Buscar

APX1GEO2 2020 2 (1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
	Nome: Patrícia Renata Fernandes
	Matrícula: 17116080026
	Polo: Niterói
Geografia na Educação II Coordenação: Prof.ª Juliana Prata APX1 – 2020.2
QUESTÃO 1 (Valor 6,0 pontos) – A reforma agrária é uma questão social emergente no Brasil. Leia o fragmento abaixo para responder a questão:
“A luta pela Reforma Agrária deve, sobretudo, pautar-se em questionamentos sobre a modernização agrícola, a qual não é vista como tão bem-sucedida assim, e na criação de alternativas produtivas que sejam mais equilibradas, social, econômica e ambientalmente. Porque a atual lógica produtiva que se segue é ecologicamente insustentável, socialmente perversa e economicamente cara. A reforma agrária deve ser pensada como parte de um conjunto de reformas que abarque os mais diversos setores – financeiro, industrial, tecnológico, educacional etc. – e redirecione o modelo de desenvolvimento, para que este possa ser efetivamente mais democrático, por representar o interesse e a luta dos setores populares” (Material didático CEDERJ – Geografia na Educação 2).
a) Comente o porquê da reforma agrária, mesmo sendo uma pauta desde a década de 50 do século XX, ainda não ter tido avanços, apenas retrocessos.
A realidade é que a terra nunca foi dividida por igual no Brasil. Mesmo quando o governo, por pressão dos movimentos sociais, inicia uma pseudo reforma agrária com base no estatuto da terra, este é criado apenas para diminuir a pressão da população.
Desde a primeira lei de terras feita no Brasil, que era extremamente excludente e garantia que as terras recém descobertas fossem controladas pelo estado, podendo ser adquiridas apenas por compra ou doação, podemos ver que sempre houve um grande esforço da elite para impedir a apropriação de terras pelos pobres, além do evidente desinteresse em dividir seus bens, mesmo que estejam inutilizados, como era o caso de muitas terras.
Hoje existem inúmeros processos que são característicos de uma reforma agrária, mas a reforma em si nunca ocorreu. Isso se dá, em muito, pela atuação das elites econômicas latifundiárias, que tem uma participação política cada vez maior e usam de sua influência para aumentar a concentração latifundiária no Brasil, o que gera cada vez mais desigualdades sociais.
QUESTÃO 2 (Valor 4,0 pontos) – Sobre a migração no território brasileiro:
“Migrar, antes de tudo, significa deslocar grandes contingentes populacionais de um lugar para outro. Devemos sempre procurar o motivo de tal deslocamento que, no caso do Brasil, tem sido econômico. Populações geralmente se deslocaram de áreas estagnadas economicamente, que se tornaram repulsoras, para áreas nas quais se implantou um novo atrativo econômico que passou a gerar emprego e renda” (Material didático CEDERJ – Geografia na Educação 2).
a) Na sua família houve esse processo de imigração, emigração ou migração das gerações anteriores? Comente relacionando com o motivo do processo. Caso não exista esse fenômeno na sua família, escreva o relato do discurso geral sobre mobilidade territorial no Brasil com base no material didático. Por que as pessoas saem de seus locais de origem, em geral?
Meu tataravô emigrou da Itália para o Brasil no período da gripe espanhola. Minha avó materna conta que na época, ele veio com sua primeira esposa em um navio que estava jogando vivas ao mar pessoas que revelavam sintomas da gripe, e foi o que ocorreu com a sua primeira esposa. 
Já a respeito da migração no território brasileiro, tanto por parte de pai quanto de mãe, minha família, desde que se instalou pelo Brasil, esteve espalhada pelo estado do Rio de Janeiro. A maior parte por Niterói e São Gonçalo. Meus avós contam que se conheceram em uma época que era mais fácil adquirir terrenos, e num estado onde era mais fácil conseguir emprego ou abrir seus próprios negócios. Meu avô paterno tinha um bar/mercearia, e minha vó costurava e lavava roupa para fora.
Dos nordestinos que conheci e vieram para o Rio, ou São Paulo, o motivo de sua migração, em unanimidade tinha como pauta a busca por oportunidades e empregos. Algumas das famílias que tive oportunidade de conhecer quando estive no nordeste tinham pelo menos um filho/filha que veio estudar, e em outra realidade, a mãe de uma família nortista havia deixado suas duas filhas com a avó para ir para Minas trabalhar como diarista e poder enviar dinheiro para ajudar no sustento das filhas.
Quem vinha antigamente, como foi o caso do avô do meu marido, que veio de Minas, tinha maiores oportunidades de comprar terrenos e “se virar” no sustento, mas hoje em dia a situação é bem diferente. Por mais que as cidades grandes ofereçam maiores oportunidades de emprego, dificilmente os salários ou condições empregatícias permitem uma melhoria na qualidade de vida ou aquisição de uma casa própria.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando