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DPOC: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica

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DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
 
Livro da sociedade de pneumologia 
DPOC 
Doença de via aérea, que vai acometer brônquios e 
bronquíolos. 
OBJETIVOS DA AULA 
CONCEITO 
Evitável, já que, a medida que o paciente para de fumar, ele 
evita o DPOC. Ela é tratável, mas não significa que tem cura, 
o tratamento faz com que o paciente tenha qualidade de 
vida, e, diminuição da mortalidade. 
Essa doença vai fazer uma limitação persistente do fluxo 
aéreo, ela é progressiva, e, está associada ao aumento da 
resposta inflamatória das vias aéreas e gases nocivos 
(cigarro, poluição, fogão a lenha etc).. 
Os brônquios são canos maleáveis, que levam e tiram o ar de 
dentro do pulmão. O ar vai até o alvéolo, faz a troca gasosa 
e volta. O contato com gases nocivos causa inflamação do 
brônquio, e, como esse contato é diário, essa inflamação não 
se resolve, todo dia está inflamado, e, com isso, vai 
formando uma fibrose dentro do pulmão, fazendo com que 
o lúmen do brônquio fique diminuído, e, na hora que o ar vai 
tentar vencer essa obstrução, é justamente o momento que 
o paciente começa a ter sibilância. Paciente com DPOC tem 
dificuldade para expirar, ele inspira, já que todo mundo tem 
que inspirar, e, na hora que o ar vai sair, ele não consegue 
sair totalmente devido essa obstrução brônquica. Esse 
paciente começa a ter um volume residual aumentado, 
começa a ter uma hiperinsuflação. A medida que ele vai 
hiperinsuflando, o alvéolo vai enchendo de ar, até que ele se 
 
 
 
 
 
rompe, e, na hora que ele se rompe, temos destruição do 
parênquima pulmonar, e, iremos perder vasculatura (trama 
vascular, que é o que fica ao redor do alvéolo). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
FATORES DE RISCO 
DPOC POR CAUSA GENÉTICA: NÃO SECUNDÁRIO A UMA 
INFLAMAÇÃO PROLONGADA, E, SIM, A DEFICIÊNCIA DE 
UMA ENZIMA. 
Causa genética é quando começamos a ter sintoma de DPOC 
no paciente com menos de 40 anos, e, surge a dificuldade de 
diagnóstico, sendo um paciente jovem que nunca fumou. 
Alfa 1 antitripsina é uma enzima que é produzida no fígado, 
e, ela é responsável por manter a elastase do brônquio, se 
eu não tenho o brônquio com elastase, ele fica mais mole do 
que ele já é, então, ele pode se fechar, e, na hora que ele se 
fecha, ou fica fechadinho devido a elastase, vai causar uma 
diminuição da via aérea, do lúmen, causando sintoma de 
DPOC. A característica é que ao fazer um exame de imagem, 
o predomínio do enfisema é nas bases, e, quando é por 
tabagismo, o predomínio desse enfisema é nos ápices 
pulmonares. Nesse exame iremos medir a alfa 1 antitripsina 
no sangue, se ela tiver diminuída ou ausente, fechamos o 
diagnóstico. O tratamento é repor essa enzima. 
Mais comum em pacientes mais idosos, exceto se por causa 
genética. Não tem mais predominância no sexo masculino, 
já que as mulheres vêm fumando, e, mudando esse padrão. 
Paciente com baixo peso ao nascer, se ele contiver o hábito 
do tabagismo, ele tem mais facilidade para ter DPOC. 
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS 
A fibrose formada no brônquio no paciente com DPOC é 
irreversível. Paciente com ICC pode sibilar no início, mas o 
mais comum são finas crepitações basilares na ausculta, 
radiografia com padrão intersticial de congestão e aumento 
DISCIPLINA PNEUMOLOGIA 
 AULA 1- DPOC 
PROFESSOR IVY 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
da área cardíaca. Pacientes com tuberculose antigamente, 
iam para cidades altas. DPOC a imagem pode ser até normal. 
TEMOS QUE AVALIAR NA HDA 
Espirometria mede a expiração do paciente, e, é o exame 
que confirma o diagnóstico. O paciente faz uma inspiração 
forçada, e, faz uma expiração forçada. O primeiro segundo 
da minha expiração chama-se VEF1 (volume expiratório 
forçado no primeiro segundo), já o sopro todo é CVF 
(capacidade vital forçada) *mandou guardar. 
Uma outra coisa que podemos avaliar é através da escala de 
dispneia, ela chama MRC, e, vai de 0 a 4. *lembrar que a 
intensidade de uma atividade depende para cada pessoa, 
por isso temos que graduar essa atividade. 
QUANTO MAIOR O MRC, MAIS GRAVE A DISPNEIA DO 
PACIENTE. 
Temos o CAT que é um teste para avaliarmos os sintomas do 
DPOC, e, daremos uma pontuação para os sintomas desse 
paciente. 0 é quando o paciente não tem aquele sintoma, e, 
5, quando ele tem aquele sintoma diariamente. A pontuação 
é importante quando maior ou menor que 10. 
 
ESPIROMETRIA MRC CAT 
 
EXAME FÍSICO 
No início da doença, o exame físico dele é normal, ou, ele 
pode estar alterado. O alterado pode ter o tórax 
hiperinsuflado em tonel (espaço anteroposterior lateral> 
1:2), redução do espaço entre a fúrcula esternal e a 
cartilagem cricoide (<4cm). MV diminuído, bulhas podem 
estar abafadas (já que o tórax está em tonel, está cheio de 
ar) hipersonoridade. Posso ter sinais de cor pulmonale, 
sibilância, 
Cor pulmonale- quando tenho doença pulmonar que causa 
insuficiência cardíaca direita. Artéria pulmonar está ligada ao 
meu átrio direito, quando eu tenho uma alteração pulmonar 
que vai sobrecarregar a parte cardíaca, isso é cor pulmonale. 
O alvéolo com muito ar, uma hora vai romper, e, vou perder 
trama vascular. O sangue ta vindo da artéria pulmonar para 
desaguar no meu pulmão, na hora que a artéria pulmonar 
está levando sangue para minha vasculatura pulmonar, eu 
vou encontrar uma trama vascular pobre no meu alvéolo. 
Com isso, a pressão na artéria pulmonar começa a aumentar, 
e, o meu ventrículo direito vai começar a trabalhar mais, 
causando uma sobrecarga no ventrículo direito. A clínica do 
paciente com insuficiência cardíaca direita é anasarca, 
ascite, derrame pleural, edema de membros inferiores. 
GOLD 2017 
 
Antigamente, classificávamos o paciente com DPOC através 
da espirometria. Fazíamos a espirometria do paciente, e, 
calculávamos o VEF1 dele, o VEF1 de cada pessoa é 
diferente, já que cada um tem uma altura, um peso, uma 
idade, por isso, ao fazer a espirometria, damos dados, e, o 
computador calcula como devia ser o VEF1 daquela pessoa. 
Coloco aquele paciente para soprar, e, vejo a porcentagem 
do que ele fez com o que era previsto pra ele. Então, quanto 
menor o VEF1 do paciente, mais grave ele é (dificuldade para 
expirar, sendo VEF1 a expiração no primeiro segundo, 
quanto menos ele expira, mais grave ele é. Então, 
graduávamos da seguinte forma, se o paciente tivesse mais 
que 80% ele era GOLD 1, entre 50 e 80% ele era GOLD 2, 
entre 50 e 30% ele era um GOLD 3, e, menor que 30% ele era 
GOLD 4. Só que, começou-se a ver que o paciente podia ser 
GOLD 4, mas ter uma ótima qualidade de vida. Não tinha 
tanta falta de ar, não tinha mais infecção, e, o paciente as 
vezes, como GOLD 1 vivia internado. Então, associaram o 
VEF1, o grau de dispneia, a qualidade de vida através do CAT, 
e, o número de exacerbação que esse paciente tem, que é 
quando o paciente tem piora dos sintomas dele. 
Então, graduamos em perfil A, perfil B, perfil C, e, perfil D. 
Perfil A- Tem pouca dispneia, MRC dele é 1 (apenas para 
subir morro), o CAT dele é bom (<10, tem boa qualidade de 
vida). E, ele não hospitalizou no último ano, ou, hospitalizou 
pouco no último ano. Portanto, esse paciente tem pouca 
exacerbação, e, boa qualidade de vida. 
Perfil D- Mais grave. Dispneia> ou igual a 2, CAT > 10 (muito 
sintomático), e, ele exacerba muito, mais que duas 
exacerbações no ano, ou, mais que uma com hospitalização. 
Perfil B- Paciente muito sintomático, não tem qualidade de 
vida muito boa, porém, não exacerba muito. 
Perfil C- Aquele que tem qualidade de vida boa, não tem 
muita dispneia, mas, ele exacerba muito. 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
DPOC NUNCA É SOZINHA 
EXAME PADRÃO OURO 
Espirometria. 
Distúrbios ventilatório obstrutivo (brônquio mais fechado), 
com uma prova broncodilatadora (PBD) negativa, ou seja, 
dou broncodilatador pra ele, e, ele não reverte. Na asma 
reverte, do DPOC não reverte. 
PADRÃO OBSTRUTIVO: QUANDO TENHO RELAÇÃO 
VEF1/CVF <70%. SEMPRE OLHO ISSO DEPOIS DE FAZER A 
PROVA BRONCODILATADORA. 
VEF1: PREDITOR DE GRAVIDADE,QUANTO MENOR O MEU 
VEF1, MAIS GRAVE É O MEU PACIENTE. 
CLASSIFICAÇÃO ANTIGA 
Só isso não bastava para classificar, já que precisávamos 
juntas com as exacerbações, que é aquele quadro de A. B. C. 
D. 
QUAL A IMPORTÂNCIA DO RX? 
 
Só teremos alterações no rx quando o paciente for muito 
hiperinsuflado, e, então, teremos as características de 
hiperinsuflação no rx. Coração em gota (retificado), aumento 
dos espaços intercostais, meu diafragma fica mais retificado, 
e, ele serve mais para fazer diagnóstico diferencial. Paciente 
com DPOC forma bolhas pulmonares (blebs), uma bolha 
dessas pode se romper, e, o paciente evoluir com 
pneumotórax. Então, na maioria das vezes o rx é normal, e, 
só iremos pedir para fazer diagnóstico diferencial, e, na 
doença avançada, teremos sinais de hiperinsuflação. 
Na imagem acima, temos uma TC de ápices pulmonares, já 
que a traqueia nem se dividiu ainda, estando para cima da 
minha carina. Esses são os sinais de enfisema da TC, temos 
as blebs, e bolhas menores, sendo padrão enfisematoso. Se 
uma bolha de ar dessa se romper, faz-se um pneumotórax, 
que é uma complicação do DPOC. 
Na imagem acima, temos um pneumotórax, está cheio de ar, 
perde-se a trama vascular, e, é um pneumotórax tão grande 
que forçou o mediastino todo para o outro lado. 
Na imagem acima, temos uma síndrome de consolidação, e, 
pode ser pneumonia. Temos broncograma aéreo indicado 
pela seta, que é um marcador de consolidação, essa, está 
posterior ao tórax, já que conseguimos ver o contorno 
cardíaco (sinal da silhueta). 
 
DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY 
 
TRATAMENTO 
MEDICAMENTOS DISPONÍVEIS 
A maioria dos medicamentos da pneumologia são feitos de 
forma inalada, por isso, usamos os dispositivos inaláveis, 
raras vezes usamos comprimidos, etc. 
Beta 2 agonistas, e, Anticolinérgicos são broncodilatadores, 
e, temos broncodilatadores beta 2 agonistas de curta ação, 
e, de longa ação. E, anticolinérgicos, de cura ação, e, de longa 
ação. Os de curta ação são usados de forma SOS, são os de 
resgate, aquele paciente exacerbado, passando muito mal 
naquela hora, e, precisa de uma medicação para melhorar 
rapidamente. O de longa duração, é para diminuir sintomas 
durante o dia, então, o paciente vai usar aquilo todos os dias. 
Nomes comerciais: Fenoterol (Berotec®). Salbutamol 
(Aerolin ®). Ipratrópio (Atrovent®) 
Os últimos 3 medicamentos são orais: Roflumilaste; 
Macrolídeos; Mucolíticos. 
COMO TRATAR? AVALIAR SEMPRE TÉCNICA INALADA 
O carro chefe do DPOC é o broncodilatador, esse, não pode 
deixar de ter. O asmático é o paciente inflamado, a droga 
que vai desinflamar é o corticoide, portanto, o asmático não 
pode deixar de ter corticoide. O paciente com DPOC, 
algumas vezes precisa usar o corticoide inalado, não sempre. 
 
GRUPO A: PACIENTES POUCO SINTOMÁTICOS, VEF1>80%, E, 
COM BAIXO RISCO DE EXACERBAÇÃO -> SABA OU SAMA. 
 
GRUPO B: PACIENTES MUITO SINTOMÁTICOS E POUCO 
RISCO DE EXACERBAÇÃO -> LABA OU LAMA. 
 
GRUPO C: PACIENTES POUCO SINTOMÁTICOS E COM ALTO 
RISCO DE EXACERBAÇÃO -> LAMA OU LAMA + CI. INIBIDOR 
DA FOSFODIESTERASE (ROFLUMILASTE). CI DEVE SER USADO 
QUANDO EXACERBAÇÃO FREQUENTE E EOSINOFILIA. 
 
GRUPO D: PACIENTES MUITO SINTOMÁTICOS E COM ALTO 
RISCO DE EXACERBAÇÃO -> LABA+ LAMA+ CI. INIBIDOR DA 
FOSFODIESTERASE 4. MACROLÍDEO/MUCOLÍTICO. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS

Outros materiais