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Grafismo
	Durante a fase de desenvolvimento da criança o grafismo é essencial para que ela consiga externar suas emoções, desde os primeiros desenhos que a criança faz para identificar o que ela deseja expressar por meio da linguagem não falada. Pensando em todos os pormenores possíveis: os desenhos, as formas geométricas, cores, dimensões, etc., nele é possível definir o estádio em que a criança está.
	Mas, na maioria das vezes, a criança não é respeitada em suas particularidades, individualidades e nas suas especificidades, na sua forma própria de perceber o mundo. Com isso, podemos assimilar que a criança, ao desenhar pode transmitir situações cotidianas, sentimentais, hipotéticas e as vezes desejos ainda não falados verbalmente.
Georges Henry Luquet
	Filósofo francês Georges Henri Luquet (1876 – 1965), realizou sua tese de doutorado de Artes para a compreensão e estudo sobre o desenho infantil a partir dos desenhos de uma criança, sua filha.
	Compreendendo que a criança desenha procurando a verdade, compondo aquilo que acredita ser real em sua mente, presume que o desenho da criança não mantém as mesmas características do princípio ao fim. 
	Luquet acreditava que o desenho infantil é condicionado pelo meio onde a criança vive e que a intenção de desenhar está diretamente ligada a objetos reais e a associação de ideias, definido por 4 estágios:
Realismo Fortuito: por volta dos 2 anos de idade, dividido em desenho involuntário e voluntário. Involuntário: a criança começa a garatujar naturalmente ou por imitação, fazendo desenhos sem significado. Voluntária: a criança começa a perceber alguma semelhança entre o seu rabisco e algo que conhece, começando a se apropriar do desenho os nomeando.
 
Realismo Falhado: também chamado de incapacidade sintética, acontece por volta dos 3 e 4 anos de idade, a criança tenta desenhar a realidade mas não consegue, por conta da incapacidade do controle gráfico e do conhecimento superficial das figuras. “física, deficiência na execução, e psíquica, caráter descontínuo da atenção ou incapacidade sintética, quando a criança percebe o geral dos detalhes, mas não consegue executar”, (IAVELBERG, 2013, p. 38)
Realismo Intelectual: por volta dos 5 aos 10/12 anos, nessa fase a criança possui maior coordenação motora e conhecimento sobre as figuras, assim tem maior domínio sobre as habilidades artísticas e consegue desenhar com maior desenvoltura. 
Realismo Visual: geralmente 12 anos de idade, a criança consegue colocar todos os detalhes no papel, deixando o desenho mais próximo da realidade.
 
Viktor Lowenfeld
	O austríaco Viktor Lowenfeld (1903-1960), foi professor de educação artística na Pennsylvania State University, ele definiu as etapas e os estágios do desenvolvimento infantil que nos ajuda a entender ao analisar o desenvolvimento da criança.
	Mesmo diante de vários estudos, para Lowenfeld, não é tão simples assim identificar a transição dessas etapas, são elas quatro dessas fazes:
 
1-Garatuja: por volta de 1 ano e meio de idade, esse é primeiro, a criança desenha sem intencionalidade, ou seja, apenas pelo prazer de rabiscar. A criança se expressa por meio de traços seus sentimentos, sejam eles quais forem.	 Rabiscação Longitudinal, a criança começa a criar seus desenhos com intencionalidade, nomeando seus desenhos como forma de apropriação, assim como a aparição de figuras mais humanizadas. 
2-Pré – Esquemático: por volta dos 4 aos 7 anos, a criança relaciona figuração entre desenhos, pensamentos e realidade. As garatujas perdem o abstrato e ganham significados, os elementos podem ser dispersos e podem não possuir relações diretas entre si.
3. Esquemático: por volta dos 7-9 anos, é possível notas as associações entre referências socioculturais, para desenharem casas, pessoas, animais, etc. A criança cria um sentido por meio dos seus desenhos, existe um conceito definido quanto a figura humana, porém pode-se notar exageros ou negligência, mudança dos símbolos ou omissão.
4. Realista: última fase, por volta dos 12 anos, a criança passa a ser mais detalhista, desenhando tudo que seus olhos veem, consegue se ver como membro integrante dentro de uma sociedade, percebe a importância e a produtividade de um trabalho quando realizado em grupo. A criança consegue distinguir o tamanho dos objetos, compreende o tempo e espaço, dia e noite, claro e escuro, formas e profundidades, etc. 
Estádio Sensório-Motor
	O estágio sensório motor se inicia desde o nascimento e chega ao fim aproximadamente por volta dos 24 meses de vida, nele a criança consegue explorar o meio utilizando os cinco sentidos: visão, audição, olfato, paladar e tato, chamado de inteligência prática pois a criança utiliza apenas das suas ações e não a linguagem verbal.
	A socialização da criança se dá por meio da inteligência e afetividade a partir de suas ações sobre o meio em que vive. Nesse estágio ela estabelece o “eu” diferente do mundo. Para ela as coisas só existem se visível, isto é, até os 9 meses de vida. Por volta dos 10 meses, essa situação muda, o anteparo some, pois sabe que mesmo escondido o objeto está presente, por isso que eles adoram brincar de esconder ou achou.
	Aos poucos ela percebe que as situações não ocorrem para ela, o mundo não gira mais a sua volta ou para o seu propósito e existência, mas sim por regras naturais, como amanhecer e anoitecer, causalidades de tempo e espaço.
“O período de bebê é sem dúvida bastante complexo do ponto de vista do desenvolvimento, pois nele irá ocorrer a organização psicológica básica em todos os aspectos (perceptivo, motor, intelectual, afetivo, social). Do ponto de vista do autoconhecimento, o bebê irá explorar seu próprio corpo, conhecer seus vários componentes, sentir emoções, estimular o ambiente social e ser por ele estimulado, e assim desenvolver a base do seu autoconhecimento.” 
(Clara Regina, 1981, pág. 67)
Referencias:
RAPPAPORT, Clara Regina. Teorias do Desenvolvimento. Vol. 1 São Paulo: EPU, 1981.
https://www.unip.br/presencial/central/Interna.aspx
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-69542010000200003
LUQUET, G. H. O desenho infantil. Porto: Editora do Minho, 1969.
LOWENFELD, V.; BRITTAIN, W.L. Desenvolvimento da capacidade criadora. São Paulo, Mestre-Jou, 1977.
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-65641998000200008&script=sci_arttext
PIAGET, J; INHELDER, B. A Psicologia da Criança. 3ª. Ed. Trad. Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Difel, 2013.

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