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EBOOK DOENÇAS AUTOIMUNES 1101

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1
DOENÇAS
AUTOIMUNES 
POSSIBILIDADES TERAPÊUTICAS 
COM AURICULOTERAPIA
Oferecendo ao paciente autoimune 
qualidade de vida sem efeitos colaterais
Lirane Carneiro-Suliano 
Sandra Silvério-Lopes 
Halley Suliano
Licensed to Gorete Oliveira Cecilio - Email: goretececilio@gmail.com - Document: 581.356.775-53
Sumário
2
PARTE I – ENTENDENDO O SISTEMA IMUNE
O SISTEMA IMUNOLÓGICO...........................................................................................................................................
O QUE SABEMOS ATÉ AGORA.......................................................................................................................................
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS DOENÇAS AUTOIMUNES............................................................................................ 
DOENÇAS AUTOIMUNES E MICROBIOMA....................................................................................................................
DOENÇAS AUTOIMUNES E SISTEMA DIGESTÓRIO........................................................................................................
DOENÇAS AUTOIMUNES E VITAMINA D.......................................................................................................................
DOENÇAS AUTOIMUNES E O SONO REPARADOR......................................................................................................... 
DOENÇAS AUTOIMUNES E ESTRESSE............................................................................................................................
DOENÇAS AUTOIMUNES E ESTRESSE OXIDATIVO........................................................................................................
DOENÇAS AUTOIMUNES E BIOMARCADORES..............................................................................................................
DOENÇAS AUTOIMUNES E ACIDEZ ESTOMACAL..........................................................................................................
DOENÇAS AUTOIMUNES E VACINAS.............................................................................................................................
TRATAMENTO CONVENCIONAL E NOVIDADES DA MEDICINA..................................................................................... 
AURICULOTERAPIA NAS DOENÇAS AUTOIMUNES: INFINITAS POSSIBILIDADES..........................................................
- Identificação de sintomas e prevenção
- Orientação de hábitos saudáveis
- Eixo H2A equilibrando a produção de hormônios
- Funcionamento adequado do intestino
- Equilíbrio emocional do paciente
- Qualidade do sono do paciente
- Sintomas específicos de cada doença
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AULA ATUANDO NOS EFEITOS COLATERAIS DE MEDICAMENTOS
AULA TRATANDO O SONO DO PACIENTE
AULA SOBRE DOENÇAS AUTOIMUNES
3
PARTE II – AS DOENÇAS AUTOIMUNES E SUAS CARACTERÍSTICAS
ARTRITE REUMATÓIDE (AR)...............................................................................................................................................
DIABETES TIPO 1................................................................................................................................................................
DOENÇA DE CHRON...........................................................................................................................................................
DOENÇA CELÍACA...............................................................................................................................................................
DOENÇAS DA TIREOIDE: TIREOIDITE DE HASHIMOTO e DOENÇA DE GRAVES.................................................................
ESCLEROSE MÚLTIPLA (EM)...............................................................................................................................................
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO (LES).............................................................................................................................
PSORÍASE............................................................................................................................................................................
SÍNDROME DE SJÖGREN....................................................................................................................................................
VITILIGO…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….
Sumário
40
43
47
50
54
60
64
68
72
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4
O termo autoimune é relativamente novo na medicina e a expressão ‘doença autoimune’
surge como uma grande incógnita e ao mesmo tempo um enorme desafio para os profissionais
da área de saúde e cientistas que tentam entender o que leva o sistema imunológico,
responsável pela defesa do organismo, a atacá-lo e destruir suas próprias estruturas.
Ao contrário dos elementos patógenos (bactérias e vírus) que invadem o corpo, os
anticorpos são células do organismo, o que aumenta ainda mais a dificuldade de entender e
aprender a lidar com um inimigo ‘íntimo’.
As doenças autoimunes são causadas por uma resposta inadequada do sistema imune,
que por razões ainda não explicadas, inicia uma reação contra órgãos e tecidos do próprio corpo,
que pode afetar o funcionamento e até causar sua destruição.
Os cientistas lutam contra o tempo para buscar soluções, mas enquanto isso o número de
diagnósticos, infelizmente, só aumenta.
A situação se agrava paulatinamente, e é muito provável que você venha a receber com
grande frequência em seu consultório pacientes portadores de alguma dessas doenças.
Nos Estados Unidos, por exemplo, as doenças autoimunes alcançam a terceira posição
entre as doenças mais comuns, ficando atrás das doenças cardíacas e do câncer.
Atualmente existem mais de 150 tipos de doenças autoimunes e
dados de 2018 dos órgãos de saúde estimam que elas atinjam entre
3 e 5% da população mundial.
Pesquisas apontam que no futuro esse número pode ficar entre 15
e 20%, o que representaria em números de hoje mais de 1 bilhão
de pessoas. 1
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5
A indústria farmacêutica trabalha intensamente na produção de mais e mais
medicamentos, com seus efeitos colaterais devastadores...
Como você profissional da saúde está se preparando para atender essa demanda?
Em geral os pacientes autoimunes apresentam um histórico de dor e sofrimento, pois
sendo portadores de doenças de difícil diagnóstico podem ter passado anos em tratamentos,
muitos deles apenas para os sintomas, com profundo desgaste físico e emocional.
Nesse contexto é fundamental entender a dor do paciente e sua condição emocional,
pois conhecer a doença possibilita aplicar a técnica adequada da auriculoterapia e com isso
estabelecer o tratamento ideal, aumentando a probabilidade de sucesso.
Os tratamentos mais modernos utilizam imunossupressores para conter as reações do
sistema imune e diminuir os sintomas das doenças autoimunes, mas, por outro lado, reduzem a
proteção natural do organismo e abrem portas para bactérias, vírus e parasitas.
Também são muito utilizados os corticoides e seus diversos efeitos colaterais. Existe até
uma expressão que diz que ‘os corticoides te levam andando para o túmulo’.
A auriculoterapia, por conseguir aliar o conhecimento milenar com as recentes
descobertas científicas, apresenta resultados e oferece qualidade de vida ao paciente sem os
efeitos colaterais e adversos dos medicamentos, sem gerar dependência química, sem reduzir
as proteções naturais e sem os custos altíssimos dos tratamentos convencionais.
Esse livro foi pensado com muito carinho, como forma de apresentar a auriculoterapia
como ferramenta altamente eficaz no tratamento de inúmeras doenças, inclusiveas autoimunes.
Abordamos nessa obra as 10 principais doenças autoimunes: artrite reumatoide, diabetes
tipo 1, doença de Chron, doença celíaca, lúpus, tireoidite de Hashimoto, doença de Graves,
psoríase, síndrome de Sjögren e vitiligo.
Em nossas pesquisas bebemos de muitas fontes e buscamos na prática clínica as respostas
para muitas de nossas dúvidas que poderão contribuir na sua rotina de consultório para ampliar
o espectro de composições e melhorar ainda mais a qualidade e os resultados de seus
atendimentos.
Trazemos conceitos que talvez você nunca tenha se atentado para o tratamento das
doenças autoimunes, como por exemplo, o fato de que o nosso principal órgão de interação com
o meio ambiente é o intestino, e não por coincidência, é ele o responsável pela produção de 80%
das células de defesa do nosso organismo.
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6
Ora, se interação com o ambiente e a produção de células de defesa têm relação com as
doenças autoimunes, como não associar a regulação do funcionamento do intestino para
obtenção de melhores resultados ?
Outro fator relevante relacionado com o surgimento ou a recidiva de doenças
autoimunes é o emocional, muitas vezes ignorado pelos profissionais de saúde.
Importante destacar ainda a necessidade de acompanhamento dos efeitos colaterais
gerados pelos medicamentos e que muitas vezes provocam sintomas tão desagradáveis quanto
a própria doença, aumentando ainda mais o desconforto do paciente.
Especialmente nesse quesito a auriculoterapia merece destaque, pois consegue controlar
esses efeitos sem gerar novos, e com isso não exige que outros medicamentos sejam
necessários.
Por uma questão de metodologia o livro está dividido em duas partes: na primeira
destacamos uma abordagem geral, com conceitos básicos e características gerais das doenças
autoimunes, a relação com o sono, a alimentação e o estresse; na segunda ingressamos em
uma abordagem mais específica, a etiologia, os sintomas, os tratamentos convencionais e ao
final, as composições e a localização dos pontos, doença por doença, num passo a passo que vai
te direcionar para o tratamento mais adequada à realidade do seu paciente.
Com muita humildade compartilhamos nossos estudos e nossa visão de infinitas
possibilidades do uso da auriculoterapia para oferecer qualidade de vida aos nossos pacientes e
desejamos que esse livro te desperte para essa nova realidade, que se apresenta como a
próxima epidemia mundial.
Embora essa possa ser uma fonte de consulta, destacamos que nada substitui o
acompanhamento médico, a realização de exames e a prescrição medicamentosa quando
realmente houver necessidade.
Esse é o compromisso do Auriculoterapia de Sucesso: unir a sabedoria milenar da
auriculoterapia com os avanços científicos da área de saúde na busca pelos melhores resultados
nos tratamentos dos pacientes.
Compartilhe conosco seus resultados por meio de nossas redes sociais. Será um prazer
ouvir suas histórias. Seja bem vindo e desfrute do conhecimento!
Obrigado por confiar em nosso trabalho. GRATIDÃO!!
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7
O Sistema Imunológico
Vivemos em um ambiente povoado por bactérias e vírus e para enfrentar essa realidade
nosso organismo desenvolveu, durante milhares de anos de evolução, um eficiente sistema de
defesa, denominado sistema imunológico ou imune.
O momento do parto é fundamental para a formação dos ‘exércitos’ que combaterão os
invasores, quando o bebê entra em contato com as primeiras bactérias da mãe ao passar pelo
canal vaginal.
A amamentação é outro período essencial para consolidar o sistema de defesa. 
O sistema imune é, resumidamente, um conjunto de células que funciona
initerruptamente para fiscalizar tudo o que entra em nosso corpo, permitindo o ingresso e a
permanência (denominado autotolerância) ou decidindo pelo ataque ao agente considerado
invasor. Mas não é apenas defender: o sistema também é responsável por fazer os eventuais
reparos em razão dessas invasões.
Autotolerância porque o sistema imunológico precisa ‘tolerar’ os órgãos e organizar
essa coexistência sem confundi-los com seres invasores. A autoimunidade surge exatamente
quando há uma desorganização nessa convivência, dando início aos auto-ataques aos órgãos e
tecidos.
É ele quem realiza uma verdadeira seleção de tudo aquilo que comemos, bebemos,
respiramos e de tudo o que vive em nossa microbiota (bactérias que vivem harmonicamente
no nosso corpo, especialmente em nosso intestino).
Nessa fiscalização, ao entender que substâncias estranhas oferecem algum risco ao
organismo, o sistema desencadeia uma resposta de defesa, acionando os anticorpos, que
atacam o invasor.
A febre, por exemplo, é uma das formas utilizadas nesse combate, aquecendo o corpo
para exterminar o antígeno.
Esse complexo sistema imune foi pensado para identificar antígenos (bactérias, vírus,
fungos e parasitas), formando a chamada memória imunitária. Isso é muito comum, por
exemplo, em doenças como catapora e varíola.
Mas existe um problema: estamos entrando em contato com substâncias estranhas ao
corpo cada vez mais cedo, como revela pesquisa realizada pela Cruz Vermelha nos Estados
Unidos, que identificou em cordões umbilicais mais de 280 substâncias não naturais (álcool,
drogas, produtos químicos presentes em alimentos e medicamentos)².
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Veremos mais tarde que isso pode trazer graves problemas, especialmente quando
essas moléculas são similares àquelas que formam algum órgão do corpo.
O trabalho é árduo, e considerando que existem mais bactérias que células humanas
em nosso organismo, como afirmado no livro “10% humano”, o sistema imune precisa estar
alerta ininterruptamente.
De acordo com o livro “Como tratar doenças autoimunes” são quatro os sistemas
de defesa do organismo:
O organismo utiliza 2 mecanismos na defesa: o primeiro é chamado CELULAR, em
que entram em cena as CITOCINAS que atacam os invasores por meio de processos
inflamatórios.
Quando as citocinas resolvem o problema a inflamação é removida. Podemos ver
isso quando temos um corte na mão e sentimos calor e sensibilidade no local, fica
vermelho e algumas vezes incha, mas passado um tempo volta ao normal.
Lembra quando você comeu algo que não lhe caiu bem e você passou mal ? Sim, foi
o sistema imune que disparou o alerta de que algo não estava correto e agiu para eliminar
o mais rapidamente possível aquilo que havia sido identificado como estranho.
1 – INTESTINO – responsável por produzir 80% das células de defesa.
2 – FÍGADO – células de Kupffer, macrófagos responsáveis por fagocitar
(destruir) invasores e células velhas encontradas no sangue.
3 – GLÓBULOS BRANCOS (LEUCÓCITOS) – produzidos na medula óssea e
encontrados na corrente sanguínea, integram o sistema imune e produzem
anticorpos para eliminar estruturas estranhas ao organismo.
4 – CÉREBRO – formado pelas células gliais (gliócitos), em número
estimado de 10 para cada neurônio (estes são 86 bilhões), com funções de
suporte, proteção e nutrição dos neurônios.
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É claro que não dá para ser seletivo quando se trata de estômago e intestino, quando
é dada a ordem para sair, sai tudo...até a água (por isso nesses casos é necessário reidratar).
Mas é possível saber quando estamos em risco?
A deterioração da saúde pode ser dimensionada pela elevação do nível de anticorpos,
detectado por exames laboratoriais, indicando que o sistema imune está ativado e que o
corpo não está conseguindo deter o agente causador da infecção.
Você viu que as citocinas perseguem o invasor e agem desencadeando inflamações
pelo corpo. Mas afinal de contas essa inflamação é boa ou ruim?
O processo inflamatório acontece de forma natural, para proteger e tentar recuperar
o tecido quefoi danificado pela lesão ou pela infecção. Por meio da inflamação há um
aumento do fluxo sanguíneo que enviará os glóbulos brancos na direção do invasor para
destruí-lo e inibir a entrada e/ou proliferação de bactérias (infecção).
Ele está dividido em 4 fases, que começam com a vermelhidão ou rubor, gerada pelo
aumento do fluxo sanguíneo (hiperemia) seguida do aumento da temperatura – calor – e do
edema, causado pela permeabilidade vascular. O edema comprime as terminações nervosas
gerando a dor.
Via de regra a inflamação aguda não é ruim, o problema ocorre quando ela se torna
crônica, porque passa a danificar o organismo e gerar:
• Ganho de peso,
• Fadiga,
• Ansiedade e depressão,
• Dor crônica,
• Insônia,
• Doenças autoimunes, quando atacam o elo genético mais fraco de cada organismo
como, por exemplo:
DIABETES TIPO 1 – os anticorpos atacam e destroem as células beta do pâncreas,
responsáveis pela produção de insulina, hormônio essencial para o organismo.
ESCLEROSE MÚLTIPLA – o sistema imunológico ataca a bainha de mielina protetora dos
axônios, o que compromete as sinapses e causa graves problemas neurológicos.
TIREOIDITE DE HASHIMOTO – os anticorpos atacam a tireoide causando o hipotireoidismo.
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10
Você viu que o primeiro mecanismo de defesa é o CELULAR, com as citocinas. Agora veremos
o segundo, denominado HUMORAL, utilizado como reforço, quando o organismo não conseguiu
conter o invasor. Entram em cena os ANTICORPOS.
Portanto, níveis de anticorpos acima do normal podem indicar que organismo está utilizando
artilharia pesada para se defender, e a coisa está ficando feia, pois o organismo precisou acionar sua
força máxima: exército, marinha e aeronáutica estão de prontidão, porque a polícia (citocina) não
deu conta do recado.
E para combater a inflamação os medicamentos mais utilizados são analgésicos e anti-
inflamatórios.
Contudo, estudos defendem que 65% das pessoas que tomam anti-inflamatórios por mais de 6
meses desenvolvem inflamação nos intestinos, órgão responsável pela produção de 80% das células
de defesa do organismo, ou seja, essas inflamações podem comprometer essa função essencial.
NÃO PARECE MUITO LÓGICO QUE PARA TRATAR UMA INFLAMAÇÃO ATAQUEMOS O ÓRGÃO 
PRODUTOR DAS CÉLULAS DE DEFESA, VOCÊ NÃO ACHA ?
Além disso, o uso constante de anti-inflamatórios pode causar problemas como gastrite,
úlceras, cólicas e até afetar os rins.
Fazer uso desses medicamentos de forma contínua fará com que você precise tomar outros
medicamentos para combater esses efeitos. Esse é um grande diferencial da auriculoterapia: ausência
de efeitos colaterais.
Muitos fatores podem afetar o sistema imunológico: rotina diária extremamente estressante,
tabagismo, consumo exagerado de álcool, sedentarismo, má-nutrição, má-absorção de nutrientes
essenciais, consumo insuficiente de água e consumo excessivo de glúten, açúcar e leite (sugere-se a
palestra ‘O mito do leite’ do Dr. Lair Ribeiro no youtube).
No livro doenças autoimunes, a Dra. Amy Myers divide o sistema imunológico em duas partes:
uma chamada inata e a outra denominada adaptativa, que funcionam como duas linhas de defesa,
sendo a primeira mais imediata, atuando por meio de inflamações agudas (específicas e temporárias
até eliminar o agente invasor); e a segunda, de forma especializada e identificando invasores
previamente ‘cadastrados‘.
Naturalmente que utilizar as ‘forças especiais’ representa maior gasto energético, ou seja, a
exigência nutricional será muito maior, implicando na necessidade de fornecimento de nutrientes
para a manutenção da saúde plena.
Se você ficou doente isso já é um indício de insuficiência nutricional, e agora o organismo está
exigindo mais, usando suas reservas e sob risco de um agravamento do quadro caso o inimigo não
seja totalmente eliminado.
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A vitamina C é um exemplo desses nutrientes,
que é inserida nas células de defesa pela insulina,
que a ativa. Isso poderia explicar o motivo de o
portador de diabetes tipo 1 estar mais propenso a
gripes e resfriados, por ausência de produção de
insulina.
E aqui uma dica: ao tratar um paciente
diabético, incentive-o a consumir vitamina C com
frequência, com suplementação ou pelo consumo de
frutas (limão, laranja, acerola e camu-camu).
Detalhe: no caso dos diabéticos o suco de frutas não
é recomendado em razão do excesso de frutose – o
açúcar mais doce da natureza.
Especialistas afirmam que ao consumir a fruta
in natura a frutose é ingerida com a fibra, que evita
que o açúcar seja rapidamente lançado na corrente
sanguínea, e que ocorram os chamados picos de
insulina.
A exceção seria o suco de limão (sem açúcar),
por conter pouquíssima frutose.
Quanto aos minerais essenciais ao sistema
imune pode-se citar o zinco, que atua nas células
imunológicas e na regeneração celular, além de ser
um excelente antioxidante e atuar no combate aos
radicais livres.
Abordaremos algumas questões nutricionais
porque acreditamos que, por ter uma origem
multifatorial, não é razoável imaginar que o
tratamento das doenças autoimunes limite-se a uma
única solução – por melhor que ela se apresente – e
a resposta deve vir de várias áreas da saúde, atuando
em conjunto.
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Por algum motivo o sistema imunológico falha no reconhecimento de tecidos e
órgãos, confundindo-os com invasores e atacando-os como se fossem estranhos,
desencadeando as chamadas doenças autoimunes.
MAS O QUE TERIA CAUSADO ESSAS ALTERAÇÕES ?
Uma substância presente no organismo pode sofrer uma alteração provocada por um
vírus, um fármaco, a luz solar ou a radiação, por exemplo. A substância alterada pode parecer
estranha ao sistema imunológico. Por exemplo, um vírus pode infectar células do organismo
e, por conseguinte, alterá-las. As células alteradas pelo vírus estimulam o sistema
imunológico a atacar.
As células que controlam a produção de anticorpos, por exemplo, as células B (um tipo
de glóbulo branco), podem funcionar de forma incorreta e produzir anticorpos anômalos que
atacam algumas das células do corpo.
Pode ocorrer de uma substância do organismo que normalmente se encontra limitada
a uma área específica ser liberada na corrente sanguínea.
Por exemplo, um soco no olho pode levar o líquido do globo ocular a passar para o
fluxo sanguíneo, o que pode estimular o sistema imunológico a identificá-lo como um fator
estranho, podendo gerar uma memória e mais tarde atacar até mesmo o olho.
O que sabemos até agora
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13
PREPONDERÂNCIA GENÉTICA: O fator genético seria o principal responsável pelo
surgimento de doenças. Cientistas afirmam que a genética representa entre 20% e
30%, e o restante caberia aos chamados fatores epigenéticos, ou seja, a influência do
meio ambiente, dentre eles: o estresse, a alimentação, a poluição ambiental e elétrica
e o sedentarismo.
EXCESSO DE HIGIENE: A extrema preocupação com limpeza, a eliminação de
bactérias e o uso indiscriminado de antibióticos impedem o contato, principalmente
das crianças, com bactérias, vírus, fungos e parasitas, afetando nosso sistema
imunológico, pois o organismo fica privado desse contato, essencial para a
identificação e formação da memória imunitária.
MIMETISMO MOLECULAR: Essa é a teoria que tem apresentado mais coerência
científica. Mimetismo significa ‘tomar a forma’, ficar semelhante. Isso porque ao ser
atacado o sistema imunológico identifica e ‘grava’ as características de determinado
antígeno, mas essas mesmas características (ou muito semelhantes) podem estar
presentes nas moléculas de proteínas em algum órgão (por exemplo, na tireoide). Em
razão de sua programação para atacar tudo aquilo que apresentar aquelas
características, os anticorpos passam aatacar o órgão.
Pesquisa publicada em 2018 na revista científica Science revelou uma nova teoria:
segundo ela a microbiota intestinal estaria envolvida com o surgimento de doenças
autoimunes, quando uma bactéria denominada Enterococcus gallinarum atravessa a barreira
intestinal e se desloca para outros órgãos, sendo atacada pelos anticorpos.³
 ARTIGOS INDICADOS 
Rubéola e autoimunidade 
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042012000300001&script=sci_arttext
Autoimunidade e doenças autoimunes 
http://www.reumatologiaavancada.com.br/noticias/autoimunidade-e-doencas-autoimunes/
Translocação de um pathobiont intestinal dirige autoimunidade em ratos e humanos
https://science.sciencemag.org/content/359/6380/1156.full
Várias teorias tentam explicar a origem das doenças autoimunes:
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http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042012000300001&script=sci_arttext
http://www.reumatologiaavancada.com.br/noticias/autoimunidade-e-doencas-autoimunes/
https://science.sciencemag.org/content/359/6380/1156.full
14
Características Gerais das 
Doenças Autoimunes
Em alguns pontos muitos pesquisadores parecem concordar:
• Doenças autoimunes nunca vêm sozinhas (doença celíaca e problemas cardíacos, por
exemplo), e além disso, o paciente portador de uma doença autoimune triplica a
probabilidade de desenvolver outras;
• Afeta mais mulheres que homens;
• A hiperpermeabilidade intestinal4 traz consequências devastadoras ao organismo,
aumentando os processos inflamatórios;
• Açúcar, glúten e leite podem ser desencadeadoras de processos inflamatórios;
• Os tratamentos variam de acordo com o diagnóstico, mas em geral, incluem o uso de
anti-inflamatórios e supressores do sistema imunológico.
• O aspecto emocional tem grande relevância quando o assunto é imunidade.
Estudos apontam que apenas 25% da autoimunidade é hereditária e que, portanto,
75% caberia ao ambiente5, ao estilo de vida, especialmente em razão de hábitos alimentares
saudáveis e do funcionamento ideal do intestino.
Reações autoimunes podem gerar má-absorção de nutrientes e desidratação, o que
pode desencadear outros sintomas, tais como dor de cabeça, fraqueza e fome constante,
entre outros.
No atendimento é essencial esclarecer ao paciente a importância de uma
alimentação com frutas e vegetais e estar atento a sensibilidades e/ou intolerância a
determinados alimentos.
Excelente exemplo é trazido pelo Dr. O’Bryan citando pesquisa realizada pelo Dr.
David Perlmutter com 10 homens que estavam há 8 anos sem poder trabalhar por um
quadro de enxaqueca grave.
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15
Depois de participarem de um tratamento com dieta livre de glúten sete deles
voltaram a trabalhar – são 70% de sucesso no tratamento!! – você pode imaginar a
qualidade de vida que eles voltaram a ter apenas restringindo o glúten?
Ao ingerir alimentos que o sistema imunológico considera um problema cria-se um
estresse metabólico que se manifestará em algum ponto fraco e nesse caso a inflamação
teve como gatilho a sensibilidade ao glúten e atacou o elo mais fraco do organismo,
gerando dor de cabeça intensa.
Ter problemas na absorção de nutrientes no momento em que você está com o
sistema imune acionado no modo máximo afeta a atuação das células de defesa e causa
efeitos extremamente danosos. É o pior de dois mundos.
A doença aumenta o estresse, afeta a hipófise que aciona a adrenal, que produz
mais cortisol, que afeta o sono, que desequilibra o hormônio da saciedade e leva o
paciente a ganhar peso em alguns casos.
Esse quadro precisa ser tratado com urgência, por ser um dos causadores das recidivas
nos pacientes.
Percebeu como as coisas interagem e
desaguam num paciente desgastado,
estressado, desanimado e suscetível
cada vez mais a doenças
oportunistas?
Aquela pessoa que sai de uma gripe e
cai em outra, tem dores de cabeça
constantes, problemas estomacais,
até que entra num quadro de
depressão.
Desequilíbrios emocionais
podem ser tanto consequência como
origem do processo que desencadeia
as doenças autoimunes.
Para piorar o quadro muitas
doenças são de difícil diagnóstico, o
que faz com que os pacientes fiquem
anos tratando os sintomas (com
medicamentos), tendo que enfrentar
inúmeros efeitos colaterais (com mais
medicamentos).
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Cerca de 10 trilhões de bactérias habitam o corpo humano, e muitas delas se
concetram no intestino, sendo responsáveis pela produção de 80% das células de defesa,
90% da serotonina e 50% da dopamina.
Denominamos esse “universo microscópico” de microbioma, que regula desde a
forma como as calorias são extraídas dos alimentos (e o que vamos comer) até as ações do
nosso sistema de defesa. Desse universo há bactérias essenciais para a vida, e outras que
causam danos.
Quando alimentamos as bactérias boas elas ocupam mais espaço e as bactérias ruins
sobrevivem com o que sobra. Mas o contrário também é verdadeiro.
É o estilo de vida que adotamos (consumo de vegetais, legumes e frutas, sono reparador,
atividade física regular, redução do estresse e hidratação) que vai decidir qual grupo de
bactérias irá prevalecer.
A combinação de sedentarismo, uso de antibióticos, noites mal dormidas, estresse da
vida diária e uma dieta ocidental baseada em comida com baixo valor nutritivo e no alto
consumo de fast food fornecem o ambiente propício para bactérias causadoras de doenças,
gerando o que os cientistas denominam disbiose, ou seja, desequilíbrio relacionado com
inúmeros distúrbios como obesidade, diabetes e desnutrição.6
Forma-se um ciclo vicioso em que a morte de bactérias ‘boas’ reduz a produção de
serotonina, dopamina e células de defesa, gerando quadros de depressão, desmotivação e
baixa imunidade e, por outro lado, a prevalência de bactérias ruins que levam o paciente a
consumir cada vez mais alimentos inadequados, piorando o quadro clínico.
Portanto, é essencial equilibrar o microbioma para prevenir doenças graves, dentre
elas, as doenças autoimunes.
Doenças Autoimunes e Microbioma 
Sobre esse tema inúmeros estudos
comprovam os benefícios gerados pelo
uso de alimentos prebióticos e probióticos
para a manutenção de uma saúde
adequada exatamente por proporcionar a
prevalência de bactérias boas no
intestino.
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No momento em que colocamos a comida na boca ela entra em uma espécie de
tubo, que vai terminar no ânus.
Portanto, temos no sistema digestório uma porta de entrada para milhares de seres
que ingressam em nosso organismo diariamente.
Como dito anteriormente, o intestino exerce funções específicas no organismo:
produzir 80% das células de defesa, 90% da serotonina e 50% da dopamina de nosso
corpo, atuar na absorção de nutrientes e impedir que alimentos e bactérias extravasem para
a corrente sanguínea – o que os cientistas denominam de intestino permeável – gerando
inflamações por todo o organismo.
O material que extravasa é atacado, afeta o sistema imunológico, prejudica a
produção de células de defesa e causa inúmeras doenças.
Alguns fatores podem provocar esse desequiíbrio, como por exemplo, o consumo
excessivo de carboidratos industrializados e o baixo consumo de frutas e vegetais, que faz
aumentar o número de bactérias ruins e agrava o quadro clínico dos pacientes.
Doenças Autoimunes e Sistema Digestório 
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Muitos estudos apontam que a vitamina D (que na verdade é um hormônio, pois é
produzida pelo organismo) está diretamente relacionada com a absorção de minerais como cálcio
e fósforo, com a produção de insulina e com fortalecimento do sistema imunológico8, sendo
considerada um antibiótico natural.
E a melhor forma de estimular a produção devitamina D é por meio da exposição à
radiação ultravioleta B emitida pelo sol, pelo menos durante 20 a 30 minutos todos os dias, sem
uso do filtro solar.
Na suplementação via oral a absorção é bem menor, em torno de 20%.
Inúmeros estudos apontam que a deficiência de vitamina D, chamada hipovitaminose D,
está associada com o surgimento de inúmeras doenças, dentre elas: a diabetes tipo 1, esclerose,
Chron, demência, doenças cardiovasculares, lúpus e artrite reumatoide.
Por exemplo, pesquisa realizada pelo Departamento de Medicina da Universidade de
Alberta, no Canadá, publicada na revista científica Canadian Family Physician sugere que a
vitamina D3 pode reduzir em até 80% o surgimento da diabetes tipo 1.9
Embora o Brasil seja um país tropical, pesquisa realizada pelo IBGE em 2018 destacou que a
maioria dos brasileiros não apresenta níveis desejáveis de vitamina D, o que pode justificar a
queda da imunidade e abrir portas para diversas doenças.
Mas fica o alerta: pacientes portadores de doenças autoimunes como lúpus, vitiligo, psoríase 
devem ter cuidado redobrado com a exposição ao sol até o controle efetivo da doença.
Doenças Autoimunes e Vitamina D
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A Sociedade Brasileira de Patologia Clínica anunciou mudanças no valor de referência
da vitamina D, alterando de 30 ng/mL para 20 ng/mL e fez algumas recomendações10:
• Maior que 20 ng/mL é o desejável para população geral saudável;
• Entre 30 e 60 ng/mL é o recomendado para grupos de risco como idosos, gestantes, 
pacientes com osteomalácia, raquitismos, osteoporose, hiperparatireoidismo 
secundário, doenças inflamatórias, doenças autoimunes e renal crônica e pré-
bariátricos;
• Entre 10 e 20 ng/mL é considerado baixo com risco de aumentar remodelação óssea 
e, com isso, perda de massa óssea, além do risco de osteoporose e fraturas;
• Menor do que 10 ng/mL muito baixa e com risco de evoluir com defeito na 
mineralização óssea, que é a osteomalácia, e raquitismo.
• Os pacientes, nestes casos, apresentam dor óssea, fraqueza muscular e podem ter 
fraturas; e acima de 100 ng/mL é considerado elevado com risco de hipercalcemia 
(quando a quantidade de cálcio no sangue é maior do que o normal) e intoxicação.
• Pró-hormônio, produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele, a vitamina D 
pode ser encontrada em alimentos como óleos de salmão, atum e sardinha, gema de 
ovo, fígado, leite, iogurte e queijos ou em cápsulas ou comprimidos.
• Em alguns casos de deficiência de vitamina D o paciente pode ser assintomático. 
Quando os sintomas aparecem é importante ficar atento à fadiga, fraqueza muscular 
e dor crônica.
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Segundo dados da Associação Brasileira do Sono, a insônia afeta cerca de 73 milhões de
brasileiros.
O sono reparador é fator fundamental para o sistema imunológico porque regenera as
células de defesa e aumenta a imunidade, além de permitir uma recuperação mais rápida.
Quem tem boas noites de sono tem mais vitalidade ao despertar e mais disposição durante
todo o dia.
Isso porque durante a noite o organismo faz os ‘reparos’ no sistema imunológico, e com
um organismo fortalecido e ‘baterias recarregadas’ a probabilidade de adoecer diminui, o que
torna o ato de dormir essencial para uma boa saúde.
Compare o seu corpo com a cozinha de um grande hotel, em que após servirem o jantar é
necessário arrumar tudo à noite para que pela manhã seja servido o café aos hóspedes. Assim
é o nosso corpo: enquanto dormimos o hormônio do crescimento e a melatonina trabalham
incessantemente para fazer a limpeza celular e ‘arrumar a casa’ para o dia seguinte.
O auriculoterapeuta possui diversas ferramentas para oferecer ao paciente um sono de
qualidade, reduzir o uso de medicação que vicia e intoxica o fígado, proporcionando uma
melhor qualidade de vida.
O simples fato de poder dormir melhor aumenta em muito a probabilidade de melhora
com os tratamentos e lembre que, cada medicamento que o paciente puder eliminar (sempre
com supervisão médica) representa um benefício para a saúde, porque representa um efeito
colateral a menos para ser tratado (por outro medicamento), oferecendo maior conforto.
Por outro lado, a privação do sono é um estressor e aumenta o nível de cortisol,
afetando o sistema imunológico por ativar o eixo HIPOTÁLAMO – HIPÓFISE – ADRENAL (H2A),
que tem entre suas principais funções manter o equilíbrio interno.
Doença Autoimune e o Sono Reparador
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Kathleen Mahan e Janice Raymond no livro “Alimentos, Nutrição e Dietoterapia”,
afirmam que o sono ruim está relacionado com hipertensão, cardiopatia, depressão e
diabetes, além de afetar o humor, a imunidade e a digestão.
Duas pesquisas revelam os efeitos devastadores da falta de sono reparador: a primeira,
realizada na Califórnia, apontou que quem não dorme pelo menos 5 horas por noite tem 4,5
vezes mais chances de ficar resfriado; a segunda, realizada com mulheres na Dinamarca,
apontou que aquelas que trabalham à noite têm maior risco de desenvolver câncer de mama
quando comparadas às que trabalham de dia.
No livro “A solução para o Alzheimer” os autores Ayesha e Dean Sherzai citam
inúmeros benefícios do sono reparador, dos quais destacamos:
Você já deve ter lido dezenas de dicas para uma boa noite de sono, mas vale a pena
reforçar pelos menos essas:
• Desligue TODOS os eletrônicos (televisão, computadores e celulares) pelo menos 1 hora
antes de deitar;
• Televisão, abajur e despertador elétrico no quarto não é uma boa opção;
• Evite deixar o celular carregando no seu quarto à noite;
• Se você ronca busque tratamento com um especialista, pois pode ser que tenha apneia
do sono, que impede o sono reparador;
• Evite comer tarde. Dormir tarde e com comida no estômago prejudicam o sono.
• Proporcionar mais saúde em geral – há estudos que demonstram que
pessoas que dormem bem têm mais saúde e, portanto, menos gastos com
planos de saúde;
• Aumento de imunidade e redução das inflamações, menos resfriados,
câncer e até mesmo doença de Alzheimer;
• Melhora do humor;
• Melhora de foco, atenção, tomada de decisões e aprendizagem;
• Melhora da coordenação motora – 32% dos acidentes de trânsito são
provocados por distúrbios do sono11;
• A qualidade do sono está relacionada com a liberação de insulina,
diagnóstico de diabetes tipo 2 e demência;
• Noites ruins causam dor de cabeça;
• Influencia no ganho de peso – altera os hormônios grelina e leptina,
responsáveis pela fome e pela saciedade;
• Influência na perda da libido;
• Atrofia cerebral – uma sequência de noites ruins pode comprometer
seriamente o cérebro.
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Doença Autoimune e Estresse
O estresse é um dos grandes problemas da chamada sociedade moderna porque
altera o metabolismo e traz consequências danosas a praticamente todos os órgãos,
afetando o sistema imunológico e causando alterações fisiológicas.
Estudos realizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 90% das
doenças estão relacionadas com o estresse.
Lamentavelmente o Brasil ocupa o segundo lugar na lista dos países com maior nível
de estresse no mundo, sendo que 3 em cada 10 trabalhadores sofrem da chamada
síndrome de Burnout (nível mais alto de estresse), refletido por um esgotamento mental
intenso gerado pelas pressões do trabalho.
E você saberia dizer que profissões lideram essa pesquisa ? 
Médicos, professores e enfermeiros.
O estresse pode acontecer de forma aguda (pontual e esporádica) e nesse caso o
corpo consegue se restabelecer e administrar a liberação de hormônios, retornando à
condição de equilíbrio – homeostase.
Uma pesquisa realizada na Universidade Michigan identificou os mecanismos de
resposta do organismo e os cientistasdescobriram que células imunológicas denominadas
mastócitos (essenciais no combate a inflamações e alergias) entram em contato com
substâncias alergênicas (pólen ou ácaros) e liberam histamina.
A histamina, por sua vez, desencadeia sintomas de alergias (olhos lacrimejando e
nariz escorrendo) na tentativa de eliminar os alergênicos.
Quando as situações de estresse intenso atingem o indivíduo por um longo período
(problemas no trabalho, doença na família, ansiedade e medo de perder o emprego, etc)
ocorre o denominado estresse crônico, que afeta o organismo de forma mais gravosa.
Como você já sabe, as situações estressantes acionam o EIXO HIPÓFISE –
HIPOTÁLAMO – ADRENAL e aumentam a produção de hormônios como o cortisol12.
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Esse acionamento constante pode levar ao estresse crônico, transtornos do sono,
desencadear sintomas de doenças autoimunes, fadiga adrenal, hipotireoidismo,
hipertensão e problemas cardíacos.
A propósito, as cardiopatias são a maior causa de morte no Brasil – responsáveis
por 380 mil mortes em 2017, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia13.
Uma pesquisa realizada na Suécia14 com mais de 1 milhão de voluntários durante
10 anos concluiu que os pacientes com distúrbios relacionados ao estresse aumentaram
em 36% a probabilidade de desenvolver doenças autoimunes, como psoríase, artrite
reumatoide, doença celíaca e de Crohn.
Nesse estudo o Dr. Huan Song, da Universidade da Islândia afirmou que “o
estresse realmente afeta a saúde a longo prazo" e que “afeta não apenas a saúde
psiquiátrica, mas deixa as pessoas vulneráveis a outras doenças.” 15
Estudos indicam que o diagnóstico de transtorno de estresse pós-traumático
aumenta em 46% a probabilidade de desenvolver doenças autoimunes16.
O transtorno de estresse pós-traumático (ou apenas estresse pós-traumático) é
uma condição de saúde mental desencadeada por um evento terrível de viver ou
testemunhar.
Muitas pessoas que passam por eventos traumáticos têm dificuldade de se
readaptar e lidar com situações normais por algum tempo, mas com tempo e tratamento
adequado os resultados costumam ser bastante promissores17.
O terapeuta tem algumas ferramentas para atuar no controle do estresse do
paciente, e também nesse aspecto a auriculoterapia pode oferecer excelentes
resultados, contribuindo para o equilíbrio do paciente e impedindo novas crises.
As técnicas naturais, em especial a auriculoterapia, podem fazer muita diferença
no tratamento de pacientes autoimunes, pois oferecem a possibilidade de tratar a causa,
sem o uso de medicamentos e sem os inconvenientes efeitos colaterais.
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Por favor não confunda esse tópico com o anterior.
O Dr. Ray Strand18 cita um artigo publicado no Jornal de Medicina de Nova Iorque que
afirma que o estresse oxidativo é uma das principais causas das doenças autoimunes.
Mas o que é o estresse oxidativo ? 
Para explicar precisamos abordar, de forma resumida, como o organismo produz
energia para nossas atividades diárias.
A glicose (produto da digestão dos carboidratos) é lançada na corrente sanguínea e
com o auxílio da insulina chega às mitocôndrias no interior das células, havendo uma reação
química de ‘quebra da glicose’ (denominada glicólise) e tendo como produto final a produção
de energia (armazenada com o nome de ATP).
Dessa equação há um subproduto: o radical livre, que surge quando um átomo torna-se
instável e passa a danificar células, tecidos, órgãos e até o DNA.
Até aqui nada demais, pois o radical livre é importante e o organismo sana essas
instabilidades do átomo utilizando os antioxidantes, impedindo que os radicais livres gerem
danos ao organismo.
O problema surge quando a produção de radicais livres aumenta muito e supera a
produção de antioxidantes, alterando o equilíbrio e fazendo surgir o estresse oxidativo, que
por sua vez aumenta as inflamações, causa doenças e o envelhecimento precoce.
Da próxima vez que te perguntarem o que é estresse oxidativo você pode responder
que é o resultado do desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes, possibilitando com isso
que o organismo seja danificado.
Doenças Autoimunes e Estresse Oxidativo
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Duas perguntas devem vier à sua mente: o que gera o estresse oxidativo e como
aumentar a produção de antioxidantes.
Alguns dos fatores que aumentam a produção de radicais livres você certamente
conhece: má alimentação, atividades estressantes, cigarro, noites mal dormidas e
sedentarismo.
Quanto aos antioxidantes, o organismo precisa dispor de reservas nutricionais para
manter seu exército de enzimas de prontidão, sendo os principais antioxidantes os
flavonoides e as vitaminas C, E e A, encontrados em alimentos como: uva, frutas cítricas,
manga, cebola, espinafre, alface, alecrim, própolis, orégano, manjericão, hortelã,
manjerona, gengibre, abacate, nozes e cacau.
Pesquisas apontam que pacientes com artrite reumatoide, lúpus, esclerose múltipla e
Chron apresentam níveis baixos de antioxidantes, e por não conseguirem combater os
radicais livres podem ficar com a saúde ainda mais debilitada.
Portanto, essencial que no tratamento dessas doenças o paciente reequilibre os níveis
de antioxidantes por meio de alimentação adequada.
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As doenças autoimunes têm um período de incubação que pode levar até 40 anos para
que um dano tecidual comece a gerar os sintomas.
infelizmente os exames laboratoriais tradicionais detectam as doenças somente depois
que elas estão instaladas. O que pode ser tarde...
Contudo, a presença no organismo de alguns auto-anticorpos específicos (chamados
biomarcadores) é uma forma de monitorar o paciente apontando alterações bioquímicas
precocemente para identificar o aumento do risco de instalação da doença.
Dessa forma, a presença dos biomarcadores indica que o organismo não está
conseguindo reverter o quadro, sendo possível realizar tratamentos preventivos.
Doenças Autoimunes e Biomarcadores
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O estômago produz diariamente cerca de 3 litros de suco gástrico19 – mistura de ácido
clorídrico (HCl) e enzimas estomacais – para realizar a digestão dos alimentos, mas à medida
que envelhecemos ocorre uma redução natural dessa produção, assim como um desgaste do
muco protetor das paredes do estômago.
Esses fatores, combinados com o estresse da vida moderna, a má-alimentação, o uso de
álcool ou cigarro podem desencadear gastrites e até úlceras.
Nesses casos é comum a prescrição de antiácidos para reduzir a sensação de queimação,
mas que também reduzem ainda mais a produção de HCl no estômago, ou seja, além da
redução natural, a medicação reduz os níveis de acidez.
A questão é que esse órgão foi ‘projetado’ para funcionar em um ambiente 
extremamente ácido.
Isso por dois motivos principais: primeiro, porque atua como barreira de proteção para a
entrada de bactérias (com a comida ingressam milhões de bactérias que em sua quase
totalidade são destruídas no ácido estomacal) ou impedindo que as bactérias do intestino
‘subam’; segundo, atuando na digestão adequada dos alimentos, ‘quebrando’ as moléculas
para que possam ser absorvidas no intestino (transformando proteínas em aminoácidos, por
exemplo).
A digestão incompleta dos alimentos desencadeia um déficit nutricional por falta de
absorção, que pode gerar, por exemplo, a deficiência de vitamina B12 (chamada anemia
perniciosa em que ocorre a diminuição dos glóbulos vermelhos) e afetar as funções cerebrais,
pois essa vitamina é essencial para a preservação de neurônios e para a formação da bainha de
mielina.
Portanto, reduzir ainda mais o nível de ácido clorídrico (excetoem situações
extremamente necessárias) poderá agravar o quadro de desnutrição e criar um ambiente
favorável à proliferação de bactérias, além de tornar o paciente dependente do consumo de
antiácidos, pois sempre que forem retirados a sensação de acidez voltará.
Doenças Autoimunes e Acidez Estomacal
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Imagine que alguém com 35 anos apresente um quadro de gastrite e após a consulta
ouça do médico que precisará tomar antiácidos pelo ‘resto da vida’ (mesmo quando a bula diz
que o uso não deve ultrapassar 30 dias).
Vamos pensar de maneira racional: será que você apresenta qeimação por ausência de
antiácido no organismo? É claro que não! Então como poderia ser necessária essa ‘resposição’
pelo resto da vida?
“Resto da vida” para quem tem 35 anos representa tomar um medicamento por 40
anos, considerando que a expectativa de vida do brasileiro é de 75,5 anos!
Parou para pensar nisso? E talvez você conheça alguém nessa situação.
O desequilíbrio na produção de ácido clorídrico pode estar sendo gerado por dois
fatores: desidratação e/ou consumo de alimentos ruins para o seu organismo (excesso de sal,
gordura trans, poucas frutas e vegetais).
Então você pergunta: não sou médico, como vou retirar a medicação do paciente? 
Não vai...e isso precisa ficar muito claro. 
Vai apenas pedir que ele procure outro profissional, pois não é razoável que alguém esteja
‘condenado’ a tomar um medicamento por 40 anos.
Esse desequilíbrio fisiológico e nutricional, construído durante anos, pode estar
relacionado com o surgimento de doenças como lúpus, artrite reumatoide e doença celíaca,
além de problemas estomacais e neurológicos em razão da deficiência de proteínas e
vitaminas, essenciais para a produção de
neurotransmissores como dopamina e
serotonina.
Isso mesmo, os aminoácidos são
essenciais para a produção desses 2
hormônios diretamente relacionados
com o bem estar e a felicidade.
O fato de o paciente portador de
doença autoimune apresentar um quadro
de depressão talvez não seja mera
coincidência, não é verdade?
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Os especialistas afirmam que a vacinação do portador de doença autoimune dependerá
da gravidade da doença, do tratamento ao qual está submetido e do tipo da vacina a ser
aplicada.
Isso se justifica em razão do risco maior de desenvolver infecções que esses pacientes
apresentam.
Por outro lado, a vacinação é uma forma de prevenção de doenças, e há vacinas que
são comprovadamente seguras, como pneumonia, gripe, H1N1, difteria, tétano, hepatite e
meningite.
Vale destacar que, em razão da condição específica dos portadores de doenças
autoimunes, é essencial uma consulta com o médico que o acompanha para definir pela
vacinação ou não.
Doenças Autoimunes e Vacinas
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O tratamento das doenças autoimunes em geral consiste na inibição do sistema
imunológico com o uso de drogas imunossupressoras (corticoides), anti-inflamatórios e
analgésicos.
Mas nesses casos o paciente pode ser submetido a um estado de imunossupressão
geral extremamente perigoso, abrindo portas para infecções por bactérias, vírus e fungos, pois
não é possível selecionar quais anticorpos terão sua ação controlada.
As consequências da redução da atuação do sistema imunológico não são boas, e por
essa razão algumas doenças (como a diabetes tipo 1 e tireoidite de Hashimoto) sequer são
tratadas com drogas imunossupressoras, mas por formas mais amenas, para não prejudicar
ainda mais o paciente.
Mas as notícias são animadoras nessa área, e pesquisas recentes na Universidade de
Utah revelaram avanços significativos no tratamento da diabetes tipo 1 e da esclerose
múltipla: pesquisadores descobriram uma proteína chamada PD-1, que regula o sistema
imunológico, atuando nos linfócitos B e T, responsáveis diretos pela defesa do organismo.
Essa proteína impede que os glóbulos brancos ataquem o corpo.
Aqui no Brasil, pesquisadores da Universidade de São Paulo21 descobriram um dos
genes responsáveis pelo processo que desencadeia o ataque ao corpo e estão estudando
formas de desativá-lo, o que poderá significar o fim desses auto-ataques.
Tratamentos Convencionais e 
Novidades da Medicina
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Você deve estar se perguntando: como um auriculoterapeuta pode atuar em situações
que desafiam até mesmo os profissionais mais capacitados da área de saúde?
Calma... você verá que há inúmeras formas, especialmente porque o profissional 
trabalha com uma técnica que não utiliza medicamentos.
Como estão as condições da saúde pública na sua cidade? Pela média nacional é
provável que não seja das melhores, e não será raro que você venha a ser o primeiro, ou mais
próximo contato do paciente com alguém da área de saúde que tenha essa visão de
funcionamento do organismo como um todo.
Para muitos médicos só há uma forma de combater a doença: a medicamentosa, e a
cada sintoma um novo medicamento será prescrito.
A realidade mostra que atualmente essa solução não é mais viável, especialmente
quando tratamos de pacientes portadores de doença autoimune.
Outro fator presente em nossa realidade é que durante os atendimentos nem sempre o
profissional de saúde terá o tempo necessário para um atendimento adequado, a permitir um
diagnóstico preciso.
Durante o atendimento você deve dispor de tempo e do conhecimento das técnicas
que permitirão fazer uma leitura completa da queixa do seu paciente, buscando entender a
evolução do quadro e definindo a melhor estratégia para restabelecer a saúde.
Já se deu conta do tamanho de sua responsabilidade? Que talvez caiba a você solicitar
ao paciente que busque um especialista em determinada área porque está identificando
alguma situação específica, talvez até mesmo uma doença autoimune?
Como você está se preparando para essa demanda? Onde você está indo buscar
conhecimento para oferecer resultado ao seu futuro paciente?
Isso exige preparo profissional e atualização constante. 
Auriculoterapia no Tratamento de Doenças 
Autoimunes: Infinitas Possibilidades
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Isso mesmo: a cada desafio vencido, cada resultado alcançado, cada tratamento
bem sucedido trarão outros pacientes, outras dores, outras situações a desafiar o seu
conhecimento e a sua técnica.
É isso que nos motiva!
Somente o conhecimento fará com que você seja o primeiro a identificar que
aquela enxaqueca que incomoda o seu paciente há anos pode estar sendo, na verdade,
causada pelo glúten que ele consome, ou por uma intolerância à lactose ou mesmo em
razão da diabetes descontrolada.
Fala sério, isso não tem preço!
Por isso, se você realmente deseja obter resultado invista tempo na sua consulta,
ouça o que o seu paciente tem para dizer. Investigue, estude, monte sua combinação de
pontos seguindo uma construção inteligente e com coerência científica.
Para que isso aconteça é fundamental conhecer o histórico do paciente.
Aqui vão algumas sugestões para que você melhore o seu atendimento, e passe a
ter um olhar atento sobre o paciente, essencial para identificar um problema e
encaminhá-lo ao especialista para realização de exames específicos e para obter um
diagnóstico definitivo.
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Países gastam bilhões de dólares todos os anos para tratar doenças que afligem suas
populações. A medicina avança, mas as pessoas estão sendo cada vez mais atingidas por
câncer, hipertensão, doenças cardíacas, doenças autoimunes, diabetes e Alzheimer.
Será que estamos tratando doenças, e não pessoas? 
Esse pode ser o seu diferencial, especialmente na prevenção, ou na identificação de
doenças aindano início, quando a reversão é muito mais fácil.
No atendimento é fundamental relacionar as queixas, ter um histórico completo,
uma ficha de anamnese detalhada.
Anamnese significa “trazer à memória”, ou seja, fazer com que o seu paciente não
apenas narre aquilo que o incomoda, mas quais são as suas rotinas diárias de alimentação,
tipo de trabalho (nível de estresse e até a posição em que constuma trabalhar), se pratica
atividade física, se faz uso de medicamentos (mesmo aqueles que parecem inofensivos) e
como está emocionalmente (o divórcio ou o luto podem gerar inúmeras respostas físicas e
mentais), pois tudo isso terá forte influência na origem ou na manutenção da doença.
Esse método não é novo, vem da Grécia Antiga, em que o interrogatório do paciente
já era reconhecido como a via mais adequada para definir o diagnóstico e o tratamento.
Nessa análise o seu olhar mais atento pode identificar características que os demais
profissionais não conseguiram perceber, seja por falta de tempo, por falta de conhecimento
ou mesmo falta de sensibilidade.
É nesse ponto que você pode se diferenciar dos demais, por ver aquilo que ninguém
mais vê e ser reconhecido exatamente por isso.
Tenha sempre em mente que encaminhar o paciente a um especialista permite um
diagnóstico precoce e possibilita antecipar o tratamento e controlar a doença, portanto,
talvez esse seja o aspecto que mais fará a diferença na sua atuação profissional.
É possível que o clínico geral do posto de saúde não tenha o tempo necessário para
fazer essa análise, e quando os sintomas se agravarem pode ser tarde.
Identificação de Sintomas e Prevenção 
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Icônica a frase de Hipócrates, médico mais importante da antiguidade e considerado o
"Pai da Medicina", que 400 anos antes de Cristo afirmou: “antes de curar alguém pergunte
se ele está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer.”
Essa frase revela muito sobre a forma de atendimento ao paciente, mas
principalmente, sob a responsabilidade dele no atingimento dos resultados esperados.
Ao receber o paciente em seu consultório é importante que ele saiba que aquela
doença não surgiu da noite para o dia, e provavelmente é fruto de uma combinação de
fatores que redundaram no desequilíbrio orgânico.
Para restabelecer esse equilíbrio alguns hábitos precisam ser mudados e ele precisa
estar ciente disso e disposto a fazê-lo, caso contrário, será uma luta inglória.
É nesse momento que entender de aspectos nutricionais básicos e aspectos
emocionais permitirá ao auriculoterapeuta auxiliar o paciente na mudança de hábitos.
Para isso a ideia de criar parcerias com outros profissionais aumenta as possiblidades
de sucesso no tratamento e se revela uma excelente opção para quem deseja se diferenciar
no mercado por oferecer ótimos resultados.
Por atuar na área de saúde queremos acreditar que você tem acesso a informações
que a maioria da população não tem: cuidados básicos de saúde e higiene, exames
essenciais, alimentos que devem ser evitados e os que devem ser consumidos.
Esteja atento às oportunidades de conversar sobre hábitos saudáveis, quem sabe
manter um blog ou dicas num site e, dessa forma, mudar a mentalidade de seu paciente,
interagir com as pessoas e fazer com que elas tenham mais qualidade de vida por meio da
alimentação, dos exercícios físicos e do sono reparador.
Depois que você apresenta resultados passa a ser referência para amigos, familiares e
para os seus pacientes. O que você disser ganha autoridade e passa a fazer sentido para eles,
faz refletir e gera atitude.
Mas saiba que a sua palavra, e principalmente o seu exemplo, terão o poder de
transformar vidas. Portanto, assuma a sua responsabilidade, pois "Tu te tornas eternamente
responsável por aquilo que cativas”, frase do livro “O pequeno príncipe”.
Orientação de Hábitos Saudáveis
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Você será um grande
influenciador ao explicar aos seus
pacientes a importância de manter-se
no peso ideal, abandonar o cigarro, o
álcool e evitar o sedentarismo.
Por exemplo, o tabagismo
surge como desencadear de uma
série de doenças, dentre elas, a
doença de Chron e a artrite
reumatoide (agravando o risco de
deformidades), ou seja, no fumante a
doença se apresenta de forma mais
grave.
A boa notícia é que a
auriculoterapia apresenta excelentes
resultados para fazer cessar o hábito
de fumar, e com isso, reduzir
inúmeras doenças e promover uma
melhor qualidade de vida.
Portanto, é sua
responsabilidade ajudar amigos,
familiares e pacientes a abandonar
esses vícios e recuperar a saúde.
Esse será mais um grande
diferencial no seu atendimento, unir a
auriculoterapia com hábitos
saudáveis para colher excelentes
resultados.
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Já conversamos sobre os efeitos maléficos da vida estressada e como ele pode afetar
nossa saúde, por afetar o eixo H2A.
Felizmente a auriculoterapia oferece diversas linhas de abordagem que permitem
atuar no equilíbrio dos hormônios da adrenal, controlando o estresse, reduzindo a ansiedade
e proporcionando ao paciente uma melhor qualidade de vida e sono reparador.
E o melhor: com baixo custo, sem medicação e sem efeitos colaterais. Ao contrário, à
medida que os resultados aparecem o paciente poderá reduzir os medicamentos que estiver
tomando, desde que sob supervisão médica.
O intestino passou da condição de orgão desconhecido para assumir a nobre
denominação de ‘segundo cérebro’. Isso porque a ciência descobriu mais recentemente sua
relação intrínseca com o sistema imune e a saúde mental, uma vez que produz 90% da
serotonina, 50% da dopamina e 80% das células de defesa.
Ao tratarmos de doenças autoimunes aprofundar no estudo dos intestinos é de
extrema relevância, e aqui também será um fator de distinção do seu trabalho.
De posse dessa informação relevante e de seus conhecimentos em auriculoterapia é
possível realizar uma combinação de pontos para regular o funcionamento adequado do
intestino e assim proporcionar ao paciente uma condição mais confortável e saudável.
Eixo H2A Equilibrando a Produção 
de Hormônios
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Pesquisas revelam que doenças como psoríase22 e vitiligo23 possuem no desequilíbrio
emocional um fator de disparo e/ou agravamento do quadro24.
Nesse contexto, a auriculoterapia pode atuar na diminuição do estresse e no controle
da ansiedade e da depressão, frequentes nos portadores de doenças crônicas, uma vez que
se encontram fragilizados pelas incertezas quanto ao futuro.
Qualidade do Sono do Paciente 
Oferecer boas noites de sono ao paciente sem o uso de medicamentos é das tarefas
mais importantes e ao mesmo tempo das que alcança melhores resultados com a técnica da
auriculoterapia.
Noites de sono desreguladas geram falhas de memória e concentração, fadiga,
alterações no humor, na saciedade e queda de imunidade. Não por acaso noites mal
dormidas agravam qualquer quadro clínico.
Portanto, nada melhor que uma noite de sono para restaurar uma saúde debilitada.
A doença cria um círculo vicioso em que o doente, por diversos motivos, não consegue
dormir e como consequência não consegue reparar o sistema imune, e assim entra em um
espiral descendente, agravando o quadro.
A auriculoterapia pode romper esse círculo e oferecer ao paciente noites
reconfortantes, proporcionando ao corpo condições de retomar a qualidade de vida e
estabilizar sua energia para reagir à doença.
E você pode ter papel essencial nesse processo de recuperação.
➢ Você tem acesso a uma aula especial sobre qualidade de sono no final do livro.
Equilíbrio Emocional do Paciente 
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Cada desequilíbro patológico tem suas peculiaridades,ataca uma parte mais frágil no elo
da cadeia, e também nesse aspecto a auriculoterapia pode contribuir com tratamentos efetivos
e com melhores resultados.
Esse trecho do livro é apenas para demonstrar que são inúmeras as áreas de atuação do
auriculoterapeuta no tratamento do paciente com doença autoimune, e como é possível diminuir
as dores de quem sofre, e ao mesmo tempo proporcionar qualidade de vida e condições para que
o corpo restabeleça o equilíbrio e a saúde.
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Antes de tratarmos das doenças autoimunes de forma específica é necessário
explicar que existem pontos em comum para o tratamento delas.
A composição essencial terá sempre os 3 pontos considerados principais na
auriculoterapia:
Além destes, outros pontos podem e devem ser utilizados, formando uma composição
básica (considerando que cada paciente merece ser tratado de forma individualizada e de
acordo com os sintomas apresentados):
• Ponto do SONO – combater a insônia e proporcionar boas noites de sono
• Ponto da ALEGRIA – combater depressão e desmotivação;
• Ponto do PSIQUISMO e ponto do DIAFRAGMA para opressão torácica e questões
emocionais.
 ARTIGO INDICADO:
Análise do efeito imediato da auriculoterapia no sistema nervoso autônomo -
http://www.omnipax.com.br/RBTS/artigos/v5n1/RBTS-5-1-3.pdf
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PARTE II 
As Doenças Autoimunes e suas Especificidades
Sistema Nervoso Central (SNC) ou Shenmen
Rim
Sistema Nervoso Autônomo (SNA)
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http://www.omnipax.com.br/RBTS/artigos/v5n1/RBTS-5-1-3.pdf
http://www.omnipax.com.br/RBTS/artigos/v5n1/RBTS-5-1-3.pdf
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ETIOLOGIA
Doença sistêmica crônica de causa desconhecida, com envolvimento articular simétrico
e rigidez articular, que causa deformidades articulares que podem se tornar irreversíveis.
Sistêmica porque é inflamatória e embora tenha preferência pelas articulações, pode
afetar diversas partes do organismo, como a pele, unhas, músculos, rins, coração, baço,
pulmão, sistema nervoso, olhos e sangue.
Crônica porque embora possa ser controlada, não há cura.
Segundo dados da OMS a AR acomete 1 em cada 100 pessoas no mundo25 e de acordo
com o Ministério da Saúde atinge cerca de 12 milhões de brasileiros26 e já é a segunda principal
causa de incapacitação para o trabalho.
Atinge 3 vezes mais mulheres que homens e 80% dos pacientes estão entre 35 e 50
anos de idade.
Pode ser desencadeada pelo consumo de cigarro e café, uso de anticoncepcionais ou
doenças como rubéola e hepatite C.
É comum que a artrite reumatoide venha acompanhada por outras doenças
autoimunes como lúpus, vitiligo e tireoidite de Hashimoto.
Em gestantes a doença costuma entrar em remissão, provavelmente pelo aumento da
produção de progesterona, que leva a uma inibição imunológica, mas volta a atacar depois do
nascimento do bebê.
O diagnóstico e o tratamento precoces permitem evitar as deformidades, que uma vez
instaladas, são irreversíveis.
Estudos apontam uma relação entre a artrite e a insuficiência de vitamina D e níveis
abaixo do normal de ácido fólico, cálcio, vitamina E, vitamina B, zinco e selênio.
O fator reumatoide é um exame laboratorial solicitado pelo reumatologista para auxiliar
no diagnóstico, assim como a análise de radiografias, ressonâncias e dos demais sintomas.
Artrite Reumatoide
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PRINCIPAIS SINTOMAS
Podem ser identificados os seguintes sintomas:
• Dor, edema, calor, inchaço, rigidez e vermelhidão nas estruturas articulares, sobretudo
mãos, punhos e cervical e perda de função, pelo acúmulo de líquido sinovial;
• Fadiga, perda de energia, falta de apetite, dores, rigidez muscular e articular
prolongada;
• Destruição da cartilagem articular, que impossibilita a realização de atividades diárias
simples, como abrir uma torneira;
• Sérias dificuldades de movimentação do membro afetado – chamada rigidez matinal –
que pode durar de 30 minutos a 4 horas;
• O comprometimento da coluna lombar e dorsal é raro, mas a coluna cervical pode ser
afetada;
• Padrão simétrico na inflamação das articulações em que ambos os lados do corpo são
afetados.
Esses sintomas podem desencadear um quadro de ansiedade nos pacientes,
especialmente os mais jovens, para quem o impacto é maior em razão da incapacidade
gerada.
TRATAMENTO CONVENCIONAL E PREVENÇÃO
Em geral são utilizados:
• Medicamentos: analgésicos, anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores;
• Para casos específicos pode haver indicação de tratamento cirúrgico;
• Fisioterapia e terapia ocupacional contribuem para a continuidade das atividades
rotineiras;
• Condicionamento físico por meio de atividades aeróbicas, alongamentos e
relaxamentos;
• Reposição nutricional: zinco e manganês - chocolate amargo, castanhas, nozes,
amêndoas, avelãs, espinafre e abacaxi;
• Importante aumentar a ingesta de frutas e verduras para aumentar a quantidade de
vitamina C.
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Utilizar a composição essencial: SNC (shenmen), rim e SNA e a composição básica:
ponto do sono, ponto da alegria e ponto do psiquismo.
Além desses, no caso da artrite você pode utilizar pontos que combatam a infamação,
como subcórtex ou suprarrenal.
Colocar pontos de intestino grosso, alternando com o intestino delgado.
Atue nos sintomas, individualizando o tratamento de acordo com as queixas de cada 
paciente:
• Dor: analgesia e tálamo
• Edema: suprarrenais, circulação e metabolismo
• Rigidez: relaxamento muscular
• Fadiga: alegria
• Articulações: ponto local onde mais sente dor ou na origem (por exemplo: dedos dos
pés, punho e mão)
• Coluna: ponto local, sendo a cervical a mais afetada
• Emocional: de acordo com o relato do paciente pode-se utilizar o ponto da ansiedade
(para ansiedade), a combinação de diafragma com o ponto do psiquismo para casos de
depressão, e para opressão torácica o ponto do diafragma.
 ARTIGOS PARA COMPLEMENTAÇÃO
Consenso 2012 da Sociedade Brasileira de Reumatologia para o tratamento da artrite 
reumatoide: https://drive.google.com/file/d/1ifzkvjg_-ByHBkswb0sOdYSRhU1EpJeQ/view
Artrite reumatoide: uma visão atual. https://www.redalyc.org/pdf/3935/393541962002.pdf
Pontos de Auriculoterapia
para Tratamento da Artrite Reumatoide
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https://drive.google.com/file/d/1ifzkvjg_-ByHBkswb0sOdYSRhU1EpJeQ/view
https://www.redalyc.org/pdf/3935/393541962002.pdf
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ETIOLOGIA
Origem: anticorpos atacam as células beta pancreáticas das ilhotas de Langerhans, e o pâncreas
perde ou tem muito reduzida a capacidade de produzir insulina.
A insulina é um dos mais importantes hormônios do corpo humano e exerce inúmeras funções,
sendo uma das principais a de inserir a glicose no interior das células, para a produção de energia.
Sem insulina as concentrações de glicose no sangue aumentam. 
O problema da diabetes no mundo é grave. Estima-se que 382 milhões de pessoas tenham
diagnóstico da doença, e em 2035 esse número deverá atingir 471 milhões27.
Estudos apontam uma relação direta entre a diabetes e os fatores da vida urbana (alimentação,
obesidade e sedentarismo) e não por acaso 80% desses indivíduos residem em países em
desenvolvimento.
Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2016, o número de brasileiros com
diabetes aumentou 61,8%, e atinge 8,9% da população, sendo que entre as mulheres o índice é de
9,9% e entre os homens de 7,8%.
Mas não é só isso: entre 2010 e 2016 houve um crescimento de 12% no número de mortes por
diabetes, com o registro de 406.452 mortes relacionadas com a doença28.
Além dessas perdas irreparáveis a doença tem um custo anual para o Brasil de quase 4 bilhões
de dólares (29), sendo que cada paciente custa US$ 2.108,00 ao SistemaÚnico de Saúde (SUS).
A diabetes do tipo 1 responde por 5% a 10% de todos os diagnósticos de diabetes. 
Possui caráter genético relevante, e embora possa se desenvolver em qualquer idade, é mais
comum o diagnóstico em crianças, adolescentes ou adultos jovens (por isso é chamada de diabetes
infanto-juvenil).
Diabetes TIPO 1
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SINTOMAS
Inicialmente assintomática (com a destruição gradual das células beta), a doença
pode, posteriormente, apresentar os seguintes sintomas:
• Hiperglicemia – que pode gerar dano ao sistema nervoso;
• Significativa perda de massa corporal;
• Muita sede e muita fome;
• Urina com frequência e em grande quantidade (inclusive durante a noite);
• Visão embaçada, glaucoma e catarata (7 em cada 10 diabéticos sofrem de algum tipo de
cegueira);
• Fraqueza e falta de disposição;
• Hipertensão arterial, comum em 67% dos adultos diabéticos, quadruplicando o risco de
enfarto;
• Doença renal diabética em razão da hiperglicemia e da hipertensão;
• Aumento de 50% na possibilidade de desenvolver câncer;
• Afeta a função sexual – perda da libido e impotência; 
• Afeta o trato gastrointestinal, gerando náuseas e esofagite, diarreia e constipação.
Sem tratamento, o quadro pode evoluir rapidamente para (30):
• Desidratação severa;
• Vômitos;
• Sonolência; 
• Dificuldades respiratórias;
• Coma.
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O tratamento tem aplicações diárias de insulina para controlar a glicose no sangue,
além de uma dieta restritiva, com baixos níveis de carboidratos.
Embora o fator genético deva ser considerado, é essencial a prevenção primária, com o
estímulo, por exemplo, ao aleitamento materno, assim como evitar o consumo de leite de
vaca para recém-nascidos (teoria do mimetismo molecular com o leite de vaca).
Além disso, evitar o consumo de bebidas açucaradas (refrigerantes e leites adoçados),
gordura trans e alimentos com soja, especialmente para as crianças.
A regulação da glicemia é fundamental para o tratamento de todas as doenças, mas na
diabetes ela se revela vital, pois a ingestão do açúcar (e aqui leia-se carboidrato) em excesso
gera flutuação dos níveis de glicose no sangue.
Nos indivíduos saudáveis o aumento abrupto de glicose gera a liberação de insulina,
que depois de inserir a glicose na célula gera uma queda no nível de glicose no sangue.
Como forma de compensar, o organismo libera adrenalina e cortisol, hormônios com
efeitos estressores que afetam o humor. Resultado: picos de glicose seguidos de quedas
bruscas geram variações de humor.
Essa necessidade de suprir carências ou humor pode se justificar por essas variações, e
explicar o hábito de comer doces quando a pessoa fica estressada, buscando uma
compensação fisiológica, por liberar dopamina e serotonina no cérebro.
A atividade física regular contribui para manter baixos os níveis de glicose no sangue,
assim como incluir fibra, verduras, legumes e gorduras boas e evitar cigarro e álcool.
Tratamento Convencional e 
Prevenção da Diabetes TIPO 1 
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Utilizar a composição essencial: SNC, rim e SNA e a composição básica: ponto do
sono, ponto da alegria e ponto do psiquismo.
Além desses, no caso da diabetes você pode utilizar o ponto do pâncreas e glândulas
endócrinas para estabilizar o órgão.
Outros pontos que podem auxiliar:
• Metabolismo, circulação
• Fadiga e desânimo: alegria
• Emocional: de acordo com o relato do paciente pode-se utilizar o ponto da ansiedade
(para ansiedade), a combinação de diafragma com o ponto do psiquismo para casos de
depressão, e para opressão torácica o ponto do diafragma.
• Sonolência: ponto do sono
• Náusea e vômitos: cárdia, estômago ou occiptal 
• Esofagite: esôfago, sub-córtex 
• Visão embaçada: olhos
 ARTIGO PARA COMPLEMENTAÇÃO 
Diabetes mellitus tipo 1: multifatores que conferem suscetibilidade à patogenia auto-imune
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewDownloadInters
titial/1654/7862
Pontos de Auriculoterapia
para Tratamento da Diabetes TIPO 1
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http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/viewDownloadInterstitial/1654/7862
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ETIOLOGIA
Doença inflamatória intestinal crônica que pode afetar todo o sistema digestivo, mas
normalmente acomete a parte inferior do intestino delgado (em casos mais raros pode afetar
o intestino grosso), comprometendo as camadas da parede intestinal.
A doença é um fator de risco para o câncer de intestino e pode ser causada por
diversos fatores, dentre eles: genética, vida sedentária, exposição à poluição, consumo de
alimentos inadequados que geram a disbiose (industrializados, gorduras trans, excesso de
carboidratos, pouco consumo de água, vegetais e frutas) e insuficiência de vitamina D (em
países mais próximos à linha do Equador o número de diagnósticos diminui).
Pesquisas destacam 2 fatores: o tabagismo (aumenta em 3 vezes as chances de
desencadear a doença ou de recidivas) e o uso de anticoncepcionais (risco aumentado em
até 5 vezes).
A doença atinge homens e mulheres indistintamente, entre 20 e 40 anos, mas tem
preferência por residentes em ambientes urbanos.
SINTOMAS
Podem ser identificados os seguintes sintomas:
• Febre;
• Dor abdominal (geralmente no quadrante inferior direito) associada à diarreia (com ou
sem sinais de muco e sangue);
• Perda de peso e anemia (em razão de problemas no metabolismo do ferro);
• Intolerância alimentar e desnutrição;
• Cansaço e fraqueza (em razão da absorção insuficiente de nutrientes);
• Sangue ou muco nas fezes;
• Dores articulares, aftas, manifestações dermatológicas e eritema nodoso (nódulos
dolorosos e avermelhados na subepiderme);
• Inflamação dos olhos;
• Pedra nos rins;
• Obstrução intestinal grave e perfurações no intestino;
• Irritabilidade.
Doença de Crohn
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Dependendo da evolução da doença (leve, moderada e grave) são utilizados:
• Anti-inflamatórios (sulfassalazina e mesalazina);
• Corticosteroides;
• Drogas imunossupressoras;
• Antibióticos; 
• Intervenção cirúrgica em quadros graves de obstrução intestinal.
Tratamento Convencional e 
Prevenção da Doença de Chron 
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Utilizar a composição essencial: SNC, rim e SNA e a composição básica: ponto do sono,
ponto da alegria e ponto do psiquismo.
Além desses, no caso de Chron podem ser utilizados pontos que combatam a
infamação, como subcórtex ou suprarrenal.
Atuar nos sintomas apresentados pelo paciente.
Pontos que podem auxiliar:
• Dor abdominal: SNA
• Dor: analgesia e tálamo
• Ponto local: articulações
• Fadiga e desânimo: alegria
• Anemia: baço
• Imunidade: intestino delgado
• Emocional: de acordo com o relato do paciente pode-se utilizar o ponto da ansiedade
(para ansiedade), a combinação de diafragma com o ponto do psiquismo para casos de
depressão, e para opressão torácica o ponto do diafragma.
• Em caso de irritabilidade utilizar o ponto do fígado energético 1 e 2.
 ARTIGO PARA COMPLEMENTAÇÃO
Aspectos nutricionais na Doença de Crohn:
https://mail.google.com/mail/u/0/?tab=rm&ogbl#inbox?projector=1
Pontos de Auriculoterapia
para Tratamento da Doença de Chron
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https://mail.google.com/mail/u/0/?tab=rm&ogbl#inbox?projector=1
5050
ETIOLOGIA
A primeira alusão à doença na literatura médica é datada do ano 200 d.C.
Desencadeada pela ingestão de glúten por indivíduos com predisposição genética
(genes HLA, DQ2 e DQ8) e está associada

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