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Febre e Síndrome Febril

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TEMPERATURA CORPORAL:
Permanece quase constante, com uma variação de no máximo 0,6ºC, mesmo quando exposto a extremos
de frio ou de calor, devido ao aparelho termorregulador:
∟ Termostato hipotalâmico: Estímulos atingem os receptores periféricos da pele e são transmitidos ao
hipotálamo, originando impulsos eferentes para produzir ou perder calor → Quando a temperatura atinge
37ºC inicia-se a sudorese, quando a temperatura está abaixo de 37ºC inicia-se mecanismos de
vasoconstrição na pele, piloereção e abole a transpiração, para reduzir e reter calor
∟ Pouco calor se difunde para a superfície devido ao efeito isolante do tecido adiposo
1. FEBRE:
Temperatura corporal acima da faixa de normalidade.
Causas: Velocidade da produção de calor no corpo é superior à da perda de calor
- Aumento da produção de calor: ex. aumento do metabolismo energético das células
(hipertireoidismo); metabolismo extra causa pela atividade muscular; contrações musculares, etc
- e/ou redução da perda de calor: ex. absorção de calor que não consegue dissipar - insolação;
grande tecido adiposo atuando como isolante térmico; ausência das glândulas sudoríparas da pele
- Lesão dos tecidos (maioria das doenças febris): ex. infecções por bactérias, vírus, parasitas; lesões
mecânicas (cirurgias, traumas); neoplasias malignas; afecções vasculares (IAM, hemorragia, etc)
1.1 Início:
Pode ser Súbito → elevação repentina, acompanhada da síndrome febril (calafrios, por ex.)
ou Gradual → não percebe o início e apresenta poucos sintomas da síndrome febril (sudorese, cefaleia)
1.2 Intensidade:
Depende da causa e da capacidade de reação do organismo
Utiliza-se termômetro clínico de mercúrio ou termômetro eletrônico para verificar a intensidade
● Axilar: Local tradicional e de referência
- Normal: 35,5 a 37ºC /média de 36 a 36,5
- Febre leve ou febrícula até 37,5ºC;
- Febre Moderada de 37,6 a 38,5ºC;
- Febre alta acima de 38,6ºC
● Cavidade Oral: região sublingual - valor normal entre 36 a 37,4ºC
● Ampola Retal: valor normal entre 36 a 37,5ºC
1.3 Duração:
Febre recente - duração de poucos dias (menos de 1 semana)
Febre prolongada - febre por mais de uma semana (7 dias) com ou sem caráter contínuo. ex: tuberculose;
endocardite infecciosa; febre tifóide; colagenoses; linfomas; pielonefrite
A lista das principais doenças que causam é curta, facilitando o diagnóstico
1.4 Modo de Evolução:
Informação obtida na anamnese ou faz-se o registro em uma tabela chamada de gráfico ou quadro térmico
- dividida em dias e subdivididas em 2, 4 ou 6 horários
Contínua → Permanece sempre elevada com variações de até 1ºC - infec. bacterianas e virais agudas
Remitente → Permanece sempre elevada com variações maiores que 1ºC - Septicemia, pneumonia, tu
Irregular ou séptica → Picos de temperatura elevada e picos afebril - infec. bacterianas e virais graves
Intermitente → Há hipertermia é ciclicamente interrompida por um período de temperatura normal -
cotidiana: há de manhã, mas não há à tarde; Terça: há por um dia e no outro dia não; Quartã: há por um
dia e por dois dias não. ex: malária
Recorrente ou ondulante → Temperatura é normal por dias ou semanas, depois há um período de
hipertermia. ex: brucelose, doença de Hodgkin e outros linfomas
∟ Término:
Crise → A febre desaparece subitamente. Gera sudorese profusa e prostração. ex: malária
Lise → A febre desaparece gradualmente dia a dia até alcançar níveis normais. ex: infecções
Regulação da Temperatura Corporal pelo Hipotálamo:
No hipotálamo anterior há um núcleo chamado
pré-óptico. Ele é o centro de controle
termostático da temperatura corporal e lá
contém grande quantidade de neurônios
sensíveis ao calor (aumentam a sua atividade
em respostas ao aumento da temperatura
corporal) e neurônios sensíveis ao frio
(aumentam sua atv a queda da temperatura
corporal) - atuando como sensores de
temperatura.
Quando essa área é aquecida, gera uma
resposta de reação imediata para perda de
calor e regulação da temperatura normal → a
pele produz sudorese e os vasos sanguíneos
começam a se dilatar
Os pirogênios liberados por bactérias ou os liberados por tecidos corporais em decomposição, deflagram
respostas que ativam os sensores térmicos periféricos até o hipotálamo → leucócitos são ativados e
produzem citocinas, como IL-1, TNF-a, IFN-Y, que chegam ao hipotálamo e ativam os processos
produtores de febre, aumentando a temperatura corporal:
- Citocinas se ligam a receptores e geram, via segundo mensageiro (proteína G), fosfolipase A → hidrolisa
fosfolipídios da bicamada lipídica, liberando metabólitos de ácido araquidônico;
- Citocinas também induzem a produção de enzima COX-2 no endotélio vascular no hipotálamo;
- A COX-2 cliva o ácido araquidônico e, como resultado, gera prostaglandina E2
A prostaglandina E2 desencadeia tem potente efeitos, como:
- É levada para fora do endotélio e se liga a receptores específicos nos núcleos hipotalâmicos gerando
liberação de neurotransmissores e potencial de ação em neurônios do núcleo pré-óptico que vão em
direção ao núcleo hipotalâmico posterior → Aumenta o set point hipotalâmico, então o corpo entende que
a sua temperatura está baixa, em relação ao ponto de ajuste → ativa mecanismos de aumento da
temperatura corporal
- Aumento da taxa metabólica - Termogênese do tremor → calafrios e tremor
- Vasoconstrição dérmica e desvio de sangue para órgãos internos
Regulação da Temperatura Corporal pela Pele:
A pele é dotada de receptores para o frio (maior quantidade) e para o calor. Dessa forma, esses
receptores periféricos detectam principalmente temperaturas mais frias e a pele de todo o corpo se torna
resfriada. Essa condição desencadeia efeitos reflexos imediatos para aumentar a temperatura corporal:
- Estímulos para causar calafrios;
- Inibição dos processos de sudorese;
- Vasoconstrição da pele para diminuir a perda de calor corporal para a pele;
2. SÍNDROME FEBRIL
A febre não é uma doença, mas sim um sinal de alguma doença. Junto com a febre ocorrem outros sinais
e sintomas, dependendo da sua intensidade, como a astenia, inapetência, cefaléia, taquicardia,
taquipneia, taquisfigmia (aumento do pulso), oligúria (baixa diurese), dor no corpo, calafrios, sudorese,
náuseas, vômitos, delírio, confusão mental e convulsões
Os pirogênios, além de causar a febre, desencadeiam outras respostas como modificações metabólicas,
mialgias, artralgias, sonolências, etc. gerando estes outros sintomas concomitantes à febre.
3. HIPERTERMIA
A hipertermia não é sinônimo de febre, mas sim um aumento da temperatura corporal por exposição
excessiva ao calor com
desidratação, perda de eletrólitos, de
forma que exceda a capacidade do
corpo de perder calor →
mecanismos de perda de calor
ineficientes. Não envolve moléculas
pirogênicas e não ocorre reajuste no
set hipotalâmico
TRATAMENTO:
Administração de antipiréticos que
atuam inibindo a enzima COX e,
assim, impedem a formação de
prostaglandinas que causa o reajuste
no termostato hipotalâmico (set
point)

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