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Semiologia - Cianose e Palidez

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19 de Agosto de 2019
Cianose
- Semiologia -
	“É a coloração azulada da pele e mucosas devido ao aumento da hemoglobina reduzida (desoxi-hemoglobina) com valores iguais ou superiores a 5g/100mL”
A quantidade normal de hemoglobina reduzida é de 2,6 g100mL (acima desse valor, começam a se observar colorações azuladas).
Observação: em casos de pacientes anêmicos, não é encontrado o quadro de cianose devido a baixa de hemoglobina. Logo, a quantidade de hemoglobina saturada é que leva a alteração de coloração. 
Observação: a presença de icterícia dificulta o reconhecimento da cianose. 
A cianose é classificada de acordo com a intensidade (avaliação subjetiva) = leve, moderada ou grave. Além disso, existem três tipos de cianose, com origens diferentes = central, periférica ou mista. 
O paciente apresenta cianose principalmente em lábios, ponta do nariz, lóbulos das orelhas, região malar, língua (laterais), palato, extremidade das mãos e dos pés (polpa digital e leito ungueal). 
Os sintomas associados são: irritabilidade, sonolência, tontura e torpor (sem nível de consciência adequado). 
Observação: algumas vezes o paciente não consegue completar frases (dificuldades respiratórias de ventilação = nível de saturação de oxigênio abaixo de 85%) – desorientação mental. 
1. Cianose Central:
A cianose é denominada central quando há insaturação ou baixa oxigenação do sangue arterial no pulmão.
	Exemplos: diminuição da tensão de O2 no ar inspirado (grades altitudes), tumores, enfisema (pacientes tabagistas), ICC grave, hipoventilação pulmonar (DPOC, atelectasia, asma), shunt ou comunicação veno-arterial (tetrologia de Fallot). 
Observação: para fazer diagnóstico diferencial de cianose periférica para central é necessário realização da oxigenoterapia. 
2. Cianose Periférica: 
A cianose periférica é proveniente da consequência da perda exagerada de O2 em nível capilar; podendo ser causada por: exposição ao frio (água fria ou temperatura ambiente fria vasoconstrição), fenômeno de Raynoud (alteração vasomotora principalmente em extremidades, apresentando em pacientes antes do aparecimento de doenças autoimunes cianose, seguida de palidez e rubor), acrocianose, ICC grave, TVP (obstrução de vaso, como capilar ou maior diâmetro) e tromboflebite. 
3. Cianose Mista:
A cianose de origem mista apresenta associação dos mecanismos responsáveis pela cianose central e periférica. As principais causas são: ICC grave, congestão pulmonar e embolia pulmonar (liberação de trombos que dificultam a troca gasosa e chegada do sangue na periferia). 
Observação: há ainda um tipo de cianose devido a alteração da hemoglobina (doenças hematológicas, como por exemplo em alterações de ligantes com oxigênio, como em má formação ou destruição) Anemia falciforme, metemoglobina ou sulfemoglobinas. 
Fisiopatologia:
O oxigênio que o sangue contem é transferido para as células do organismo. Após esse evento, o sangue torna-se pobre em O2 (Azul) – tornando-se mais visível nas mucosas e em áreas de pele delgada. O sangue de um individuo adulto saudável contem entre 12,5 e 15g de hemoglobina. Quando 5g ou mais de hemoglobina do sangue arterial estão sem O2 – surge a cianose. 
Observação: em indivíduos anêmicos, que não apresenta essa quantidade de hemoglobina, é difícil diagnosticar cianose. Quando ocorre algum dano, como sangramentos exagerados (hemorragia ou úlceras esofagianas), geralmente o paciente chega chocado. 
A hemoglobina saturada de oxigênio chama-se oxi-hemoglobina e tem cor vermelho vivo. Ao passar pelos capilares parte do O2 é liberado aos tecidos e hemoglobina é reduzida. Forma-se uma quantidade de desoxi-hemoglobina ou (hemoglobina reduzida) de cor azulada. Em pacientes anêmicas a cianose pode estar ausente (com baixa de hemoglobina). 
Como identificar se o paciente apresenta cianose?
	 história clínica (anamnese) do paciente
	 inspeção 
	 paciente deve ser examinado a luz do dia (preferencialmente) à luz natural
	 observa-se a superfície corporal e as partes mais acessíveis das cavidades em contato com o exterior
Observação: a cianose é caracterizada em “cruzes”- +/4, ++/4, +++/4, ++++/4; sendo de 1-4 considerada leve, e acima de 4, intensa. 
Palidez
- Semiologia -
“A palidez caracteriza-se pelo descoramento da pele e mucosas decorrente da menor quantidade de hemoglobina circulante (anemias)”
Apresenta-se por todo corpo, sendo melhor observada em locais onde os vasos sanguíneos estão perto da superfície – saliências das regiões palmares, leitos ungueais e mucosas (hipocorada ou corada) diagnóstico diferencial. 
A palidez é classificada utilizando o método em cruzes, graduando em:
	 +/4 grau mais leve
	 ++/4
	 +++/4
	 ++++/4 grau mais intenso
Observação: a falta de acurácia na anemia leve a moderada é considerada um problema (o exame clínico é muito subjetivo). 
Observação: acima de 8g de hemoglobina é difícil diagnóstico e observação do paciente hipocorado. 
A palidez da conjuntiva é a mais sensível no caso de -talassemia, independente de sexo, idade, gênero com boa sensibilidade e especificidade. A palidez palmar e a da conjuntiva tem baixa sensibilidade para anemia. 
Os sinais clínicos tornam-se mais sensíveis à medida que o grau de anemia aumenta. A ausência da palidez não afasta a possibilidade de um quadro de anemia – o paciente pode estar hipohidratado de forma severa, apresentando uma visão não real do hematócrito. 
Observação: a comparação da palma da mão com a conjuntiva auxilia o diagnóstico. 
As causas da palidez são: falta de exposição ao sol, frio extremo (vasoconstrição), anemia e hipovolemia (choque hipovolêmico – pacientes com grande perda de sangue). 
Os sintomas associados em pacientes com quadro de palidez: tontura, fraqueza, dispneia, taquicardia e cansaço.
As condições ideais para examinar a coloração da pele: sob iluminação natural sem incidência direta da luz sobre a pele e em período diurno (preferencialmente). 
 
Rayane Araujo Cavadas