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Fundamentos em Hemodinâmica

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Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre, 1° bimestre – 2020 
BASES DA TERAPÊUTICA 
Aula 9: Fundamentos em Hemodinâmica 
26/03/2020 
 
DISTRIBUIÇÃO DO SANGUE PELO ORGANISMO 
A partir da saída do sangue, na bomba cardíaca esquerda, a forma como ele é distribuído. 
O sistema gastrointestinal, baço, tem 21% de recebimento do sangue ejetado. É um número próximo dos rins que 
recebem 22%. Quase ¼ do sangue distribuído chega ao rim. 
Já o cérebro recebe quase 15% de sangue arterial para manter sua função. 
 
 
 
DISTRIBUIÇÃO DO SANGUE NO SISTEMA CIRCULATÓRIO 
O sistema venoso ocupa a maior parte da distribuição do sangue, como mostra na imagem a distribuição de 64% de 
sangue, de tal forma que esta distribuição do sangue no sistema venoso é fundamental para a função do coração. 
Então, este sangue venoso que tem que voltar para o coração (retorno venoso) é extremamente importante para a 
hemodinâmica. 
 
 
 
Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre, 1° bimestre – 2020 
OSCILAÇÃO DAS PRESSÕES NAS DIVERSAS PARTES DA CIRCULAÇÃO 
Por que a pressão arterial é tão significativa como sinal vital? Porque a pressão arterial (PA) nos dá exatamente a 
forma como esse direcionamento da hemodinâmica acontece. 
 
Ex.: A pressão arterial 12/8 e a forma como os vasos sanguíneos principais, logo depois da ejeção do coração, eles 
recebem esse fluxo de sangue. Então a PA 12/8 é um dado de normalidade para que haja uma função exata da 
hemodinâmica. 
 
Temos PA 12/8 na aorta, grandes artérias, pequenas artérias e isso vai diminuindo de arteríolas à capilares. 
Nos capilares ainda tem um gradiente de pressão necessário para troca na microcirculação e veja que praticamente 
no sistema venoso não tem essa variação de PA o que vai aumentar somente depois na pequena circulação 
pulmonar. Então é muito importante a PA. Não interessa os hipertensos, hipotensos, o que interessa são os 
normotensos. 
Portanto, para que você tenha uma boa hemodinâmica deve sempre procurar fazer com que seu paciente tenha 
esse circuito de pressão arterial. É isso que interessa para a boa função circulatória. 
 
 
 
INTERRRELAÇÕES ENTRE PRESSÃO, FLUXO E RESISTENCIA = LEI DE OHM 
O fluxo (F) está na dependência da variação de pressão (ΔP) de entrada e saída desse conduto diretamente 
proporcional a essa variação de pressão e inversamente proporcional ao tamanho do raio (R). 
 
 
 
OBS: Se de repente eu restrinjo/diminuo o tamanho do raio, eu aumento o tamanho do fluxo. Ou o oposto, caso 
faço um vaso dilatação e aumento o tamanho do raio do vaso sanguíneo, ocorre a diminuição do fluxo sanguíneo. 
Dependendo da situação clinica irá mexer na ΔP, ΔR para melhorar o fluxo sanguíneo final. 
 
DÉBITO CARDÍACO (DC) 
Quantidade de sangue bombeado para a aorta, a cada minuto, pelo coração. 
• DC = VS x FC → O débito cardíaco é o volume sistólico x frequência cardíaca 
Então, para pensar em DC temos 2 variáveis, onde podemos mexer terapeuticamente, tanto no volume sistólico 
como na frequência cardíaca. 
 
Ex.: Suponha que o DC do paciente está rebaixado porque o paciente está desidratado e você precisa recuperar 
este DC. Uma forma é hidrata-lo, pois quando você hidrata o paciente, você está mexendo no volume sanguíneo e 
 
Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre, 1° bimestre – 2020 
por isso tem resposta no DC. Poderia também corrigir com o aumento da FC, mas neste contexto clínico não é isso 
que está pedindo. Então pense sempre quando for trabalhar na melhora do DC, pois há 2 variáveis: VS e FC. 
 
- Homens = 5,6L/min 
- Mulheres = 4,9 L/min 
 
Existem 4 variáveis que afetam diretamente de forma intrínseca o DC: 
1. Nível básico do metabolismo corporal 
2. Exercício físico 
3. Idade: é muito importante, pois idosos tem uma redução do débito cardíaco. Não podemos raciocinar os 
valores adulto/jovem e aplicar no idoso. 
4. Dimensões do corpo 
 
ÍNDICE CARDÍACO (IC) 
Débito cardíaco por metro quadrado da superfície corporal → IC = DC/m² 
A = 1,73 m² 
IC = 3 L/min/m² (Adulto de 70 kg) 
 
RETORNO VENOSO (RV) 
É fundamental para o débito cardíaco. (É IMPORTANTE SABER ISSO) 
 
O retorno venoso é a quantidade de sangue que flui das veias para o átrio direito a cada minuto. 
 
 
 
 DC é controlado pelo RV IMPORANTE ** 
 
CONTROLE DO DC PELO RV 
Possui um mecanismo fisiológico de adaptação que é a lei de Frank-Starling do Coração. 
Esse mecanismo mostra que o coração tem uma capacidade intrínseca de se adaptar a volumes crescentes de afluxo 
sanguíneo, desde que o coração seja normal. Então, um coração normal estimulado com maior retorno venoso vai 
responder, pois tem mecanismos de adaptação. 
 
Quais são esses mecanismos de adaptação? Mecanismo de acoplamento actina-miosina (extremamente 
diferenciado na fibra cardíaca) e também há ganho de FC com: distensão do átrio esquerdo e com distensão do nó 
sinusal. Isso ao aumentar a FC tem uma melhora no DC, portanto, responde melhor a demanda de retorno venoso. 
Portanto: RV está diretamente relacionado ao DC (IMPORTANTE) 
 
Lembre-se: 
- Na maioria das condições não estressantes usuais, o DC é controlado, de forma quase total, pelos fatores 
periféricos que determinam o RV. 
- Se o RV for MAIOR do que o Coração pode bombear, o coração passara a ser o fator limitante do DC, assim, você irá 
precisar melhorar a função cardíaca intrínseca para que ele consiga dar demanda ao retorno venoso do paciente. 
 
RESISTENCIA PERIFERICA TOTAL (RPT) 
É a resistência que o sangue encontra logo depois da ejeção da bomba esquerda. Essa é uma variável importante na 
função cardiocirculatória. 
Pressão arterial (PA) = DC x RPT ou DC = PA/RPT 
DC = VS x FC 
 
Ex.: Suponha que o paciente está hipertenso e você dará um vasodilatador. 
Por que a utilidade do vasodilatador? Porque você irá diminuir a resistência periférica total, diminuindo a PA. É uma 
das possibilidades terapêuticas de manipulação da PA. 
 
Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre, 1° bimestre – 2020 
Portanto: é importante guardar que esta formula é fundamental para o seu raciocínio clinico sempre que pensar em 
hemodinâmica e em patologias do sistema cardiocirculatório. 
 
DETERMINANTES DO DESEMPENHO CARDÍACO 
• Pré-carga: 
- Pressão diastólica final ou Volume diastólico final 
- RV: mecanismo de Frank-Starling do Coração 
 
• Pós-carga: 
- Forças físicas que precisam ser superadas para haver a ejeção ventricular. Refere-se à RPT do paciente. 
 
• Contratilidade Ventricular 
- Força de Ejeção = índice confiável para o VE. Isso é o ECG que dará. 
 
• Força Cardíaca 
Que tipo de situação é a FC. 
 
Portanto, determinantes do desempenho cardíaco: pré-carga, pós-carga, contratilidade ventricular e frequência 
cardíaca, toda vez que estiver diante de um paciente cardiopata, cardiovascular, suspeitar que é este o sistema que 
está alterado diante de uma anamnese, deve-se responder a essas questões. 
 
REGULAÇÃO NEURO-HORMONAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 
Toda essa hemodinâmica deve ter um controle. Esse controle do sistema cardiovascular é uma regulação neuro-
hormonal. 
É necessário saber quais são esses reguladores: 
• SNA Simpático 
• SNA Parassimpático 
• Sistema Renina-Angiotensina 
 
Esses 3 sistemas serão manipulados farmacologicamente sempre que precisar. Então, nós precisamos conhecer 
quais são as ações desses sistemas. 
 
SNA SIMPÁTICO 
 Norepinefrina e Epinefrina 
• Aumenta a FC: 
- Estímulo Beta (epinefrina) 
 
• Aumenta a contratilidade miocárdica 
- Estímulo Alfa e beta (epinefrina) 
 
• Regula o tônus vascular 
- Vasoconstrição arterial: estímulo alfa. 
- Vasoconstrição venosa: leito esplâcnico. Quando ocorre vasoconstrição nesse local, em geral, é um deslocamento 
do sangue destes órgãos para órgãos que estão precisando mais nessa situação clínica. 
 
SNA PARASSIMPÁTICO 
 Acetilcolina 
No coração provoca bradicardia, pois a acetilcolina lentifica a velocidade de disparo tanto do nodo sinusal como do 
nodo atrioventricular. Logo,isso faz com que ocorra bradicardia, ou seja, o efeito colinérgico do coração é de 
diferente do efeito adrenérgico. 
No repouso, a FC está sob controle fundamentalmente do Parassimpático. 
 
 
 
 
Tathiane F. Alves TXIX – 5° semestre, 1° bimestre – 2020 
SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA 
Este é um regulador intermediário e de longo prazo. 
 
OBS: Os mediadores tanto SNA simpático como parassimpático são mais de curto prazo. 
 
• Angiotensina II 
- É um potente vasoconstritor periférico além de ativar a liberação de aldosterona. Ao liberar aldosterona ocorre 
retenção de sódio (Na) e água e, consequentemente, aumento da pressão arterial. (mais importantes) 
- Promove liberação de noradrenalina em sítios periféricos do sistema simpático (menos importante). 
Portanto, pacientes cardiopatas, cardiocirculatórios, muitas vezes a médio-longo prazo para que tenha uma 
manutenção/instabilidade da sua hemodinâmica precisam ter algum tipo de medicamento que vá atuar do Sistema 
Renina-Angiotensina-Aldosterona. 
 
CHOQUE 
Paciente com instabilidade hemodinâmica precisa ser rapidamente tratado. Em particular, o paciente com choque. E 
o choque definido pela insuficiência na perfusão tecidual, tão importante para células e tecidos, é isso que temos 
que combater. Então, a hemodinâmica é fundamento para essa fisiologia: levar o sangue aos tecidos, as células, 
onde precisam de nutrição, oxigênio, etc. Logo, toda perfusão tecidual efetiva reduzida é uma situação de choque. 
 
Tipos de Choque: 
→ Choque Hipovolêmico: perda de sangue e/ou volume 
→ Choque Cardiogênico: diminuição do DC 
→ Choque Distributivo: vasodilatação periférica 
→ Choque Obstrutivo Extra-Cardíaco 
 
Tudo isso gera instabilidade hemodinâmica, gera prejuízo de perfusão tecidual e isso não pode acontecer. Temos 
que atuar terapeuticamente e de forma forte, pois o tecido não suporta grandes períodos de má perfusão.

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