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Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 BASES DA TERAPÊUTICA Aula 20: Distúrbios Hidroeletrolíticos 06/05/2020 DISTURBIOS HIDROELETROLITICOS • Os eletrólitos tem um papel importante na manutenção da homeostase no organismo • Os líquidos e eletrólitos estão distribuídos nos compartimentos intra e extracelular, cuja manutenção de volume e composição é essencial para processos metabólicos fundamentais à vida. O sódio (Na+) é um cátion predominantemente extracelular, a concentração extracelular é de 142 mEq/L, enquanto intracelular é de 10 mEq/L O potássio (K+) ao contrário, é um eletrólito predominantemente intracelular, com concentração intracelular de 140 mEq/L, enquanto extracelular é de 4 mEq/L. Portanto, a manutenção desses cátions é muito importante para o funcionamento das funções vitais. • Considerando os fluidos corporais, o sódio é o principal cátion extracelular, o potássio é o principal cátion intracelular e o cloro é o principal ânion extracelular. • As concentrações de Na+ e K+ são mantidas pela Bomba Na-K ATPase das membranas plasmáticas, a qual transporta de forma ativa o Na+ para o exterior das células e o K+ para o interior. Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 DISTÚRBIOS DO SÓDIO O sódio é importante na manutenção do potencial de membrana, essencial em funções celulares como contração, transmissão de impulsos nervosos, mas sua importância maior está relacionada com a osmolaridade do meio extracelular. Fórmula da osmolaridade: Osmolaridade = (2xNa) + (Glicose) + (Ureia) 18 6 Normal = 280 - 320 Osm A glicose importante para pessoas com diabetes, já ureia para pessoas com insuficiência renal crônica. O sódio exerce um papel extremamente importante na osmolaridade, na manutenção do desequilíbrio osmótico. SÓDIO (Na+) • É o cátion mais abundante no liquido extracelular • Fundamental na manutenção do equilíbrio hídrico • A perda de sódio causa redução da pressão osmótica do liquido extracelular que resulta na migração de água para o interior das células • O aumento da centração do sódio no liquido extracelular, ao contrário, aumenta a sua pressão osmótica e favorece o acumulo de água no interstício, produzindo edema. HIPONATREMIA • Concentração normal: Na = 135 - 145 mEq/L • Definição: Na < 135 mEq/L. • Importância: queda da osmolaridade plasmática • DHE mais comum em pacientes hospitalizados (UTI: 15 - 30%) • Está intimamente relacionado ao distúrbio de metabolismo da água Importância: A presença de hiponatremia está associada a uma serie de desfechos desfavoráveis, como aumento no tempo de permanência hospitalar, necessidade de internação em UTI, custo da hospitalização e mortalidade. Principalmente quando analisada em subgrupos específicos de doenças, como neoplasias, insuficiência cardíaca (IC), cirrose e pacientes renais crônicos em hemodiálise. Avaliação da Hiponatremia: A hiponatremia, os distúrbios de sódios, não são distúrbios de sódio diretamente, estão mais relacionadas ao distúrbio de água. (1) Do ponto de vista matemático, a concentração sérica de sódio é uma fração, expressa em miliequivalente de sódio por litro de água [Na+] = miliequivalente de sódio litro de água 3 possibilidades de hiponatremia: É possível um paciente com hiponatremia que ao observar: o Na total está aumentado, mas a água em relação ao sódio, está mais aumentada. Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 (1) Sódio muito baixo e água total pouco reduzida (2) Sódio normal e aumento discreto de água (3) Sódio aumentado e água muito mais aumentada (2) A hiponatremia deve ser interpretada mais como um excesso de água do que um déficit de sódio. Toda vez que avaliamos uma hiponatremia, é obrigatório, avaliar a volemia do paciente e dessa forma, tentar entender a distribuição de sódio e água no compartimento. A – Paciente hipovolêmico com a quantidade de fluido extracelular reduzido. Comparando o sódio e a água nesse paciente: o sódio está reduzido e água está maior proporcionalmente. B – Paciente normovolêmico. O sódio está normal, mas a água está aumentada. C – Paciente hipervolêmico. O sódio está aumentado, porem o aumento de água é muito maior. (3) O excesso de agua resulta em diluição de sódio sérico e hiponatremia. Como a concentração sérica de sódio é o principal determinante da osmolaridade sérica, hiponatremia se acompanha de hipo-osmolaridade. Sequência de Avaliação: 1. Osmolaridade plasmática 2. Volemia 3. Sódio na urina Hiponatremia Hipotônica • Hipovolêmica: perda de água e de sódio, mas com déficit maior de sódio. Essas perdas podem ser de origem renal ou extrarenal. Sinais e sintomas de hipovolemia. - Causas renais: doenças renais túbulo-intersticiais – nefropatas perdedoras de sal (incapacidade do túbulo renal reabsorver sódio), uso não controlado de diuréticos, deficiência de mineralocorticoides. - Causas extrarenais: diarreia, vomito, suor excessivo, pancreatite – retenção de fluido no terceiro espaço, queimadura. Nas situações em que a causa é de origem renal, o sódio urinário é alto > 20mEq/L, indica que o sódio está indo para a urina, não está sendo reabsorvido (incapacidade tubular em reabsorver sódio). Origem extrarenal: Na Urinário < 20 (situação de origem extrarenal, significa que os rins estão normais, mas que a concentração de sódio na urina está baixo). Portanto, sódio urinário alto significa que o problema é renal, ou seja, o rim não tem capacidade para reabsorver o sódio. Já o sódio urinário baixo significa que o rim está normal, reabsorvendo sódio. • Normovolêmica: ocorre quando há reabsorção excessiva de água em virtude da incapacidade renal em diluir a urina. Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 Geralmente são causadas por uma produção excessiva do hormônio antidiurético (HAD) associada a uma ingestão aumentada de água ou a uma administração inadvertida de soluções hipotônicas. - Causas: medicamentos (Hidroclorotiazida (diurético) – aumenta excreção de NaCl no túbulo contorcido distal gerando natriurese e potencializa a ação do HAD no ducto coletor). SIHAD. Polidpsia psicogênica, estresse cirúrgico. Assim, situação de normovolemia é quando há produção em excesso do hormônio antidiurético ou potencialização de sua ação. Portanto, existe uma reabsorção excessiva de água e, sendo assim, o resultado final, existe mais água do que sódio, podendo o sódio estar normal, mas os níveis de água discretamente aumentado. • Hipervolêmica: história e exame físico sugestivos de síndrome edematosa, como IC, cirrose ou síndrome nefrótica. - Edema e ganho de peso são comuns a todas. Do mesmo modo, o sódio urinário está baixo e a osmolaridade urinaria alta (urina fica concentrada, pois ocorre reabsorção muito alta de água e o rim não consegue diluir a urina), mas esta retenção hidrossalina ocorre em resposta à hipovolemia relativa (redução no VIVE) Ex.: Na IC, o coração não possui força suficiente para ejetar o sangue. Então, existe uma redução da fração de ejeção e os órgãos ficam hipoperfundidos (perfusão inadequada). Assim, nos rins, ocorre uma ativação do sistema renina- angiotensina-aldosterona que faz com que haja uma reabsorção de sódioe água, porem a reabsorção de água é muito maior do que a de sódio. Portanto, o sódio urinário está baixo, pois teve uma grande reabsorção de água em comparação com a reabsorção de sódio. • A retenção hídrica não é isolada como acontece na euvolêmica • Aqui, a retenção de água é concomitante ao de sódio, mas o ganho hídrico é sempre superior ao iônico • Há aumento do HAD devido a diminuição da volemia arterial efetiva – há diminuição da capacidade de eliminar água. Sódio Urinário - Sódio urinário alto indica que há uma doença renal, uma doença tubular na qual há incapacidade em reabsorver sódio, então ele é excretado na urina. - Sódio urinário baixo indica que o problema não é no rim, então o rim consegue reabsorver sódio. Quadro Clínico • Na hiponatremia, o liquido extracelular se torna hipotônico em relação ao liquido intracelular, gerando desvio de água para o interior das células. Por isso, as principais manifestações clinicas da hiponatremia são neurológicas, pois, como a calota craniana impede a expansão do parênquima cerebral, o edema celular resulta em hipertensão intracraniana. • A depender da gravidade e velocidade de instalação, a hiponatremia pode ser assintomática ou causar sonolência, estupor, coma e crises convulsivas. Ex.: hiponatremia de 115 aguda é muito mais grave do que uma hiponatremia de 110 crônica. • A velocidade de instalação da hiponatremia é um fator determinante na sintomatologia. Por exemplo, uma hiponatremia moderada aguda pode ser mais sintomática que uma severa crônica. Isto porque, na hiponatremia crônica, mecanismos adaptativos entram em ação visando reduzir a osmolaridade intracelular e, consequentemente, minimizar a entrada de água nas células e o edema cerebral. Para isso, os neurônios inicialmente excretam sais de sódio e potássio e, posteriormente, osmólitos orgânicos. • Estes mecanismos adaptativos precisam ser respeitados no momento do tratamento. • Correção rápida de uma hiponatremia crônica, ao elevar a osmolaridade do LEC, pode causar redução abrupta do volume neuronal com desmielinização de tronco cerebral, principalmente na ponte (mielinólise pontina). Tratamento da Hiponatremia • Tratar a causa base Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 • Lembrar que o aumento do sódio sérico deve ser com muita cautela mediante formula de correção de sódio. Complicações Desmielinização osmótica do SNC (Mielinólise) Quadro clinico: 2 a 6 dias após a correção do sódio. Tetraparesia, disartria, disfagia, agitação, coma, alterações pupilares, incontinência urinaria. Pontos importantes no tratamento Nos pacientes com hipervolemia, a base do tratamento é diminuir a água livre, pois tirando a água livre, diminui a quantidade de água e consegue normalizar o sódio. Assim, é indicado para esses pacientes o uso de diuréticos para eliminar água e normalizar a concentração de sódio. Cuidado: para pacientes desidratados, não pode ser indicado o uso de diuréticos. • Estados edematosos: pacientes assintomáticos do ponto de vista neurológico, o tratamento consiste em restrição de água para 800-1000 ml em 24 horas. Se necessário: furosemida (causa diurese hipo-osmolar) • Pacientes com desidratação: restaurar a volemia do paciente. HIPERNATREMIA • Concentração de sódio > 145 mEq/L • Principal determinante da osmolaridade sérica, sendo assim, a principal consequência da hipernatremia é a hiperosmolaridade com desidratação celular Causas: Ex.: Diabetes Insípidos (DI) – O paciente não produz ou produz, mas não tem ação efetiva do hormônio antidiurético (causa reabsorção de água através de aquaporinas). Então, na DI o neurogênico é quando não produz ADH e o nefrogênico é quando ele produz ADH, porem o rim tem uma resistência com esse ADH, ou seja, não tem ação do ADH e a urina fica diluída, não tem reabsorção de água. O vômito gera hipernatremia, pois o paciente desidrata, perde volemia e acontece ativação renina-angiotensina- aldosterona, aumentando a reabsorção de água e de sódio. O paciente que tem acesso água, irá ingerir água livre que irá dissolver o sódio. Já o paciente que não possui acesso a água (idoso, acamado, sequelado por AVC, dependente de outras pessoas para cuidados básicos, não tem o centro de sede funcionando de forma adequada), qualquer vomito, diarreia, irá causa a hipernatremia. Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 Na atividade física se perde muito eletrólitos e não é recomendado repor apenas tomando água, pois pode levar o paciente a uma hiponatremia. Então, os isotônicos possuem uma quantidade de sódio maior, para que não deixe os pacientes hiponatrômicos. Achados Clínicos: • Desidratação importante • Sede intensa • Fraqueza muscular • Confusão mental • Alterações neurológicas: convulsões, coma Tratamento: Pacientes com hipernatremia deve ter cuidado na hora em que vai diminuir o sódio de forma rápida, pois se o sódio é diminuído de forma rápida, da mesma forma como na hiponatremia que existem mecanismos adaptativos, na hipernatremia também existe. Assim, conforme a osmolaridade aumenta, a célula (principalmente neurônio) aumenta sua osmolaridade intracelular, através de osmólitos orgânicos (alto poder osmótico) e, dessa forma, evita que a célula fique desidratada. Esses osmólitos demoram para sair do organismo. Então, caso faça uma correção rápida, por exemplo: 160 para 140, a osmolaridade intracelular estará aumentada, a água irá passar do meio extracelular para o intracelular gerando edema cerebral (importante). Correção inadivertida de hiponatremia gera desmielinização (Mielinólise – acontece principalmente na ponte). A desmielinização é uma desidratação osmótica. Correção inadivertida de hipernatremia gera edema celular. Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 CUIDADO: O máximo que se pode corrigir em 24 horas são 12 mEq de sódio. É inadmissível para o paciente que tenha hiponatremia de 110, em 24 horas, corrigir o sódio dele para 130-140. Em 24 horas, o máximo que se pode elevar é 122. É inadmissível, para o paciente com hipernatremia, com 160 de sódio, em 24 horas, corrigir para 140. O máximo que se pode corrigir é até 148. Como corrigir o sódio dentro do limite aceitável? É usado fórmula. Paciente que possui hiponatremia, será passado uma solução com concentração sódio alta. Paciente com hipernatremia, será passado uma solução com concentração de sódio baixa. → Soluções: Dependendo da situação do paciente, será usado um tipo de solução. • O soro fisiológico (NaCl) 0,9% possii 154 mEq de sódio por litro. Paciente com hiponatremia, pode ser usado um soro fisiológico ou um soro à 3%. É menos provável que vá usar uma solução maior. Paciente com hipernatremia, será escolhido uma solução mais hipotônica, ex.: soroglicosado (SG5%) → Fórmula: Na infusão – Na paciente Água corporal total + 1 Água corporal é uma constante que varia de acordo com sexo e a idade X o peso Ex.: Hipernatremia Paciente: mulher jovem com 60 kg Na paciente = 160 mEq/L 77 - 160 / 60x0,5 +1 → - 83/31 = - 2,67 Na infusão (solução – NaCl 0,45%) = 77mEq/L Isso significa que não pode ser usado mais que 4,5L da solução. Se 1L varia o sódio em 2,67 mEq → x4L = 10 ou x5L = 13 Ou seja, se for dado 5L dessa solução para a paciente é muito, Pois irá ultrapassar os 12 mEq permitidos para corrigir o sódio. OBS: Como medida de segurança, nunca calculamos para 12 mEq, mas sim para 10 mEq. Ex.: Nesta paciente, 4L dará 10,68 mEq (2,67x4), portanto, não será passado mais do que 4L dessa solução para a paciente. Esse resultado significa que 1L desta solução de NaCl 0,45%, neste paciente (mulher jovem, 60kg), iráreduzir o sódio em 2,67 mEq Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 Ex.: Hiponatremia Paciente: mulher jovem, 60kg Na paciente = 110 mEq 154 - 110 / 60x0,5 + 1 → 44 / 31 → 1,41 Na infusão (NaCl 0,9%) = 154 mEq Usando solução NaCl 3%: 513 - 110/31 → 13 mEq (não se pode usar, pois passou de 12 mEq – atenção para a medida de segurança) Portanto, o que irá orientar na escolha da solução, é a volemia do paciente. Ex.: Paciente hiponatremico em situação de hipovolemia, será escolhido uma solução que não possua muito sódio, como por exemplo, soro fisiológico 0,45%. Complicações • São decorrentes da própria hipernatremia • Correção rápida do sódio: edema cerebral, por isso deve corrigir o sódio com cautela. A figura mostra um cérebro normal. Quando o espaço extracelular fica hipertônico, ele fica desidratado. Existe uma rápida adaptação, ou seja, volta um pouco ao normal. Em seguida, através de osmólitos orgânicos, quando se faz uma correção rápida do sódio, acontece o edema cerebral. Portanto, sempre respeitar os 12mEq de sódio em 24 horas. Resultado significa que em 1L desta solução de NaCl 0,9%, neste paciente (mulher jovem, 60kg), irá aumentar o sódio em 1,41 mEq Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 HIPOCALEMIA • Definição: K sérico < 3,5 mEq/L • Concentração Normal: 3,5 < Na < 5,5mEq/L • Alteração grave e potencialmente fatal • É uma das causas de parada cardiorrespiratória Existe uma enorme diferença entre o K intracelular (140mEq/L) e o K extracelular (3,5-5,5 mEq/L). • É essa diferença de gradiente que é responsável pela excitabilidade nervosa e muscular (incluindo miocárdio). Pequenas alterações no potássio sérico podem implicar profunda alteração na condução e excitabilidade do coração, podendo alterar a função e o ritmo cardíacos e causar uma PCR. Assim, a maior preocupação em relação ao sódio é manter a osmolaridade, enquanto o potássio é a contração muscular, principalmente em relação à excitabilidade do coração. Causas Achados Clínicos • Hipocalemia leve: > 3,0 (raramente alguma manifestação) • Hipocalemia grave: < 2,5 - fraqueza muscular generalizada (tetraplegia flácida), distúrbio do ritmo cardíaco, íleo paralítico (alteração do peristaltismo do TGI) Tratamento Aumentar os níveis de potássio. Não precisa ter medo da variação de potássio, não é necessário formula. Mas precisa tomar cuidado e respeitar a concentração máxima da solução permitida. Reposição na veia, o potássio é reposto quando está menor que 3 mEq/L. Já a reposição oral (prioridade por ser mais segura), é quando o potássio está maior do que 3 mEq/L. Não pode jamais, passar uma ampola sem diluir na veia do paciente. Deve também, respeitar a velocidade máxima de reposição. Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 HIPERCALEMIA • Definição: K > 5 ou 5,5mEq/L Causas Doença de Addison: deficiência de corticoides Rabdomiólise: destruição celular Síndrome de lise turmoral: quimioterapia Achados Clínicos • Manifestações Inespecíficas • Fraqueza • Adinamia • Arritmia (FV, assistolitica) • Manifestações específicas de cada doença As alterações cardíacas são sempre mais graves na hipernatremia, então deve sempre pedir eletrocardiograma). Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 Exames Complementares: • ECG • Função renal (ureia e creatinina) • Gasometria: observar o distúrbio ácido-basico que pode ser a causa da hipernatremia • Glicemia, cetonúria, cetonemia • CPK (rabdomiólise) Tratamento → Medicamentos que diminuem o potássio: Dissecção Diuréticos: Furosemida Inalação com beta-2 agonista: fenoterol, salbutanol – colocam K dentro da célula. Polarizantes: Insulina: coloca potássio dentro da célula. Porém, não pode ser usada sozinha, se não causa uma hipoglicemia. Portanto, usará insulina para colocar o potássio dentro da célula, mas para evitar a hipoglicemia, é administrado junto glicose, ou seja, insulina + glicose. (importante) Bicarbonato de sódio: faz alcalose metabólica, mas alcalose gera hipocalemia. Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre – 2020 Então, as 3 situações: beta-2 agonista, polarizantes e bicarbonato de sódio são medidas utilizadas na hipercalemia que faz a translocação de potássio para o intracelular. Eles não diminuem o potássio corporal total. O Furosemida que é um diurético que espoliador potássio, diminui o potássio corporal total. É um diurético de Alça. Aumenta a excreção de sódio e secreção de potássio. Resina de troca, também é um espoliador de potássio: na luz do intestino, faz troca de cálcio por potássio, então, diminui absorção de potássio, ou seja, diminui o potássio corporal total. Diálise: hemodiálise é mais eficaz. Usada mais em hipercalemias graves. Gluconato de Cálcio Não é medicamento para tratar hipercalemia. É um medicamento usado para estabilizar a membrana do miócito e evitar arritmias. Portanto, é usado quando existe hipercalemia e há alteração eletrocardiográfica, ou seja, paciente com potássio 7 mEq e, tem uma onda T apiculada, QRS começou alargar, é usado o gluconato de cálcio. OBS: ele não diminui potássio, apenas estabiliza a membrana do miócito.
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