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AULA 3 O PAPEL DA EQUIPE DE ENFA CAPS (1)

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O PAPEL DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO CENTRO DE 
ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPs
SAÚDE MENTAL
Profª. Margareth Campêlo e Rocha
POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE MENTAL
Visa garantir o cuidado ao paciente com transtorno mental
em serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos.
Nos últimos 20 anos, as Políticas de Saúde Mental têm
passado por importantes e significativas modificações, como
resultado do movimento internacional iniciado nos anos 50
em países como Inglaterra, França, Estados Unidos e Itália, as
quais foram influenciadas pelas propostas de medicina
preventiva, social e das noções de equipe interdisciplinar e
de novos modelos de gerência em saúde.
No Brasil, somam-se a estes fatos a aprovação da lei nº 10.216, de abril
de 2001, que, após 12 anos de tramitação, definiu as disposições sobre a
proteção e direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e
redirecionou o modelo assistencial em saúde mental. Tiveram influencia
também a Declaração de Caracas de 2000, a reforma sanitária do país,
e a III Conferência Nacional de Saúde mental de dezembro de 2001
(“Cuidar, sim. Excluir, não. – Efetivando a Reforma Psiquiátrica com
acesso, qualidade, humanização e controle social.”), que forneceram os
substratos para a política de saúde mental nos últimos anos.
Garantidos os principais eixos dos direitos e deveres na Constituição
Federal, foi necessário criar leis, portarias e normatizações específicas e
detalhadas sobre cada um dos serviços que passaram a compor a Rede
de Atenção em Saúde Mental para internação, semi-internação,
acompanhamento, urgências e emergências, ressocialização,
promoção da saúde, da cidadania e inserção social.
 Além dos serviços, com suas respectivas estruturas físicas e recursos
humanos, foi preciso criar condições para o reconhecimento, de fato, da
condição de cidadãos para os “doentes” sem família e sem condições
de serem reincorporados ao sistema social, devido aos longos períodos
de reclusão.
 Neste percurso de redirecionamento da política psiquiátrica, que tinha
como única alternativa para os doentes o hospital (manicômio) os
serviços terciários ocupavam a base da pirâmide da assistência. Houve
uma inversão de valores, que colocou na base da pirâmide os serviços
comunitários, redimensionando serviços secundários e terciários.
 Este reposicionamento não só tem reflexos nas ações diretas dos
profissionais da saúde, mas causa redimensionamento de custos.
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)
 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) nas suas diferentes modalidades 
são pontos de atenção estratégicos da RAPS: serviços de saúde de caráter 
aberto e comunitário constituído por equipe multiprofissional e que atua 
sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às 
pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com 
necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área 
territorial, seja em situações de crise ou nos 
processos de reabilitação psicossocial e são substitutivos ao modelo asilar.
 A rede do município conta atualmente com 95 CAPS, sendo 31 deles Álcool 
e Drogas (AD), 32 Infantojuvenis e 32 Adultos. Ao todo, 37 funcionam como 
CAPS III (com acolhimento integral – funcionamento 24 horas) e 1 como 
CAPS IV (com funcionamento 24h e possibilidade de acolhimento integral 
nas 24h).
Os serviços com internação em hospital psiquiátrico, internação
psiquiátrica em hospital geral, semi-internações, serviços de emergências
e , mais recentemente, os CAPs III, dão conta da crise, da remissão de
sintomas com a avaliação médica, psicológica, e cuidados de
enfermagem, sendo rápido e ágil nesta tarefa clínica, culminando nos
devidos encaminhamentos para os serviços comunitários e o retorno da
pessoa para junto de seus familiares.
Os serviços de acompanhamento, ambulatórios, CAPs III e núcleos de
atenção em saúde mental oferecem a continuidade do tratamento em
ambiente aberto, oferecendo terapias, cuidados e reabilitação
psicossocial. São cuidados intermediários entre a internação e a rede
básica de saúde, fortalecendo a autoestima do portador de transtorno
mental, e seus laços familiares e comunitários.
O nível primário compõe-se dos serviços nas UBS, distritais, prontos-
socorros e no PSF, assim como diversos programas para grupos
vulneráveis como idosos, portadores de HIV e outros, não especializados
em saúde mental, mas por onde circulam os portadores de transtornos
mentais.
O redimensionamento da rede de serviços trás uma série de
benefícios e de consequências, das quais vale a pena
destacar:
A) consequências benéficas estão no nível ético e humano,
diminuindo o estigma, promovendo a cidadania e a inserção
social do portador de transtorno mental. Estimula-se o
tratamento responsável, para diminuição do surto e dos
momentos de descontrole, diminuindo as internações e
reinternações, aumento do interesse científico e tecnológico,
com novas opções terapêuticas e maior participação de todos
os segmentos da sociedade.
B) Por outro lado estas transformações envolvem enorme custo
para família, que não está preparada para cuidar,
necessitando de apoio e orientação. O portador de transtorno
mental passa a frequentar todas as instâncias de vivência e
convivência social, o que tem impulsionado a criação desses
temas de apoio social e econômico. Tem sido necessário rever
a legislação e várias alternativas sociais para acolher a pessoa
afetada pela doença mental. É necessária a reorientação do
ensino formal dos profissionais da saúde e a oferta de
atualizações para os profissionais que estão atuando na rede
de serviços da saúde.
PORTARIAS
 Portaria nº189/1991 e 224/1992 – Institucionalizaram a reforma
psiquiátrica, regulamentando nacionalmente os CAPS e os NAPS
 Portaria nº 1077/1999- dispõe sobre assistência farmacêutica na atenção
psiquiátrica e assegurou medicamentos básicos em saúde mental para
usuários de serviços ambulatoriais públicos de saúde que dispusessem de
atenção em saúde mental em seus municípios.
 Portaria GM/MS nº 106/2000 – criou as residências terapêuticas.
 Portaria 336/2002 – Classificou os CAPS em CAPs I, CAPs II, CAPs III, CAPSi
(infantil) e CAPad (álcool e drogas), de acordo com a complexidade,
abrangência e característica do território, definindo tais serviços como
ambulatoriais de atenção diária e possibilitando o crescimento da rede
substitutiva.
 Portaria GM nº 1.612/2005 – preconizou a criação de leitos em hospitais
gerais, nos quais se pretendia que ocorressem os atendimentos de surtos.
Legislação
 Lei 10.708/2003 – sobre o auxílio-reabilitação psicossocial para 
pacientes com transtornos mentais, egressos de internações. “ Lei Programa 
de Volta para Casa”
 Portaria nº 336, de 19 de fevereiro de 2005 – Estabelece as 
modalidades de CAPS e equipe mínima
 Portaria nº 245, de 17 de fevereiro de 2005 – Destina incentivo financeiro 
para implantação de CAPS
 Portaria nº 3.089, de 23 de dezembro de 2011 (republicada) – Dispõe sobre o 
financiamento dos CAPS – custeio.
 Portaria nº 130, de 26 de janeiro de 2012 (republicada) – Redefine o CAPS 
AD III e os incentivos financeiros
 Portaria nº 854, de 22 de agosto de 2012 – Alteração 
tabela de procedimentos dos CAPS
 Nota técnica sobre Portaria 854, de 22 de agosto de 2012 – Informações 
sobre preenchimento dos novos procedimentos dos CAPS
 Portaria nº 1.966, de 10 de setembro de 2013 – Altera custeio dos CAPS 24h 
(CAPS III e CAPS ad III)
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/centro-de-atencao-psicossocial-caps#collapse1
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2002/prt0336_19_02_2002.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2005/prt0245_17_02_2005.html
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt3089_23_12_2011_rep_comp.html
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/10/PORTARIA-130-26--JANEIRO-2012.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2012/prt0854_22_08_2012.htmlhttp://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/janeiro/29/Documento-Sobre-Procedimentos-de-CAPS-RAAS-PSI.pdf
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/10/PORTARIA-1966-10-SETEMBRO-2013.pdf
Modalidades
 CAPS I: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e 
persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com 
pelo menos 15 mil habitantes.
 CAPS II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, 
inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 
70 mil habitantes.
 CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves 
e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, atende cidades e ou regiões 
com pelo menos 70 mil habitantes.
 CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos 
pelo uso de álcool e outras drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 70 mil 
habitantes.
 CAPS III: Atendimento com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação; todas faixas 
etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias 
psicoativas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.
 CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento e 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e 
observação; funcionamento 24h; todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e outras 
drogas, atende cidades e ou regiões com pelo menos 150 mil habitantes.
 CAPS AD IV: atendem pessoas com quadros graves e intenso sofrimento decorrentes do uso 
de crack, álcool e outras drogas (dependência de substâncias psicoativas); mínimo 10 leitos, 
e no máximo 20 leitos; funcionamento 24h; regiões metropolitanas com mais de 500 mil 
habitantes
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO CAPS
ATENDIMENTO INDIVIDUAL Prescrição de medicamentos, psicoterapia,
orientação, relacionamento terapêutico
enfermeiro/paciente
ATENDIMENTO EM GRUPO Oficinas terapêuticas, oficinas expressivas, oficinas 
de leitura, alfabetização, grupos de leitura e 
debate, grupos de confecção de jornais...
ATENDIMENTO PARA A FAMÍLIA Atendimento nuclear e a grupo de familiares,
atendimento individualizado a familiares, visitas 
domiciliares...
ATIVIDADES COMUNITÁRIAS Desenvolvidas em conjunto com associações de 
bairro, festas comunitárias, caminhadas com 
grupos da comunidade, participação em 
eventos...
ASSEMBLÉIAS OU REUNIÕES DE ORGANIZAÇÃO DO 
SERVIÇO
A assembleia é um instrumento importante para o 
efetivo funcionamento do CAPS – lugar de 
convivência. Atividade semanal que reúne: 
técnicos, usuários, familiares e outros convidados, 
para discutir, avaliar e propor encaminhamentos 
para o serviço.
PORTARIA GM/MS 336/02
 ATENDIMENTO INTENSIVO: ATENDIMENTO DIÁRIO, OFERECIDO QUANDO A
PESSOA SE ENCONTRA COM GRAVE SOFRIMENTO PSÍQUICO. ESSE
ATENDIMENTO PODE SER DOMICILIAR, SE NECESSÁRIO.
 ATENDIMENTO SEMI-INTENSIVO: O USUÁRIO PODE SER ATENDIDO ATÉ 12
DIAS NO MÊS. ESSA MODALIDADE É OFERECIDA QUANDO O SOFRIMENTO E
A DESESTRUTURAÇÃO PSÍQUICA DA PESSOA DIMINUIRAM; PODE SER
DOMICILIAR, SE NECESSÁRIO.
 ATENDIMENTO NÃO INTENSIVO: À PESSOA NÃO PRECISA DE SUPORTE
CONTÍNUO DA EQUIPE PARA VIVER EM SEU TERRITÓRIO; TAMBÉM PODE SER
DOMICILIAR.
Cecco – Centro de Convivência e Cooperativa
 Atualmente contamos com 24 CECCOs no município de São Paulo, serviços
de extrema relevância para a história da saúde mental, pois além de se
constituir como uma retaguarda para a rede de saúde e um pólo de
comunicação entre diversos serviços (UBS, CAPS, Hospitais, dentre outros).
 Os CECCOS têm como proposta promover a convivência entre todas as
pessoas, sobretudo as pessoas com transtornos mentais, com deficiências,
idosos, crianças e adolescentes, pessoas em situação de rua, dentre outros à
população que habitualmente frequentam esses espaços públicos.
 O momento da chegada do usuário, que deve ser sempre recebido por um
profissional da equipe em um procedimento que denominamos acolhida.
Nesse espaço de acolhimento discute-se a programação de atividades
oferecidas pelo serviço, bem como as habilidades, as preferências, a histórias
de vida, que – por serem muitas vezes marcadas por sofrimentos psíquicos
intensos – necessitam de intervenção para poderem estabelecer contatos,
trocas afetivas, enfim, tudo o que precisamos para poder conviver,
compartilhando assim, um campo comum.
Cecco – Centro de Convivência e Cooperativa
 As oficinas são as ferramentas e o principal modo de expressão nos CECCOs pois
são dispositivos institucional que propicie construção de novas relações, de
convivência entre sujeitos comumente marcados por histórias de exclusão e
marginalização e destes com o restante da população. Dessa forma, há um
estímulo no serviço ao desenvolvimento de atividades que possam vir a se
transformar em geração de renda e a inserção em redes de economia solidária.
 a) Atividades Físicas e Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS):
Tai- chi- chuan, Yoga, Dança Circular, Dança Livre, Jogos e Brincadeiras,
Caminhadas...
 b) Atividades Artísticas e Artesanais: Crochê, Tricot, Bordado, Tapeçaria, Pintura em
Tela, Artesanatos...
 c) Atividades Sócio – Culturais: Passeios culturais, Roda de Estória, Roda de Música,
Cinema, Exposições etc.
 d) Culinária
 Os CECCOs estão abertos de segunda à sexta-feira. O serviço funciona em regime
de porta-aberta, isto é, não é necessário agendamento prévio ou
encaminhamento, porém podem receber também encaminhamentos da rede de
saúde para os casos já acompanhados.
OBRIGADA!

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