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Unidade II PLANEJAMENTO E NEGÓCIOS DA SAÚDE Profa. Dra. Solimar Garcia Construindo planos de negócios Você já aprendeu que apenas uma boa ideia pode continuar sendo apenas isso, se não for submetida a uma análise minuciosa do mercado, dos clientes, da concorrência, dos fornecedores, entre outros aspectos envolvidos. Construindo planos de negócios Na visão de Dornelas (2008), as primeiras perguntas que você deve conseguir responder são: Quais são os clientes que comprarão esses produtos ou serviços? Qual o tamanho atual do mercado em reais e em número de clientes? O mercado está em crescimento, estável ou estagnado? Quem atende a esses clientes atualmente, ou seja, quem são os concorrentes? Construindo planos de negócios O público-alvo. A durabilidade do produto/serviço no mercado (ciclo de vida do produto). Onde estão os clientes desejados? Onde eles efetuarão suas compras do produto? Qual o potencial de crescimento do mercado (>10, 15, 20% anual)? Quanto tempo para recuperar o dinheiro do seu investimento? Como escolher o público-alvo A definição do público-alvo influencia todas as outras escolhas em nosso negócio como o visual, o que será oferecido, como será o atendimento, como será a forma de pagamento e como ele vai marcar sua consulta, se por telefone, internet ou pessoalmente. Tudo isso para atender as necessidades e garantir a satisfação desse público-alvo principal que foi escolhido. Tamanho do mercado O tamanho do mercado poderá ser encontrado em publicações especializadas e atuais e com uma análise do segmento. Analise também se é fácil entrar nesse mercado, porque se for muito fácil, muitos concorrentes tentarão fazê-lo. Essas são as barreiras de entrada no negócio. Além disso, os custos para sair do negócio são muito altos? Imagine um hospital que resolva fechar suas portas, as negociações que precisarão ser feitas. Valores e tamanho Deverá conhecer o tamanho do mercado em R$ e o potencial para se conseguir um bom market share (fatia de mercado). Outro ponto de destaque é entender como funciona a estrutura do seu mercado. Qual o real poder dos fornecedores? Qual o poder dos compradores? Qual o poder dos competidores? Qual o poder dos produtos substitutos? Planejamento Por essas razões, planejar, planejar e planejar o novo negócio é um dos itens primordiais a ser feito pelo empreendedor, seguido de preparar-se para liderar e organizar a gestão, gerenciando o novo negócio com todo cuidado. Fatores críticos e essenciais para um planejamento: As empresas precisam planejar seu negócio para gerenciá-lo adequadamente e mostrar sua ideia a investidores, bancos, clientes, possíveis sócios, fornecedores e outros. Os bancos, os investidores e as entidades financiadoras exigem um plano de negócios para avaliar os riscos do investimento. Os empresários têm a ideia do negócio, mas poucos conseguem colocar no papel e escrever adequadamente um bom plano de negócios. Construindo planos de negócios Veja que elaborar um plano de negócios torna-se fundamental para organizar e prever o caminho do novo negócio. É preciso familiarizar-se com conceitos da gestão empresarial como controles básicos: fluxo de caixa, custos e índices financeiros. Construindo planos de negócios A principal ideia que deve pautar toda a criação do plano é que deve ter linguagem acessível e expor claramente o que o empreendedor pretende, de forma que os leitores possam compreender facilmente. Quais leitores? Investidores, bancos, sócios, parceiros, convidados a participar do trabalho, funcionários e outros mais devem ser convencidos de que se trata de um bom negócio. Plano de negócios O plano de negócio se converte então em um documento que detalha um empreendimento e descreve o modelo de aplicação e operacionalização do negócio. Vai envolver paciência, algum conhecimento de administração, conhecimento pessoal do empreendedor sobre o ramo em que vai atuar. Precisará ainda ser constantemente aperfeiçoado, pensando na expansão e na necessidade de uso na busca de financiamentos, parceiros ou sócios. Estrutura do plano de negócios Não é uma estrutura rígida e nem fixa, mas segue uma sequência lógica, autodirigida, que contempla: sumário executivo; descrição da empresa; produtos e serviços; mercado e competidores; plano de pessoal; marketing e vendas; análise estratégica; plano financeiro. Estrutura do plano de negócios Nem todos os estudos e as análises feitas para a criação do plano deverão constar do documento final, que deve ser um documento gerencial, com as informações básicas para que um investidor ou um banco consigam analisar o negócio e suas possibilidades de lucros, dificuldades e potencialidades. Partes do plano Capa: porta de entrada de seu plano, contendo data, nomes, endereço e contatos dos responsáveis pelo plano. Índice ou sumário: é o índice de seu plano e onde você deverá colocar, título, subtítulo e respectivas páginas dos tópicos do plano de negócios. Sumário executivo: é uma síntese de todo o plano e tem como objetivo dar uma ideia ao leitor sobre o assunto em questão. É a parte mais importante do plano de negócios e deve responder às seguintes questões: O quê ou qual? Onde? Por quê? Quanto? Como? Quando? Partes do plano Descrição da empresa: faça um breve histórico de como a empresa surgiu e a importância do seu projeto. Mostre sua visão para os próximos três ou cinco anos, descreva a qualificação e a experiência dos profissionais envolvidos, detalhe os seus diferenciais e principais. Descrição de produtos e serviços: o ponto mais importante é a descrição de todos os benefícios que os clientes obterão ao adquirir os seus produtos ou serviços. As características, geralmente, podem ser colocadas como anexo. Construindo planos de negócios Análise de mercado e concorrência: fundamental e crítica para o sucesso de seu projeto. Você deverá apresentar o mercado que pretende atingir, analisar o seu tamanho, avaliar as características do segmento em que pretende atuar, analisar quem são os concorrentes, o perfil dos compradores, apontar quem são os fornecedores etc. Formulação estratégica: um bom planejamento das estratégias, com o detalhamento claro do que será feito, garante o bom desempenho e por essa razão tem maiores chances de retorno para a empresa e a satisfação dos clientes e investidores. Nessa análise você deverá contemplar os 4 Ps do Marketing: Produto, Preço, Ponto ou distribuição e Promoção ou comunicação. Construindo planos de negócios Viabilidade financeira: é uma das partes mais importantes de seu plano. Procure caprichar nesse item, o sucesso de seu projeto dependerá de quanto tempo você levou preparando esse planejamento. Você deverá acrescentar investimentos necessários, despesas com vendas e pessoal, gastos com marketing e uma análise da rentabilidade do negócio, entre outros pontos. Cronograma: deve conter todas as tarefas principais ou críticas, os prazos, quem são os responsáveis e a sequência em que as ações serão executadas. Faça uma planilha com todos os meses do ano e aloque as ações de forma que nenhum mês fique sobrecarregado. Construindo planos de negócios Conclusão: em um plano de negócios, a conclusão é na verdade o detalhamento da oferta ou proposta que você está fazendo para os seus investidores ou superiores, na qual deverá ressaltar os pontos mais atraentes e vantajosos de seu negócio. Anexos: não deixe de acrescentar ao finaldo seu plano os documentos que utilizou para fundamentá-lo. O objetivo é complementar e ilustrar o seu material. Acrescente gráficos, diagramas, imagens, características técnicas dos produtos e o que mais for necessário. Interatividade Ao estudar um mercado, o empreendedor deverá compreender as diversas forças da concorrência e dos envolvidos, fazendo uma análise da indústria, que contempla saber: a) Qual o real poder dos fornecedores. b) Qual o poder dos compradores. c) Qual o poder dos competidores. d) Qual o poder dos produtos substitutos. e) Todas as alternativas estão corretas. Construindo planos de negócios Após criar o plano de negócios, o objetivo é obter sucesso no empreendimento. Na verdade, o trabalho do empreendedor só estará começando, pois o plano deverá ser um instrumento eficaz de gerenciamento. Todas as áreas e as pessoas envolvidas devem receber informações detalhadas sobre ele, conhecendo seus itens fundamentais e atribuídas as responsabilidades pela execução das tarefas e o cumprimento dos resultados. O plano deve ser acompanhado de perto e os resultados medidos com frequência regular, permitindo saber se está dentro do previsto ou se haverá necessidade de ajustes. Ideias importantes – sumário executivo O sumário executivo é a parte mais importante do plano e, apesar de aparecer logo no início, só deve ser escrita no final. Deve ser feito um relato breve com as seguintes informações: O que é o negócio? Quais os principais produtos e serviços? Quem serão os principais clientes? Onde será localizada a empresa? O valor a ser investido. Qual o faturamento mensal esperado? O lucro que se espera obter com o negócio. Quanto tempo o prazo para o retorno do capital investido? Ideias importantes – estratégias de marketing As estratégias de marketing incluem as atividades propostas para a comunicação dos produtos e da empresa, e a divulgação. Deverão ser definidas as formas para chegar ao público-alvo e quais ferramentas utilizar para esse fim. Investir em marketing e em comunicação não é um privilégio apenas para grandes empresas, com orçamentos milionários destinados a esse fim. Ideias importantes – comunicação Os micro e os pequenos empresários também podem utilizar os recursos com pequeno investimento. As indicações abaixo foram adaptadas do Sebrae (2015). Marca e identidade visual: criar uma logomarca para aplicar em cartões de visita, papelaria, sites, mídias sociais, fachada e outros. Folhetos e impressos: importante, nesse caso, é destacar a marca, os contatos, os e-mails, os telefones e o endereço. Ideias importantes – comunicação Sites, blogs e fanpages: estar na internet ativamente é condição essencial na atualidade. Facebook, Twitter, Instagram e todas as redes sociais. E-mail marketing: manter o relacionamento com os clientes é fundamental e as comunicações de promoções e as pesquisas devem ser distribuídas à lista de clientes. Ideias importantes – comunicação Relacionamento: apenas uma newsletter não manterá seu cliente satisfeito. Desenvolva maneiras de manter o relacionamento constante, bem como de avaliar a satisfação, estabelecendo a fidelização. Mídias sociais: esse é o tema do momento quando se fala em comunicação online. Escolha as ferramentas que utilizará: Facebook, Twitter, Instagram, YouTube e tantas outras possibilidades. Ideias importantes – comunicação Promoções: aqui vale a imaginação! A utilização de descontos, sorteios, distribuição de brindes, cartões-fidelidade, todas ferramentas que movimentem as vendas e atraiam clientes. Parcerias: estabelecer parcerias com empresas que tenham negócios afins e complementares. Por exemplo, um pet shop e uma empresa de ração ou de xampu para animais. A parceria pode gerar muitas ideias para divulgação das marcas conjuntamente. Essas ferramentas devem ser utilizadas em conjunto. Crie uma estratégia para sua utilização e avalie sempre os resultados. Ideias importantes – viabilidade financeira Admitir que não se é um grande expert em finanças é um ponto importante. No início pode não ser preciso, mas ter um bom contador ou um amigo que possa fazer as contas do investimento deve fazer parte do planejamento do negócio. Em uma planilha simples no Excel ou no Word podem ser feitas previsões e projeções de custos totais, variáveis, de vendas e de lucros. Para a elaboração da parte financeira do plano de negócios também é aconselhável que se acrescentem estudos de viabilidade. Ideias importantes – viabilidade financeira Os indicadores principais para a viabilidade financeira são a lucratividade, a rentabilidade, o ponto de equilíbrio e o prazo de retorno do investimento. Viabilidade financeira – lucratividade Lucratividade: é o indicador que mede o lucro líquido em relação às vendas. É um dos principais indicadores econômicos de empresas e se relaciona à competitividade. Com boa lucratividade supõe-se que a empresa seja mais competitiva e tenha maior capacidade de investimentos em equipamentos, divulgação etc. Significa que depois de pagas todas as despesas e os impostos sobre a receita total, a porcentagem que sobra é a lucratividade. Viabilidade financeira – rentabilidade Rentabilidade: indica a atratividade do negócio, medindo o retorno do capital investido aos sócios. É calculada pela divisão do lucro líquido pelo investimento total. O resultado é em % e indica quanto o investidor está tendo de retorno sobre o capital investido. O percentual deve ser comparado às taxas de investimento no mercado. Viabilidade financeira – ponto de equilíbrio Ponto de equilíbrio: representa o momento em que a empresa para de operar no vermelho, ou seja, fatura o suficiente para pagar todas as despesas. Para aprender a fazer esses cálculos terá que dominar um pouco mais de conceitos de contabilidade como margem de contribuição, que significa o quanto um produto contribui com o lucro total da empresa. Viabilidade financeira – prazo de retorno do investimento Prazo de retorno do investimento: indica a atratividade do negócio e o tempo necessário para que se recupere o dinheiro investido. O resultado indica o período de tempo no qual o investidor terá seu dinheiro recuperado, sob a forma de lucro. Ideias importantes – custos Crie uma planilha simples para estimar os custos. Nela devem conter todos os tipos de despesas da empresa. Aluguel. Condomínios. IPTU. Energia elétrica. Honorários do contador. Etc. Ideias importantes – fluxo de caixa A melhor forma de conhecer a saúde financeira de uma empresa é fazendo um fluxo de caixa. Nas planilhas eletrônicas, como Excel, ou uma planilha em papel, mesmo para montar uma tabela com os cinco itens essenciais para o fluxo de caixa: Contas a receber. Compras. Salários. Impostos. Ajustes e negociações. Interatividade Trata-se da parte mais importante do plano de negócios e, apesar de aparecer logo no início, só deve ser escrita no final. Estamos falando de: a) Plano de negócios. b) Fluxo de caixa. c) Relatório de despesas. d) Viabilidade financeira. e) Sumário executivo. Construindo planos de negócios na área da saúde Vamos conhecer um modelo prático como o que foi exigido em um edital para construção de um hospital feito pela Secretaria da Saúde do governo do Estado da Bahia. Trata-se de um modelo para elaboração de plano de negócios de referência, em um edital que circulou em outubro de 2012 para a construção e a implantação de um hospital, apartir da fusão de dois que já existem. Introdução O presente anexo tem como objetivo definir as diretrizes e os requerimentos mínimos necessários para direcionar a proponente na elaboração do seu Plano de Negócios de Referência. A proponente deverá fazer as adequações e as complementações que se fizerem necessárias para que a estrutura mínima aqui apresentada seja fiel à proposta comercial apresentada pela proponente, indicando os resultados econômico-financeiros, bem como os racionais de cálculo, premissas e dados considerados. Motivos do plano – objetivos Considerando o programa Inova Saúde que busca soluções inovadoras para problemas na oferta de serviços de saúde; Considerando a necessidade de otimização do gasto público; Considerando as condições físicas pouco adequadas de duas unidades hospitalares da rede própria da SESAB, unidades que atendem pacientes com doenças infecciosas: Hospital Especializado Couto Maia e Hospital Especializado Dom Rodrigo de Menezes; O governo da Bahia, pela Secretaria de Saúde, resolveu fundir as duas unidades citadas, sendo que, para isso, fez-se necessária a construção de uma nova unidade hospitalar no imóvel onde funciona o Hospital Especializado Dom Rodrigo de Menezes, em Águas Claras, Salvador, Bahia. Explicação e perfil Perfil. A fusão das duas unidades dará lugar ao Instituto Couto Maia (ICOM) que terá um perfil mais abrangente que as duas unidades originais, conforme descrito abaixo: Assistência à saúde de pacientes portadores de doenças infecciosas em serviço ininterrupto (24h por dia, 7 dias por semana) com atendimento à urgência e à emergência, casos graves e todos os tipos de complexidade, assistência ambulatorial regulada para os casos pertinentes. Hospital de ensino, com residência médica em Infectologia, estágios para residentes de outras áreas médicas (clínica médica, pediatria, neurologia) e estágio para área de saúde em geral (medicina, serviço social, enfermagem, nutrição, fisioterapia, farmácia). Estrutura A unidade contará com a seguinte estrutura dos serviços: Unidade de urgência e emergência para doenças infecciosas com 155 leitos de internação assim distribuídos: E passa a delimitar as quantidades de leitos para adulto, pediatria, isolamento (adulto e infantil), hospital-dia, semi- intensiva adulto, semi-intensiva pediátrica, UTI pediátrica, UTI adulto. Estrutura Centro cirúrgico; Ambulatório de doenças infecciosas; Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE); Agência transfusional; Serviço de reabilitação; Serviço de apoio diagnóstico com: raio x, ultrassonografia, tomografia computadorizada, endoscopia digestiva, patologia clínica, eletrocardiografia; Serviços de logística: central de material esterilizado, farmácia, serviço de nutrição e dietética, higienização, brigada de incêndio, engenharia clínica e hospitalar, lavanderia, almoxarifado, recepção, segurança, SAME, necrotério. Estrutura Apoio administrativo; Ensino e pesquisa: Centro de pesquisa, com: CEP – Comitê de Ética e Pesquisa, NESPI – Núcleo de Estudos e Pesquisas em Epidemiologia e Infectologia, realização de parceria com a FIOCRUZ. Centro de estudos com salas de aula e auditório; Memorial Couto Maia e Dom Rodrigo de Menezes; COREME – Comissão de Residência Médica. Área externa: Áreas para estacionamento de funcionários, visitantes e ambulâncias, pátio de carga e descarga, área de urbanização e paisagismo, vias de acesso interno. Escopo Projeto e serviços de engenharia. Aquisição de equipamentos e mobiliário. Investimento em TIC, incluindo softwares. Obra civil e instalações: serviços relacionados à construção, à instalação e à montagem dos diversos projetos técnicos de instalações e infraestrutura que compõe a Unidade Hospitalar. Engenharia clínica: serviços relacionados à aquisição, à instalação e à manutenção de equipamentos de saúde e mobiliários necessários à operação da unidade hospitalar. Escopo Engenharia hospitalar: serviços relacionados à gestão e ao fornecimento de utilidades, como água, vapor, energia elétrica e gases, e aos processos de engenharia e manutenção predial da unidade hospitalar, contendo, entre outros, a gestão e o zelo pelo consumo eficiente e racional dos recursos e manutenção de diversos equipamentos, mobiliários e outros. Escopo Serviço de higienização hospitalar: Limpeza. Controle de pragas. Gerenciamento de resíduos. Serviço de lavanderia. Camareira hospitalar. Serviço de segurança. Escopo Serviço de maqueiros. Serviço de transporte. Serviço de bombeiro civil. Serviço de recepção. Serviço de jardinagem. Serviço de telefonia. Serviço de nutrição e dietética. Serviços de mensageria. Serviços de apoio administrativo aos serviços clínicos. Disposições gerais do plano O Plano de Negócios de Referência deverá, obrigatoriamente, ser apresentado em dois formatos: planilha eletrônica, compatível com Microsoft Excel, com a apresentação dos dados e dos cálculos realizados; processador de texto, com a apresentação do plano de negócios, o descritivo da modelagem realizada, premissas adotadas, racionais, entre outros. Disposições gerais do plano Os valores deverão ser apresentados sempre em moeda local. A planilha deverá considerar todo o período de concessão, ou seja, 22 anos. As demonstrações financeiras deverão ser apresentadas em periodicidade mínima anual. Estrutura mínima do plano Estrutura mínima do plano de negócios de referência. Demonstrações financeiras mínimas: Demonstrações dos resultados dos exercícios anuais. Fluxo de caixa ano a ano. Interatividade Para a criação de um plano de negócios, devem-se detalhar todas as informações sobre o que será utilizado, como e quanto em cada item. Podemos observar que: a) Os cálculos financeiros são desnecessários. b) O detalhamento da parte financeira deve ser muito bem calculada e apresentada. c) Informações sobre as áreas a serem contempladas são desnecessárias. d) Todas as informações sobre custos devem ser desprezadas. e) Nenhuma das alternativas anteriores está correta. Fontes de financiamento A essa altura, o empreendedor já compreendeu que apenas uma boa ideia não é sinônimo de sucesso empresarial. Precisará engajar pessoas a seu redor, analisar mercados, cenários econômicos, político e social do momento em que o país vive, além de fazer um minucioso plano de custos, de rentabilidade e de investimentos. Tudo isso bem escrito e organizado por meio do plano de negócios. Ele é o ponto de partida para que o futuro empresário consiga capital em entidades financiadoras, bancos, incubadoras ou outras formas de conseguir esse investimento. Dinheiro para quê? Antes de tudo é preciso entender qual é a finalidade para o dinheiro e qual o prazo para o retorno. Trata-se de aporte para criação do negócio? Para aumentar a produção? Para melhorar as vendas? Assim, o plano de negócios será fundamental para compreender essa questão. Dinheiro para quê? Feito isso, o plano também deve determinar quais valores são necessários e se são para investimentos fixos e de capital de giro e deverá descrever a necessidade de máquinas, equipamentos, veículos, móveis e utensílios nos quais precisa investir e seus respectivos preços. Outro ponto importante deve ser analisado: um empréstimo pode financiar o início de uma empresa, mas é bom lembrar que o que se está conseguindo é uma dívida. Apesarde todo o esforço na elaboração do plano de negócios, ele não é garantia para liberação financeira por parte dos agentes de crédito. Autofinanciamento Isso significa que o próprio empresário cuidará de encontrar formas dentro da empresa para manter o investimento. Negociação de prazos maiores junto aos fornecedores. Negociação de prazos menores junto aos clientes. Reinvestimento dos lucros ao invés da retirada de pró-labore. Dúvidas Como escolher uma instituição financeira? Deve-se optar por bancos ou cooperativas de crédito? Escolher entre um banco público ou privado? Que tipo de financiamento será necessário? Como fazer essa negociação? Como pedir crédito? Que tipo de garantia o banco vai pedir? Onde encontrar orientação para isso? Onde encontrar dinheiro Os especialistas dizem que o dinheiro existe, o que não existem são bons planos. Dolabela (2008) caracteriza as empresas de capital de risco as que investem em startups de alto potencial de sucesso e estão em busca de alto retorno para seus investimentos. O investidor de risco adquire ações da empresa que está começando. Formas de financiamento Investidor-anjo: também chamado de sócio investidor, costuma desempenhar o papel de um anjo na vida do empreendedor iniciante. Capital semente: além de ser feito pelo investidor-anjo, o capital inicial investido é suficiente para gerar vendas e lucros e envolve também o respeito ao meio ambiente e à sociedade. Venture capital: o investimento é feito na empresa em troca de participação societária (nos lucros), porém assume responsabilidades conjuntas com os empreendedores. Formas de financiamento Investimento coletivo (crowdfunding): ficaram na moda os investimentos para lançamento de CDs e apoio a causas sociais. Subvenções, editais e bolsas: acompanhar os editais das prefeituras e todas as instâncias governamentais e até dos ministérios responsáveis por suas áreas. Smart Money: é uma expressão que designa o capital inteligente e descreve os investidores que além de trazerem capital também são um diferencial para a empresa iniciante. Sistema financeiro – bancos No Brasil, as instituições financeiras seguem regras do Sistema Financeiro e são fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. O sistema financeiro se divide em: Bancos públicos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, Banco Regional de Brasília, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), bancos de desenvolvimento e agências de fomento. Bancos privados: Itaú, Bradesco, HSBC, Santander, entre tantos outros. Cooperativas de crédito: cerca de 1150 cooperativas têm a função de administrar cerca de US$ 80 bilhões junto a sete milhões de associados. Linhas de crédito Capital de giro: garante rapidez nas renovações para manter a liquidez das atividades da empresa. Conta garantida: dinheiro rotativo, como se fosse uma conta de crédito em separado da conta corrente, com um limite predeterminado, que pode ser utilizado de forma rotativa também. É como se fosse um cheque especial para a empresa. Crédito para aquisição de bens: destinado à compra de ativos fixos (máquinas e equipamentos). Vendor: o banco libera o dinheiro à vista diretamente ao vendedor do produto e o comprador paga parceladamente para o banco. Hot money: atende necessidades imediatas e rápidas da empresa por meio de empréstimo de curtíssimo prazo. Desconto de duplicatas: o banco recebe como garantia do empréstimo as duplicatas de vendas de produtos da empresa. Financiamento imobiliário: crédito para compra de imóveis. Financiamento para pequenas e médias empresas O incentivo governamental é fundamental para o desenvolvimento das pequenas empresas e dos empreendedores. Além do governo, todos os bancos possuem linhas de crédito específicas para atender os pequenos. O principal agente do governo nessa intermediação, que também passa pelos bancos privados, é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). As outras entidades federais como Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil oferecem as linhas de crédito baseadas nos mesmos recursos do BNDES. Também podem ser conferidas as ofertas dos governos estaduais e das prefeituras e dos bancos particulares, que também intermediam o dinheiro do BNDES. Construindo planos de negócios Em nível estadual, muitos estados possuem suas agências de fomento aos pequenos negócios. Empresas com foco em ciência, tecnologia e inovação dispõem, ainda, da Financiadora de Estudo e Projetos (Finep), que é uma alternativa aos bancos comerciais. BNDES BNDES possui os programas que têm caráter transitório e voltados para determinados segmentos econômicos e os fundos, também específicos por atividade. O BNDES oferece financiamento a empresas. Pessoas físicas residentes no país. Entes da Administração Pública, direta ou indireta. Associações e fundações. BNDES – principais linhas de crédito Linhas de crédito para investimentos em implantação, ampliação e modernização. Aquisição e modernização de máquinas e equipamentos nacionais. Compra de bens de produção. Capital de giro. Microcrédito. Financiamento para produtores rurais. Crédito para exportadores. BNDES – linhas de crédito BNDES Finame: financiamentos para a produção e a aquisição de máquinas e equipamentos novos. BNDES Automático: financiamento a projeto de investimento cujo valor seja, no máximo, R$ 20 milhões. BNDES Finem: financiamentos a projetos de investimento de valor superior a R$ 20 milhões. BNDES Microcrédito: destinado a ampliar o acesso ao crédito entre os microempreendedores formais e informais. BNDES Finame Agrícola: financiamentos para a produção e a aquisição de máquinas e equipamentos novos, destinados ao setor agropecuário. BNDES – linhas de crédito BNDES Finame Leasing: financiamento de aquisição isolada de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, destinados a operações de arrendamento mercantil. BNDES Exim: financiamentos destinados tanto à produção e à exportação de bens e serviços quanto à comercialização deles no exterior. BNDES Limite de Crédito: crédito rotativo para o apoio a empresas ou grupos econômicos já clientes do BNDES e com baixo risco de crédito. BNDES Empréstimo-Ponte: financiamento a um projeto, concedido em casos específicos, para agilizar a realização de investimentos por meio da concessão de recursos no período de estruturação da operação de longo prazo. BNDES – linhas de crédito BNDES Project Finance: engenharia financeira suportada contratualmente pelo fluxo de caixa de um projeto, servindo como garantia os ativos e os recebíveis desse mesmo empreendimento. BNDES Fianças e Avais: prestação de fianças e avais com o objetivo de diminuir o nível de participação nos projetos. Utilizado, preferencialmente, quando a combinação de formas alternativas de funding permitir a viabilização de operações de grande porte. Cartão BNDES: crédito rotativo pré-aprovado, destinado a micro, pequenas e médias empresas e usado para a aquisição de bens e insumos. Interatividade O sistema financeiro brasileiro é formado por bancos privados e particulares e outros tipos de entidades financeiras. Quanto ao financiamento das pequenas empresas, o principal financiador é: a) Banco do Brasil. b) Caixa Econômica Federal. c) Bancos privados. d) BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. e) Bancos do governo. ATÉA PRÓXIMA! Slide Number 1 Construindo planos de negócios Construindo planos de negócios Construindo planos de negócios Como escolher o público-alvo Tamanho do mercado Valores e tamanho Planejamento Construindo planos de negócios Construindo planos de negócios Plano de negócios Estrutura do plano de negócios Estrutura do plano de negócios Partes do plano Partes do plano Construindo planos de negócios Construindo planos de negócios Construindo planos de negócios Interatividade Resposta Construindo planos de negócios Ideias importantes – sumário executivo Ideias importantes – estratégias de marketing Ideias importantes – comunicação Ideias importantes – comunicação Ideias importantes – comunicação Ideias importantes – comunicação Ideias importantes – viabilidade financeira Ideias importantes – viabilidade financeira Viabilidade financeira – lucratividade Viabilidade financeira – rentabilidade Viabilidade financeira – ponto de equilíbrio Viabilidade financeira – prazo de retorno do investimento Ideias importantes – custos Ideias importantes – fluxo de caixa Interatividade Resposta Construindo planos de negócios na área da saúde Introdução Motivos do plano – objetivos Explicação e perfil Estrutura Estrutura Estrutura Escopo Escopo Escopo Escopo Disposições gerais do plano Disposições gerais do plano Estrutura mínima do plano Interatividade Resposta Fontes de financiamento Dinheiro para quê? Dinheiro para quê? Autofinanciamento Dúvidas Onde encontrar dinheiro Formas de financiamento Formas de financiamento Sistema financeiro – bancos Linhas de crédito Financiamento para pequenas e médias empresas Construindo planos de negócios BNDES BNDES – principais linhas de crédito BNDES – linhas de crédito BNDES – linhas de crédito BNDES – linhas de crédito Interatividade Resposta Slide Number 73
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