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Na etiologia das doenças de carência afetiva, a personalidade da mãe desempenha um papel menor, pois essas condições geralmente resultam da ausência física da mãe, devido a moléstia, morte, ou por motivo de hospitalização do filho; ao mesmo tempo, é preciso que o substituto da mãe seja inadequado ou praticamente inexistente. Em consequência, a criança é privada dos cuidados maternos e das provisões afetivas vitais que normalmente receberia através dos intercâmbios com a mãe. No geral, crianças da Creche tiveram relações boas e normais com suas mães durante os primeiros seis meses de vida, e apresentavam bom desenvolvimento. Entretanto, na segunda metade do primeiro ano, algumas delas apresentaram comportamento de choro, que estava em contraste marcante com o comportamento anterior, feliz e sociável. Após algum tempo o choro transformou-se em retraimento. O comportamento de retraimento choroso persistia por dois ou três meses, durante os quais algumas dessas crianças, em vez de engordar, perdiam peso. Todas tinham uma grande suscetibilidade a resfriados intermitentes. Seu quociente de desenvolvimento apresentava, primeiro, um atraso no crescimento da personalidade e, depois, um declínio gradual. Esta síndrome do comportamento durava aproximadamente três meses, piorando progressivamente. Então, o choro acalmava. Era substituído por um tipo de rigidez da expressão facial. Aí, as crianças ficavam deitadas ou sentadas com os olhos abertos e inexpressivos, o rosto frio e imóvel , e um olhar distante, como se estivessem em estado de estupor, aparentemente sem ver o que acontecia ao redor delas. O contato com crianças que chegavam a esse estágio tornava-se cada vez mais difícil e, finalmente, impossível. Na melhor das hipóteses, começavam a gritar. A sintomatologia das crianças separadas de suas mães é extraordinariamente similar aos sintomas que conhecemos da depressão em adultos (Depressão Anaclítica). Na etiologia do distúrbio, destaca-se a perda do objeto de amor, tanto no adulto como na criança, de forma que se é levado a considerá-la fator determinante. No vídeo, podemos observar as expressões dessas crianças, as ações comprovando a pesquisa e mostrando o quanto esse afastamento da mãe e a criança prejudica seu desenvolvimento.
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