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Caso Clínico Litíase Renal História clínica •J. J. M., 30 anos, sexo feminino, casada, um filho, procura o pronto atendimento por dor em flanco esquerdo há 2 dias, tipo cólica, de forte intensidade, com irradiação para região inguinal do mesmo lado. Refere ainda náuseas, vômitos, febre aferida em domicílio (T:38 °C) e disúria. Nega alteração de hábito intestinal. Nega corrimento vaginal ou atraso menstrual. Relata episódios frequentes de infecção do trato urinário nos últimos anos, tratadas ambulatorialmente. Paciente é obesa (IMC 35 kg/m²) e faz uso de broncodilatador inalatório para controle de asma. Nega outras comorbidades, cirurgias prévias, tabagismo ou etilismo. Sinais vitais: PA 110×70 mmHg, FC 107 bpm, FR 16, SpO2 96%, Taxilar 38,2 °C Encontrava-se em bom estado geral, hipocorada 2+/4+, hidratada, febril, eupneica, fácies de dor. Abdome globoso, flácido, com dor intensa à palpação de flanco esquerdo e fossa ilíaca esquerda, sinal de Giordano positivo à esquerda, sem sinais de peritonite Exame físico. Exames Complementares •Exame de urina tipo I (EAS) colhido na entrada evidenciando hematúria microscópica, leucocitúria e nitrito negativo. Urocultura com crescimento de Proteusmirabilismultissensível. Paciente realizou uma ultrassonografia (USG) de abdome total, que demonstrou imagens hiperecoicas na projeção da pelve renal bilateralmente, com intensa sombra acústica posterior, compatível com formação calculosa, além de aumento da dimensão do rim esquerdo com hidronefrose importante associada. •Na sequência da investigação, foi solicitada uma tomografia (TC) de abdome total sem contraste endovenoso, que evidenciou rins com dimensões aumentadas, afilamento do parênquima renal, cálculos coraliformes bilaterais, além de dilatação pielocalicinal à esquerda às custas de cálculo de aproximadamente 0,9 cm em junção ureteropiélica (JUP). •Inicialmente, a paciente foi submetida a passagem de cateter duplo jota (DJ) à esquerda, tendo em vista o quadro de pielonefrite aguda complicada. Evoluiu com melhora clínica e laboratorial após o procedimento. Durante o seguimento ambulatorial, realizou cintilografia renal com DMSA, que evidenciou função renal deprimida bilateralmente. Rim direito com 66% e rim esquerdo com 34% de contribuição relativa. Progressão do caso depois de avaliação clínica •1. Pela história clínica e exames complementares, qual é a provável composição dos cálculos renais apresentados pela paciente? Qual o principal fator de risco associado a formação deste tipo de cálculo? •2. Qual é o método de imagem padrão-ouro para o diagnóstico? •3. Quais são as principais indicações de derivação urinária de urgência? •4. Quais são as opções de tratamento definitivo para essa doença? •5. Quais são as principais medidas de prevenção? Objetivos do caso Paciente sexo feminino, 30 anos; Dor em flanco esquerdo há 2 dias,tipo cólica, que irradia para região inguinal do mesmo lado, de forte intensidade; Refere ainda febre(T 38°C), náuseas e vômitos; Relata episódios frequentes de ITU, tratadas ambulatoriamente; Faz uso de broncodilatador inalatório para asma; Hipocorada 2+/4+; Dor intensa à palpação de flanco esquerdo e fossa íliaca esquerda; Sinal de Giordano positivo; Pontos importantes da história clínica Leucócitos- 17.170 uL; Ureia- 50,0 mg/dl Creatinina- 2,0 mg/dl PCR- 126,3 mg/l; Exame de urina tipo I (EAS) colhido na entrada evidenciando hematúria microscópica, leucocitúria e nitrito negativo; Ultrassonografia (USG) de abdome total, que demonstrou imagens hiperecoicas na projeção da pelve renal bilateralmente, com intensa sombra acústica posterior, compatível com formação calculosa, além de aumento da dimensão do rim esquerdo com hidronefrose importante associada; •Tomografia (TC) de abdome total sem contraste endovenoso, que evidenciou rins com dimensões aumentadas, afilamento do parênquima renal, cálculos coraliformes bilaterais, além de dilatação pielocalicinal à esquerda às custas de cálculo de aproximadamente 0,9 cm em junção ureteropiélica (JUP). Exames complementares: Objetivo 1 Composição dos cálculos renais Cálcio ácido urico oxalato cistina restos celulares estruvita Objetivo 2. Tomografia computadoriazada sem contraste Objetivo 3 Duplo J: garantir o fluxo de urina entre o rim e a bexiga. Principais indicações de derivação urinária de urgência Objetivo 4 Terapia medicamentosa expulsiva (tme) Drenagem da via urinária Litotripsia extracorpórea com ondas de choque (leco) Ureterolitotripsia Nefrolitotripsia percutânea (nlp) Cirurgia aberta ou laparoscópica 1. 2. 3. 4. 5. 6. Opções de tratamento definitivo Objetivo 5 Aumentar a ingesta hídrica dieta com restrição de sódio dieta com restrição de proteína animal Medidas de prevenção Tratado de nefrologia Medicina de emergência USP Referências 1. 2.