegra.com.br/default.asp, acesso em: 26 fev. 2015. Produtos específicos para cabelos de pessoas da raça negra: Beleza Natural – disponível em: www.belezanatural.com.br, acesso em: 26 fev. 2015. Interatividade As oportunidades na área de novos negócios da saúde não param de crescer. Elas podem ocorrer: a) Presencialmente, oferecendo serviços diversos. b) Virtualmente, oferecendo produtos e serviços para prestadores de serviços da área de saúde. c) Presencialmente, oferecendo produtos para profissionais da área da saúde. d) Presencialmente, oferecendo produtos virtuais como programas para prestadores de serviços. e) Todas as alternativas estão corretas. Resposta As oportunidades na área de novos negócios da saúde não param de crescer. Elas podem ocorrer: a) Presencialmente, oferecendo serviços diversos. b) Virtualmente, oferecendo produtos e serviços para prestadores de serviços da área de saúde. c) Presencialmente, oferecendo produtos para profissionais da área da saúde. d) Presencialmente, oferecendo produtos virtuais como programas para prestadores de serviços. e) Todas as alternativas estão corretas. Importância e números do empreendedorismo 2013 – oitavo lugar no ranking do GEM (2013) (Monitor Global de Empreendedorismo, na sigla em inglês Global Entrepreneurship Monitor). A pesquisa considera 28 países. Taxa de empreendedores nascentes (TEA) de 17,3% – 17 de cada 100 brasileiros que estão envolvidos em um negócio próprio e ainda não pagaram salários ou receberam pró-labore por, pelo menos, três meses. Taxa de empreendedores estabelecidos (TEE) – ocupa o quarto lugar e 15,4% com 42 meses pagando salários ou pró- labore. Importância e números do empreendedorismo no Brasil 2013 – cerca de 21 milhões de pessoas estavam envolvidas na criação ou na administração de um negócio em estágio nascente ou novo e cerca de 19 milhões de pessoas estavam em negócios há mais de 42 meses (três anos e meio). Uma característica peculiar dos empreendedores brasileiros é que são praticamente equânimes quanto ao gênero: 17,2% de homens e 17,4% de mulheres para os empreendedores iniciais (17,3% como especificado acima), dado que destoa dos outros países pesquisados, cuja massa de empreendedores é formada por homens. Importância e números do empreendedorismo no Brasil Quanto à idade, os empreendedores se concentram entre 25 e 34 anos, somando 21,9% e a idade média está em 39 anos, faixa que concentra 48,7% (31 a 49 anos) dos empreendedores, 22,4% tem 50 anos ou mais e 28,8% tem até 30 anos. Já os empreendedores estabelecidos estão na faixa etária entre 45 e 54 anos, somando 24,3%. Nível de escolaridade, quase 50% (47%) têm o segundo grau completo, 39% o primeiro grau e apenas 17% o nível superior. Importância e números do empreendedorismo Imagino que você já tenha compreendido a importância do empreendedorismo e sua atitude para a criação das micro e pequenas empresas para o país. Elas representam 90% do total de empresas brasileiras e respondem por 40% dos salários pagos aos empregados formais. Os números da pesquisa são baseados no Cadastro Sebrae de Empresas (CSE). Segundo a entidade, as microempresas saltaram de 4,1 milhões, em 2009, para 5,15 milhões em 2012, representando um crescimento de 25,2% no período. Quanto às empresas de pequeno porte, elas eram 660 mil, em 2009, e chegaram a 945 mil com elevação de 43,1% e superando a taxa de crescimento das médias e grandes empresas, de 31,2%, em 2012. Micro e pequenas empresas Segundo a Lei Complementar no 123/2006, que instituiu o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, os pequenos negócios são divididos em quatro segmentos por faixa de faturamento, com exceção do pequeno produtor rural. Essa lei é conhecida como Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, porém as empresas podem se constituir de outras formas ainda como sociedades limitadas, anônimas e cooperativas, entre outras (SEBRAE, 2014a). Tipos de empresas para pequenos negócios Microempreendedor Individual (MEI): pessoa que trabalha sozinha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário pela internet, por meio do www.portaldoempreendedor.gov.br. Faturamento anual até R$ 60 mil, sem sócios, valor de impostos fixo no mês, direto à aposentadoria por idade, por invalidez, licença-maternidade e auxílio-doença, direito aos dependentes de auxílio-reclusão e pensão por morte, pode ter até um empregado que receba salário-mínimo ou piso da categoria profissional, atividade da empresa deve ser enquadrada no Simples Nacional. Tipos de empresas para pequenos negócios Empresário individual – pessoa física que exerce atividade econômica de produção ou comércio de bens e serviços. Responde com seu patrimônio pessoal pelas obrigações contraídas pela empresa. Microempresa (ME) – faturamento anual até R$ 360 mil, empresas optantes para diversos tipos de enquadramento no Simples Nacional, regime normal; o proprietário da microempresa costuma contribuir com seu próprio trabalho na empresa. Tipos de empresas para pequenos negócios Empresa de pequeno porte (EPP) – faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 3,6 milhões; caracterizada pelo número de funcionários; envolvetodos os tipos de sociedade, exceto o MEI. Pequeno produtor rural – propriedade com até 4 módulos fiscais ou faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. Tipos de empresas para pequenos negócios Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) – empresa constituída também por uma única pessoa, porém o dono não responde por dívidas com seu patrimônio ou bens pessoais. Sociedade limitada – composta por, no mínimo, dois sócios, pessoas físicas ou jurídicas. A responsabilidade é limitada ao valor das cotas de cada sócio, mas todos respondem solidariamente pelo capital social (e pelas dívidas). Simples Nacional É o regime de arrecadação previsto pela Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006, e aplicável às microempresas e às empresas de pequeno porte. A cobrança cobre todos os impostos da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Para o ingresso no Simples Nacional é necessário o cumprimento das seguintes condições: enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte, cumprir os requisitos previstos na legislação e formalizar a opção pelo Simples Nacional (BRASIL, 2015). Ideias e oportunidades Na pesquisa, ainda, mais de 40% dos entrevistados afirmam que seguiram sua intuição ao invés de planejar. Ao mesmo tempo, apenas 10% afirmaram planejar constantemente o seu negócio. Ideias e oportunidades Então, todas as ideias podem se transformar em um bom negócio? Nem sempre! Mais importante é diferenciar o que é uma ideia de uma oportunidade de negócios. Ideias e oportunidades Uma boa ideia para se transformar em um bom negócio necessita de análises iniciais feitas pelo empreendedor. Assim, boas ideias que não saem do papel continuam apenas no plano das ideias se não forem para a ação, é preciso fazer acontecer. Ideias e oportunidades Para Dornelas (2008), o principal mito em torno das novas ideias é pensar que ela seja única, inusitada, inovadora, totalmente diferente de tudo o que existe por aí. Outro mito é pensar que alguém vai roubar a ideia. Também a ideia precisa ser colocada em prática, testada com os possíveis clientes, trocando ideias com empreendedores mais experientes e até mesmo com os amigos mais próximos. Necessidade das empresas em inovar Necessidade de crescimento. Existência de gaps no mercado (clientes não atendidos). Necessidade de melhorar os resultados financeiros. Necessidade de conquistar novos clientes, com novos produtos. Necessidade de inovação. Como manter a cultura de inovação (DORNELAS, 2008) Conversar com pessoas de todas as idades e níveis sociais, sobre todos os temas. Conhecer patentes e licenciamentos de produtos que interessam ao negócio. Atentar-se para o que acontece em sua região para determinar tendências, por exemplo, novos prédios de apartamentos sendo construídos, novas universidades. Tudo isso trará mais pessoas para sua região e com elas mais oportunidades para o negócio. Como manter a cultura de inovação Conferências do setor e congressos para manter-se atualizado. Reuniões e eventos sociais da região e de associações de classe são imperdíveis para manter-se atualizado. Ler as publicações específicas de sua área de atuação ou de outros setores nos quais tenha interesse. Visitas às universidades, feiras de negócios da área e outras empresas. Interatividade Uma ideia é diferente de uma oportunidade, pois: a) A ideia é apenas um pensamento sobre algo. b) A oportunidade precisa de dinheiro para virar realidade. c) A ideia e a oportunidade ocorrem juntas. d) Uma ideia só vira uma oportunidade a partir dos estudos preliminares sobre o negócio, o mercado e o cliente. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. Resposta Uma ideia é diferente de uma oportunidade, pois: a) A ideia é apenas um pensamento sobre algo. b) A oportunidade precisa de dinheiro para virar realidade. c) A ideia e a oportunidade ocorrem juntas. d) Uma ideia só vira uma oportunidade a partir dos estudos preliminares sobre o negócio, o mercado e o cliente. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. ATÉ A PRÓXIMA! Slide Number 1 Estrutura da disciplina Estrutura da disciplina Unidade I – Empreendedorismo e negócios na área da saúde � Introdução� � História do empreendedorismo no mundo e no Brasil� � História do empreendedorismo no mundo e no Brasil� � História do empreendedorismo no mundo e no Brasil� � História do empreendedorismo no mundo e no Brasil� História… � História…� � História…� � História…� � Informações…� � No Brasil…� � Por aqui…� Bons negócios em várias áreas Bons números, bons negócios! Interatividade Resposta � Empreendedorismo� � Empreendedorismo� � Empreendedorismo� � Empreendedorismo� Características dos empreendedores Características dos empreendedores Características dos empreendedores Características dos empreendedores � Características…� Atitudes dos empreendedores (DORNELAS, 2008) � Características…� � Pesquisa� �Características dos empreendedores mostradas e confirmadas pela pesquisa� �Características dos empreendedores mostradas e confirmadas pela pesquisa� �Características dos empreendedores (DORNELAS, 2007)� � Mitos sobre empreendedores� � Mitos sobre empreendedores� Interatividade Resposta � Negócios na área da saúde� Negócios na área da saúde � Negócios na área da saúde (LAM, 2012)� � Negócios na área da saúde� � Negócios na área da saúde� � Negócios na área da saúde� � Negócios na área da saúde� Por que é um bom negócio? Por que é um bom negócio? Por que é um bom negócio? Novos negócios em saúde e bem-estar Novos negócios Novos negócios Novos negócios Novos negócios Novos negócios Interatividade Resposta Importância e números do empreendedorismo Importância e números do empreendedorismo no Brasil Importância e números do empreendedorismo no Brasil Importância e números do empreendedorismo Micro e pequenas empresas Tipos de empresas para pequenos negócios � Tipos de empresas para pequenos negócios� Tipos de empresas para pequenos negócios Tipos de empresas para pequenos negócios � Simples Nacional� Ideias e oportunidades Ideias e oportunidades Ideias e oportunidades Ideias e oportunidades Necessidade das empresas em inovar Como manter a cultura de inovação (DORNELAS, 2008) Como manter a cultura de inovação Interatividade Resposta Slide Number 77
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