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Síndrome nefrótica e nefrítica Vitória Araujo T7 Síndromes renais -Sd. nefrítica: ® Início súbito de oligúria, HAS, hematúria, proteinúria discreta, edema discreto; -Sd. nefrótica: ® Proteinúria maciça (>3,5 g/dia), hipoalbuminemia (<3 g/dl), edema grave, hiperlipidemia, lipidúria; -IRA: ® Queda súbita da função renal, olgúria ou anúria, acidose metabólica; -IRC: ® Declínio contínuo da função renal, HAS, creatina e uréia, curso prolongado, anemia; Síndrome nefrótica -A síndrome nefrótica é causada por doenças renais que aumentam a permeabilidade através da barreira de filtração glomerular. É classicamente caracterizado por quatro características clínicas, mas as duas primeiras são usadas para diagnóstico porque as duas últimas podem não ser vistas em todos os pacientes: ® Proteinúria nefrótica - Excreção urinária de proteína superior a 50 mg / kg por dia ® Hipoalbuminemia - Concentração de albumina sérica inferior a 3 g / dL (30 g / L) ® Edema ® Hiperlipidemia -Quadro clínico: ® Edema matinal; ® Edema de MMII; ® Ascite; ® Derrame pleural; -Classificação: ® Síndrome nefrótica primária, que se refere à síndrome nefrótica na ausência de uma doença sistêmica identificável. Dentro desta categoria estão os pacientes com síndrome nefrótica idiopática, que não apresentam inflamação glomerular na biópsia renal, e pacientes com glomerulonefrite primária, que apresentam sedimento ativo e inflamação glomerular na biópsia renal. ® Síndrome nefrótica secundária, que se refere à síndrome nefrótica na presença de uma doença sistêmica identificável. ® Síndrome nefrótica congênita e infantil, que ocorre em crianças com menos de um ano de idade e pode ser secundária (principalmente devido a infecção) ou primária. Dois terços dos casos de síndrome nefrótica que ocorrem durante o primeiro ano de vida e até 85% dos casos que ocorrem durante os primeiros três meses de vida têm uma base genética e um mau resultado. -Exames complementares de diagnóstico: ® Embora o edema seja geralmente o sinal de apresentação da síndrome nefrótica, o diagnóstico é confirmado pela presença de proteinúria de faixa nefrótica e hipoalbuminemia. × Excreção urinária de proteína superior a 50 mg / kg por dia. × Hipoalbuminemia. -Etiologia: ® Primária: × Lesões mínimas; 1. Constitui a principal causa de síndrome nefrótica em crianças (pico de incidência: 2 e 6 anos); 2. Menos comum em adultos; 3. Pode ocorrer após infecção respiratória ou imunização; 4. Evolução e prognóstico favoráveis; 5. Em 90% dos casos há remissão completa, espontânea ou após tratamento com corticoide; 6. Morfologia: a. Alterações são mínimas e muito discretas e os glomérulos são praticamente normais na microscopia óptica; b. ME: destruição dos processos podocitários (podócitos), ausência de depósitos eletrodensos; c. IMF: ausência de depósitos; × GESF: 1. Acomete crianças e adultos; 2. Causa Sd. nefrótica ou proteinúria acentuada; 3. Prognóstico ruim, com desenvolvimento de IR; 4. Sobrevida é meior em crianças do que em adultos; 5. Acometimento glomerular; a. Focal (fibrose de uns, mas não de todos os glomérulos); b. Segmentar (nos glomérulos afetados, fibrose parcial); 6. Primária ou idiopática: a. Associada a condições conhecidas; b. AIDS, anemia falciforme, obesidade, uso de heroína; 7. Eventos secundários: a. Componente de perda tecidual renal; b. Ablação renal, doença hipertensiva avançada; 8. Formas herdadas de síndrome nefrótica; 9. Histologia: glomérulos com expansão da matriz mesangial, presença de depósitos hialinos, formação de sinéquias (ardências), obstrução dos capilares glomerulares, fibrose intersticial e atrofia tubular focais; 10. Imunofluorescência: presença de depósitos granulares de IgM e fator C3 do complemento, com distribuição segmentar e focal × Membranoproliferativa; × Glomerulonefrite Membranosa: 1. 80% dos casos idiopáticos; associação com neoplasias; 2. Pico de incidência entre 40 – 60 anos de idade; 3. Predomínio do sexo masculino; 4. Caso clínico geralmente insidioso; evolui lentamente para perda de função renal; 5. Histologia: espessamento regular e difuso das alças capilares glomerulares às custas de depósitos sub-epiteliais separados entre si por projeções da M.B.G. (Espículas de “Spikes”); 6. Imunofluorescência: presença de depósitos granulares difusos de IgG sobre alças capilares glomerulares; 7. Alterações ultra-estruturais: depósitos elétron-densos sub-epiteliais difusos, espículas (projeções da M.B.G.) ® Secundária: × LES; × Diabetes; × CMV; × Hepatite; × AIDS; × TORCHS; × Linfoma; -Tratamento: ® Monitorizar valores de ureia, creatina e eletrólitos; ® Dieta hipossalina e hipoproteica; ® Restrição hídrica; ® Tratamento dos sintomas: × HTA: Diuréticos, beta-bloqueadores, IECAs, antagonistas de CA, ARA II; × Proteinúria: IECAs ou ARA II; × Edemas: furosemida, albumina e diuréticos; × Hiperlipidemia: restrição calórica, estatinas (sinvastantina); × Tromboembolismo: vanfarina (profilaxia em acamados com heparina) ® Tratar doença causal quando possível; Síndrome nefrítica -A doença glomerular pode resultar de muitos distúrbios hereditários ou adquiridos e pode se manifestar de várias maneiras, variando em gravidade de anormalidades urinárias assintomáticas a lesão renal aguda (LRA) ou doença renal em estágio terminal. -Manifestações clínicas: ® Hematúria (microscópica ou macroscópica; eritrócitos dismórficos); ® Cilindrúria (matriz proteica + eritrócitos/ leucócitos; ® Proteinúria <3,5g/24h; ® HAS (Devido a alta volemia, como consequência da baixa TFG e baixa reabsorção de água e sódio (estimulação do SRAA); ® Edema; ® Oligúria; ® Uremia; ® Leucocitúria; -Diagnóstico: ® História clínica; ® Manifestações clínicas; ® Exames laboratoriais; ® Biópsia Renal “gold standard” ® Macroscopia com imunofluorescência; -Etiologias: ® Primárias: × Nefropatia po IgA; 1. É a deposição de imunocomplexos de IgA nos glomérulos, que se manifesta como hematúria, proteinúria e, em geral, insuficiência renal lentamente progressiva. 2. O diagnóstico baseia-se no exame de urina e em biópsia renal. 3. O prognóstico geralmente é bom. As opções de tratamento são os inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores de angiotensina II, corticoides, imunossupressores e ácidos graxos poli-insaturados ômega 3 (óleo de peixe). × GLNF mensagial proliferativa; × GLNF membrano-proliferativa; 1. Predomínio em crianças (>8 anos) e adultos jovens (80% dos casos < que 40 anos); 2. GN mesangiocapilar, GN hipocomplementemica ou GN lobular; 3. Quadro clínico nefrótico-nefrítico; 4. Histologia: proliferação de células mesangiais e da matriz mesangial, com lobulação dos tufos; espessamento difuso das alças capilares às custas de interposição de I.C. e da matriz mesangial entre o endotélio e a M.B.G., com formação de nova M.P.G (duplicação da M.B.G.); 5. Imunofluorescência: depósitos glanulares sub-endoteliais e mesangiais de fator C3 do complemento de IgG, de distribuição difusa; 6. Alterações ultra-estruturas: depósitos elétron-densos sub-endoteliais e mesangiais difusos, duplicação da M.B.G., expansão da matriz mesangial; ® Secundárias: × Doenças infecciosas -> GLNF pos-estrectocócica; GLNF associada a endocardite; 1. Início súbito de sd. nefrítica aguda; 2. Crianças e adolescentes; 3. Precedida de infecção das vias aéreas superiores ou da pele (piodermites) por Streptococcus beta-hemolítico do grupo a; 4. Há período de latência entre a infecção e o início do quadro rena -> tempo necessário para se formarem anticorpos; 5. Mecanismo: deposição de IC circulantes; 6. Sd nefrítica aguda: a. Oligúria, hematúria, proteinúria discreta, edema facial (periorbital), HAS (discreta); b. Bom prognóstico, com resolução clínica e histológica; c. Pode evoluir pra forma rapidamente progressiva ou GN crônica; 7. Micro: hipercelularidade nos glomérulos (proliferação celulare células inflamatórias)/ a lesão é difusa e global; 8. Presença de depósitos subepiteliais (humps); × Doenças sistêmicas -> LES; Vascultes de pequenos vasos; Microangiopatia; Trombótica; -Tratamento: ® Tratamento dos sintomas: × HTA: diuréticos, beta-bloqueadores, IECAs, antagonistas de CA, ARAs II; × Proteinúria: IECAs, ARAs II; × Edemas: furosemina, albumina e diuréticos; × Dieta hipossalina e hipoproteica; ® Tratamento da doença de base;
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