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Apostila Físico-Química Experimental I Prof. Fernando Afonso AULA NO 01: A LEI DE CHARLES OBJETIVO: Determinar experimentalmente a relação entre o volume e a temperatura de uma amostra de ar à pressão constante. MATERIAIS: Equipamentos: 01 Kitassato de 400,0 mL; 01 Termômetro de 50 a 150 oC; 01 Chapa aquecedora; 01 Mangueira de 5,0 cm; 01 Suporte universal com garras metálicas; 01 Rolha de borracha com orifício central para tampar o Kitassato. INTRODUÇÃO: As primeiras medidas quantitativas do comportamento pressão-volume dos gases foram feitas por Robert Boyle em 1662. Seus resultados indicavam que o volume é inversamente proporcional à pressão: p/CV , onde p é a pressão, V é o volume e C é uma constante. A figura 1 mostra V em função de p . A lei de Boyle pode ser escrita da seguinte forma: e se aplica apenas a uma massa na temperatura constante. Charles posteriormente mostrou que a constante C é uma função da temperatura. Este é um dos modos de anunciar a Lei de Charles. Gay-Lussac fez medidas do volume mantendo uma massa fixa de gás sobre pressão fixa e descobriu que o volume variava linearmente com a temperatura. Isto é expresso pela equação Onde t é a temperatura e a e b são constantes. Figura 1. Volume como uma função da pressão, Lei de Boyle (t = 25 oC) ).(CpV 01 ).(btaV 02 Figura 2. Volume como uma função da temperatura, Lei de Charles (p = 1,0 atm) Um gráfico do volume em função da temperatura está indicado na figura 2. O coeficiente linear é oVa , isto é, o volume a 0 oC. O coeficiente angular da curva é a derivada p)t/V(b (Usam-se derivadas parciais em vez de derivadas comuns, pois o volume depende da pressão; a e b são constantes somente se a pressão for constante. A derivada parcial p)t/V( é o coeficiente angular da reta, nas condições experiência, e dá variação do volume com a temperatura e pressão constante). Portanto, a equação acima pode ser escrita numa forma mais equivalente: As experiências de Charles mostraram que, para uma massa fixa de gás sob pressão constante, o aumento relativo do volume por grau de aumento de temperatura era o mesmo para todos os gases nos quais ele fez medidas. A uma pressão fixa, o aumento de volume por grau é p)t/V( ; portanto, o aumento relativo em volume por grau, a 0 oC, é: p)t/V/()V/( 01 . Esta quantidade é o coeficiente de dilatação térmica a 0 oC, para qual se usa o símbolo oα . Dessa forma, podemos substituir o valor de oα na equação do volume da seguinte maneira: Substituindo 00Vα na equação 3.0, obtendo: O que nos leva a seguinte equação: A equação 5.0 é conveniente porque expressa o volume do gás em termos do volume a zero grau e uma constante, oα , que é a mesma para todos os gases, e, como se conclui, é praticamente independente da pressão na qual as medidas são feitas. Se medirmos o a várias pressões, vamos encontrar que para todos os gases oα tende ao mesmo valor limite, para 0p . A forma da equação 5.0 sugere uma transformação de coordenadas que deve ser útil, isto é, define uma nova temperatura T em termos da temperatura usada até aqui através da equação: A equação 6.0 define uma nova escala de temperatura, chamada escala gasosa, ou mais, exatamente, escala do gás ideal. A importância dessa escala reside no fato de que oα e, conseqüentemente, oα/1 , têm o mesmo valor para todos os gases. Por outro, oα depende da escala de temperatura usada originalmente para t . Se t for em graus Celsius (símbolo: 0C), então 152731 ,α/ o oC e a escala T resultante é numericamente idêntica à escala ).( t V V α p 04 1 0 0 pt V Vα 00 tαVV tVαVV t t V VV p 00 000 0 1 ).(t α αVV 05 1 0 00 ).(t t V VV p 030 de temperatura termodinâmica. A unidade SI de temperatura termodinâmica é o kelvin (símbolo K). As temperaturas na escala termodinâmica são freqüentemente chamadas de temperaturas absolutas ou de temperatura kelvin. De acordo com a equação 6.0, teremos: Dessa forma, podemos combinar as equações 5.0 e 6.0 para termos: A equação 8.0 estabelece que o volume de um gás sob pressão fixa é diretamente proporcional à temperatura termodinâmica. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARTE A: MONTAGEM DO EQUIPAMENTO: 01) Insira o termômetro no orifício central da rolha (maior) posicionando-o verticalmente, na boca do Kitasato. Certifique que a rolha ficou bem encaixada e que leituras de temperaturas possam ser feitas. 02) Retire o êmbulo da seringa. Remova, com auxílio de um pedaço de papel higiênico, o excesso de gordura do êmbulo e da seringa. 03) Conecte a mangueira de 5,0 cm na saída/entrada de ar lateral do Kitasato. 04) Posicione a seringa horizontalmente com o auxílio das garras metálicas e do suporte universal, conforme mostra a figura 3. 05) Insira o êmbulo da seringa até que a leitura seja de zero mL, ou seja, com o êmbulo na posição final. 06) Conecte a seringa na mangueira. Antes de conectar a seringa, certifique que a leitura na seringa seja zero mL, ou seja, que o êmbulo se encontre na posição final. A seringa deve estar posicionada na horizontal. Atenção para não variar a posição do êmbulo quando a conexão com a mangueira for feita. Figura 3. Esquema da aparelhagem utilizada para determinar experimentalmente a relação entre o volume e a temperatura de uma amostra de ar à pressão constante. PARTE B: COLETANDO OS DADOS EXPERIMENTAIS: 01) Meça a temperatura do gás no interior do Kitassato, a qual é a temperatura ambiente. 02) Coloque cuidadosamente o sistema (Kitassato, seringa etc.) na chapa aquecedora. 03) Ligue a chapa elétrica e a mantenha no mínimo (aproximadamente 250 oC). ).(t,T 0715273 ).(TVαV 0800 Kitassato Seringa Chapa de aquecimento Suporte universal Termômetro Mangueira 04) Faça anotações, na Tabela 1, da temperatura e do volume correspondente. 05) Repita as anotações para as várias temperaturas e volumes. 06) retire o sistema da chapa aquecedora e deixe-o resfriar até a temperatura ambiente. 07) Repita o procedimento do item 3 até o 5. Temp. (oC) Volume (mL) 0 4 08 12 16 20 24 28 32 36 40 QUESTÕES PARA O RELATÓRIO 01) Representar os valores médios obtidos em papel milimetrado (ou fazer gráfico no origin ou excel). 02) Faça uma regressão linear e obtenha a equação que melhor descrevem os seus resultados. Faça um a comparação com a Lei de Charles. 03) Através do gráfico obtido na questão 01, obtenha a quantidade de matéria (número de mol) do gás. 04) Quais são as possíveis fontes de erro ou limitação neste experimento? Para cada uma, tente dizer que efeito elas terão no resultado esperado dos experimentos. AULA NO 02: A LEI DE BOYLE OBJETIVO: Determinar experimentalmente a relação entre a pressão e o volume de uma amostra de ar à temperatura constante. MATERIAIS: Equipamentos: 01 manômetro aberto; 01 seringa de vidro de 50,0 mL; 01 Béquer de 100,0 mL; 01 Mangueira de silicone; 01 Suporte universal com garras metálicas. Reagentes: Água destilada; Solução aquosa de Azul de metileno. INTRODUÇÃO: As primeiras medidas quantitativas do comportamento da pressão dos gases em função da variação do volume foram feitas por Robert Boyle em 1662 e por E. Mariotte em 1676. Seus resultados indicavam que o volume é inversamente proporcional à pressão: p/CV , onde p é a pressão, V é o volume e C é uma constante. A figura 1 mostra V em função de p . A lei de Boyle podeser escrita na forma: e se aplica apenas a uma massa na temperatura constante. Para gases, cujo comportamento se aproxima da idealidade é válida a equação a seguir, conhecida como lei de Boyle. Considere o sistema apresentado na figura 2. A pressão no interior de um gás no interior de um recipiente é medida com um manômetro. Na sua versão mais simples, um manômetro é um tubo em U cheio com um líquido pouco volátil. Se uma boca do tubo for aberta, a pressão, p , da amostra gasosa equilibra com a soma das pressões exercidas pela coluna do líquido, que é igual a ghρ , mais a pressão externa, extp . onde ρ é a densidade do líquido, g a aceleração da gravidade e h é a altura do líquido no tubo em U. Figura 1. Volume como uma função da pressão, Lei de Boyle (t constante = 25 oC) PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL CpV ghρpp ext KVpVp 2211 PARTE A: MONTAGEM DO EQUIPAMENTO: 01) Posicione a seringa (e êmbulo) horizontalmente com auxílio das garras metálicas e do suporte universal, conforme indicado na figura 2. 02) Conecte a seringa na mangueira. Antes de conectar a seringa, certifique que a leitura na seringa seja de 50,0 mL, ou seja, o êmbulo se encontra na posição inicial. Atenção para não variar a posição do êmbulo quando a conexão com a mangueira for feita. Figura 2. Representação esquemática do aparelho utilizado para verificação experimental da lei de Boyle – manômetro aberto. PARTE B: COLETANDO OS DADOS EXPERIMENTAIS: 01) Faça a leitura do nível da água nas duas pipetas do manômetro. Faça a marca de referência com caneta de ponta porosa em uma das pipetas. Assim, 50,0 mL corresponde a 1,0 atm. 02) Gentilmente, empurre o êmbulo para dentro da seringa até completar a variação de 5,0 mL (V). Anote o valor da leitura, feita na seringa, na tabela I. 03) Faça a leitura do desnivelamento, h, do líquido nas pipetas, conforme mostra a Figura 3. Anote este valor na tabela correspondente ao valor da leitura feita na seringa. 04) Repita os itens 2 e 3 e faça as anotações correspondentes até o êmbulo completar todo o percurso, ou seja, leitura de zero mL. 05) Para cada valor de h (desnível do líquido) calcule o valor da pressão manométrica utilizando a equação 1. Considere pext = 1,00 atm. Tabela I. Altura, volume e pressão. Volume, V (mL) 0 4 08 12 16 20 24 28 32 36 40 Altura, h (m) Pressão, p (atm) Figura 3. Manômetro diferencial aberto. mangueira seringa êmbulo suporte universal manômetro QUESTÕES PARA O RELATÓRIO 01) Representar em papel milimetrado (ou fazer gráfico no Origin ou Excel) os valores médios obtidos na Tabela I, gráfico V, versus p. 02) Representar em papel milimetrado (ou fazer gráfico no Origin ou Excel) os valores médios obtidos na Tabela I, gráfico V, versus 1/p. Que tipo de curva foi obtido? 03) Representar em papel milimetrado (ou fazer gráfico no Origin ou Excel) os valores médios obtidos na Tabela I, gráfico pV, versus p. 04) Faça uma regressão polinomial para o gráfico do item 2 e obtenha a equação que melhor descreve os seus resultados. Faça um a comparação com a Lei de Boyle. 05) Quais são as possíveis fontes de erro ou limitação neste experimento? Para cada uma, tente dizer que efeito elas terão no resultado esperado dos experimentos. 06) Como o objetivo da prática é verificar se o produto pV é constante, é interessante verificar o quanto às medidas experimentais se distanciam de um valor médio. Isso é feito através da determinação do desvio padrão das medidas e do desvio padrão relativo, além do cálculo de propagação do erro. Para isso aconselha-se que seja preenchida a tabela a seguir. O cálculo do desvio padrão da média dos valores pV e o desvio padrão relativo é dado por: 1 )( 2 n pVpV s onde n = número de medidas realizadas. 100.. pV s srel Obtidos os valores da pressão p, e do volume V, preencham a tabela abaixo: p (mm Hg) V (cm3) pV pVpV (pVpV)2 AULA NO 03: MASSA MOLECULAR DE UM GÁS – PRINCÍPIO DE AVOGADRO E A LEI DOS GASES PERFEITOS OBJETIVO: Determinar experimentalmente a relação geral entre o volume, a massa, a temperatura e a pressão de uma amostra de gás. Determinar a massa molecular de um gás, no caso o butano, utilizando a equação dos gases perfeitos. MATERIAIS: Equipamentos: 01 Balança analítica; 01 Proveta de 250,0 mL; 01 Termômetro; 01 Recipiente para conter água; 01 Barômetro; 01 Tubo de gás butano; 01 Cuba de vidro; 01 Mangueira. Reagentes: Água destilada; Butano; Água de torneira. INTRODUÇÃO: A Lei de Gay-Lussac ou Charles (massa fixa, pressão constante) estabelece que o volume de um gás sob pressão fixar é diretamente proporcional à temperatura termodinâmica. Essa equação pode ser escrita da seguinte forma: Onde, V é o volume do gás, oα é o coeficiente de expansão térmica do gás, oV é o volume inicial do gás e T é a temperatura termodinâmica, que é igual a t,T 15273 . A Lei de Boyle (massa fixa, temperatura constante), indica que a o volume é inversalmente proporcional à pressão. Essa equação pode ser escrita da seguinte forma: Onde p é a pressão, V é o volume e C é uma constante. Essas duas equações podem ser combinadas numa equação geral observando que oV é o volume a 0 oC e, portanto, está relacionado com a pressão pela lei de Boyle, p C V oo , onde oC é o valor da constante a .t 0 Dessa forma a equação de Charles torna-se: A restrição de massa fixa é removida imaginando-se que, se a temperatura e a pressão forem mantidas constantes e a massa do gás for duplicada, o volume duplicará. Isso significa que a constante oC é proporcional à massa do gás; portanto, escrevemos BwCo , onde B é uma constante e w é a massa. Introduzindo esse resultado na equação anterior obtemos: Esta é uma relação geral entre as quatro variáveis V , w , T e p . A constante B tem um valor diferente para cada gás. Para a equação acima ser útil, deveríamos ter a mão uma tabela com os valores de B para cada gás. Seja M a massa molar de um gás em um recipiente sob um conjunto de condições padrões oT , op , e oV . Se gases diferentes forem mantidos num volume padrão oV , sob pressão e TVαV 00 CpV )fixamassa( p TαC V oo . p wTαB V o . T Vp αB M o oo o 1 temperatura padrão op e oT , então, pela equação acima, teremos para cada gás: Já que as condições padrões são escolhidas para atender às conveniências, a relação ooo TVpR tem um valor numérico fixo para qualquer escolha particular e tem, claro, o mesmo valor para todos os gases ( R é chamada constante dos gases perfeitos). Assim, a equação acima pode, então, ser escrita da seguinte forma: Seja Mwn a quantidade de matéria característica do gás contido na massa w . Então, pnRTV , ou mais comumente conhecida como: PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 1) Determine a massa do tubo de gás butano (m1); 2) Conecte uma mangueira flexível na saída do tubo de gás contendo butano. Verifique se a mangueira está bem conectada, ou seja, se não está ocorrendo vazamento de gás através desta conexão; 3) Adicione água a um proveta de 250,0 mL até a extremidade superior. Com uma das mãos sobre essa extremidade, inverta a proveta imergindo- a num volume de água contido em um outro recipiente, de maneira que a proveta permaneça com água e na posição vertical; 4) Direcione a outra extremidade da mangueira, conectada ao tubo de gás, para o interior da proveta; 5) Seguindo as etapas anteriores, você deve ter um conjunto de equipamentos semelhante à Figura 1; 6) Determinea temperatura da água contida no recipiente; 7) Aperte a válvula (devagar para evitar que o gás se congele próximo à válvula) transferindo o gás para o interior da proveta, deslocando a água, conforme mostra a Figura 2; 8) Quando o nível do gás coincidir com o nível da água no recipiente, cerca de 200,0 mL, interrompa a transferência de gás para do tubo para o interior da proveta. Figura 1. Esquema da aparelhagem utilizada para determinar a relação geral entre o volume, a massa, a temperatura e a pressão de uma amostra de gás. . p RT M w V .nRTpV tubo de gás cuba de vidro proveta mangueira água água Figura 2. Esquema da aparelhagem utilizada para determinar a relação geral entre o volume, a massa, a temperatura e a pressão de uma amostra de gás, após a liberação do gás contido no tubo. Nestas condições, a pressão interna total é igual à pressão externa, ou seja, a pressão do butano é igual à pressão total, pressão atmosférica, menos a pressão de vapor da água. A pressão de vapor da água depende da temperatura. Para determinar a pressão do gás butano através da equação acima, é necessário conhecer o valor da pressão de vapor da água na temperatura de trabalho. A tabela abaixo mostra as pressões de vapor da água em cada temperatura. Tabela I. Relação entre a pressão de vapor da água em relação à temperatura. Temperatura (oC) Pressão (atm) Temperatura (oC) Pressão (atm) 15 0,0168 23 0,0278 16 0,0179 24 0,0295 17 0,0191 25 0,0313 18 0,2040 26 0,0332 19 0,0220 27 0,0351 20 0,0230 28 0,0374 21 0,0245 29 0,0395 22 0,0261 30 0,0418 Leia o volume de gás coletado na proveta. Retire a mangueira do interior da proveta e determine a massa do tubo de gás (m2), por diferença, determine a massa de gás transferida para o interior da proveta. Considerando que o butano é um gás ideal, determine a sua massa molecular. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO 01) Explique por que a relação ooo TVpR tem um valor numérico fixo para qualquer escolha particular e tem, é claro, o mesmo valor para todos os gases. 02) Quais são as possíveis fontes de erro ou limitação neste experimento? Para cada uma, tente dizer que efeito elas terão no resultado esperado dos experimentos. 03) Os resultados práticos são iguais aos esperados? Se não são, como a massa molecular do gás butano pode ser calculada, determine qual é o erro experimental. 04) Faça uma transformação na equação e calcule a densidade experimental do gás butano. gás butano água água tubo de gás mangueira proveta cuba de vidro águadevaportotalotanbu ppp 21 mmmgás AULA NO 04: DENSIDADE DE SÓLIDOS E LÍQUIDOS E VARIAÇÃO DA DENSIDADE DE LÍQUIDOS EM FUNÇÃO DA TEMPERATURA OBJETIVOS: 01) Determinar e comparar massa específica () e densidade () de líquidos e sólidos. 02) Verificar a influência da temperatura sobre a densidade dos líquidos e a influência do tamanho da cadeia carbônica de ésteres orgânicos sobre a densidade dessas substâncias. MATERIAIS: Equipamentos: Balança analítica; Banho-maria termostatizado; Densímetro; Espátula; Picnômetro; Proveta; Termômetro. Reagentes: Acetato de etila; Acetato de metila; Acetato de n-butila; Água destilada; Cloreto de sódio; Estanho metálico; Etanol (álcool etílico). INTRODUÇÃO: Define-se massa específica como sendo a razão entre a massa do corpo e seu volume. No sistema CGS sua unidade é gramas por centímetros cúbicos (g/cm3). Usa-se também a expressão densidade absoluta para indicar tal grandeza. onde: = massa específica do corpo; m = massa do corpo; V = volume do corpo. Por outro lado, define-se densidade relativa como sendo a razão entre duas massas específicas em que o denominador é a massa específica de uma substância tomada como padrão ou referência. Usa-se o símbolo () para designar a densidade. Freqüentemente é usada a expressão densidade para indicar a densidade relativa. Como substância padrão, usa-se a água na temperatura de maior valor de massa específica (3,98 oC), ou como referência, a água a uma temperatura fixada de acordo com as necessidades, comumente a temperatura ambiente. onde: A,B é a densidade de uma substância A em relação a uma substância B; mA é a massa de determinado volume da substância A; mB é a massa de igual volume da substância B. A densidade dos líquidos é comumente expressa em gramas (g) por mililitro (mL). Como o mililitro é definido como a milésima parte do volume de 1 Kg de água pura na temperatura de máxima densidade (3,98 oC), a densidade em gramas por mililitro é numericamente igual à relação entre massa específica de uma substância a T oC e a massa específica da água a 3,98 oC e é representada freqüentemente como T 4 . B A B,A m m ρ V m μ )98,3( )( 0 0 4 Caágua V m CTasubstância V m T PRIMEIRA PARTE: Procedimentos para sólidos: 1) Determinação da massa específica () do estanho metálico: Para se determinar a massa específica () de estanho metálico, utiliza-se uma proveta para verificar o volume (V) de líquido (água) deslocado pela massa (m) de estanho. 2) Determinação da densidade () do estanho metálico: Para se determinar a densidade () do estanho pelo método do picnômetro, procede-se da seguinte maneira: a. pesa-se o picnômetro completamente cheio com água e anota-se a massa m1; b. pesa-se o picnômetro completamente cheio com água mais o estanho fora dele e anota-se a massa m2; c. pesa-se o picnômetro completamente cheio com água mais o estanho dentro dele e anota-se a massa m3. A densidade (), pelo método do picnômetro é dada pela seguinte equação: 32 12 mm mm onde: m2 m1 é massa do estanho; m2 m3 é a massa do volume de água à temperatura ambiente (anote o valor) Procedimentos para líquidos: 1) Determinação da massa específica (e) do etanol (álcool etílico): Determina-se a massa específica (e) do etanol do seguinte modo: a. anota-se o volume do picnômetro, Vp; b. pesa-se o picnômetro vazio, mp; c. pesa-se o picnômetro com o etanol, mp+e. A massa específica do etanol (e) pelo método do picnômetro é dada pela seguinte equação: p pep e V mm )( 2) Determinação da densidade () de um líquido (etanol ou álcool etílico): Procede-se da seguinte maneira para determinar a densidade de um líquido (etanol) pelo método do picnômetro: a. pesa-se o picnômetro vazio, m1; b. pesa-se o picnômetro com o líquido que deseja medir a densidade (etanol), m2. c. pesa-se o picnômetro com água, m3; A densidade do etanol () pelo método do picnômetro é dada pela seguinte equação: Compare o valor obtido com o anterior. SEGUNDA PARTE: 1) Você vai receber dois sólidos. Elabore e escreva um procedimento para determinar a massa específica () desses sólidos. Você pode dispor de balança, de provetas e de líquidos como água e etanol (álcool etílico). Utilizando o procedimento que você propôs, determine a densidade dos sólidos. 13 12 mm mm ρ oltane Densímetros são aparelhos que permitem a determinação da densidade de líquidos onde são mergulhados, com a leitura direta numa escala, sem necessidade de cálculo ou de balanças. São aparelhos de peso constante e constam, em geral, de cilindros fechados, contendo na parte inferior, um lastro de chumbo ou mercúrio. Os densímetros servem para determinar a densidade ou as concentrações de soluções. O alcoômetro de Gay Lussac é um densímetro especialmente concebido para determinar a concentração do etanol (álcool etílico) numa solução de água. 2) Prepare uma solução utilizando exatamente 200,0 mL de água destilada e a massa de sal que você irá receber. Anote o volume da solução e usando o densímetro determine a massa específica da solução (g/cm3). Usando essesdados, calcule a massa de cloreto de sódio usada na preparação da solução. TERCEIRA PARTE: A turma será dividida em grupos de no máximo 04 pessoas. Cada grupo trabalhará com a água e um dos acetatos. Procedimentos: 01. Pesa-se 2 picnômetros vazios previamente secos com suas respectivas tampas. Anotam-se os pesos de cada um fazendo-se neles um sinal para identificação. Um deles deve ser cheio com água destilada e o outro, com um dos acetatos a temperatura ambiente. Fazem-se as pesagens e determinam-se as massas específicas. 02. Os picnômetros completamente cheios devem ser levados a um banho-maria termostatizado a 40 oC durante 20 minutos (a temperatura do banho deve ser conferida com um termômetro e anotado o valor exato). Os alunos devem observar que à medida que a temperatura dos líquidos, nos picnômetros, vai aumentando os volumes dos mesmos aumentam, devido à dilatação térmica. Após 20 min. Devem-se fechar os capilares dos picnômetros, com a ajuda de plástico ou papel alumínio, retirá-los do banho-maria termostatizado e levá-los a um banho de água a temperatura ambiente. Novamente o aluno deverá observar o que ocorre com os volumes do líquido ao retornarem a temperatura ambiente. O aluno deve tocar os picnômetros com a mão para avaliar a velocidade com que os líquidos retornam a temperatura ambiente. Os volumes que as substâncias estavam ocupando a 40 oC são conhecidos, pois são os volumes dos picnômetros, já que estavam completamente cheios. As massas das substâncias a 40 oC serão obtidas pesando-se os picnômetros, após atingirem a temperatura ambiente, uma vez que não houve variação de massa das substâncias aos esfriarem; houve sim, variação de volume. 03. Repete-se o procedimento realizado no item 02, usando um banho- maria termostatizado a 50 oC. 04. Cada grupo deverá pegar com os outros grupos os resultados obtidos com os outros dois acetatos. 05. Fazer um gráfico de densidade versus temperatura (três pontos) para água e para os acetatos. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO 01) O procedimento que você propôs é adequado para determinar a massa específica dos dois sólidos que você recebeu? 02) O que é densidade aparente? 03) O que é uma densidade absoluta ou esqueletal? 04) Sabemos que a densidade de uma substância é a razão entre a massa de determinado volume da substância e a massa de igual volume de água a 3,98 oC. Como a água usada na nossa experiência estava à temperatura ambiente, qual a precisão dos valores obtidos por nós? Se quiséssemos um valore mais preciso como deveríamos proceder? 05) A densidade é uma propriedade macroscópica que é característica de uma substância pura, em uma dada temperatura. Dessa forma, responda quais são as características microscópicas da matéria, que a densidade reflete? 06) Fazer um gráfico da variação da densidade da água em função da temperatura no intervalo de 0 a 40 oC e comentar o comportamento da curva em termos da estrutura da água nos estados sólido e líquido. 07) Explique porque as densidades das substâncias diminuem com o aumento da temperatura? 08) Fazer um gráfico de densidade dos acetatos (a uma mesma temperatura) versus número de átomos de carbono dos acetatos (tamanho da cadeia). 09) Responder: pelas observações visuais e sensoriais que foram feitas durante a experiência, qual dos líquidos tem maior coeficiente de expansão térmica, a água ou o acetato? Por quê a água esfria mais lentamente do que o acetato? 10) Explique porque as densidades dos acetatos diminuem, com o tamanho da cadeia? AULA NO 05: DETERMINAÇÃO DA TENSÃO SUPERFICIAL PELO MÉTODO DA GOTA OBJETIVOS: 01) Medir a tensão superficial relativa de líquidos puros e de soluções. 02) Verificar o efeito de algumas substâncias sobre a tensão superficial da água. MATERIAIS: Equipamentos: Balança analítica; Densímetro; Espátulas; Picnômetro; Bureta; Termômetro. Reagentes: Lauril sulfato de sódio; Cloreto de sódio; Água destilada. INTRODUÇÃO: As moléculas que se encontram na superfície de um líquido são objetos de intensa atração das moléculas interiores. Uma força resultante, cuja direção acha-se em um plano tangente à superfície em um ponto particular, atua para fazer com que a superfície do líquido seja a menor possível. A magnitude desta força atuando perpendicular a longitude de uma linha na superfície se chama tensão superficial, γ . A superfície, ou interface, onde existe a tensão, encontra-se entre o líquido e seu vapor saturado no ar, ordinariamente a pressão atmosférica. Também pode existir uma tensão na interface entre líquidos imiscíveis; ordinariamente a esta, denominada de tensão interfacial. As dimensões da tensão superficial são força por unidade de comprimento e comumente expressa no sistema CGS como dinas por centímetro (dyn/cm). Diversos métodos podem ser utilizados para a determinação da tensão superficial, dependendo do grau de precisão que se deseja. Nessa prática será utilizado somente o método da gota. Quando uma gota se forma na ponta de um tubo (figura 1), têm-se as seguintes forças atuando: força peso ( P ) e a força capilar ( CF ) Em se tratando de líquidos: ρ.Vm g , onde gV é o volume da gota e ρ é a densidade do líquido. Portanto, g.V.ρP g . A força capilar é proporcional à tensão superficial γ e à L , linha de contato entre a gota e o tubo (perímetro do tubo). Da definição de tensão superficial tem-se que L/Fγ C . Como rπL 2 , então pode-se escrever: rπ F γ C 2 Para que a gota se destaque do tubo e caia, é necessário que as duas forças, P e CF se igualem: r = raio da ponta do tubo A força peso será mgP . Onde m é a massa da gota e g é a gravidade Figura 1: Forças que atuam sobre a gota de um líquido PFC gVρrπγ g2 rπ gVρ γ g 2 Na presente prática, para contornar o problema da determinação do raio do tubo, será utilizado um método comparativo para determinação de γ . Este método está baseado no conhecimento prévio do valor da tensão superficial de um líquido, no caso da água. Primeiramente é feita a medida do número de gotas, an , que é formado por um volume V , fixo de água, quando esta cai do tubo utilizado. O volume de cada gota de água, aV , será: a a n V V Essa medida é repetida utilizando um outro líquido ( l ), medindo o número de gotas, ln , que um volume lV forma nas mesmas condições das feitas para a água. Tem-se então que: l l n V V Para os dois líquidos em questão, podemos escrever: rπ gVρ γe rπ gVρ γ lll aa a 22 Substituindo os valores de aV e de lV , tem-se: Dividindo-se aγ por lγ , tem-se: Dessa forma, conhecendo-se o valor da tensão superficial da água e as densidades da água e do líquido ( l ), determina-se o valor da tensão superficial do líquido ( l ) Dados: aγ a 20 oC = 72,75 dyn/cm aγ a 25 oC = 71,97 dyn/cm aγ a 30 oC = 71,18 dyn/cm PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Prender uma bureta pequena em um suporte. Encher a bureta com água destilada e determinar o número de gotas que se formam para cada mililitro. Repetir a medida pelo menos três vezes e tirar a média. Repetir o procedimento anterior utilizando álcool, uma solução de detergente (lauril sulfato de sódio) e uma solução de NaCl. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO al la l a nρ nρ γ γ l l l a a a rnπ Vgρ γe rnπ Vgρ γ 22 01) Explique a origem da tensão superficial. 02) Discuta os resultados das medidas que você realizou em termos das estruturas e das propriedades das moléculas. 03) Explique o efeito da NaCl e do lauril sulfato de sódio na tensão superficial da água.AULA PRÁTICA NO 06: PRINCÍPIO ZERO DA TERMODINÂMICA: DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE CALORÍFICA DE SUBSTÂNCIAS PURAS NO ESTADO SÓLIDO OBJETIVO: Determinar a capacidade calorífica de substâncias simples que se encontram no estado sólido. Materiais: Balança analítica; Calorímetro; Densímetro; Picnômetro; Pinça metálica; Proveta; Termômetro. Reagentes: Água destilada; Barra de alumínio; Barra de chumbo; Barra de estanho; Barra de ferro. INTRODUÇÃO O princípio do equilíbrio térmico, o princípio zero da Termodinâmica, é um outro resultado importante. A sua importância para o conceito de temperatura não foi completamente compreendida até que outras partes da Termodinâmica alcançassem um estado avançado de desenvolvimento; daí o nome pouco usual, princípio zero. Para ilustrar o princípio zero consideremos duas amostras de gás. Uma amostra é confinada num volume 1V e outra num volume 2V . As pressões são 1p e 2p , respectivamente. No início, os dois sistemas são isolados um do outro e estão em completo equilíbrio. O volume de cada recipiente é fixo e imaginemos que cada um possui um manômetro como está indicado na Figura 1(a). Figura 1. (a) Sistemas isolados. (b) Sistemas em contato térmico Os dois sistemas são postos em contato através de uma parede. Existem duas possibilidades: ou a parede permite que os sistemas se influenciem ou não. Se os sistemas não se influenciam, a parede é isolante ou adiabática; é claro que, nesta situação, a pressão nos dois sistemas permanece inalterada após colocar os sistemas em contato. Se os sistemas se influenciam, depois de serem colocados em contato, observaremos que as leituras dos manômetros variam com o tempo, atingindo finalmente dois novos valores p’1 e p’2 que não variam mais com o tempo, Figura 1(b). Nessa situação a parede é condutora e os sistemas estão em contato térmico. Depois que as propriedades dos dois sistemas em contato térmico não variam mais com o tempo, os dois sistemas estão em equilíbrio térmico. Esses dois sistemas têm, então, uma propriedade em comum, a propriedade de estarem em equilíbrio térmico um com o outro. Consideremos três sistemas A, B e C dispostos como na Figura 2(a). Os sistemas A e B estão em contato térmico e os sistemas B e C também. Esse sistema é mantido assim por um tempo suficiente para que atinja o equilíbrio térmico. Então A está em equilíbrio térmico com B, e C está em equilíbrio térmico com B. Agora removemos A e C dos seus contatos com B e colocamos os dois em contato térmico, Figura 2(b). Observamos então que não há variação nas propriedades de A e C com o correr do tempo. Portanto A e C estão em equilíbrio térmico. Essa experiência é resumida no princípio zero da Termodinâmica: dois sistemas que estão em equilíbrio térmico com um terceiro, estão em equilíbrio térmico entre si. O conceito de temperatura pode tornar-se preciso pelas afirmações: (1) Sistemas em equilíbrio térmico têm a mesma temperatura. (2) Sistemas que não estão em equilíbrio térmico têm temperaturas diferentes. O princípio zero, portanto, nos dá uma definição operacional de temperatura que não depende da sensação fisiológica de “quente” ou “frio”. Esta definição está de acordo com a fisiológica já que os dois corpos em equilíbrio térmico fornecem a mesma sensação do que se entende por quente. O princípio zero está baseado na experiência de que sistemas em contato térmico não estão em equilíbrio completo um com o outro até que tenham atingido o mesmo grau de quentura, isto é, a mesma temperatura. Figura 2. O princípio zero da Termodinâmica Para uma dada mudança no estado de um sistema, que apresenta uma variação de temperatura dT a ela associada, o calor extraído das vizinhanças pode ter diferentes valores, pois depende do caminho da mudança de estado. Portanto, não é surpreendente que o sistema tenha mais de um valor para a capacidade calorífica. De fato, a capacidade calorífica de um sistema pode ter qualquer valor de menos infinito até mais infinito. Entretanto, apenas dois valores, pC e vC , têm maior importância. Como não são iguais, é importante encontrar a relação entre eles. Esse problema pode ser resolvido através da equação para o cálculo do calor extraído a pressão constante: Onde vC é a capacidade calorífica a volume constante. Para uma variação a pressão constante, com PPop , a equação torna-se: Como dT/dQC pp , dividimos tudo por dT e obtemos: que é a relação desejada entre Cp e Cv. Esta é usualmente escrita na forma Essa equação representa uma relação geral entre pC e vC . Como a quantidade no segundo membro sempre será positiva, temos que pC será sempre maior que vC para qualquer substância. O excesso de pC relativamente a vC é constituído da soma dos dois termos. O primeiro termo dVPdV V U dTCdQ op T v dV V U pdTCdQ T vp PT vp T V . V U pCC PT vp T V . V U pCC , T V p P é o trabalho produzido, pdV , por unidade de aumento de temperatura no processo a pressão constante. O segundo termo é a energia necessária para afastar as moléculas contra as forças intermoleculares atrativas. Se um gás é expandido, a distância média entre as moléculas aumenta. Uma quantidade de energia precisa ser suprida ao gás para levar as moléculas a essa maior separação contra as forças atrativas; a energia necessária por unidade de aumento de volume é dada pela derivada . V U T Num processo a volume constante, não há produção de trabalho e a distância média entre as moléculas permanece a mesma. Portanto, a capacidade calorífica é pequena; todo calor extraído vai para o movimento caótico e se reflete num aumento de temperatura. Num processo a pressão constante, o sistema expande-se contra a pressão que se opõe e produz trabalho nas vizinhanças; o calor extraído das vizinhanças é dividido em três porções. A primeira porção produz trabalho nas vizinhanças, a segunda provê a energia necessária para separar as moléculas a uma distância maior e a terceira aumenta a energia do movimento caótico. Apenas essa última porção reflete-se num aumento de temperatura. Para produzir um incremento de temperatura de um grau, mais calor precisa ser extraído num processo a pressão constante do que num processo a volume constante. Assim, pC é sempre maior que vC . Outra quantidade útil é a razão entre a capacidade calorífica, γ , definida por: Do que foi dito, é claro que será sempre maior que a unidade. A diferença entre as capacidades caloríficas para o gás ideal adquire uma forma particularmente simples porque pela lei de Joule, Então a diferença entre pC e vC fica: Se considerarmos as capacidades caloríficas molares, o volume da derivada será o volume molar e como, da equação de estado, p/RTV , segue-se que derivando relativamente à temperatura, mantendo-se a pressão constante, temos: Colocando esse valor na equação acima, ela reduz-se simplesmente a Embora essa equação seja precisa e correta apenas para os gases ideais, ela é uma aproximação útil para os gases reais. A diferença entre as capacidades caloríficas para líquidos ou sólidos é, usualmente pequena e, exceto em trabalho de grande precisão, é suficiente tomar ainda que existam algumas notáveis exceções a essa regra. A razão física para haver uma igualdade aproximada entre pC e vC é óbvia. Os coeficientes de dilatação térmica de líquidos e sólidos são muito pequenos, de tal modo que a variação do volume por aumento de um grau na temperatura é muito pequena; correspondentemente, o trabalho produzido na expansão é pequeno e é necessária poucaenergia para o aumento no espaçamento entre as moléculas. Praticamente todo o calor extraído das vizinhanças vai para o aumento de energia do movimento caótico e, portanto, reflete-se no aumento de temperatura, que é aproximadamente , T V V U PT . V U T 0 P vp T V pCC p/R T V P .RCC vp ,CC vp vp C/Cγ tão grande quanto num processo a volume constante. No entanto, se o sistema consiste inteiramente de um sólido ou líquido, uma dificuldade prática aparece. Se um líquido ou sólido é mantido em um recipiente de volume fixo e a temperatura é aumentada de uma pequena quantidade, a pressão sobe para valores enormes em virtude da pequena compressibilidade do líquido. Qualquer recipiente comum seria deformado e aumentaria de volume ou então se romperia. Do ponto de vista experimental, processos a volume constante são possíveis apenas para sistemas que são, ao menos parcialmente, gasosos. Dessa forma, não é fácil medir diretamente vC . Por outro lado, pC é facilmente mensurável. Os valores tabelados para as capacidades caloríficas de líquidos e sólidos são valores de pC . De acordo com a primeira lei da termodinâmica temos que a energia é conservada em qualquer processo, ou seja, se a energia deixa um sistema como calor, termina nas vizinhanças, e vice-versa. Essas transferências de energia como calor são medidas com um calorímetro, um dispositivo no qual as transferências de energia são monitoradas observando-se as mudanças na temperatura. Dessa forma, se uma reação é exotérmica, a energia transferida como calor ao calorímetro resulta em um aumento de temperatura, TΔ . O aumento é proporcional, e a constante de proporcionalidade é chamada de capacidade calorífica do calorímetro, .calC . Então o calor liberado pelo sistema será: No entanto, o aumento da temperatura de uma amostra é proporcional a sua quantidade, isto é, para aumentar a temperatura de uma amostra grande de uma substância é necessário mais calor do que para aumentar a temperatura de uma amostra pequena da mesma substância. Assim, podemos dizer que a capacidade calorífica é uma propriedade extensiva, ou seja, quanto maior a amostra maior a capacidade calorífica. Dessa forma, é mais comum apresentar a capacidade calorífica específica (calor específico), sC . Onde m é a massa da amostra e sC é dado em J( oC)1 ou JK1. A capacidade calorífica pode também ser dada em termos da capacidade calorífica molar, mC : Onde n é a quantidade de matéria ou número de mols e mC é dado em J(oC)1mol1 ou JK1mol1. Assim, a capacidade calorífica específica (calor específico) e a capacidade calorífica molar são propriedades intensivas. Para uma substância, Como: Então: A capacidade calorífica de uma substância pode ser medida um experimento simples. PROCEDIMENTO: Adicione uma amostra de um metal em aproximadamente 200,0 mL de água e aqueça até a temperatura aproximada de 100,0 oC. Em seguida utilizando uma pinça retire a amostra e a transfira para um calorímetro contendo 50,0 mL de água destilada e anote a temperatura final do sistema. TΔ.Cq cal m C Cs n C Cm TΔ.Cq m.CC m C C ss TΔ.C.mq s Para que o experimento seja realizado é necessário medir primeiramente a densidade da água destilada e sua temperatura inicial. Todo o calor perdido pelo metal será transferido para a água e o resto para as vizinhanças. Como todo calor perdido ou ganho por cada substância é igual a sua capacidade calorífica multiplicada pelo aumento ou diminuição da temperatura; a capacidade calorífica é a capacidade calorífica específica multiplicada pela massa. A capacidade do calorímetro é tão pequena que assumimos que pode ser desprezada. Assim, a equação utilizada para o cálculo da capacidade calorífica do metal será: Pode-se observar que após a adição do metal a água a sua temperatura cai e a da água aumenta, Assim: Dados: Capacidade calorífica específica da água = 4,184 J(oC)1. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO: 01) Encontre e compare os valores das capacidades caloríficas dos metais utilizados nessa aula. Os valores obtidos estão próximos do experimental? Se não estão explique por que. 02) Encontre e identifique as possíveis falhas no experimento. 03) Explique porque para sólidos e líquidos podemos utilizar vp CC . 04) Explique o que é uma propriedade intensiva. A partir dessa informação, explique porque a capacidade calorífica específica é uma propriedade intensiva. águametal qq ]TΔ.Cm[TΔ.C).m qq )água(s)água(metalsmetal( águametal )água()metal( AULA PRÁTICA NO 07: TRABALHO, CALOR E ENERGIA OBJETIVOS: O objetivo desta experiência é verificar a relação entre o trabalho calor e energia, produzidos por uma reação química e verificar se uma reação é exotérmica ou endotérmica. MATERIAIS: Equipamentos: 03 béqueres de 100,0 mL; Termômetro; Kitassato; Seringa de vidro de 50,0 mL; Mangueira de silicone para conexão; Agitador magnético revestido com teflon; Chapa de aquecimento e agitação; Papel alumínio. Reagentes: Solução de HCl 6,0 mol.L1 (250,0 mL); Solução de Uréia (20,0 mL). INTRODUÇÃO TRABALHO E CALOR Os conceitos de trabalho e calor são de fundamental importância em Termodinâmica e suas definições precisam ser completamente compreendidas; o uso do termo trabalho em Termodinâmica é muito mais restrito que seu uso geral em Física e o uso do termo calor é bastante diferente do significado cotidiano do termo. Em Termodinâmica, trabalho é definido como qualquer quantidade que escoa através da fronteira de um sistema durante uma mudança de estado e é completamente conversível na elevação de uma massa nas vizinhanças. Várias coisas devem ser notadas nessa definição de trabalho: 1) O trabalho aparece apenas na fronteira de um sistema. 2) O trabalho aparece apenas durante uma mudança de estado. 3) O trabalho se manifesta através de um efeito nas vizinhanças. 4) A quantidade de trabalho é igual a mgh , onde m é a massa que foi suspensa, g é a aceleração devido à gravidade e h é a altura em que a massa foi suspensa. 5) O trabalho é uma quantidade algébrica; ele é positivo quando a massa é suspensa ( h ), neste caso dizemos que o trabalho foi produzido nas vizinhanças ou que escoa para as vizinhanças; ele é negativo quando a massa é abaixada ( h ), neste caso dizemos que o trabalho foi destruído nas vizinhanças ou que escoou a partir das vizinhanças. Em Termodinâmica, o calor é definido como uma quantidade que escoa através da fronteira de um sistema durante uma mudança de estado, em virtude de uma diferença de temperatura entre o sistema e suas vizinhanças, e escoa de um ponto a temperatura mais alta para um ponto a temperatura mais baixa. Novamente várias coisas devem ser enfatizadas: 1) O calor aparece apenas na fronteira do sistema. 2) O calor aparece durante uma mudança de estado. 3) O calor se manifesta por um efeito nas vizinhanças. 4) A quantidade de calor é proporcional à massa de água que, nas vizinhanças, aumenta de 1 grau a temperatura, começando numa temperatura e sob uma pressão especificadas (precisamos concordar em usar um determinado termômetro). 5) O calor é uma quantidade algébrica; é positivo quando uma massa de água nas vizinhanças é resfriada, neste caso dizemos que o calor escoou a partir das vizinhanças; é negativo quando uma massa nas vizinhanças é aquecida, neste caso dizemos que o calor escoou para as vizinhanças. Nessas definições de calor e trabalho, é de importância enorme que o julgamento de haver ou não ocorrido escoamento de calor ou de trabalho, numa transformação, se baseia na observação dos efeitos produzidos nas vizinhanças e nãodo que aconteceu dentro do sistema. O exemplo seguinte esclarece esse ponto, bem como a distinção entre trabalho e calor. Consideremos um sistema consistindo de 10,0 g de água líquida contida num béquer aberto sob pressão constante de 1,0 atm. Inicialmente a água está a 25 oC, de forma que descrevemos o estado inicial por p = 1,0 atm, t = 25 oC. O sistema é agora imerso, digamos, em 100,0 g de água a uma temperatura mais alta, 90 oC. O sistema é mantido em contato com estas 100,0 g até que a temperatura caia para 89 oC, sendo, depois o sistema removido. Dizemos que 100 unidade de calor escoaram a partir das vizinhanças já que 100,0 g de água nas vizinhanças apresentaram uma queda de temperatura de 1,0 oC. O estado final do sistema é descrito por p = 1,0 atm, t = 35 oC. Consideramos, agora, o mesmo sistema, 10,0 g de água, p = 1,0 atm e t = 25 oC, e introduzamos a pá de um agitador movida por uma massa que cai (Figura 1). Ajustando adequadamente a massa que cai a e altura h de queda, a experiência pode ser ajustada de tal modo que, após a massa cair uma vez, a temperatura do sistema suba para 35 oC. Então, o estado final do sistema é p = 1,0 atm , t = 35 oC. Nessa experiência a mudança de estado do sistema é exatamente a mesma que na experiência anterior. Não há escoamento de calor, mas um escoamento de trabalho. Uma certa massa está numa altura menos nas vizinhanças. Figura 1. Experiência de Joule sobre o equivalente mecânico do calor Se não observássemos o experimentador enquanto a mudança de estado fosse efetuada, mas observássemos o sistema antes e depois da mudança de estado, não poderíamos concluir nada acerca do escoamento de calor ou de trabalho. Concluiríamos apenas que a temperatura do sistema estava maior, como veremos mais tarde, o que implica um aumento de energia do sistema. Por outro lado, se observássemos as vizinhanças antes e depois, encontraríamos corpos mais frios e/ou massas mais baixas. Dessas observações nas vizinhanças poderíamos imediatamente concluir as quantidades de calor e trabalho que escoaram na transformação. Deve ter ficado claro que se um sistema está mais quente, isto é, está numa temperatura mais alta depois que alguma transformação ocorreu, não significa que ele tenha mais “calor”, ele poderia ter igualmente mais “trabalho”. Na verdade o sistema não tem nem “calor” nem “trabalho”; esse uso desses termos deve ser evitado a todo custo. Esse uso parece advir da confusão entre os conceitos de calor e temperatura. A experiência da Figura 1 é a clássica experiência de Joule sobre o “equivalente mecânico do calor”. Esta experiência juntamente com as anteriores de Rumford foram responsáveis pelo abandono da teoria do calórico e do reconhecimento de que “calor” é, num certo sentido, equivalente à energia mecânica comum. Mesmo hoje em dia, essa experiência é descrita as palavras “trabalho é convertido em calor”. Na definição moderna do termo, não há calor envolvido na experiência de Joule. Hoje em dia, a observação de Joule é descrita dizendo-se que a destruição de trabalho nas vizinhanças produz o aumento de temperatura no sistema. Ou, de forma menos rígida, o trabalho das vizinhanças é convertido em energia térmica do sistema. Os dois experimentos, imersão do sistema na água quente e a rotação de uma pá no sistema, envolvem a mesma mudança de estado, mas efeitos diferentes de calor e trabalho. As quantidades de calor e trabalho que escoam dependem do processo e, portanto, do caminho que une os estados inicial e final. Calor e trabalho são chamados funções que dependem do caminho. TRABALHO DE EXPANSÃO Se um sistema altera seu volume contra uma pressão que se opõe, observa-se, nas vizinhanças, um efeito de trabalho. Esse trabalho de expansão aparece na maioria das situações práticas. Seja, como sistema, uma quantidade de gás contida num cilindro montado com um pistão D (Figura 2a). Admite-se que o pistão não tenha massa e que se mova sem atrito. O cilindro é imerso em um termostato, para que a temperatura do sistema seja constante através da mudança de estado. A menos que se especifique o contrário. Em todas as experiências com cilindros admitir-se- á que o espaço acima do pistão esteja evacuado, de modo que não existe pressão do ar empurrando o pistão para baixo. No estado inicial, o pistão D é mantido contra o conjunto de presilhas S pela pressão do gás. Um segundo conjunto de presilhas S’ é colocado para segurar o pistão depois que o primeiro conjunto tenha sido retirado. O estado inicial do sistema é descrito por T , 1p e 1V . Colocamos uma pequena massa M sobre o pistão; essa mesma precisa ser suficientemente pequena de forma que, quando as presilhas S forem retiradas, o pistão suba e seja forçado contra as presilhas S’. O estado final do sistema é T , 2p e 2V (Figura 2b). A fronteira é a parede interna do cilindro e do pistão e se expande, durante a transformação, para envolver um volume maior 2V . Trabalho é produzido nessa transformação, uma vez que uma massa M nas vizinhanças foi elevada de uma distância vertical h contra a força da gravidade Mg . A quantidade de trabalho produzida é dada por: Se a área do pistão é A , então a pressão que age no pistão para baixo é dada por: A/MgPop e é a pressão que se opõe ao movimento do pistão. Portanto, APMg op . Usando esse valor na equação acima, obtemos: Entretanto, o produto Ah é simplesmente o volume adicional envolvido pela fronteira na mudança de estado. Assim VΔVVAh 12 e temos: O trabalho produzido na mudança de estado, mostrado na equação acima, é representado graficamente pela área hachurada no diagrama Vp da Figura 2(c). A curva pontilhada é a isoterma do gás, na qual os estados inicial e final foram indicados. É evidente que M pode ser qualquer valor arbitrário desde zero até algum limite superior definido e que ainda permita que o pistão suba até as presilhas 'S . Segue-se que opP pode ter qualquer valor no intervalo 0 opP 2p , de tal forma que a quantidade de trabalho produzida pode ter qualquer valor entre 0 e algum limite superior. O trabalho é uma função do caminho. Precisamos lembrar-nos de que opP é arbitrário e que não está relacionado com a pressão do sistema. O sinal de W é determinado pelo sinal de ,VΔ já que A/MgPop é sempre positivo. Na expansão, VΔ , W e a massa sobe. Na compressão, VΔ , W e a massa desce. .MghW .AhPW op ).VV(PW op 12 (a) (b) (c) Figura 2. Expansão em um único estágio. (a) Estado inicial. (b) Estado final. (c) Trabalho produzido numa expansão em um único estágio, ).VV(PW op 12 TRABALHO DE EXPANSÃO DE UM GÁS A entidade física fundamental em termodinâmica é o trabalho. Como já foi mostrado, há trabalho quando um corpo é deslocado contra uma força que se opõe ao movimento. Um exemplo de trabalho é a expansão de um gás que empurra um pistão e provoca a elevação de um peso, como mostrado na Figura 2(a), (b) e (c). Uma reação química que produz gases pode realizar este tipo de trabalho. Por exemplo, considere a reação química mostrada abaixo: Quando 2,0 mols de alumínio reage com ácido clorídrico num recipiente fechado, 3,0 mols de H2 são desprendidos. Se o gás se expande contra uma pressão externa constante, o trabalho realizado pelo gás pode ser calculado a partir da equação de estado dos gases perfeitos: O gás formado na reação química empurra o êmbulo da seringa, ou seja, realiza trabalho de expansão, conforme mostra a Figura 3. Assim, teremos: Neste caso, extop pP , então a equação acima torna-se: Nesta situação, podemos desprezar o volume inicial de gás, pois o volume final (depois do desprendimento do gás) é muito grande em relação ao volume inicial,assim teremos: como ,p/nRTV podemos ter: Onde n é a quantidade de matéria (“número de mols”) de H2 desprendido na reação. Como VΔpW ext , portanto para a reação acima, teremos: Onde n é quantidade de matéria do H2 desprendidos na reação (que é igual a 3/2 da quantidade de matéria do alumínio), R é constante universal dos gases e T é a temperatura ambiente. Por outra lado o trabalho devido à expansão de gás contra uma pressão constante, Figura 3, pode ser calculado através da seguinte equação: )g()aq()aq()s( HAlClHClAl 23 3262 .VΔPW op nRTpV p nRT V .VΔ.pW ext ,VVVVΔ 212 . p nRT V ext 2 ext ext p nRT .pW .nRTW .VΔpW ext Figura 3. Expansão de um gás contra uma pressão externa constante. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL PARTE I: TRABALHO DE EXPANSÃO DE UM GÁS Monte o equipamento mostrado na Figura 4. mangueira de conexão chapa de agitação e aquecimento seringa suporte universal Kitassato Figura 4. Representação esquemática dos equipamentos. Em seguida coloque o agitador magnético no Kitassato e certifique- se que êmbulo da seringa esteja na posição de leitura igual a zero mL. Pese as amostras de alumínio (10,0; 20,0; 30,0;; 40,0 e 50,0 mg) e anote os valores na Tabela 1. Meça 50,0 mL de ácido clorídrico (HCl) e coloque no Kitassato, em seguida, coloque a amostra de alumínio, previamente pesada, no Kitassato e tampe com a rolha de borracha. Seja bastante rápido nesse procedimento! Ligue o agitador magnético e espere até que a reação se complete e faça a leitura da expansão do gás na seringa de 50,0 mL. Anote esse valor na Tabela 1. Repita o mesmo procedimento para todas as amostras de alumínio, até completar a Tabela 1. PARTE II: REAÇÕES EXOTÉRMICAS E ENDOTÉRMICAS Coloque 50,0 mL de água em um béquer de 100,0 mL e meça a temperatura da água. Misture 20,0 mL de ácido clorídrico (HCl) na água e meça a temperatura da solução e anote este valor. Repita o mesmo procedimento para a solução de uréia. Tabela 1. Trabalho de expansão de um gás produzido por uma reação química. Alumínio (mg) Volume (mL) Trabalho (J) Trabalho (J) QUESTÕES PARA O RELATÓRIO 01) Verifique através da equação 1 que a quantidade de matéria (“número de mols”) de H2 é 3/2 do da quantidade de matéria do alumínio. 02) Represente em um papel milimetrado ou faça gráficos no Origin ou Excel, representando o trabalho calculado pelas equações demonstradas no experimento. 03)No procedimento II, explicar a variação da temperatura para cada reação. Diga se a reação é exotérmica ou endotérmica. 04) Quais são as fontes de erro ou limitação neste experimento? Para cada uma, tente dizer que efeito elas terão nos resultados esperados dos experimentos. AULA PRÁTICA NO 08: DETERMINAÇÃO DE CALORES DE REAÇÕES E APLICAÇÃO DA LEI DE HESS OBJETIVOS: 01) Determinar a capacidade calorífica de um calorímetro. 02) Verificar como se determinam os calores de reações. 03) Constatar a Lei de Hess. MATERIAIS: Equipamentos: Balança analítica; Béquer; Calorímetro; Densímetro; Espátula; Proveta; Termômetro. Reagentes: Água destilada; Nitrato de potássio; Hidróxido de sódio em lentilhas; Solução de hidróxido de sódio 0,50 mol/L; Solução de ácido clorídrico 0,50 mol/L; Solução de ácido clorídrico 0,25 mol/L. INTRODUÇÃO Através da experiência diária, o conceito de calor como sendo uma forma de energia que flui do mais quente para o mais frio, surge de maneira quase que intuitiva. Enquanto outras formas de energia podem ser convertidas integralmente em calor, o inverso não é possível. Nas reações químicas, grande parte das energias envolvidas nas interações de natureza elétrica ou magnética, aparecem sob forma de calor ou de trabalho. Muitas reações ocorrem com liberação de calor para o ambiente, sendo denominadas exotérmicas. Outras, endotérmicas, retiram calor do ambiente com conseqüente abaixamento de temperatura. Pode ser demonstrado que o calor transferido em uma mudança de estado à pressão constante, é igual à variação de entalpia do sistema. A entalpia de um sistema é a soma da energia interna do mesmo (U) e da energia de expansão ou energia elástica. Quando as reações químicas se processam em condições de pressão constante, os calores envolvidos são iguais às variações de entalpias das reações. Quando a reação química é conduzida à pressão constante, a variação de entalpia, designada por H, é dada simplesmente pela diferença entre as entalpias dos produtos e dos reagentes. Independentemente dos caminhos percorridos pelos reagentes até formação dos produtos, a variação de entalpia deverá ser sempre a mesma. Essa afirmação, que constitui a lei de Hess, provem do fato de que a entalpia é uma função de estado, ou seja, cada estado apresenta o seu valor correspondente de entalpia. Por isso, a diferença de entalpia entre os dois estados é independente de quantos estados possam existir intermediariamente. As medidas de entalpia das reações são geralmente executadas através do emprego de calorímetros, e fornecem muitas informações sobre as energias de ligação. A utilização inversa das informações sobre as HQp PVUH)PV( reagentesprodutos HHH energias de ligação permite, por outro lado, a previsão de calores de reações, muitos dos quais impossíveis de serem determinados. PROCEDIMENTO: PARTE I: DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE CALORÍFICA DO CALORÍMETRO Meça em uma proveta, com capacidade de 250,0 mL, 200,0 mL de água destilada, coloque no calorímetro e agite com cuidado, até que a temperatura se mantenha constante. Anote esta temperatura. Em seguida, pese em um frasco com tampa, aproximadamente, 10,0 g de nitrato de potássio (KNO3) e o transfira para o calorímetro, agite com cuidado e anote a temperatura mínima alcançada. Pese o frasco vazio. A diferença das massas entre as duas pesagens fornece a quantidade exata de nitrato de potássio empregada. Transfira a solução de nitrato de potássio para uma proveta de 250,0 mL e determine, com um densímetro, a sua densidade. Anote o calor específico correspondente consultando a tabela 1 em anexo. Obs.: Após o experimento, coloque a solução de nitrato de potássio em um recipiente para recuperação. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: Calcule a capacidade calorífica do calorímetro através do balanço energético da dissolução do nitrato de potássio em água. qdissolução = qabs. solução + qabs. calorímetro onde: dissoluçãoq = calor de dissolução = dissoluçãoKNO HΔ.n 3 3KNO n = número de mols de KNO3. solução.absq = Calor absorvido pela solução de KNO3 = TΔ.c.m = TΔ.c.V.d onde: m = massa da solução em gramas d = densidade da solução em g/mL V = volume da solução em mL c = calor específico da solução em cal/g.oC TΔ = variação da temperatura em oC ocalorímetr.absq = calor absorvido pelo calorímetro = TΔ.C C = capacidade calorífica do calorímetro. PARTE II: CONSTATAÇÃO DA LEI DE HESS. Dissolução do hidróxido de sódio em água Meça com uma proveta, 200,0 mL de água destilada, coloque no calorímetro, agite com cuidado até atingir temperatura constante. Anote esta temperatura. Em uma balança, pese aproximadamente 2,00 g de hidróxido de sódio (NaOH) (a pesagem deve ser rápida, devido ao alto grau de higroscopicidade do hidróxido). Coloque o hidróxido no calorímetro, agite cuidadosamente e anote a temperatura máxima alcançada. Reação entre hidróxido de sódio (sólido) e ácido clorídrico Repita a operação do item anterior utilizando 100,0 mL de solução de ácido clorídrico 0,25 mol/L no lugar de 200,0 mL de água destilada. Anote a temperatura máxima alcançada. Reação entre hidróxido de sódio e ácido clorídrico Meça 100,0 mL de solução de ácido clorídrico 0,50 mol/L, coloque no calorímetro e anote a temperatura. Em seguida, meça100,0 mL de mol/Kcal,HNOKOHKNO dissolução)aq()aq()l()s( 348323 T qq C solução.absdissoluçao hidróxido de sódio 0,50 mol/L, anote a temperatura da solução, que deve ser aproximadamente a mesma da temperatura do ácido. Adicione a solução de hidróxido de sódio à solução de ácido clorídrico contida no calorímetro, agite rapidamente e anote a temperatura máxima alcançada. INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS: De acordo com a Lei de Hess: Calcule o calor de reação ( reaçãoq ) por meio da expressão: ocalorímetr.abssolução.absreação qqq onde: reaçãoq = calor de reação solução.absq = calor absorvido pela solução = TΔ.c.m = TΔ.c.V.d qabs. calorímetro = calor absorvido pelo calorímetro = TΔ.C Para os valores de densidade e calor específico das soluções de NaOH e NaCl, consulte a tabela 1 em anexo. O calor de dissolução do NaOH pode ser calculado através da expressão: onde: NaOHn = quantidade de matéria (“número de mols”) do hidróxido de sódio Para atribuir o sinal aos valores de HΔ , observe a seguinte convenção: Reação exotérmica (libera calor) HΔ 0 Reação endotérmica (absorve calor) HΔ 0 ANEXO Tabela 1. Densidade e calor específico de algumas soluções aquosas. Solução Concentração (mol/L) Densidade (g/cm3) Calor específico (cal/g oC) NaOH 1,00 1,04 0,94 0,50 1,02 0,97 0,25 1,01 0,98 NaCl 2,00 1,08 0,91 1,00 1,04 0,93 0,50 1,02 0,95 KNO3 1,00 1,06 0,90 0,50 1,03 0,94 0,25 1,02 0,97 )H(ClNaOHClHNaOH )H(ClNaOHClHOHNa )H(OHNaOHNaOH )aq()aq()l()aq()aq()s( )aq()aq()l()aq()aq()aq()aq( )aq()aq()l()s( 22 32 12 312 HHH NaOH dissolução n q H AULA NO 9: VELOCIDADE MÉDIA DE UMA REAÇÃO, INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES E DA TEMPERATURA NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES OBJETIVOS: 1) Determinar experimentalmente a velocidade média de uma reação; 2) Confirmar, experimentalmente, que um aumento na concentração dos reagentes aumenta a velocidade da reação entre eles. 3) Confirmar, experimentalmente, o que ocorre com a velocidade de uma reação quando a temperatura é aumentada. MATERIAIS: Equipamentos: Bureta de 50,0 mL (ou de 25,0 mL); Suporte universal; Garras metálicas; Béqueres de 100,0 e 500,0 mL; Tubos de ensaio; Etiquetas para as buretas e os béqueres; Estante para tubos de ensaio; Termômetros de 0 a 100 oC; Bico de Bunsen ou chapa de aquecimento; Tela de amianto; Tripé de ferro; Cronômetro ou relógio com marcador de segundos. Reagentes: Solução aquosa de tiossulfato de sódio e 0,30 mol.L-1; Solução aquosa de tiossulfato de sódio 0,05 mol.L-1; Solução aquosa de ácido sulfúrico 0,30 mol.L-1; Solução aquosa de ácido sulfúrico 0,05 mol.L-1. INTRODUÇÃO VELOCIDADE MÉDIA A velocidade, v , de uma reação química é definida como a variação do número de moléculas de qualquer reagente ou produto por unidade de tempo. Para sistemas de volume constante, como os que vamos considerar, a velocidade de reação, pode ser expressa em função da variação das concentrações de reagentes ou produtos, por unidade de tempo. Assim definida v é independente do volume do recipiente V , onde se processa a reação. Embora no mesmo intervalo de tempo, se gaste 10 vezes mais reagente num recipiente de 10,0 cm3 do que num recipiente de 1,0 cm3, a velocidade de uma reação tem o mesmo valor para os dois sistemas. Consideremos uma reação onde às variações das concentrações medidas em diversos instantes são as da Tabela 1. A concentração do reagente varia (diminui) com o tempo de reação e essa variação permite definir quantitativamente a velocidade de reação durante um certo intervalo de tempo. A velocidade média de reação durante um dado intervalo de tempo é dada por: onde ]R[ representa a concentração do reagente R no instante ti e Δ representa a variação das grandezas em estudo. Tabela 1. Variação da concentração de um reagente com tempo de reação e velocidades médias de reação t (min) t (min) [R] (mol.L-1) [R] (mol.L-1) [R]/t (mol.L-1.min-1) 0,0 2,33 184,0 0,25 1,36X10-3 184,0 2,08 135,0 0,17 1,26X10-3 319,0 1,91 207,0 0,24 1,16X10-3 526,0 1,67 341,0 0,32 0,94X10-3 867,0 1,35 12 12 tt ]R[]R[ tΔ RΔ Vm No exemplo referido na Tabela 1 e para os primeiros 184 minutos de reação, a velocidade média será: 000184 332082 ,, ,, Vm 11310361 min.L.molX,Vm O sinal menos () aparece na expressão da velocidade, porque se convencionou serem sempre positivas as velocidades de reação. Daí o sinal menos aparecer sempre que a reação é definida em relação aos reagentes, que decrescem com o tempo de reação, mas não aparece quando v é definida em relação a qualquer produto, cuja concentração aumenta com o tempo. Assim para um produto de reação a velocidade média será dada por: A química é uma ciência experimental e como tal deve ser estudada. O melhor meio de iniciação à Cinética Química é através de algumas experiências muito simples, que podem ser facilmente realizadas em qualquer laboratório, com uma quantidade mínima de equipamentos e reagentes. Algumas reações químicas podem ser observadas ao longo do tempo de reação, através de algumas propriedades químicas ou físicas dos reagentes ou produtos, por meio de aparelhos adequados ou através dos sentidos, como olfato ou visão. Este último processo é o que será utilizado na maioria das experiências que iremos realizar. FATORES QUE INFLUENCIAM AS VELOCIDADES DE REAÇÃO INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES A influência da concentração dos reagentes na velocidade das reações é bem ilustrada pela rapidez com que muitas combustões se dão na presença de oxigênio, por comparação com as suas velocidades na presença do ar. Um aumento de 5 vezes na concentração de O2 provoca um grande aumento nas velocidades de reação, que em alguns casos dá origem e grandes explosões. O efeito da concentração, dos diferentes componentes de uma mistura, nas velocidades de reação pode ser determinado experimentalmente pela medida das velocidades de reação em função da concentração de um dos componentes. Exemplifiquemos para a reação em fase gasosa, a 826 oC: 2NO + 2H2 N2 + 2H2O As velocidades da reação variam com a concentração inicial dos reagentes, conforme ilustra a Tabela 2. Tabela 2. Velocidade inicial de reação para mistura de NO e H2 a 826 oC [NO]o (mol.L-1) [H2]o (mol.L-1) vo (mol.L-1.s-1) 0,1 0,1 0,5 0,1 0,2 1,0 0,2 0,1 2,0 Os valores apresentados mostram que a velocidade inicial da reação ov duplica quando duplica a ]H[ 2 na mistura; logo a velocidade é proporcional a ]H[ 2 . Por outro lado ov quadruplica quando a ]NO[ duplica, o que revela ser a velocidade proporcional ao quadrado da concentração de NO. Por conseguinte, podemos escrever: 2 2 ]NO].[H.[kv onde k é uma constante de proporcionalidade, designada por constante de velocidade de reação ou simplesmente por constante de velocidade, constante específica ou constante cinética. Esta constante é independente das concentrações dos reagentes. tΔ ]P[Δ Vm Esta equação expressa a lei da ação das massas (lei de Guldberg e Waade), que pode ser representada para uma reação genérica: oOnNmMcCbBaA Essa lei estabelece que a velocidade será dada por: cba ]C.[]B.[]A.[kv onde v é a velocidade da reação, k é a constante de velocidade de reação, específica para cada reação e ][ é a concentração em quantidade de matéria do soluto por litro de solução. A equação proposta por Guldberg e Waage mostra que o aumento na concentração de qualquer um dos reagentes provoca um aumento na velocidade da reação. Neste experimento, escolhemos a reação entre o tiossulfato desódio e o ácido sulfúrico porque produz enxofre: H2SO4(aq) + Na2S2O3(aq) Na2SO4(aq) + H2O(l) + SO2(g) + S(s) Como o enxofre formado, é insolúvel em água, ele provoca uma turvação que permite ver quando a reação ocorre. Assim poderemos medir o tempo de duração da reação. Mantendo fixa a concentração de ácido e adicionando água à solução de tiossulfato de sódio, verificaremos como a diminuição da concentração de um dos reagentes influi no tempo de reação, isto é, na velocidade da reação. A observação da reação é feita por meio da quantidade de enxofre sólido formado, que vai turvando a solução e conseqüentemente vai diminuindo a visibilidade. Como o volume líquido e a sua altura são a mesma em cada béquer, também é a mesma a quantidade de S(s) formado. INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NA VELOCIDADE DAS REAÇÕES A temperatura tem geralmente uma grande influência nas velocidades de reação, havendo muitas vezes um aumento de velocidade com um aumento de temperatura. Sabemos que as partículas dos constituintes de uma solução estão em constante movimento. Por isso, essas partículas dispõem de uma energia cinética E , que depende de sua massa e de sua velocidade v : 2 2mv E Se aquecermos a solução, estaremos fornecendo energia para as partículas que a constituem. Esse aumento de energia das partículas irá provocar um aumento na sua velocidade. Com velocidade maior, o tempo que as moléculas reagentes levarão para se encontrar e reagir diminuirá. Desse modo aumentará a velocidade de reação. Em outras palavras, um aumento de temperatura provoca um aumento na velocidade das reações. PROCEDIMENTO: PARTE 1: INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DOS REAGENTES. a) Rotule 03 buretas de 50,0 ou 25,0 mL e 03 béqueres de 100,0 com H2O, H2SO4 e Na2S2O3. b) Carregue corretamente cada bureta com o respectivo líquido e deixe sob cada um o béquer igualmente identificado. c) Pegue 04 tubos de ensaio e, utilizando a bureta, coloque, em cada um, 4,0 mL da solução de H2SO4 0,3 mol.L-1. d) Numere outros 04 tubos de ensaio: 01, 02, 03, 04. e) Utilizando as buretas, coloque, nos tubos numerados, a solução 0,3 mol/L de Na2S2O3, conforme mostra a Tabela 1. Tabela 1. No DO TUBO VOLUME (mL) [Na2S2O3] Tempo de reação (s) Velocidade Média Na2S2O 3 H2O Total 01 6,0 0,0 6,0 02 4,0 2,0 6,0 03 3,0 3,0 6,0 04 2,0 4,0 6,0 f) Pegue um dos tubos contendo 4,0 mL de H2SO4 do passo c e o adicione ao tubo 01 e anote o tempo (em segundos) que demorou para aparecer à turvação. g) Jogue fora o conteúdo do tubo 01 e lave-o em seguida. Essa operação deve ser feita imediatamente, para evitar que o tubo fique manchado. h) Repita os passos f e g, para os tubos 02, 03 e 04, conforme as indicações fornecidas na tabela 1 e anote os tempos gastos em cada uma das reações. i) Se houver dúvidas com relação a qualquer uma das medidas, refaça essa medição. j) Calcule a velocidade média de reação, conforme as equações apresentadas. k) Faça um gráfico da velocidade versus a concentração. PARTE 2: INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA. a) Rotule 02 buretas de 50,0 ou 25,0 mL e 02 béqueres de 100,0 com H2O, H2SO4 e Na2S2O3. b) Carregue corretamente cada bureta com o respectivo líquido e deixe sob cada um o béquer igualmente identificado. c) Pegue 04 tubos de ensaio e rotule-os com 01, 02, 03, 04. d) Em cada um deles, utilizando a bureta, coloque 4,0 mL da solução 0,05 mol.L-1 de H2SO4 e) Pegue outros 04 tubos de ensaio e rotule-os com 01A, 02A, 03A, 04A. f) Em cada um desses tubos do passo e, utilizando a bureta, coloque 4,0 mL da solução 0,05 mol.L-1 de Na2S2O3. g) Coloque um béquer de 500,0 mL, com água até a metade sobre a chapa de aquecimento ou no tripé com a tela de amianto e o bico de Bunsen. h) Introduza no béquer os tubos 01 e 01A e um termômetro (0 a 100 oC). i) Espere de 1 a 2 minutos para que a temperatura dos tubos se iguale à temperatura da água do béquer. Meça e anote esse valor. j) Jogue o conteúdo do tubo 01 no tubo 01A, mantendo este último imerso na água do béquer, acione imediatamente o cronômetro e observe o tubo 01A (que esta dentro da água do béquer). Assim que aparecer uma turvação, pare o cronômetro e anote o tempo de reação. k) Jogue fora o conteúdo do tubo 1A e lave-o, a fim de evitar que fique manchado. l) Transfira para a Tabela 2 a temperatura e o tempo da reação dos tubos 01 e 01A. Tabela 2. No DO TUBO [Na2S2O3] TEMPERATURA (oC) Tempo de reação (s) Velocidade Média (Vm) 01 e 01A 02 e 02A 03 e 03A 04 e 04A m) Ligue a chapa de aquecimento ou o bico de Bunsen e aqueça a água do béquer para aproximadamente 30 oC acima da temperatura anterior (do passo h).Com o próprio termômetro agite suavemente a água que está sendo aquecida, para homogeneizar a temperatura. n) Coloque os tubos 04 e 04A dentro da água do béquer e aguarde cerca de 2 a 3 minutos para que seus conteúdos atinjam a temperatura da água. o) Meça e anote a temperatura, transferindo seu valor para a linha da tabela 2 correspondente aos tubos 04 e 04A. p) Em seguida, mantendo o tubo 04A dentro da água quente, verta sobre ele a solução 0,05 mol.L-1 de H2SO4 do tubo 04, acione o cronômetro imediatamente e observe atentamente o tubo 04A que está dentro do béquer. Assim que aparecer uma turvação, pare o cronômetro anote o tempo de reação e transfira-o, para a linha da tabela 2 correspondentes aos tubos 04 e 04A. q) Jogue fora o conteúdo do tubo 04 e lave-o imediatamente. r) Cuidadosamente, adicione água fria aos poucos e resfrie a água do béquer para aproximadamente 10 oC abaixo da temperatura do passo o, agitando-a com o termômetro. s) Repita os passos n, o, p e q para os tubos 03 e 03A. t) Cuidadosamente, adicione água fria aos poucos e resfrie a água do béquer para aproximadamente 10 oC abaixo da temperatura do passo r, agitando-a com o termômetro. u) Repita os passos os passos n, o, p e q para os tubos 02 e 02A. v) Se houver dúvidas com relação a qualquer uma das medidas, refaça essa medição. x) Preencha a última coluna da tabela 2, através do cálculo da velocidade média, conforme as equações apresentadas. z) Faça um gráfico da velocidade versus a temperatura. QUESTÕES PARA O RELATÓRIO: 01) Qual é a conclusão geral que se pode tira desta aula? 02) Fixando-se t1 arbitrariamente em zero e t2 = tt, calcule a velocidade média para cada uma das reações. 03) Nos dois experimentos, qual a substância que permitiu medir o tempo de reação? 04) Escreva a reação química envolvida neste experimento. 05) Explique por que um aumento na concentração de um ou de todos os reagentes aumenta a velocidade de reação. 06) Explique por que um aumento na temperatura provoca um aumento na velocidade das reações. AULA NO 10: DETERMINAÇÃO DA ORDEM DA REAÇÃO ENTRE OS ÍONS TIOSSULFATO E ÍONS HIDROGÊNIO OBJETIVO: Determinar a ordem da reação entre os íons tiossulfato e os íons hidrogênio. MATERIAIS: Equipamentos: Béquer de 50,0 mL; Provetas de 10,0 e 50,0 mL; Cronômetros. Reagentes: Solução aquosa de tiossulfato de sódio 0,15 mol.L-1, Solução aquosa de ácido clorídrico 3,0 mol.L-1, Solução aquosa de ácido clorídrico 1,8 mol.L-1, Solução aquosa de ácido clorídrico 0,6 mol.L-1. INTRODUÇÃO A ordem de uma reação é a soma dos expoentes aos quais estão elevadas as concentrações, na equação de velocidade. A ordem em relação a uma espécie é o expoente da concentração dessa espécie na equação e, é chamada de ordem parcial. Assim, por exemplo, a reação cuja lei de velocidade é: .Y.Xkv 2 Essa equação é dita de primeira ordem em relação a X , de segunda ordem quanto a Y e, portanto, de terceira ordem global. As ordens parciais de uma reação são parâmetros determinados experimentalmente e como tal, podem ter qualquer valor, não necessariamente
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