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Trauma genitourinário Trauma externo renal Lesão mais frequente do sistema genito-urinário Mecanismos -Desaceleração rápida Avulsão do pedículo Trombose artéria renal- lesão da íntima Ruptura de veia renal - Impacto de alta velocidade Lesão de múltiplos órgãos O trauma pode ser fechado ou penetrante Lesões associadas trauma renal fechado - Baço 57% - Fígado 40% - Pâncreas 13% - Tórax 13% - Cólon 7% - Intestino Delgado 3% Lesões associadas ferimentos por arma de fogo – predomínio de vísceras ocas Fígado 48% Intestino Delgado 38% Estômago 37% Cólon 37% Baço 23% Pâncreas 20% Tórax 10% Cava 7% Aorta 4% Ureter 16% Quadro clínico Hematúria microscópica (> 5 hemácias por campo) e macroscópica Grau de hematúria e gravidade da lesão renal não se correlacionam consistentemente Em até 36% das lesões vasculares em trauma renal fechado hematúria está ausente (média 20%) Hematúria micro pode ser vista em lesão de pedículo ou laceração de parênquima *Choque + hematúria micro – incidência de lesão renal aumenta significativamente Exames de Imagem Devem ser feitos em todo paciente com trauma fechado e hematúria macro ou com choque e hematúria micro Choque = PA sistólica> 90 mmHg em qualquer momento do atendimento Devem ser realizados em todo trauma penetrante Melhor exame: TC Atenção com crianças – maior liberação de catecolaminas após trauma mantém a PA até que aproximadamente 50% da volemia seja perdida. Então choque tem valor relativo TOMOGRAFIA Alta sensibilidade e especificidade, informa bem o estágio: laceração bem definida, extravasamento de contraste – urina facilmente detectável Lesões associadas de outros órgãos podem ser vistas Tamanho do hematoma peritoneal associado com intensidade do sangramento Maior limitação é a inabilidade de definir lesão venosa adequadamente Achados sugestivos de lesão maior 1. Hematoma medial - sugerindo lesão vascular 2. Extravasamento urinário medial - sugerindo lesão ou avulsão de pelve ou JUP 3. Ausência de contraste no rim - sugerindo lesão arterial Uretrografia excretora (UGE) -usada durante vários anos , vem sendo substuída pela TC Exceção UGE intraoperatória para avaliar o achado de hematoma retroperitoneal UGE intra operatória evita exploração renal em muitos casos USG – embora não defina claramente laceração, lesão vascular ou extravasamento urinário, tem utilidade pela facilidade de realização. Confirma a presença de 2 rins e avalia bem a extensão de hematoma retroperitoneal Doppler pode ajudar a dar ideia funcional Arteriografia – utilizada para confirmar e difinir lesão arterial suspeita na TC ou para localizar e embolizar vaso sangrante Classificação Trauma renal Grau 1 – Contusão, pode haver hematúria micro ou macro e imagem normal ou hematoma subcapsular não expansivo sem laceração Grau 2- Hematoma subcapsular confinado ao retroperitônio ou laceração menor que 1 cm no córtex sem extravasamento de urina Grau 3- Laceração maior que 1 cm sem ruptura do sistema coletor ou extravasamento urinário Grau 4- Laceração acomete córtex, medula e sistema coletor ou lesão vascular. Artéria ou veia renal principal com hemorragia contida Grau 5 – Rim fragmentado ou avulsão do hilo com desvascularização renal Tratamento Trauma Fechado Tratamento Clínico Lesões significativas (grau 4 e 5) encontradas em apenas 5,4% dos traumas. 98% das lesões renais são tratadas clinicamente Tratamento Cirúrgico Grau 4 e 5 mais frequente, requerem exploração cirúrgica mas mesmo esses, em alguns casos, podem ser tratados clinicamente desde que o paciente esteja hemodinamicamnete estável e bem estudado com TC Tratamento Clínico - Repouso - Antibiótico de largo espectro - Exames periódicos Extravasamento urinário Extravasamento urinário isolado de uma laceração grau 4 ou ruptura de fornix calicial pode ser trtratada clinicamente com resolução em 87% dos casos Tecido não viável em quantidade maior que 20% do rim aumenta chance de complicações Complicações do tratamento clínico - Hemorragia persistente ou tardia - Extravasamento (fístula, urinoma, pseudocisto, hidronefrose) - Infecção (pionefrose, pielonefrite, abcesso, sepses) - Renovascular (trombose, aneurisma, fístula arterio-venosa) - Calcificação - Morte Cirurgia Indicações Absolutas - Evidência de sangramento persistente- instabilidade hemodinâmica - Hematoma perirenal expansivo - Hematoma perirenal pulsátil Indicação relativa - Extravasamento urinário - Tecido não viável - Diangnóstico de lesão arterial tardio - Lesão de artéria segmentar - Estadiamento incompleto Tratamento Trauma Penetrante Cirurgia- regra Clínico- alguns casos bem estudados pela TC e hemodinamicamente estáveis - 55% ferimento por arma branca - 24% ferimento a bala Trauma Vesical O trauma vesical externo raramente é uma lesão isolada 80 a 94% tem lesões não urológicas associadas Mortalidade primariamente associada a esses traumas não urológicos- varia de 8 a 44% Lesão não urológica associada mais comum- fratura pélvica – presente em 83 a 95% das lesões vesicais Por outro lado a lesão vesical ocorre em apenas 5 a 10% das fraturas pélvicas Trauma penetrante - associado com lesões não urológicas importantes e alta mortalidade Quase metade de todas as lesões vesicais são iatrogênicas (principalmente obstétricas e ginecológicas) Quadro Clínico Hematúria macroscópica – 95% Dor supra púbica ou abdominal Incapacidade de urinar Fratura pélvica Líquido livre em cavidade peritoneal no USG Choque hipovolêmico Hematoma suprapúbico Contusão suprapúbica Ureterorragia Exames RX simples de abdome Uretrocistografia retrógada Acurácia 85 a 100% RX pós drenagem (diagnóstico exclusivo 13%) Indicação absoluta de cistografia – hematúria macroscópica com fratura pélvica (29% irão ter ruptura de bexiga) e lesão penetrante com qualquer grau de hematúria Hematúria microscópica associada a fratura pélvica como únicos sintomas- apenas 0,6% de ruptura de bexiga Classificação 1. Trauma Fechado -Hematoma - Ruptura extraperitoneal (55% dos casos) - Ruptura intraperitoneal(35% dos casos) - Lesão mista (10% dos casos) 2. Trauma penetrante 3. Trauma Cirúrgico Ruptura Extraperitoneal 55% das lesões vesicais Associada a fratura de pelve ou fêmur em 90% dos casos 8 a 15% de pacientes com fratura pélvica tem lesão vesical Em 30% dos casos coexistem outras lesões do trato genitourinário Mecanismo da lesão - Rompimento vesical por desgarramento nos pontos de fixação - Perfuração por espículas ósseas Ruptura Intraperitoneal Mecanismo de lesão - Aumento súbito da pressão intravesical - Trauma direto em hipogastro ou pelve Urina extravasa pra cima Mais frequente na criança Contraste com goteira parietocólica, fundo de saco, tornando evidente contorno das alças intestinais Imagem em chifre de boi Tratamento Ruptura Extraperitoneal Tratamento clínico Catéter vesical em drenagem contínua em sistema fechado Antibioticoterapia até 3 dias após retirada de catéter Cistografia em média duas semanas antes da retirada do catéter Parâmetros - Tamanho da lesão - Número de lesões - Localização da lesão - Intensidade da hematúra - Momento do diagnóstico - Necessidade de abordagem cirúrgica para outras lesões Indicação de Cirurgia - lesão de colo vesical - associada a lesão retal e vaginal - necessidade de abordagem cirúrgica devido lesões associadas Tratamento cirúrgico Sutura contínua com fio absorvível em 2 planos se possível Hematoma pélvico – não explorar Cistografia de controle com 7 a 10 dias Não há vantagem da cistostomia sobre catéter uretral Tratamento Ruptura Intraperitoneal-Tratamento cirúrgico sempre que possível Trauma de Uretra Classificação Uretra anterior – peniana e bulbar Uretra posterior – membranosa e prostática Etiologia Peniana – trauma direto Bulbar – queda à cavaleiro e trauma penetrante (arma de fogo) Membranosa- fratura de bacia Quadro clínico Lesão Uretra Anterior Sangue no meato uretral Hematoma perineal Hematúria macroscópica Retenção uriária Infliltração escrotal – sangue e urina (ruptura fáscia de buck) Todo paciente com trauma fechado ou penetrante na região perineal Diagnóstico Uretrocistografia Tratamento lesão uretra anterior Contusão- Cateterismo cuidadoso Ruptura Parcial- Cateterismo cuidadoso / Cistostomia Ruptura total – Cistostomia / reparo cirúrgico primário Quadro clínico lesão uretra posterior Sangue no meato Incapacidade de urinar Bexigoma Incapacidade de cateterizar a uretra Próstata impalpável ao toque Tratamento lesão uretra posterior Cistostomia primária seguido de uretroplastia 3 a 4 meses depois Realinhamento primário endoscópico + cistostomia
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