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Coluna Vertebral

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Luiz Felipe Alcântara Ferreira - Medicina
ANATOMIA
COLUNA VERTEBRAL
Tópicos
● Substância óssea;
● Morfologia da coluna vertebral;
● Características de uma vértebra típica;
● Características regionais;
● Plexo venoso vertebral interno e externo;
Introdução
O sistema esquelético é dividido em esqueleto axial e apendicular. O esqueleto
propriamente dito é formado por vários tipos de tecido. O osso é uma forma rígida de
tecido conjuntivo que oferece suporte, proteção, movimento, armazenamento e síntese
de células do sangue. A coluna vertebral é uma estrutura agregada normalmente
composta por 33 vértebras e os componentes que as unem e ajudam a formar uma
unidade funcional e estrutural.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Substância Óssea
Matriz
➔ Parte orgânica
Cerca de 95% da parte orgânica da matriz é formada por fibras colágenas constituídas
principalmente por colágeno de tipo 1 e o restante por proteoglicanos e glicoproteínas.
Dentre as glicoproteínas e as sialoproteínas, destacam-se osteonectina, que parece ser
importante para o mecanismo da calcificação da matriz, e a osteopontina (inflamação).
➔ Parte inorgânica
A parte inorgânica representa cerca de 50% do peso da matriz óssea. Os íons mais
encontrados são o fosfato e o cálcio. Há também bicarbonato, magnésio, potássio, sódio
e citrato em pequenas quantidades. Estudos de difração de raios-x mostram que os
cristais que se formam pelo cálcio e pelo fosfato têm estrutura do mineral hidroxiapatita
(dureza e resistência).
Células
➔ Osteoblastos
Os osteoblastos sintetizam a parte orgânica da matriz e localizam-se sempre na
superfície de peças ósseas.
➔ Osteócitos
São responsáveis por manter a matriz extracelular e situam-se no interior das peças
ósseas. Os osteócitos ocupam pequenos espaços da matriz denominados lacunas.
➔ Osteoclastos
Os osteoclastos são células gigantes, móveis e multinucleadas que reabsorvem o tecido
ósseo participando dos processos de remodelação dos ossos.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Periósteo e endósteo
Recobrem a superfície externa e interna dos ossos, respectivamente, com células
osteogênicas e tecido conjuntivo (que formam esse tecido) .
Osso compacto x esponjoso
Macroscopicamente o osso pode ser esponjoso ou compacto. O osso compacto
apresenta apenas massa sólida, já o osso esponjoso possui estruturas como feixes,
denominadas espículas e trabéculas.
Nos ossos longos, as extremidades ou epífises são formadas por osso esponjoso
revestido por uma delgada camada superficial de osso compacto. Já a diáfise (parte
cilíndrica) é quase totalmente formada por osso compacto, com pequena quantidade de
osso esponjoso na sua superfície interna, delimitando o canal medular.
As cavidades do osso esponjoso e o canal medular da diáfise dos ossos longos são
ocupados pela medula óssea. No recém-nascido, toda a medula óssea tem cor
vermelha, devido à sua grande quantidade de sangue, e é ativa na produção de células
do sangue. Posteriormente, com a idade, vai sendo infiltrada por tecido adiposo, com
diminuição da atividade hematógena, transformando-se na medula óssea amarela.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Classificação
◆ Longos: são tubulares (ex. úmero do braço)
◆ Curtos: são cubóides e encontrados apenas no tarso e no carpo (tornozelo
e punho)
◆ Planos: geralmente têm funções protetoras (crânio)
◆ Irregulares: vários formatos além de longos, curtos ou planos (face)
◆ Sesamoides: se desenvolvem em alguns tendões e são encontrados nos
lugares onde os tendões cruzam as extremidades dos ossos longos nos
membros
Inervação
Os nervos acompanham os vasos sanguíneos que irrigam os ossos. O periósteo tem
rica inervação sensitiva - nervos perioteais - que conduz fibras de dor. O periósteo é
muito sensível à ruptura e tensão, o que explica a dor aguda nas fraturas ósseas. O osso
propriamente dito tem relativamente poucas terminações sensitivas. Dentro dos ossos
os nervos vasomotores causam constrição ou dilatação dos vasos sanguíneos
controlando o fluxo através da medula óssea.
Coluna Vertebral
Coluna vertebral é o conjunto das vértebras e dos discos intervertebrais. Estende-se do
crânio até o ápice do cóccix. Possui de 72 a 75 cm de comprimento, sendo que 1/4 é
formado pelos discos intervertebrais.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
➔ Funções
Protege a medula espinal e os nervos espinais; sustenta o peso do corpo superior;
garante um eixo (faz parte do esqueleto axial); postura e locomoção.
➔ Divisão
◆ 33 vértebras divididas em 5 regiões:
● Cervicais: 7 vértebras
● Torácicas: 12 vértebras
● Lombares: 5 vértebras
● Sacrais: 5 vértebras
● Coccígeas: 4 vértebras
As vértebras tornam-se maiores à medida que a coluna vertebral desce até o sacro; em
seguida, tornam-se progressivamente menores até o ápice do cóccix. A mudança de
tamanho está relacionada com o fato de as vértebras suportarem cada vez mais peso
corporal à medida que se desce a coluna vertebral. Elas atingem o tamanho máximo
imediatamente acima do sacro, que transfere o peso para a pelve.
A coluna vertebral é flexível porque as vértebras são separadas por discos
intervertebrais elásticos. Embora o movimento entre 2 vértebras adjacentes seja
pequeno, em conjunto as vértebras e os discos intervertebrais formam uma coluna
bastante flexível.
Canal vertebral
A sucessão de forames vertebrais na coluna vertebral articulada forma o canal vertebral.
Ele contém a medula espinhal, as raízes dos nervos espinhais, as meninges espinhais e
as estruturas neurovasculares que as suprem se encontram no canal vertebral.
➔ Medula Espinal
◆ A medula espinhal é o principal centro reflexo e via de condução entre o
corpo e o encéfalo. Essa estrutura cilíndrica, ligeiramente achatada anterior
e posteriormente, é protegida pelas vértebras, os seus ligamentos e
músculos associados, pelas meninges espinais e pelo LCS.
◆ Extremidade superior: Bulbo.
◆ Extremidade inferior (cone medular): Vértebras L1 e L2 (pode variar).
◆ Intumescência cervical (C4 - T1): A maioria dos ramos anteriores dos nervos
espinais originados dela formam o plexo braquial de nervos que suprem os
membros superiores.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
◆ Intumescência lombossacral (T11 - S1): Os ramos anteriores dos nervos
espinais que se originam dessa intumescência formam os plexos lombar e
sacral de nervos que suprem os membros inferiores.
➔ Nervos espinais e raízes nervosas
◆ Segmento cervical: 8 nervos (C1 a C8)
◆ Segmento torácico: 12 nervos (T1 a T12)
◆ Segmento lombar: 5 nervos (L1 a L5)
◆ Segmento sacral: 5 nervos (S1 a S5)
◆ Segmento coccígeo: 1 (Co1)
➔ Meninges Espinais e líquido cerebrospinal
Vértebra Típica
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Corpo vertebral
É a grande parte cilíndrica localizada anteriormente que dá força à coluna. O corpo
vertebral é pequeno e mais longo no sentido laterolateral do que no sentido
anteroposterior; a face superior é côncava e a face inferior convexa. Estão envolvidos na
sustentação de peso. Seu tamanho aumenta à medida que se desce na coluna vertebral.
Os corpos vertebrais adjacentes são separados por discos intervertebrais.
Forame vertebral
O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam as paredes do forame
vertebral.
Arco vertebral
O arco vertebral está situado posteriormente ao corpo vertebral e consiste em dois
pedículos e lâminas (direitos e esquerdos)
Pedículo e lâmina do arco vertebral
Os pedículos são processos cilíndricos, sólidos e curtos que se projetam posteriormente
do corpo vertebral para encontrar duas placas e ossos largas e planas, denominadas
lâminas, que se unem na linha mediana posterior.
Processos
➔ Processo espinhoso
◆ Um processo espinhoso mediano projeta-se posteriormente a partir do
arco vertebral na junção das lâminas.
➔ Processos transversos
◆ Dois processos transversos projetam-se posterolateralmente a partir das
junções dos pedículos com as lâminas.
➔ Processos articulares superiores e inferiores
◆ Quatro (2 e 2)processos articulares também se originam das junções dos
pedículos com as lâminas, cada um deles apresentando uma face articular.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Vértebras cervicais (C1 - C7)
As vértebras cervicais são as menores vértebras da coluna vertebral. São sete ossos
individuais, e o primeiro, o segundo e o sétimo possuem formato único, enquanto do
terceiro ao sexto ossos observa-se formatos semelhantes.
➔ Corpo vertebral
◆ Pequeno e mais largo anterolateralmente do que anteroposteriormente;
◆ Face superior côncava com unco do corpo (processo uncinado)
8
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/coluna-vertebral-espinha
Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
◆ Face inferior convexa.
➔ Forame vertebral
◆ Grande e triangular
➔ Processos transversos
◆ Forames transversários e tubérculos anterior e posterior;
◆ Artérias vertebrais e plexos venosos e simpáticos acompanhantes
atravessam os forames transversários de todas as vértebras cervicais,
exceto C VII, que dá passagem apenas a pequenas veias vertebrais
acessórias.
➔ Processos articulares
◆ Faces articulares superiores direcionadas superoposteriormente;
◆ Faces articulares inferiores direcionadas inferoanteriormente;
◆ As faces articulares oblíquas são quase horizontais nessa região.
➔ Processos espinhosos
◆ Curtos (C III a C V) e bífidos ( C III a C VI);
◆ O processo de C VI é longo e o processo de C VII é mais longo ainda
(vértebra proeminente).
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
ATLAS (C1)
C1, também conhecida como atlas, é a primeira vértebra cervical, bem como a primeira
vértebra da coluna vertebral. Ela suporta o crânio, que se encontra diretamente sobre
ela, e possui somente um arco anterior e um arco posterior, sem corpo ou processo
espinhoso. Lateralmente grandes massas ósseas ajudam a suportar os côndilos
occipitais do crânio superiormente, e equilibram o atlas sobre o áxis inferiormente. Como
10
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/cranio
Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
nas outras vértebras, o forame transverso está localizado no interior de um grande
processo transverso.
➔ Faces articulares superior e inferior: As faces articulares superiores côncavas e
reniformes das massas laterais articulam-se com duas protuberâncias cranianas,
os côndilos occipitais nas laterais do forame magno.
➔ Arcos anterior e posterior do ATLAS: Cada um possuindo um tubérculo no centro
de sua face externa, estendem-se entre as massas laterais, formando um anel
completo. O arco posterior, que corresponde à lâmina de uma vértebra comum,
tem um largo sulco da artéria vertebral em sua face posterior, o nervo CI também
segue nesse sulco.
ÁXIS (C2)
O áxis, ou C2, como é clinicamente chamado, possui um processo odontoide (dente),
localizado em sua superfície superior. Ele possui um grande processo espinhoso bífido e,
em contraste com C1, um pequeno processo transverso que abriga seu forame
transverso.
Dente do áxis
A característica que distingue o áxis é o dente rombo, que se projeta do seu corpo para
cima. O dente situa-se anteriormente à medula espinal e serve como eixo em torno do
qual ocorre a rotação da cabeça.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Vértebras torácicas (T1-T12)
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Vértebras
Fóveas costais
As vértebras torácicas estão localizadas na parte superior do dorso e nelas se fixam as
costelas. Assim, as principais características das vértebras torácicas são as fóveas
costais para articulação das costelas.
Vértebras lombares (L1-L5)
Vértebras
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Características distintas das vértebras lombares incluem um espesso e robusto corpo
vertebral, um processo espinhoso pontiagudo e quadrilateral, para o ligamento de fortes
músculos lombares, e processos articulares que são orientados diferentemente dos
encontrados em outras vértebras. O corpo vertebral é grande, mais largo lateralmente
do que longitudinalmente, e mais espesso na frente que atrás. Ele também é achatado
ou levemente côncavo superiormente e inferiormente, côncavo posteriormente, e
limitado profundamente anterior e lateralmente.
Cada vértebra lombar possui um corpo vertebral e um arco vertebral. O arco vertebral
consiste de um par de pedículos e um par de lâminas, que envolvem o forame vertebral
que por sua vez suporta sete processos. Os pedículos são muito fortes e direcionados
posteriormente desde sua origem na parte superior do corpo vertebral. Como resultado,
as incisuras vertebrais inferiores possuem profundidade considerável. Os pedículos
também modificam sua morfologia de L1 a L5, aumentando em largura de 9 mm até 18
mm em L5. O ângulo no plano axial também aumenta de 10 para 20 graus de L1 a L5.
As lâminas são fortes, largas e curtas em sua morfologia, e formam a parte posterior do
arco vertebral. As lâminas lombares superiores são mais altas que largas, enquanto as
das vértebras lombares inferiores são mais largas que altas. As lâminas conectam os
processos espinhosos aos pedículos.
O forame vertebral é uma forma triangular no interior do arco, de dimensões maiores
que nas vértebras torácicas, mas menores do que as vértebras cervicais. Os processos
articulares superior e inferior são bem definidos, e se projetam superior e inferiormente
das junções dos pedículos e das lâminas, respectivamente. Os processos superiores são
côncavos e voltados medialmente (como quando as palmas das mãos são voltadas uma
para a outra quando prestes a bater palmas), enquanto os processos inferiores são
convexos e voltados lateralmente, em direção ao processo superior da próxima vértebra.
Essa conformação anatômica permite resistência contra a rotação da parte inferior da
coluna.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Os processos transversos são longos e mais finos, com mudanças de sua morfologia de
L1 a L5. Esses processos são horizontais em L1 a L3, e se inclinam um pouco
superiormente em L4 e L5. Em L1 a L3 os processos transversos emergem das junções
dos pedículos e das lâminas, mas em L4 e L5 eles emergem dos pedículos e das
porções posteriores dos corpos vertebrais, já que eles se encontram mais anteriormente.
Os processos transversos são posicionados anteriormente aos processos articulares, ao
contrário do que ocorre nas vértebras torácicas, onde se encontram posteriormente aos
processos articulares. Assim, os processos transversos lombares são homólogos das
costelas.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Processos
➔ Processo espinhoso: pontiagudo e quadrilateral;
➔ Processos/facetas articulares superiores e inferiores: os superiores são
côncavos e voltados medialmente, os inferiores são convexos e voltados
lateralmente;
➔ Processos transversos: são longos e mais finos, com mudanças de morfologia de
L1 a L5.
Sacro (S1 - S5)
Base do sacro e promontório sacral
A base do sacro é formada pela face superior da vértebra S I. Seus processos articulares
superiores articulam-se com os processos inferiores da vértebra L V. A margem
projetada anteriormente do corpo da vértebra S I é o promontório da base do sacro, um
importante ponto de referência obstétrico. O ápice do sacro, sua extremidade inferior
afilada, tem uma face oval para articulação com o cóccix.
Face auricular
A parte superior da face lateral do sacro se assemelha a uma aurícula; em razão de seu
formato essa área é chamada de face auricular. É o local da parte sinovial da articulação
sacroilíaca entre o sacro e o ílio. Em vida, a face auricular é coberta por cartilagem hialina
Face pélvica
A face pélvica do sacro é lisa e côncava. Quatro linhas transversas nessa face de adultos
indicam onde houve fusão das vértebras sacrais. Durante a infância, as vértebras sacrais
individuais estão unidas por cartilagem hialina e separadas por discos intervertebrais. A
fusão das vértebras sacrais tem início após os 20 anos de idade; entretanto, a maioria
dos discos intervertebrais permanece não ossificada até a metade da vida ou por mais
tempoainda.
Face dorsal e cristas sacrais
A face dorsal do sacro é rugosa, convexa e caracterizada por cinco cristas longitudinais
proeminentes. A crista sacral mediana, central, representa os processos espinhosos
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
rudimentares fundidos das três ou quatro vértebras sacrais superiores; S V não tem
processo espinhoso. As cristas sacrais mediais representam processos articulares
fundidos, e as cristas sacrais laterais são as extremidades dos processos transversos das
vértebras sacrais fundidas.
Canal sacral e forames
O canal sacral é a continuação do canal vertebral do sacro. Contém o feixe de raízes dos
nervos espinais originadas abaixo da vértebra L I, conhecido como cauda equina, que
desce após o término da medula espinal. Nas faces pélvicas e dorsal do sacro, entre
seus componentes vertebrais, há normalmente quatro pares de forames sacrais para
saída de ramos posteriores e anteriores dos nervos espinais. Os forames sacrais
anteriores são maiores do que os posteriores.
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Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Cóccix (Co1 - Co4)
O cóccix se articula com o sacro e é composto por três a quatro vértebras coccígeas
fundidas. Tem duas superfícies (pélvica, posterior), processos transversos curtos e
cornos coccígeos. O cóccix é um ponto de fixação para os músculos glúteo máximo e
coccígeo. O filum terminale da medula espinhal termina ao nível da primeira vértebra
coccígea (Co1).
Irrigação arterial da coluna
O suprimento sanguíneo da coluna vertebral é fornecido pelas artérias segmentares. São
denominadas artérias intercostais posteriores, subcostal, lombar, iliolombar e sacral nas
regiões torácica, lombar e sacral da coluna. Todas se originam da aorta, exceto aquelas
na região cervical e a artéria iliolombar. As artérias segmentares da região cervical se
originam das artérias vertebrais e cervicais ascendentes, e a artéria iliolombar é um ramo
do tronco posterior da artéria ilíaca interna. Como as artérias segmentares seguem o
trajeto das vértebras, elas fornecem ramos equatoriais para o corpo vertebral e artérias
posteriores para o arco vertebral. Ao nível da lâmina, os ramos espinhais seguem para o
forame intervertebral para entrar no canal vertebral e irrigar o seu conteúdo através dos
arcos do canal vertebral (anterior, posterior).
18
https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/aorta-pt
Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
Drenagem venosa da coluna
O sangue venoso da coluna vertebral é drenado através de veias vertebrais para os
plexos venosos vertebrais (interno, externo). Veias basivertebrais drenam os corpos
vertebrais e desembocam no plexo venoso vertebral interno. Os dois plexos venosos
vertebrais drenam para as veias intervertebrais. Por sua vez, estas desembocam nas
veias vertebrais e segmentares do pescoço e do tronco.
19
Luiz Felipe Alcantara Ferreira - Medicina
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