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TÉCNICA TERCEIRA - aberta Pode ser usado tanto o fórceps, quanto a alavanca, sendo necessário muitas vezes lançar mão do retalho, osteotomia e odontossecção. Indicação: Dentes fraturados e dentes anquilosados Molares com raízes divergentes (os dentes normalmente saem pelo longo eixo, geralmente ocluso-vestibular, com raízes divergentes apresenta divergentes eixos para sair do alvéolo, não sai inteiro, então opta-se por técnica aberta para tirar cada raiz pelo seu longo eixo) Dentes com dilaceração radicular Dentes com hipercementose Dentes em íntimo contato com o seio maxilar Dentes ou resto radicular sob prótese Dentes retidos Fase preliminar: preparo da boca, remoção de prótese, profilaxia, antissepsia e anestesia. Fase cirúrgica: 1. Incisão 2. Deslocamento do retalho de forma mucoperiosteal 3. Osteotomia e/ou odontosecção, se necessário 4. Extração, irrigação, limpeza, hemostasia e sutura. A diferença das outras técnicas é a necessidade de incisão para acessar o osso ou dente, nas técnicas primeira e segunda começa com sindesmotomia. Incisões Cabo de violino geralmente incisões extra-orais, já a ponta de lápis para intra-orais, com mais pontos de apoio e estabilidade. A incisão deve prevenir a deiscência do retalho (abertura do sutura) e prevenir a dilaceração do retalho. 1° princípio: qualidade de corte da lâmina e tecido, os cortes devem ser longos e contínuos para evitar danos teciduais. Os cortes curtos e com interrupções geram mais dor, inchaço, sangramento devido ao maior dano tecidual. A lâmina de bisturi deve estar perpendicular ao osso, onde há a incisão da mucosa e periósteo e, então, há o deslocamento do periósteo, para a quantidade de superfície exposta ser menor. Cada tecido deve ser incisado individualmente, na boca é uma incisão só, devido às estruturas vitais e suturas. A região de suprimento sanguíneo deve ser preservada para o retalho não necrosar, esse suprimento sanguíneo vem pelo periósteo na região não incisada, então deve preservar o suporte ósseo também. Assim, a largura do retalho na base deve ser maior que a altura e que o ápice (interdental) para não necrosar. O retalho deve caminhar um dente anterior, se for feito no dente extraído pode ficar um buraco, porém todo buraco deve ter suporte ósseo para não abrir. Retalho em trapézio : a relaxante deve estar divergente, deixando a base do retalho maior que a altura. Se for convergente (b) a base ficará menor que o ápice. Prevenção da necrose do retalho: a relaxante deve divergir em relação ao dente ao lado, para que nenhum local fique sem suporte sanguíneo. O sentido da relaxante irá determinar a base A incisão na relaxante deve preservar a papila (sendo feita na base da papila que é um triângulo) para ser suturada de forma adequada e não deformar. Incisar de forma contínua e envolvendo mucosa e periósteo. Se incisar no meio do dente (B) terá recessão gengival após extração. Tipos de Retalho Envelope: Incisão da região intrasulcular e não apresenta relaxante, então é um retalho envelope. É realizada através de um trajeto intra-sulcular e descolamento das papilas interdentais. Quanto mais papilas forem descoladas neste retalho, maior será o nosso campo operatório. Não consegue um grande afastamento. Pequena osteotomia no dente a ser extraído, visão bem próxima à região cervical ou não precisa de acesso muito grande. Em L: Incisão intrasulcular, circundando a cervical dos dentes e descolando as papilas, com uma das extremidades relaxantes, quando chegar na base da papila faz uma incisão única, contínua e divergente para que a base fique maior em direção à linha mucogengival e fundo de sulco. Lâmina de bisturi depois de percorrer os sulcos, vai até o fundo do vestíbulo formando um retalho em forma de L. Relaxante -> incisão intramuscular -> relaxante Deve estar um dente para frente e um dente para trás do que vai ser extraído, porque se não o retalho abre. Toda incisão deve estar sobre osso sadio O retalho deve ser feito sempre na vestibular, na lingual é evitado devido aos feixes vasculonervosos. A relaxante permite chegar mais profundamente na região e enxergar melhor. Proporciona melhor afastamento com menor retalho. Abordagens em regiões alveolares dentadas e por vestibular para realização de exodontia de dentes permanentes e decíduos, dentes retidos, restos radiculares, cirurgias parendodônticas, remoção de cistos e tumores, cirurgia pré-protética, 3M inclusos. Trapézio Envolve região intramuscular, com 2 relaxantes divergentes. Bom afastamento, utilizado em cirurgias maiores, egiões alveolares desdentadas, permitindo acesso a cistos e tumores intraósseos e cirurgias pré-protéticas. Semilunar Remover lesões nos ápices dos dentes ou remover o ápice, para o acesso vestibular à região apical dos elementos dentários, em procedimentos para endodônticos que envolvam um ou dois dentes e que apresentem raízes longas. Deve ser feita completamente em mucosas não ceratinizadas. Deve ser muito bem planejado para não ficar sem suporte ósseo Y Invertido Incisão reta, geralmente no palato, com 2 relaxantes e que gera 2 retalhos. Acesso torus palatino. Não pode incisar reto devido as artérias palatinas maiores. DESCOLAMENTO DO RETALHO Feito pelo molt, inicia o descolamento pelo ângulo Retalho em L : onde a relaxante se encontra com o retalho. ERROS: Incisar apenas mucosa e não o periósteo: aumenta o sangramento (pois a vascularização esta no periósteo), reduz suprimento sanguíneo e aumenta dano tecidual (rasgou o periósteo), mais dor e inchaço, campo de visão ruim pelo sangramento. Remoção comforceps ou alavanca: após o retalho tem-se estrutura e apoio para os instrumentos. OSTEOTOMIA: Retirada de osso para facilitar a extração do dente, com via de acesso cervical ao colo e à raiz do dente. Substituir a luxação e criar um ponto de apoio para a alavanca. Objetivo de criar um ponto de apoio e alcançar o dente. Realizada com brocas esféricas (no 2, 4 ou 6) e, prioritariamente, deve ser realizada na região vestibular, circundando o dente. Ao realizarmos o contorno do tecido ósseo associado ao colo do dente, é possível observarmos a criação de uma canaleta, que servirá de apoio para a introdução de alavancas. ODONTOSECÇÃO: É a divisão programada do dente com finalidade de diminuir o volume e a resistência do dente, facilitando sua remoção. Reduz a quantidade de tecido ósseo removido, prevenindo fraturas. Feitas para raizes divergentes com eixos de saída diferentes Corta-se o dente seguindo sua anatomia para separação das raízes. Broca Zekrya (FG) ou broca troncocônica 702 (PM) Nos molares superiores a broca inicia em vestibular e vai até o meio do dente, depois de mesial para distal, com profundidade próximo a furca do dente, criando uma odontosecção em forma de T separando raízes MV, DV e P. A primeira raiz geralmente é removida com alavanca. Em molares inferiores a broca vai de Vestibular até Lingual para separar a raiz M e D. Anquilose em dentes decíduos: cuidado com o germe do dente permanente, em geral dentes decíduos com raiz completa tem raízes divergentes, então em extração de decíduos com raízes completas faz odontosecção (Evitar que o germe venha junto) Extração retrógrada: Usada para preservar as tábuas ósseas para quando for necessário extrair raízes fraturadas. CUIDADOS COM O ALVÉOLO DENTÁRIO APÓS EXTRAÇÃO Ao final da exodontia, devemos realizar a sondagem do alvéolo dentário e palpação da gengiva marginal, observando a presença ou ausência de espículas ósseas, regularidade dos bordos, estabilidade dos septos interdentais e lesões periapicais. A presença de espículas ósseas ou lesões periapicais residuais poderão causar dor e desconforto pós- operatório e atraso na cicatrização 1. Curetagem alveolar cuidadosa apenas em dentes com lesão periapical -> cureta de Lucas. - A curetagem é realizada apenas quando há lesão porque as fibras periodontais existentes no alvéolo são importantes para a cicatrização por conter fibroblastos. - Quando não há lesão o alvéolo é apenas irrigado 2. Remoção de espículas ósseas na região de septos interdentais com pinça goiva, lima pra osso ou broca. 3. Irrigação para remoção de restos de osso e limpar o alveolo 4. Sutura 5. Hemostasia após extração - Compressão do alvéolo por 15 minutos com gaze dobrada em forma quadrada. OBS: na maxila, deve-se realizar a manobra de Valsava para avaliação de comunicação bucossinusal. Esta manobra é feita através do selamento do nariz do paciente com uma gaze. Assim que a via nasal estiver ocluída, devemos solicitar que o paciente tente expelir o ar pelo nariz, mas de boca aberta (como se estivesse assoando o nariz). Se neste momento, observarmos a saída de ar pelo alvéolo, confirmamos a existência de comunicação bucossinusal. Extração seriada Criar uma ordem para a extração seriada, iniciando-se pelos dentes superiores (pode cair algo dentro do alvéolo gerando alveolite e a AL se difunde mais rápido por ossos porosos, ou seja, na maxila inicia-se primeiro) de posterior para anterior para ter uma área sem sangramento para melhor visão. Utiliza a técnica aberta com retalho em envelope. Alveoloplastia/osteotomias : retirada de espículas ósseas com broca, pinça goiva ou lima para osso. Regularização do alvéolo Gengivoplastia para acertar o retalho e remover as papilas que não terão vascularização adequada. Razões para começar de superior para inferior em uma extração seriada: