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HOSPITAL-ESCOLA VETERINÁRIO UNIMAX CURSO SUPERIOR EM MEDICINA VETERINÁRIA - 5º SEMESTRE Beatriz Christine Bueno de Camargo, 51710597 Débora Pires, 51710626 Danilo Rocha, 51710443 Gabriela Rodrigues de Alcântara, 51710587 Gabriele Chagas Canavezzi, 51710522 DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA MASTITE INDAIATUBA, SP 2019 HOSPITAL-ESCOLA VETERINÁRIO UNIMAX CURSO SUPERIOR EM MEDICINA VETERINÁRIA - 5º SEMESTRE Beatriz Christine Bueno de Camargo, 51710597 Débora Pires, 51710626 Danilo Rocha, 51710443 Gabriela Rodrigues de Alcântara, 51710587 Gabriele Chagas Canavezzi, 51710522 DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA MASTITE Trabalho desenvolvido pelos alunos do 5º semestre do Curso Superior em Medicina Veterinária, do Hospital-Escola Veterinário Unimax, sob orientação da professora Cíntia Baldin. INDAIATUBA, SP 2019 1. INTRODUÇÃO A mastite é um processo inflamatório que atinge a glândula mamária, de caráter contagioso e de fácil transmissão, cuja prevalência está relacionada a fatores ambientais e o manejo dos animais. Os impactos econômicos surgem através da queda na produção leiteira, perda na qualidade do leite, maior custo de produção e o descarte prematuro de vacas por perda de um ou mais quartos mamários, que se tornam fibrosos e improdutivos. Sua magnitude varia conforme a intensidade do quadro e o agente causador. A mastite pode se manifestar de duas maneiras: Mastite clínica: presença de sintomas inflamatórios no úbere e tetas, e alterações visíveis no leite (menor volume secretado, grumos, pus ou aspecto aquoso). As vacas podem ainda apresenta febre, perda de apetite, queda de produção, e morte em casos mais graves, ou Mastite subclínica: ausência de sintomas de inflamação ou de alterações visíveis no leite, porém com queda de produção e aumento de células somáticas (portanto apenas diagnosticada através do CMT – California Mastitis Test). As principais perdas decorrentes das mastites (entre 70 e 80% das perdas totais) são causadas pelas mastites subclínicas, que embora não tenha sintomas visíveis, (inflamação) diminui a síntese do leite. Já os casos clínicos provocam de 20% a 30% das perdas (Philpot e Nickerson, 1991). Estes autores descreveram que um rebanho que apresenta uma Contagem Células Somáticas (CCS) entre 200 e 500 mil células podem perder 8% do seu potencial de produção leiteiro, ou seja, para cada 1000 litros, deixa de produzir 80 litros em decorrência das mastites. Acima destes valores podem haver perdas que chegam até 25%. O objetivo desta atividade foi interpretar as culturas das amostradas de leites mastíticos coletada pelos alunos em aula prática. 2. MATERIAIS E MÉTODOS Caneca de fundo preto Ágar TKT Fucsina Placa com 4 cavidades Ágar MacConkey Cristal Violeta CMT solução Lâminas Lugol Coletor Bico de Bunsen Álcool Luvas Microscópio Óleo de imersão Leite Água Após a contenção do animal, com vestimentas adequadas cada grupo realizou o teste, em um dos cinco tetos (animal possuía anomalia), com a caneca de fundo preto dos três primeiros jatos de leite. Em seguida, realizamos outro teste com a placa que possui quatro cavidades, com quatro riscos cada (os dois riscos da esquerda são para pessoas que seguram a placa com a mão direita e os da direita para aqueles que seguram a placa com a mão esquerda). Figura 1:Placa com quatro cavidades para teste CMT Figura 2: Caneca de fundo preto Então, um aluno do grupo segurou a placa ligeiramente inclinada e ordenhou uma quantidade de leite suficiente na cavidade até atingir o primeiro risco (+- 2mL). Esse procedimento foi repetido 4 vezes (um para cada cavidade com o teto correspondente). Colocamos quantidade de CMT suficiente para atingir o segundo risco (+- 2mL). Agitamos com movimentos circulares lentos, por aproximadamente 30 segundos. Coletamos o leite em um coletor para analise microbiológica do leite, e em seguida fomos até o laboratório de microbiologia. Adentramos no laboratório já com o jaleco, sapatos fechados e calça comprida, esperamos as orientações da professora. Posteriormente fizemos a esterilização da alça de platina na chama e iniciamos as inoculações em meios de culturas. Deixamos no laboratório por sete dias. Para a coloração de gram: em duas laminas, fizemos os esfregaços das colônias bacterianas, fixamos na chama três vezes com muito cuidado. Cobrimos os esfregaços com a solução de cristal violeta, esperamos um minuto e escorremos o corante. Em seguida cobrimos com lugol, por um minuto e lavamos com água corrente. Cobrimos com álcool e aguardamos 30 segundos, e lavamos. E por último cobrimos com fucsina por 45 minutos e lavamos. Deixamos secar ao ar e visualizamos a lamina em microscópio ótico em objetiva 100x com óleo de imersão. Figura 3: coloração de Gram 3. RESULTADOS LAMINA 1: Gram-positivo (S. aureus). LAMINA 2: Gram- negativo (E. coli). 4. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO Os meios de cultura empregados nas placas são seletivos para os principais grupos de patógenos envolvidos na mastite. O exame microbiológico de amostras de leite de todos os casos clínicos de mastite fornece informações importantes para a determinação de estratégias de manejo e prevenção de novos casos. O exame de amostras de mastite clínica pode ser necessário também para a decisão sobre o descarte de um determinado animal por problemas de mastite e para o monitoramento dos casos clínicos. Em uma produção animal a preocupação com a sanidade do rebanho deve estar sempre em pauta. O comprometimento com a qualidade dos produtos de origem animal, e os impactos econômicos gerados por doenças são fatores de importância na rotina dos pecuaristas. Realizar o teste da caneca de fundo preto antes de cada ordenha auxilia na detecção de mastite clínica. Lembrando que a existência de vacas apresentando mastite clínica é um indicativo de possíveis casos de mastite subclínica no rebanho. Por isso a importância de se manter as boas práticas de manejo. O produtor de leite deve conhecer a produção de leite de suas vacas e quais as formas de obter os melhores resultados de produtividade, oferecendo condições de nutrição e sanidade adequadas. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRITO, Maria Aparecida Vasconcelos Paiva E. Diagnóstico microbiológico da mastite bovina. Embrapa gado de leite. < Acesso em 08 de mai. 2019. JORNAL DIA DE CAMPO. Sanidade animal. Disponível em: <http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/materia.asp?id=21456&se cao=sanidade%20animal>. Acesso em: 08 mai. 2019. RURALBAN. Caneco de fundo preto. Disponível em: <https://www.ruralban.com/manejos-diversos/ordenha/caneco-de-fundo-preto- para-teste-de-mastite>. Acesso em: 08 mai. 2019. RURALBAN. Solução para teste de mastite. Disponível em: <https://www.ruralban.com/manejos-diversos/ordenha/solucao-para-teste-de- mastite-cmt-4-x-500-ml>. Acesso em: 08 mai. 2019. SYNTEC. Saiba a diferença entre os tipos de mastite. Disponível em: <http://syntecvet.com.br/news/espanol-saiba-a-diferenca-entre-os-tipos-de- mastite/>. Acesso em: 08 mai. 2019. TIRA O JALECO. Coloração de gram. Disponível em: <http://www.tiraojaleco.com.br/2016/07/coloracao-de-gram.html>. Acesso em: 08 mai. 2019. VANSIL SAUDE ANIMAL. Mastite bovina: quais são os sintomas e o tratamento. Disponível em: <http://vansil.com.br/mastite-bovina-quais-sao-os- sintomas-e-o-tratamento/>. Acesso em: 08 mai. 2019.
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