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Espondilite Anquilosante Introdução • Distúrbio inflamatório de causa desconhecida que afeta primariamente o esqueleto axial • Articulações periféricas e estruturas extra- articulares também são envolvidas com frequência. • Faz parte das Espondiloartites • Envolvimento da coluna e Sacroileíte • Acometimento axial • Pode fazer oligoartrite de MMII assimética • Entesite – inflamação da entese Definição • Sacroileíte radiográfica *Espondiloartrite axial não radiográfica – Espondiloartrite axial sem alterações radiográfica, pode evoluir para EA Epidemiologia • Adulto jovem • Sexo masculino 3:1 • Caucasianos • >85% HLA B27+ *Mulher: quadro atípico, como inicio do acometimento na coluna cervical Fisiopatologia Hipóteses: 1 – HLA B27 apresenta um peptídeo artritogênico ao linfócito T CD8 2- HLA dobrou errado e causou um estresse no ridículo endoplasmático culminando em super expressão de IL- 23 3 – HLA em excesso na superfície da célula apresentadora de antígeno que ativaria uma resposta NK cell (Th17) 4- Disbiose intestinal que causaria uma super expressão de IL-23 • Processo crônico de reparação tecidual com neoformação óssea – ossificação de enteses • Ativação de osteoclastos (erosão) e osteoblastos (proliferação óssea – sindesmófitos) • Fibroblastos e macrófagos juntamente com TNF- alfa são responsáveis pela sinovite e pela entesite Quadro clínico • Oligoartrite assimétrica de MMII • Sintomas constitucionais • fadiga • Lombalgia de ritmo inflamatório* • Dor alternante em nádegas* • Rigidez matinal prolongada* • História natural – anquilose ascendente (sacrilíaca- lombar-cervical) • Entesite • Uveíte anterior – Manifestação articular mais comum: ▪ Aguda ▪ Unilateral ▪ Recorrente ▪ Comprometimento da acuidade visual ▪ fotofobia • Outras manifestações: ▪ Doença inflamatória do intestino ▪ psoríase ▪ Fibrose pulmonar apical ▪ Insuficiência aórtica ▪ Bloqueio atrioventricular 1° grau ▪ Nefropatia por IgA ▪ Amiloidose secundária Exame físico • Palpação de articulações periféricas • Pesquisar entesite – fáscia plantar Pesquisar sacroileíte: ▪ Manobra de Patrick Fabere (“faz o 4” dor anterior do mesmo lado – patologia de quadril. Dor posterior contralateral – sacroileite) ▪ Gaenslen – mesmo lado ▪ Volkmann Avaliação da coluna cervical ▪ Distância Tragus-parede ▪ Distância Occipito-parede ▪ Sinal da flecha ▪ Extensão, flexão, lateralização e rotação da cervical Avaliação da coluna torácica ▪ Expansibilidade torácica (normal: >5 cm) Avaliação da coluna lombar ▪ Teste de SCHOBER (oscilação de pelo menos 5 cm) Exames complementares • Provas de atividades inflamatórias elevadas • Exames laboratoriais gerais – para ver estado inflamatório crônico (ex: anemia) ▪ HLA B27 – não é obrigatório e é associado a manifestações extra-articular ▪ Se olho vermelho – lâmpada de fenda Exames de imagem Raio x Radiografia de coluna AP e Perfil Radiografia de região sacroilíaca AP e Ferguson Radiografia local de alguma manifestação USG ou RNM • entesites • Se RX normal e na RNM mostrar sacroileíte então paciente é espondiloartrite axial não radiográfica • RNM – sinal de Romanus (corpos vertebrais brilhando) Achados radiográficos Anquilose – fusão óssea com perda do espaço articular Coluna em Bamboo – sindesmófitos dos dois lados da coluna Quadratura vertebral – perda da curvatura das vertebras Sinal de Romanus – vertebras brilhando Critérios Critérios de classificação ASAS – inclusão de novos pacientes • Obrigatório ▪ Lombalgia inflamatória, mín. 3 meses e idade de início <45 anos • Possíveis ▪ Sacroileíte em exame de imagem + 1 característica de espondiloartrite OU ▪ HLA B27 + + 2 ou mais característica de espondiloartrite Critérios de York – para paciente com alterações radiográficas Graus de Sacroileíte ▪ Grau 0 – normal ▪ Grau 1 – suspeito ▪ Grau 2 – esclerose com espaço articular ▪ Grau 3 – esclerose com redução de espaço articular ▪ Grau 4 – anquilose Sacroileíte não é patognomônico!!! • Na espondiloartrite geralmente é no terço inferior e simétrica Sindesmófitos • Geralmente delicados • Completos • Coluna em bambu quando em estágio avançado Tratamento • Educação do paciente • Reabilitação e atividade física • Orientar quanto ao INSS e seguro saúde Não farmacológicos • Exercícios físicos de baixo impacto – ex: natação • Cessar tabagismo • Exercícios de expiração profunda • Alongamentos para manter a mobilidade a postura • Orientar a dormindo de decúbito dorsal com coluna reta Farmacológico AINES • 1° linha de tratamento • Redução da progressão radiográfica • Dose plena • Ausência de resposta – troca por outro AINES de outra classe Anti-TNF • Se paciente for refratário aos AINES • EV ou SC • Necessário fazer um screening (RX de tórax, sorologias...) • Alto custo • Imunobiológico – risco de infecção Sulfassalazina • Boa para envolvimento periférico – entesites, artrite de joelho, uveíte... • Bom para pacientes com acometimento intestinal • Sem eficácia axial!!!! • Precisa dosar G6PD • Mielotoxidade Prognóstico • Boa expectativa de vida • Se diagnóstico tardio – diminuição da qualidade de vida Diagnóstico diferencial DISH – Doença de Forestier • Calcificação do ligamento longitudinal • Dor não é marcante • Ausência de autoimunidade • Prefere torácica e à direita • Sem sacroileíte Outras Espodiloartropatias Artrite reumatoide
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